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Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia II (ATIVIDADE PRÁTICA) Faculdade: Estácio de Sá Aluno: Phelipe Halfeld Prática 01 Primeiro artigo: Tratamento não-farmacológico da osteoporose, evidências da ingestão de cálcio para prevenção e tratamento da osteoporose e recomendações nutricionais. • Aumentar a ingestão de cálcio (leite e derivados) • Redução da ingestão de sal, café e bebidas alcoólicas • Otimização da atividade física • Exposição solar para produção de vitamina D por 20 minutos das 10h às 15h, diariamente Deve-se ter uma ingestão adequada de cálcio, magnésio, fósforo, flúor, cobre, zinco, potássio, proteínas, vitaminas D, C, K e complexo B e evitar o consumo excessivo de sódio, proteína, fósforo e vitamina A. A associação de cálcio e vitamina D3 é eficiente na diminuição da incidência de fraturas. Há estudos indicando o uso concomitante da vitamina K2. Além disso, o exercício físico regular, em especial o de carga e o de velocidade, aumenta a massa magra e portanto protege o indivíduo de quedas e fraturas. Comparando idosos que praticam atividade física com idosos sedentários, há menores incidências de fraturas do quadril nos ativos. Segundo artigo: Fisiopatologia da gota e intervenção nutricional na gota. Fisiopatologia: Quando falamos de ácido úrico, estamos nos referindo ao produto do metabolismo das purinas, sendo que 1/3 provém da alimentação e o restante da produção endógena hepática. Sendo assim, a concentração elevada de ácido úrico (hiperuricemia) pode ser consequente à redução da capacidade de excreção urinária ou à hiperprodução endógena. A enzima uricase é responsável pela degradação do ácido úrico em alantoína, composto altamente solúvel. Portanto, a ausência dessa enzima, associada à reabsorção exacerbada do urato filtrado nos rins resulta em aumento do ácido úrico sérico. A hipoexcreção de urato ocasiona 90% dos casos de pacientes com hiperuricemia, apenas 10% desses casos ocorrem por causa da superprodução de urato. Tanto a hipoexcreção quanto a hiperprodução de urato podem ser adquiridas e provocar um quadro de hiperuricemia secundária. Doenças ou dietas com restrições calóricas excessivas e reduções ponderais aceleradas podem acarretar crises de gota, pelo hipercatabolismo do tecido muscular. Como a gota faz parte de um distúrbio metabólico, ela está intimamente influenciada por aspectos ligados à dieta, que incluem a obesidade, a síndrome de resistência insulínica, a dislipidemia e o consumo excessivo de álcool. Dentre as bebidas com etanol, a cerveja teria maior efeito negativo sobre a hiperuricemia, devido ao seu teor purínico, segundo os estudos. Indivíduos com histórico de gota mostram uma taxa maior de mortalidade por doenças renais, metabólicas e cardiovasculares. A alteração na filtração glomerular (função renal comprometida) reduz a excreção de ácido úrico e agrava a hiperuricemia e o risco da gota. Estudos revelam a ligação entre a hiperuricemia com a síndrome metabólica, obesidade central, hipertensão arterial, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia, elevação de LDL e redução significativa de triglicerídeos. A insulina promove a reabsorção renal de urato, o que facilita o entendimento da relação da hiperinsulinemia com o aumento do ácido úrico. O alto consumo de frutose também é um fator indutor da hiperuricemia e gota. Uma vez diagnosticada a hiperuricemia, é importante a abordagem diagnóstica dos demais distúrbios que acompanham a síndrome metabólica. Dietoterapia: • Proteínas É desaconselhado a ingestão de carnes e marisco, devido à sua riqueza em purinas. No entanto, nem todos os alimentos proteicos condicionarão estas alterações, como a proteína vegetal por exemplo. • Aporte hídrico A ingestão de água, por via do aumento da excreção renal, conduz a uma diminuição dos níveis séricos de ácido úrico, bem como a uma menor probabilidade de formação de cálculos renais. Em resumo, recomenda-se a ingestão de cerca de 3 litros de líquidos por dia, dando-se preferência à ingestão de água mineral. • Restrição calórica A perda de peso pode representar uma estratégia eficiente para reduzir os níveis séricos de ácido úrico, especialmente em mulheres na pós- menopausa e em homens. Prática 02 Primeiro caso clínico Paciente de 35 anos com colelitíase (pedra na vesícula) e pancreatite. a) Qual via de alimentação recomendaria para este paciente? Justifique a sua resposta. Enteral. Pois parenteral é indicado apenas em casos raros como esvaziamento gástrico estiver bloqueado, houver a necessidade de descompressão gástrica, a sonda não puder ser locada no jejuno, ou na presença de fístulas. Não há relatos de NPT em PC por longo prazo. E oral não deve ser indicado nesse caso pois paciente se queixa de dor abdominal, náuseas, vômitos etc. b) Quais os benefícios da via recomendada e dessa nutrição para o paciente? Minimiza o risco de desnutrição e de problemas de saúde associados. Aprimora o tratamento ao qual o paciente está submetido, evita a perda de peso e a fraqueza muscular. Além disso, pacientes que receberam nutrição enteral apresentaram menor taxa de complicações pós-operatórias e menor tempo de internação hospitalar. c) Como será sua prescrição calórica, proteica e lipídica (sem valores, apenas informando se é normo, hiper e/ou hipo)? • Hiperprotéica (1.0 a 1.5g/kg de peso) • Hipercalórica (exceto diabético) 25 a 30kcal/kg peso/dia • Hipolipídica PS. Autores sugerem o uso de uma dieta pobre em fibras, pois afirmam que elas interferem negativamente na função das enzimas pancreáticas e levam a um esvaziamento gástrico lento, o que acarretaria diminuição da ingestão alimentar. Segundo caso clínico Paciente de 56 anos com hepatite C, cirrose e encefalopatia hepática. a) Cite duas possíveis complicações da cirrose e explique como elas se desenvolvem. A desnutrição é fator chave no tratamento podendo influenciar a evolução clínica dos pacientes com cirrose, aumentando o risco de complicações como a encefalopatia hepática. Além do aumento da pressão arterial ligada ao fígado, podendo provocar hemorragias e sangramentos internos, e risco elevado de cancro no fígado. b) Durante a internação a paciente cursou com encefalopatia hepática. Qual mudança dietética você faria visando melhorar esse quadro clínico? Cite dois alimentos contraindicados e dois alimentos indicados para pacientes com encefalopatia. Contraindicados: frituras, embutidos, sal. Indicados: vegetais, frutas, probióticos, proteínas vegetais (1,2 a 1,5g/ kg dia), vitamina D/cálcio e aminoácidos de cadeia ramificada (30 a 40g). Prática 03 Primeiro caso clínico a) Considerando a importância das mudanças nos padrões alimentares, explique os alimentos preconizados pelo padrão alimentar DASH e pela dieta do mediterrâneo. A dieta DASH é um padrão alimentar focado na hipertensão e rico em frutas, vegetais e produtos lácteos com baixo teor de gordura; moderada em carne, peixe, frango, nozes e feijão; e baixa em bebidas açucaradas, doces e carne vermelha. Já a dieta mediterrânea é baseada no consumo de alimentos frescos e naturais como azeite, frutas, legumes, cereais, leite e queijo, sendo necessário evitar produtos industrializados como salsicha, comida congelada, bolos etc. A diferença entre elas é que a DASH é caracterizada pelo consumo reduzido de gorduras em geral, com foco na saturada. Ao contrário, na Dieta do Mediterrâneo, o consumo de gordura, principalmente monoinsaturada, é priorizado. O principal alimento fonte desta gordura na dieta do Mediterrâneo é o azeite de oliva. b) Diante dos valores aumentados de colesterol e triglicerídeos, qual(is) suplemento(s) nutricional(is) esse paciente poderia receber para controle da dislipidemia? Ômega-3, coenzima Q10, magnésio, licopeno, niacina. Segundo caso clínico a) Determine a conduta nutricional para C.P.W. (estimativa das necessidades calóricas e distribuição dos macronutrientes). NET = GEB x FA x FINET = (14,7x78) + 496 x FA x 1,35 NET = 2.200kcal • Carboidratos: 50 a 60% • Proteínas: 10 a 20% • Gorduras totais: 25 a 35% das calorias diárias (Gorduras saturadas: até 7% / poli-insaturadas: até 10% Fibras: 20 a 30g) b) Elabore um exemplo de cardápio para o paciente, com base na conduta determinada na letra a, contendo 6 refeições. PS. Pouco sal (integral) e refeições feitas com azeite extra virgem. Desjejum Pão de forma integral (2 fatias), Mamão pequeno (1/2), creme de ricota, linhaça (50g). Lanche da manhã 1 banana prata Almoço Espinafre (50g), tomate cereja (100g), atum (120g), arroz integral (150g), feijão (220g), abacaxi (120g). Lanche da tarde Abacate (100g) Jantar Mesmo do almoço Ceia Castanha do Pará (2), Uva Rubi (120g). Prática 04 Primeiro caso clínico a) Qual o diagnóstico nutricional do paciente? De que forma a DPOC pode influenciar no estado nutricional do paciente? Sarcopenia (IMC 17,85) Nos casos de DPOC, a intervenção nutricional deve ser considerada em todos os pacientes com IMC baixo, com perda de peso superior a 10% durante os últimos 6 meses ou acima de 5% no último mês. b) Determine a conduta nutricional para O.I.P. (estimativa das necessidades calóricas e distribuição dos macronutrientes). A composição da dieta deve ter em torno de 40% a 55% do valor calórico total na forma de carboidratos e a oferta de lipídeos não deve exceder 20% a 35% do VCT. Para cálculo do total de calorias ofertadas a esses pacientes, sugere-se de 30 a 35 Kcal/Kg peso/dia (1.530 a 1.785 kcal/dia). c) Elabore orientações nutricionais para o paciente Suplementação: Creatina, L-carnitina, ácidos graxos poli-insaturados, N-acetil cisteína, zinco e hipercalóricos (se necessário). Comer lentamente, descansar antes das refeições, ingerir primeiramente os alimentos mais calóricos, fracionar a dieta ao longo do dia, incentivar o consumo de fibras, manteiga, azeite, oleaginosas. Segundo caso clínico a) Quais aspectos nutricionais e dietoterápicos os nutricionistas precisam ter em mente no manejo desses pacientes? A meta do tratamento nutricional é alcançar e manter o peso ideal para a altura, aumentar e equilibrar a ingestão energética, reduzir a má-absorção e má-digestão e controlar a ingestão de vitaminas e minerais. Através de: • Terapia de reposição enzimática • Dietas hipercalóricas e hiperlipídicas • Suplementação de micronutrientes b) Qual a proporção sugerida de macronutrientes para esses pacientes? Lipídeos - 40% do valor energético da dieta Proteínas - 150% a 200% da RDA Carboidratos - 40 a 50% do valor energético da dieta Prática 05
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