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DIETOTERAPIA DAS DOENÇAS DO TRATO GASTROINTESTINAIS

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DIETOTERAPIA NAS ENFERMIDADES DO TRATO 
DIGESTÓRIO 
DOENÇAS DO ESÔFAGO 
1. DISTÚRBIOS DA MOTILIDADE 
 
- OBSTRUÇÕES ESOFÁGICAS (NEOPLASIAS, DIVERTÍCULOS) 
- ALTERAÇÕES MANOMÉTRICAS 
- ESPASMOS DIFUSOS 
- DISTÚRBIOS NEURONAIS (DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS) 
- ESCLEROSE E ESCLERODERMA = PROCESSOS DE DEGENERAÇÃO 
CRÔNICA DOS TECIDOS. 
 
2. REFLUXO GASTROESOFÁGICO – ESOFAGITE 
 
- INFLAMAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA (DRGE) 
 DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO DO EEI 
 HÉRNIA DE HIATO 
 AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL 
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL 
 ADAPTAR A DIETA AO GRAU DE DISFAGIA E OUTROS SINAIS 
 PREVENIR A IRRITAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA NA FASE 
AGUDA 
 MELHORAR OU PREVENIR O REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
 CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DA PRESSÃO DO EEI 
 CORRIGIR E MANTER O PESO IDEAL 
 RECUPERAR OU MANTER O ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
• RECUPERAR OU PREVENIR O ESTADO DE DESNUTRIÇÃO 
• INVESTIGAR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS (MACRO E MICRO) 
ANTROPOMÉTRICOS 
 
PESO 
ALTURA 
DOBRA CUTÂNEAS 
CIRCUNFERÊNCIAS 
(CMB; AMB) 
CLÍNICOS 
 
ASG 
EXAMES FÍSICOS 
ANAMNESE 
 - GERAL 
 - ALIMENTAR 
BIOQUÍMICOS 
 
PRÉ-ALBUMINA 
ALBUMINA 
HEMOGRAMA 
BALANÇO NITROG 
TRANSFERRINA 
PLANO DE TERAPIA NUTRICIONAL 
CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL 
VCT 
 
 
 
 
LIPÍDEOS 
 
 
 
CHOS E PTNS 
 
CONSISTÊNCIA 
 (VIA ORAL) 
 
 
 
FRACIONAMENTO 
 
 
LÍQUIDOS 
- SUFICIENTE PARA MANTER O PESO IDEAL, 
- SE NECESSÁRIO, PROGRAMAR A PERDA DE PESO 
- RECUPERAR O PESO E ESTADO NUTRICIONAL 
 
 
- HIPOLIPÍDICA (20 – 25% DAS KCAL TOTAIS), EVITAR 
ALIMENTOS E PREPARAÇÕES GORDUROSAS, JÁ CCK 
DIMINUI A PRESSÃO DO EEI. 
 
- HIPERCALÓRICA E HIPERPROTÉICA. 
 
- FASE AGUDA: LÍQUIDA OU SEMI-LÍQUIDA COM 
EVOLUÇÃO ATÉ DIETA GERAL (MELHORA DOS 
SINTOMAS – DISFAGIA). DISFAGIA AOS LÍQUIDOS – 
RECOMENDAÇÃO DIETA ENTERAL. 
 
- 6 A 8 REFEIÇÕES DE PEQUENOS VOLUMES PARA 
EVITAR O REFLUXO GASTROESOFÁGICO. 
 
- INGERIR, PREFERENCIALMENTE, ENTRE AS 
REFEIÇÕES – EVITAR NAS REFEIÇÕES PRINCIPAIS 
(ALMOÇO E JANTAR) PARA  VOLUME INGERIDO. 
 
ALIMENTOS PROIBIDOS (EXCLUÍDOS TEMPORARIAMENTE): 
 ALIMENTOS QUE  A PRESSÃO DO EEI: CAFÉ, MATE, CHÁ PRETO, 
BEBIDAS ALCÓOLICAS, GASEIFICADAS, CHOCOLATE; 
 ALIMENTOS QUE IRRITAM A MUCOSA INFLAMADA: SUCOS E FRUTAS 
ÁCIDAS, TOMATE, VERDURAS CRUAS 
 ALIMENTOS QUE ESTIMULAM A SECREÇÃO ÁCIDA: GORDUROSOS, 
RICOS EM PURINAS 
RECOMENDAÇÕES 
1. INGERIR ALIMENTOS EM TEMPERATURA AMBIENTE, SABOR SUAVE; 
2. EVOLUÇÃO DA CONSISTÊNCIA À MEDIDA DA MELHORA DOS SINTOMAS 
3. USO DE ESPESSANTES PODEM SER INDICADOS – COMBATER REFLUXO 
4. CORRIGIR HÁBITOS HIGIÊNICOS E DIETÉTICOS, EVITAR USO DE 
ALIMENTOS CONDIMENTADOS (ENLATADOS, EMBUTIDOS), MUITO 
GELADOS OU QUENTES); 
5. REGULARIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DAS REFEIÇÕES 
6. COMER DEVAGAR, MASTIGANDO BEM OS SÓLIDOS 
7. FAZER AS REFEIÇÕES EM LOCAIS TRANQUILOS 
8. CORRIGIR AS CONDIÇÕES QUE  A PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL 
(OBSTIPAÇÃO, METEORISMOS – RUÍDOS E GASES ABDOMINAIS); 
9. NÃO COMER ANTES DE DORMIR (ESPAÇO DE 2 HORAS); 
10. COMER EM POSIÇÃO ERETA, NÃO SE RECOSTAR OU DEITAR APÓS AS 
REFEIÇÕES; 
11. NÃO USAR ROUPAS OU ACESSÓRIOS APERTADOS; 
12. MANTER A CABECEIRA DA CAMA ELEVADA NOITE (30 – 45º); 
13. AUMENTAR E FACILITAR O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO. USO DE 
ALIMENTOS DE FÁCIL DIGESTIBILIDADE E MODIFICADOS (PREPARO, 
CORTES, COCÇÃO, LIQUIDIFICAÇÃO E PENEIRADOS, QDO 
NECESSÁRIOS) 
 
OBS: 
 ACALASIA (AUSÊNCIA DE RELAXAMENTO DO EEI) = CAUSA (CONGÊNITA 
OU T. CRUZI), PODE SER CHAMADO DE APERISTALSE OU 
CARDIOESPASMO: 
 - VCT AJUSTADO ÀS NECESSIDADES DO PACIENTE 
 - POSIÇÃO SENTADA (90º) NÃO É INDICADO, POIS HÁ UMA COMPRESSÃO 
DA PASSAGEM DO ESÔFAGO PARA ESTÔMAGO; 
 - EVITAR ALIMENTOS QUE  A PRESSÃO DO EEI; 
 - DIETA VIA ORAL NÃO ATINGIR NECESSIDADES MÍNIMAS – SNE (SONDA 
NASOGÁSTRICA, SE NÃO HOUVER DRGE, OU NASOENTÉRICA – DUODENO 
DE PREFERÊNCIA) 
 
 TUMORES DE ESÔFAGO: POLIPÓIDES, INVASIVOS, OBSTRUTIVOS 
- MELHORAR QUADRO CLÍNICO (SINAIS E SINTOMAS) – DOR, 
ODINOFAGIA, ANOREXIA, DESCONFORTO AO ALIMENTAR, PERDA DE 
PESO, ESTADO NUTRICIONAL DEBILITADO, EFEITO COLATERAL AO 
TRATAMENTO – VÔMITOS, DIARRÉIA, NÁUSEAS, ENJÔOS, ALTERAÇÃO DA 
SENSIBILIDADE GUSTATIVA. 
- REABILITAÇÃO NUTRICIONAL: 
 
 
 
 
 
 
 
- SUGESTÃO PARA AUMENTAR OFERTA KCAL E PTNS: 
 VCT AJUSTADO ÀS NECESSIDADES DO PACIENTE 
 RELAÇÃO KCAL NÃO-PTNS/G NITROGÊNIO (120 – 150:1) 
 PTNS: 1,0 A 1,2g PTN/KG PESO IDEAL/DIA 
 CHOS: 60 – 65% TOTAL DE KCAL DIÁRIAS 
 LIP: COMPLETA O VCT (POLIINSATURADOS E MONO) 
 REPOSIÇÃO DE VITAMINAS E MINERAIS 
LEITE 
SOPAS 
CARNE 
FRUTAS 
PÃES E CEREAIS 
SUPLEMENTOS 
(PÓ OU LÍQUIDOS) 
LEITE EM PÓ, MEL, CREME DE LEITE, SORVETE 
AZEITE OU ÓLEO, MARGARINA, REQUEIJÃO, QUEIJO 
OVOS, QUEIJOS, MOLHOS À BASE DE LEITE 
FARINHAS, LEITE CONDENSADO, MEL, AVEIA, LEITE EM PÓ 
 GELÉIA, MEL, MANTEIGA OU MARGARINA, AZEITE 
 INCLUIR NOS INTERVALOS ENTRE AS REFEIÇÕES 
(SUSTACAL, SUSTAGEM, MERITENE (SABOR BAUNILHA) 
DOENÇAS GÁSTRICAS GASTRITES E ÚLCERAS GASTRINTESTINAIS 
 INFLAMAÇÃO DA MUCOSA GÁSTRICA 
 TIPOS (OU CLASSIFICAÇÃO): 
 
 
 
 
 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS FREQÜENTES: 
- NÁUSEAS, VÔMITOS, HEMATÊMESE; DOR RETROESTERNAL, MAL-
ESTAR, HEMORRAGIAS, ANOREXIA OU CEFALÉIA 
 ETIOPATOGENIA (CAUSAS): 
- EXCESSO DE ÁLCOOL E FUMO; 
- USO DE ASPIRINA OU OUTRAS DROGAS ANTIINFLAMTÓRIAS NÃO 
HORMONAIS (AINE); 
- INGESTÃO DE ALIMENTOS ESPECÍFICOS (SENSÍVEL); 
- ATO DE COMER RAPIDAMENTE OU COMER ATÉ SENTIR FATIGADO OU 
EMOCIONALMENTE DESCONTROLADO; 
- INGESTÃO DE ALIMENTOS MUITO CONDIMENTADOS OU DE AGENTE 
INFECCIOSO (H. PYLORI) OU DE SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS; 
- RT, TRAUMA, QUEIMADURAS, CIRURGIA,FEBRE, IRC; 
- ESTADO DE CHOQUE E SEPTCEMIAS (ISQUEMIA DA MUCOSA). 
 
 AGUDAS (SIMPLES OU EXÓGENA, CORROSIVA E TÓXICA) 
 CRÔNICAS (SUPERFICIAL, ATRÓFICA E HIPERTRÓFICA) 
 ESPECIAIS (TRAUMAS) OU PÓS-GASTRECTOMIA. 
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL 
 PREVENIR A IRRITAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA E GÁSTRICA NA 
FASE AGUDA E/OU CRÔNICA; 
 MELHORAR OU PREVENIR O REFLUXO GASTROESOFÁGICO; 
 CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DA PRESSÃO DO EEI 
 FACILITAR A DIGESTÃO 
 ALIVIAR A DOR – ATO DA ALIMENTAÇÃO E DURANTE DIGESTÃO 
 RECUPERAR OU MANTER O ESTADO NUTRICIONAL 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
• RECUPERAR OU PREVENIR O ESTADO DE DESNUTRIÇÃO 
• INVESTIGAR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS (MACRO E MICRO) 
ANTROPOMÉTRICOS 
 
PESO 
ALTURA 
DOBRA CUTÂNEAS 
CIRCUNFERÊNCIAS 
(CMB; AMB) 
CLÍNICOS 
 
ASG 
EXAMES FÍSICOS 
ANAMNESE 
 - GERAL 
 - ALIMENTAR 
BIOQUÍMICOS 
 
PRÉ-ALBUMINA 
ALBUMINA 
HEMOGRAMA 
BALANÇO NITROG 
TRANSFERRINA 
SÍNDROME DISPÉPTICA - HIPOSTÊMICA 
 ORIGEM CONSTITUCIONAL – DIETOTERAPIA NÃO APLICA 
 ORIGEM FUNCIONAL – DEVEMOS ESTIMULAR A SECREÇÃO DO HCL, 
NORMALIZAR O TRABALHO GÁSTRICO E AUXILIAR NA ESVAZIAMENTO 
GÁSTRICO AUMENTADO. 
CARACTERÍSTICAS DA DIETA 
 VCT AJUSTADOS ÀS NECESSIDADES DOS PACIENTES 
 DISTRIBUIÇÃO NORMAL QTO AOS MACRONUTRIENTES 
 EVITAR: 
 
 
 
 
 
 
 RESTRIÇÃO E SELEÇÃO DE ALIMENTOS = EX. ALIMENTOS PROTÉICOS 
COM  TEOR DE PURINAS, ESTIMULAM CÉLULAS PARIETAIS A SECRETAR 
HCL – UTILIZAR CARNES E CALDOS DE CARNES. 
 CHOS = RECOMENDA-SE INGESTÃO FIBRAS (COCCIONADAS) – 
ESTIMULAM A MOTILIDADE GÁSTRICA, “IN NATURA”  ESVAZIAMENTO. 
 EVITAR FRITURAS E ALIMENTOS GORDUROS (CARNES ASSADAS E GRE) 
HÁBITOS ALIMENTARES INADEQUADOS, ÁLCOOL, STRESS FÍSICO E 
EMOCIONAL, FUMO, DEGLUTIÇÃO DE AR, INGESTÃO DE LÍQUIDOS 
CARBONATADOS, INGESTÃO RÁPIDA DOS ALIMENTOS, MASTIGAÇÃO 
INSUFICIENTE OU INADEQUADA, GASTRITE NA REGIÃO ANTRAL, 
PATOLOGIAS DAS VIAS BILIARES E HEPÁTICAS E OBSTRUÇÃO PILÓRICA 
SÍNDROME DISPÉPTICA - HIPERISTÊMICA 
 EXCESSO PRODUÇÃO DE HCL 
 RÁPIDO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO POR HIPERCINESIA GÁSTRICA 
(HIPERMOVIMENTAÇÃO, ACELERAÇÃO DO PERISTALTISMO GÁSTRICO). 
CAUSAS: 
1. HÁBITOS ALIMENTARES INADEQUADOS:ALIMENTAÇÃO INADEQUADA E 
MAL TOLERADA PELO ESTÔMAGO. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- EXCESSO DE VOLUME NAS REFEIÇÕES; 
- MASTIGAÇÃO INSUFICIENTE (FORÇANDO O TRABALHO GÁSTRICO); 
- DIETA RICA GORDURAS-MODIFICADAS PELO CALOR (SUBSTÂNCIAS 
IRRITANTE À MUCOSA GÁSTRICA); 
 - ABUSO DE CONDIMENTOS IRRITANTES (PIMENTAS, MOSTARDA, 
VINAGRE, ETC..); 
- INGESTÃO RÁPIDA - IMPEDE QUE O ESTÔMAGO SE ADAPTE AO 
CONTEÚDO; 
- EXCESSO DE LÍQUIDOS (BEBIDAS GASEIFICADAS E ALCÓOLICAS) 
- FUMO: HIPERSECREÇÃO E HIPERACIDEZ. 
CARACTERÍSTICA DA DIETA: 
 REDUZIR A SECREÇÃO HCL E NORMALIZAR O TRABALHO GÁSTRICO 
(IMPEDIR QUE O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO OCORRA INTENSAMENTE); 
 VCT - AJUSTADO AO PACIENTE 
 DIETA NORMAL, POUCO VOLUME E FRACIONADA. 
 CHOS - NORMAL, EVITANDO AÇÚCAR DE MESA E SEUS DERIVADOS 
(DEVIDO  OSMOLARIDADE) – PIORA QUADRO DE PIROSE; 
 PTNS – NORMAL (0,8 A 1,0 g PTN/Kg DE PESO IDEAL/DIA) – EVITAR A 
ADMINISTRAÇÃO CONCENTRADA EM UMA SÓ REFEIÇÃO ALIMENTOS 
COM  [ ] DE PURINAS (CARNES, CALDO DE CARNES, MARINHOS E 
LEGUMINOSAS) – IDEAL ALIMENTAÇÃO NORMOPURÍNICA (AS PURINAS 
SÃO IRRITANTES À MUCOSA GÁSTRICA). 
 LIP – NORMAL (25 – 30% DO VCT), OS LIPÍDEOS INTERFERM COM O 
TEMPO DE ESVAZIAMENTO GÁSTRICO, E NÃO INTERFERM COM A 
SECREÇÃO GÁSTRICA. EVITAR FRITURAS! 
 ALIMENTOS IRRITANTES À MUCOSA: CHÁ, CAFÉ, ÁLCOOL, FUMO, 
ALIMENTOS RICOS EM AAS SULFURADOS (REPOLHO, MELÃO, 
MELANCIA, RABANETE, COUVE-FLOR, BRÓCOLIS, PEPINO, BATATA-
DOCE, ETC..). 
 
PLANO DE TERAPIA NUTRICIONAL 
CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL 
VCT 
 
 
 
 
LIPÍDEOS 
 
 
CHOS E PTNS 
 
CONSISTÊNCIA 
 (VIA ORAL) 
 
 
 
FRACIONAMENTO 
 
 
LÍQUIDOS 
- SUFICIENTE PARA MANTER O PESO IDEAL, 
- SE NECESSÁRIO, PROGRAMAR A PERDA DE PESO 
- RECUPERAR O PESO E ESTADO NUTRICIONAL 
 
 
- HIPOLIPÍDICA (20 – 25% DAS KCAL TOTAIS), EVITAR 
ALIMENTOS E PREPARAÇÕES GORDUROSAS 
 
- NORMOGLICÍDICA (50 – 60%) E NORMOPROTÉICA. 
 
- FASE AGUDA: DIETA GERAL OU ADAPTADA ÀS 
CONDIÇÕES DA CAVIDADE ORAL E GÁSTRICA 
(MELHORA DOS SINTOMAS – AZIA, REGURGITAÇÃO, 
VÔMITOS). 
 
- 4 A 6 REFEIÇÕES DE PEQUENOS VOLUMES PARA 
EVITAR LONGOS PERÍODOS EM JEJUM. 
 
- INGERIR, PREFERENCIALMENTE, ENTRE AS 
REFEIÇÕES – EVITAR NAS REFEIÇÕES PRINCIPAIS 
(ALMOÇO E JANTAR) PARA  VOLUME INGERIDO. 
 
CONDUTA DIETOTERÁPICA – GASTRITE AGUDA 
 COMPLICADA COM HEMATÊMESE 
 REPOUSO COMPLETO AO ÓRGÃO, ELIMINANDO AS SUBSTÂNCIAS QUE 
ESTEJAM PROVOCANDO OU ACELERANDO A GASTRITE – PODE SER 
USADO A LAVAGEM GÁSTRICA, QDO NECESSÁRIO; 
 SUSPENSÃO DA VIA ORAL E UTILIZAÇÃO DA VIA ENDOVENOSA 
(SUPORTE NUTRICIONAL PARENTERAL PERIFÉRICO – SNPP), SENDO QUE 
A ÁGUA PODE SER DADA EM PEQUENOS VOLUMES V.O; 
 APÓS 1 OU 2 DIAS, INICIAR A DIETA LÍQUIDA (PEQUENOS VOLUMES) DE 
1 EM 1 HORA, AVALIANDO AS REAÇÕES E, AUMENTANDO 
GRADATIVAMENTE, O VOLUME E O PERÍODO PARA 2 EM 2 HORAS, CASO 
O PACIENTE ESTEJA ACEITANDO E TOLERANDO BEM; 
 DE ACORDO COM ACEITABILIDADE DA DIETA FAZER A EVOLUÇÃO DA 
DPHs; 
 RETIRAR OS ALIMENTOS QUE SEJAM EXCITANTES E IRRITANTES À 
MUCOSA GÁSTRICA; 
 EVITAR: ENLATADOS, EMBUTIDOS, ALIMENTOS COM CONSERVANTES E 
ADITIVOS, FRITURAS, ALIMENTOS COM KCAL VAZIAS, BEBIDAS 
GASEIFICADAS E CARBONATADAS, USO MODERADO DO SAL. 
CONDUTA DIETOTERÁPICA – GASTRITE CRÔNICA 
GASTRITE CRÔNICA : REAÇÃO INFLAMATÓRIA DIFUSA DA 
MUCOSA GÁSTRICA NO PROCESSO PROGRESSIVO, DINÂMICO E 
HISTOLOGICAMENTE BEM DEFINIDO, A REGIÃO ANTRAL É O 
LOCAL PRIMARIAMENTE ATINGIDO 
- COMEÇO: GASTRITE SUPERFICIAL (SINAIS: PRESSÃO E 
SENSAÇÃO DE “EMPACHAMENTO”, ANOREXIA, NÁUSEAS E 
VÔMITOS, PIROSE). 
- TÉRMINO: ATROFIA DA MUCOSA GÁSTRICA (SINAIS: 
INDISPOSIÇÃO GÁSTRICA, ANOREXIA, NÁUSEAS E VÔMITOS, 
PODE OU NÃO HAVER DOR, HEMÂTEMESE), HIPERTRÓFICA 
(DISPESIA, PIROSE, EDEMA, HIPOALBUMINEMIA, 
HIPERSECREÇÃO GÁSTRICA). 
- PRECEDE: O DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER E ÚLCERAS 
Sintomatologia: conjunto de sintomas digestivos altos, 
sem anormalidades radiológicas. Desconforto, Pirose, 
dor, sensação de plenitude, náuseas, vômitos com 
sangue (causa - ingestão de alimentos ricos em gordura). 
Tratamento: 
- remover a causa ou eliminar a substância agressora; 
- corrigir Anemia Perniciosa ou Ferropriva 
- antiácidos: resultados sintomas 
- retirar da alimentação: álcool, fumo, condimentos e 
alimentos que provocam dor e aumento da secreção 
ácida. 
 
Etipopatogenia (causas): as mesmas da Gastrite Aguda + 
H. pylori (  das defesas da mucosa gástrica) 
PLANO NUTRICIONAL - GASTRITES 
 REFEIÇÕES FRACIONADAS, BAIXA DE RESÍDUOS, BAIXA FERMENTAÇÃO. 
PEQUENOS VOLUMES, EM TEMPERATURAS AMENAS 
 EVITAR ALIMENTOS COM CONDIMENTOS, FIBRA, BEBIDAS ALCOÓLICA, 
/CAFEÍNAS E ALIMENTOS ÁCIDOS; 
 LEITE E DERIVADOS: INTEGRAL, COALHADA, IOGURTE, QUEIJO 
CREMOSO; 
 CARNES: MAGRAS (BOI, AVES, PEIXES) BEM COZIDAS, MOÍDAS OU 
DESFIADAS E SEM PELE; 
 OVO: COZIDO OU POCHÊ; 
 CEREAIS E MASSAS: ARROZ OU MACARRÃO BEM COZIDO, SOPA OU 
CANJA; 
 FARINHAS E FÉCULAS: CREME DE ARROZ, AVEIA, MAISENA, FUBÁ, SAGÚ, 
NESTON, F. LÁCTEA, TAPIOCA; 
 PÃES E BISCOITO: PÃO SEM MIOLO, TORRADAS E BOLACHAS DOCE OU 
SALGADAS; 
 SOBREMESAS: GELÉIA TRANSPARENTE, GELATINAS, COMPOTAS DE 
PÊSSEGO SEM CALDA, PUDIM DE LEITE SEM CALDA (SACAROSE); 
 VEGETAL B: CENOURA, CHUCHU, ABÓBORA PREPARADOS EM FORMA DE 
PURÊS, SOUFLÊS, SOPA OU CREME; 
 VEGETAL C: BATATA-INGLEZA, MANDIOCA, INHAME, CARÁ PREPARADOS 
EM FORMA DE COZIDOS, PURÊS, SOPAS E CREMES; 
 
FRUTAS: COZIDAS OU ASSADAS, EM FORMA DE CREME OU VITAMINAS 
(BANANA PRATA, PÊRA, MAÇÃ, MAMÃO); 
 GORDURAS: CREME DE LEITE, MANTEIGA OU MARGARINA 
 ÓLEOS VEGETAIS. 
OBS: 
1. FORMA ADEQUADA DO PREPARO, HIGIENE DOS ALIMENTOS, SEGUIR 
HORÁRIOS DAS REFEIÇÕES, FRACIONAMENTO E VOLUME; 
2. NÃO UTILIZAR MOLHOS PICANTES OU MASSA DE TOMATE, O TOMATE 
PODERÁ SER INGERIDO SEM PELE E SEM SEMENTES; 
3. NÃO USAR ALIMENTOS EXCESSIVAMENTE TORRADOS; 
4. NÃO UTILIZAR FRITURAS E ÓLEOS REAPROVEITADOS; 
5. FAZER REFOGADOS LIGEIROS, NÃO DEIXANDO OS TEMPEROS (ALHO E 
CEBOLA) TOSTAREM; 
6. RETIRAR A PELA DA GALINHA, FRANGO OU PEIXES; 
7. EVITAR ALIMENTOS COM  [ ] DE AÇÚCAR (PODER FERMENTATIVO) 
8. ALIMENTOS LIQUIDIFICADOS, DEVEM SER DEIXADOS EM REPOUSO ATÉ 
ELIMINAÇÃO DAS BOLHAS DE AR (DISTENÇÃO GÁSTRICA); 
9. LEITE E DERIVADOS, DEVEM SER UTILIZADOS COMO ALIMENTOS E 
NÃO MEDICAMENTO! 
10.PROIBIDO – ALIMENTOS SALGADOS, GORDUROSOS, CONDIMENTADOS, 
VINAGRE, SALSICHAS, CANELA, CRAVO, PIPOCAS, CAMARÃO, BEBIDAS 
GASOSAS, CERVEJA, VINHO, CAFÉ, CHÁ MATE, CHOCOLATE. 
 
PLANO DE ALIMENTAÇÃO PROGRESSIVO PARA 
AS ÚLCERAS (PÉPTICAS E DUODENAIS) 
Característica da enfermidade: 
ÚLCERA PÉPTICA – lesão ou erosão na mucosa gástrica 
ou duodenal. Esta pode ser: 
∙ Aguda (com hemorragia e outras complicações); 
▪ Crônica (aparições periódicas da fase aguda) 
Fatores causais: 
 aumento na concentração de HCL e pepsina; 
 diminuição da resistência da mucosa gástrica; 
 ansiedade, depressão e estresse emocional; 
 ingestão de AINE 
 presença e manifestação patogênica de H. pylori 
Objetivo do tratamento: 
 diminuir a secreção ácida e de pepsina; 
 neutralizar a secreção ácida, proteger a zona ulcerada; 
 evitar alimentos que causam dano à mucosa gástrica 
(por ação química, mecânica e/ou térmica); 
 promover e estimular a cicatrização das lesões; 
 proporcionar conforto gástrico e alívio das dores; 
 restaurar o estado nutricional 
Tratamento: 
 medicamentoso 
 dieta*** 
 terapia psicológica 
Dieta - como parte do tratamento: 
 1915 – Dieta de Sippy: fundamentada na administração 
horária de leite e creme de leite, associada a antiácidos 
para tratamento da úlcera gastrintestinal. 
 
 Baseava-se no princípio de que o leite proporcionaria a 
alcalinização gástrica e alívio da dor. 
 
 A partir de 1940 – a eficácia desta dieta passou a ser 
questionada: 
 
 
 
 
 Conceito atual: Leite não é um alimento indicado para 
aliviar a dor ou queimação.Deve ser consumido como 
parte integrante da alimentação (qtde recomendadas 
pelos guias alimentares). Leite apresenta  [ ] Ca e 
proteínas, rebote ácido, alívio instantâneo, porém estimula 
mais a acidez e acaba intensificando a dor. 
 evolução dos tratamento medicamentosos, 
métodos e técnicas diagnósticas; 
 óbitos por DCV (alta ingestão de gordura saturada 
 
OBS: 
Um plano de alimentação apropriado diminui o mal-estar e 
desconforto gástrico e, contribui para sua recuperação. 
Recomendações: 
Paciente hospitalizado, que apresenta hemorragias 
(melena, hematêmese), respeitando padrões individuais, a 
dieta mais aceita é a que se denomina para ÚLCERA EM 
PERÍODO AGUDO (FASE I): 
 6 refeições pequenas, a cada 3 horas; 
 leite (semi-desnatado) puro ou misturado com 
farináceos; 
 ovos: cozidos ou pochê (2 a 3 unidades por semana); 
 farinhas: finas, com leite ou em caldos coados de 
legumes ou verduras); 
 queijos: branco ou ricota; 
 pão: preferência torrado; 
 sobremesa: purês de frutas (maçã ou pêra), gelatina ou 
flâs sem calda caramelizada. 
ÚLCERA DE ETAPA INTERMEDIÁRIA (FASE II): 
 4 refeições habituais e 2 lanches 
 volumes (respeitando a capacidade gástrica tolerável); 
 massas: simples (sem molhos picantes e 
condimentados), cereais (arroz, farinhas), pães. 
 hortaliças: cenoura, abóbora, batata em purês, suflês de 
vegetais (chuchu, inhame, batata baroa); 
 frutas: bananas maduras, pêssegos, maçã, pêra (cozidos 
e sem casca); 
 infusões claras (menos concentradas) de chás 
(camomila); 
 suco de frutas (diluídos 50%), evitar adoçar! 
Obs: a duração dessa etapa depende da evolução do 
paciente, e a etapa seguinte é a dieta gástrica adequada 
(ajustadas em calorias e nutrientes, evitando alguns 
alimentos que estimulam a acidez e retardam o tempo de 
esvaziamento gástrico e baixa em resíduos) – até o 
processo de cicatrização, confirmado pela endoscopia. 
Características de alguns grupos de alimentos: 
 Óleos 
 deve-se avaliar a digestibilidade e tolerância, que 
dependerá de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 recomendação na escolha dos óleos: 
1. Ponto de fusão (qto mais baixo for o ponto de fusão, 
maior a tolerância e digestibilidade dos óleos). Ex: 
óleo de azeite (ponto de fusão 45 a 50ºC); 
2. Grau de acidez livre (qto maior o grau de acidez – 
independente do ponto de fusão – menor a tolerância 
gástrica, já que a acidez exerce uma ação irritante 
sobre as mucosas,  a secreção ácida). 
a. Puros (qualidade dos ácidos graxos); 
b. Utilização: crus (aplicação de calor nas gorduras faz 
com que variem as condições de tolerância e 
digestibilidade) e modifica as características 
naturais dos óleos. 
 Comportamento dos óleos nas preparações de frituras: 
 
 
 
 No caso de indicar frituras, devem-se recordar algumas 
regras para uma correta elaboração da preparação: 
- Tempo de permanência gástrico de uma fritura é maior; 
- baixa digestibilidade (degradação inicia-se duodeno); 
 
1. Escolher a gordura corretamente, sobretudo com 
menor grau de acidez livre (não rançosas); 
2. Utilizar recipiente de superfície adequadas 
(profundos); 
3. Escolher óleos de primeiro uso; 
4. Evitar que o óleo fique sujo (filtrá-lo); 
5. Cuidar da temperatura de cocção, para que não 
chegue ao ponto de combustão; 
6. Selecionar o tipo de alimento e o corte desse; 
recomenda-se cortes de pouca superfície de 
contato (pedaços grandes) para diminuir a 
impregnação de gordura. 
OBS: procedimentos onde há aquecimento de corpos 
gordurosos: 
 Frituras por imersão; 
 Gratinados 
 Preparados ao forno 
Em todos os casos, ocorre: 
- Corpos gordurosos; 
- temperaturas elevadas 
(modificação das gorduras) e 
- formação de crostas. 
 Ovos 
 alimentos com ptns de AVB, gorduras emulsificadas e 
não contém purinas (desejável para esta dieta); 
 sua proteína exerce um efeito similar à caseína láctea, 
combinam-se com o HCL e o neutralizam; 
 sua gordura (gema), são emulsificadas, inibem 
rapidamente a secreção ácida; 
 No ovo muito cozido, estes efeitos se modificam, o 
efeito neutralizante da clara é menor (< dispersão e < 
superfície de contato), comparado com o ovo cru 
(líquido); a gema ao coagular, diminui sua dispersão e seu 
efeito inibidor da secreção ácida. 
Obs: os ovos são importantes ingredientes na elaboração 
de preparações como: pudins, flans e suflês, bem aceitas 
e toleradas em pacientes com enfermidades gástricas. 
 Suflês: são preparos úteis que proporcionam variedade 
à dieta e promove o uso de hortaliças, além de aumentar 
aceitabilidade e palatabilidade à dieta. 
 Nos suflês, o agregado de clara batida em neve 
incorpora ar recoberto por uma película protéica, 
aumentando assim, a superfície de contato do alimento 
com a mucosa gástrica, as proteínas sofrem maior ataque 
da pepsina, facilitando a digestão. 
 Carnes 
 apresentam estruturas complexa (tecidos: muscular, 
conjuntivo e gorduroso); 
 tecido muscular (rico em ptns e purinas) – 
características organolépticas, tem efeito precoce sobre 
a secreção ácida (fase cefálica); 
 Purinas: têm efeito potente e prolongado sobre a 
secreção ácida. As ptns são envolvidas em tecido 
conjuntivo, e a função do HCL é amolecer o tecido 
conjuntivo e separar as fibras musculares, tempo de 
permanência gástrica longo (os estimulantes da secreção 
continuam atuando); 
 
 tecido conjuntivo (colágeno e elastina): o colágeno cru 
tem poder neutralizante da acidez ao combinar-se com 
HCL (consumo habitual é baixo). Colágeno cozido, gelifica 
por calor, o que diminui sua capacidade neutralizante e 
sua permanência gástrica. A elastina, ao contrário, 
aumenta sua consistência com a aplicação de calor e não 
se modifica (resíduo – parte dura, não digerível); 
 
 tecido gorduroso: após a cocção, as gorduras são 
liberadas, chagando ao duodeno, onde são emulsificadas 
pela bile, e terão poder inibidoras da secreção ácida 
(estimula secreção de hormônio: CCK e secretina) 
O suco gástrico atua sobre a carne desintegrando as 
fibras, aumentando a superfície de ataque e 
transformando o colágeno em gelatina. 
Dieta de pacientes enfermidades gástricas: 
uso da carne é permitido, porém, para reparar os 
déficits motores e secretores do estômago, a utilização 
das carnes, irá depender da escolha: 
 
 do tipo de carne; 
 do corte 
 dos diferentes procedimentos de cocção 
 
 Cereais 
 ricos em CHOs (efeito mínimo sobre a secreção ácida 
nas 3 fases), baixo em ptns e vestígios de gorduras; não 
contém purinas; 
 
 sua escolha irá depender: o tecido de união (pectinas), 
as membranas grossas e o diferente conteúdo de fibras; 
 sua hidrólise inicia-se na boca (ação da amilase salivar), 
e tem menor efeito no estômago; 
 é importante analisar as diferentes estruturas que 
resultam da moagem do cereal: 
 féculas: estruturas mais simples, são o conteúdo 
amiláceo do grão (trata-se de CHOs puros), sem estrutura 
complexa, por isso a resposta secretora que produzem é 
mínima. 
 farinhas finas: o conteúdo e a parede celular estão 
finamente cortados, que a ação da membrana fica 
anulada e, o efeito sobre a secreção ácida é pobre. 
 farinhas grossas: pedaços de tecidos = o conteúdo + a 
membrana celular + material de cimentação. O HCL atua 
dissolvendo as uniões pécticas entre as células, e o 
tempo de permanência gástrico é maior. 
 
Grão: pode apresentar-se inteiro com toda sua casca 
(integral), descascado parcial ou totalmente, em pedaços 
ou cortados. O tempo de permanência gástrica irá 
depender da quantidade de fibra do grão. 
-Totalmente descascado e partido; 
- totalmente descascado e inteiro (arroz polido); 
- parcialmente descascado e partido; 
- parcialmente descascado e inteiro; 
- inteiro e integral. 
< tempo de 
permanência 
> tempo de 
permanência 
 Derivados de cereais 
 Massas, aparece o glúten, proporcionaestrutura ao 
produto final. O glúten tem membrana impermeável e faz 
com que o alimento permaneça mais tempo no estômago, 
produzindo importante efeito secretório. 
 para facilitar sua desintegração gástrica (evitando o 
problema de fermentação do pão fresco que não é 
corretamente atacado), retira-se sua umidade, 
dessecando-o em forno baixo e aberto (evitando tostar ou 
carbonização do amido – estimulante da acidez); 
 as bolachas tipo água, de espessura fina, são bons 
substitutos do pão dessecado (amido dextrinizado), 
porém, salvo exceções, apresentam alto teor de gordura 
hidrogenada (10%). 
 Doces de confeitaria (não são indicados para o consumo 
nesta dieta): glúten, açúcares (que os engrossam), ovo e 
gorduras que atuam como amaciantes (modificadas ou 
não). 
 Biscoitinho caseiro (opção para consumo) – podem ter 
desintegração gástrica simples, pois é uma massa 
esponjosa (incorporação de claras batidas em neve), com 
baixo conteúdo de gordura, rede de glúten fina não-
engrossada (baixo conteúdo de açúcares). Pode-se obter 
mais fácil desagregação qdo se desseca no forno. 
 Massa choux (ou massa bomba) pode ser uma opção 
para consumo, pois é uma mistura de paredes finas e 
dextrinizadas, com baixo conteúdo de açúcar e gordura, 
de cozimento rápido (o que evita modificações da 
gordura) e, permite a combinação de recheios doces ou 
salgados adequados, conforme gosto do paciente. 
 
 Massas clássicas – apresentam efeitos desfavoráveis na 
etapa gástrica, seja por sua quantidade de gorduras 
modificadas (folhado) ou pela espessura de sua rede de 
glúten, que dificulta a desintegração gástrica (massa real 
ou frola). 
 Hortaliças 
 apresentam CHOs em quantidades variadas e de 
diferentes tipos, baixo ptns e não contém gorduras e 
nem purinas. 
 composição química: baixo efeito sobre a secreção 
ácida; 
 composição da estrutura celular e tempo de 
permanência prolongado (ação agressora à mucosa 
gástrica); 
 hortaliças são reuniões de células unidas por 
substâncias pécticas e diferentes tipos de fibras. É 
necessário conhecer: 
 
 
 
 
 Celulose: abundante nos talos, folhas, cascas, películas, 
nervuras e sementes. Principal componente de fibra 
insolúvel. 
 Hemicelulose: polpas e membranas celulares dos 
vegetais de pouco desenvolvimento. Tem a propriedade de 
ser amolecida pela cocção, fixa a água e hidrolisa 
facilmente, é a fração que mais se digere (50 – 70% de 
digestibilidade). 
 quantidade da fibra 
 qualidade da fibra 
 localização 
 a diluição e digestibilidade do conteúdo celular depende 
das membranas (grau de subdivisão) – que irá permitir 
maior saída do conteúdo celular, e diluição no suco 
gástrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 a escolha dos vegetais deverá basear-se em: 
Cortes apropriados (mais subdivisões); 
 ação mecânica da mastigação e trituração 
 cocção: modifica e transforma a estrutura celular 
(há amolecimento do material celulósico, diminuição 
da consistência, ruptura da estrutura do tecido, 
aumento da superfície de contato com o suco ácido). 
 
a) quantidade e qualidade da membrana vegetal: vegetais 
de pouca fibra e que sejam de fácil ataque ácido, p.ex. 
pectinas e hemicelulose. Utilizando sobre os resíduos 
vegetais os meios que modificam: 
I. Calor: faz substâncias cimentadoras dissolvam, ataque 
as membranas e as amoleça; 
II. Corte: prévio e várias subdivisões 
III. ação mecânica: mastigação 
b) componentes: óleos essenciais e os ácidos orgânicos 
(ambos atuam na etapa da fase cefálica da digestão e 
produzem aumento da secreção). 
- Óleos e alguns ácidos: com aplicação do calor, 
evaporam-se; 
- Ácidos orgânicos: concentram-se quando aplicamos 
calor e, podem atuar sobre a mucosa gástrica e 
intestinal (irritação). Seguindo esses critérios para a 
seleção, as hortaliças poderiam se agrupadas em: 
GRUPO I 
• Alcachofra (coração) 
• batata (conteúdo amiláceo) 
• berinjela e tomate (sem pele e sem sementes)* alto teor de ácidos 
• vagens (sem fios e sem caroços) 
• aspargos (ponta) 
• mandioca (conteúdo amiláceo) 
• palmito (centro) 
• beterraba e cenoura 
• abóboras, chuchu 
Predomínio hemicelulose, celulose facilmente separada 
Baixo teor de ácidos orgânicos e óleos essenciais. 
GRUPO II 
Predomínio de celulose, moderado à elevado teor 
de ácidos orgânicos e óleos essenciais. 
• Acelga e pimentão 
• alho, alcachofra (folha) 
• aipo e ervilhas 
• agrião, brócolis, cebola, couve-flor 
• milho, escarola, espinafre, alface 
• feijões, favas frescas, nabo 
• almeirão, chicória, alho-poró 
 
 Um progressão lenta de uma dieta isenta de resíduos até 
uma com poucos resíduos selecionados incluiria nas 
diferentes etapas: 
1. caldos de verduras coados; 
2. todas as hortaliças do grupo I, tratadas por cozimento e 
cortes, na forma de purês, pudins, suflês,... 
3. as mesmas, cozidas e sem pele e sem cortar; 
4. as hortaliças do grupo II, sem cascas e bem picadas; 
5. as hortaliças do grupo I que possam ser consumidas 
cruas e picadas (ex. cenoura ou beterraba ralada). 
 Frutas 
 apresentam CHOs (frutose) em quantidades variadas e 
de diferentes tipos, baixo ptns e não contém gorduras 
(exceto: abacate e coco) e nem purinas. Caracterizam-
se por ter, quase sempre, a celulose localizada em 
cascas, sementes e películas e, por isso, facilmente 
separável. 
 
 em geral, contêm quantidades elevadas de ácidos 
orgânicos, que não apresenta relação com seu sabor. 
Esses ácidos são altamente estimulantes da vesícula 
biliar e do peristaltismo intestinal (são contra-indicados 
em gastropatias acompanhadas de colecistopatias ou 
com trânsito intestinal alterado). 
 
 podemos situar as frutas em 2 grupos segundo sua 
estrutura e conteúdo em ácidos orgânicos. 
GRUPO I 
Predomínio hemicelulose, celulose facilmente 
separada. Baixo teor de ácidos orgânicos, todas sem 
pele e sem sementes. 
• banana 
• damasco, tangerina (sem pele gomo a gomo) 
• pêssego, maçã, pêra 
• abacaxi, cereja, ameixa, morango 
GRUPO II 
Predomínio de celulose e elevado teor de ácidos 
orgânicos. 
• figo 
• kiwi 
• laranja lima, laranja pêra 
• limão 
• melão e melância 
• uva 
 Uma progressão lenta de uma dieta isenta de resíduos 
até uma dieta com poucos resíduos selecionados incluiria 
nas diferentes etapas: 
1. caldos de frutas diluídos; 
2. sucos de fruta coados (de baixa acidez) 
3. polpas sem pele e partidas, sem casca das frutas grupo I; 
4. polpas inteiras sem casca e cozidas das frutas do grupo I; 
5. frutas cruas, sem pele, sem sementes nem películas e 
bem maduras (do grupo II, podem ser incluídas nesta 
etapa: cerejas, ameixa, uva todas sem pele e sem 
sementes). 
DIETOTERAPIA NAS ENFERMIDADES INTESTINAIS 
manifestação clínica comum das enfermidades Intestinais 
– caracterizado por evacuações freqüentes, com fezes de 
consistência amolecidas, tendendo para líquida. aspectos: 
- fezes féticas, perda de eletrólitos, presença ou não de 
muco, pus, sangue e alimentos e nutrientes não digeridos 
► causadores da formação excessiva de gases (CH
4
, CO
2
, 
H
2
, N
2
) 
Segundo o tempo 
 
 
Quanto a localização 
- Diarréia Aguda 
- Diarréia Crônica 
- Diarréia Alta (ID) 
- Diarréia Baixa (IG) 
CLASSIFICAÇÕES 
DIARRÉIA 
DOENÇAS INTESTINAIS CRÔNICAS, SEGUNDO SUA ORIGEM 
Diarréias 
Acloridria Diarréia gastrogênica 
Infecção Intestinal 
(Diarréia Alta - DA) 
Parasitárias-tóxicas 
Insuficiência Biliar 
Diarréia com 
Esteatorréia 
Insuficiência Pancreática 
Diarréia com 
Esteatorréia 
Síndrome de Má Absorção 
 (SMA) 
Intolerância ao 
Glúten 
Insuficiência 
de 
 dissacaridases 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Causas Comuns 
 Infecções (virais, bacterianas, fungos, protozoários, 
parasitoses, toxinas bacterianas, etc...); 
 Alergias alimentares e/ou toxinas; 
 Deficiência das Dissacaridases (primária ou 
secundária); 
 Doenças Inflamatóriasdo Intestino; 
 Disfunção Motora (Divertículos, pólipos) 
 Câncer 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Causas Comuns 
Das alterações que podem se produzir no delgado, seja 
por absorção, secreção, motilidade, atividade 
bacteriana, etc..., todas se traduzem em um sintoma 
comum: 
A diarréia ou Síndrome Diarréica 
onde aparecem: 
1) Aumento da eliminação de material fecal; 
2) aumento ou não do nº de deposições; 
3) diminuição ou mudança da consistência normal; 
4) variação da composição química das materiais fecais 
levam a alterações: 
a) no peristaltismo intestinal 
b) no estado da mucosa intestinal (epitélios) 
c) no grau de produção, secreção e atividade enzimática 
d) na manutenção da flora bacteriana do IG 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
OBJETIVO DO PLANO ALIMENTAR ADEQUADO: 
“aquele de favorece a absorção adequada dos nutrientes, 
com o mínimo trabalho secretor e motor”. 
PROCEDIMENTO INICIAL: 
a analisar a influência das caracteres físico-químicos dos 
alimentos em cada uma das alterações mencionadas. 
a) com relação ao peristaltismo intestinal: 
 volume no intestino (relaciona-se com digestão gástrica) 
 temperatura (frias aceleram a evacuação gástrica, 
principalmente alimentos líquidos, recomenda-se 
temperaturas ambiente, em alimentos sólidos, qdo 
tolerados); 
 resíduos (fibra – atua por meio de vários mecanismos: 
físico-mecânico, químico e físico-químico) – tornando-a em 
potente estimulante peristáltico. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
a dieta intestinal adequada para a diarréia deverá ser 
pobre em resíduos – conceito que inclui: 
 as fibra dietética 
 lactose e outros dissacarídeos 
 os amidos não digeridos 
 o tecido conectivo (carnes – pp´ as vermelhas) 
 
 purinas: quanto às purinas, são absorvidas nas 
primeiras porções do ID, e, por isso são estimulantes até 
a sua absorção. 
 condimentos ácidos e picantes, infusões (café e mate 
cevado) e as bebidas alcoólicas – também estimulam o 
peristaltismo intestinal. 
 ácidos orgânicos: frutas e hortaliças são potentes 
estimulantes da movimentação intestinal; de forma 
indireta, estimulam a descarga biliar; e são os sais 
biliares responsáveis pelo aumento do peristaltismo. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
b) Quanto ao estado da mucosa: 
Essa pode estar inflamada, infectada, diminuindo a 
capacidade absortiva e das secreções normais. 
 devem-se buscar alimentos não agressores das 
mucosas e de consistência apropriada; 
 devem suprimir os condimentos picantes, as infusões e 
o álcool; 
 em determinadas circunstâncias, o consumo do glúten 
será evitado até a melhora digestiva intestinal. 
c) O grau de atividade enzimática: 
a massa alimentar que chega ao intestino, sofreu ação do 
suco gástrico, e entra em contato com as enzimas 
digestivas pancreáticas, biliares e intestinal. No intestino, 
as gorduras são os macronutrientes que mais sofrem 
modificações em sua estrutura, sendo: 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
GORDURAS 
ação biliar – emulsificação: separação 
das gorduras e formação de micelas 
para facilitar o ataque enzimático. 
ação digestiva das lipases pancreáticas 
e intestinais, que hidrolisam os lipídeos: 
di e monoglicerídeos e ác graxos livres. 
absorção dos lipídeos dependem da 
extensão de cadeia de carbonos, através 
de 2 vias: 
- linfática: lipídeos TCL (têm mais > 20 C) 
- veia porta: lipídeos TCC e TCM. 
Qto à complexidade entre os nutrientes, 
os lipídeos têm características especial, 
único nutriente, onde o processo 
digestivo inicia e termina no intestino. 
Dependendo de sua morfofuncionalidade. 
Digestão 
Alterada, leva 
 à 
Esteatorréia 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Terapêutica Dietética - tratamento 
I – FASE AGUDA 
(tempo zero do tratamento na diarréia severa) – quando 
há exacerbação – aumento acentuado do quadro clínico. 
Aparecimento súbito, dor abdominal, cólicas fortes, 
diarréia intensa – volumosa). 
Objetivos 
 corrigir o DHE (Desequilíbrio Hidroeletrolitico) – leva à 
desidratação ► hipovolemia ► braquicardia; 
 controlar a diarréia ► Má absorção e perdas de 
eletrólitos; 
 pausa alimentar mínima e pequena o suficiente para 
corrigir o DHE. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 Pausa alimentar mínima para corrigir desequilíbrios – 
pode ser feita por via oral ou endovenosa. Não deve 
ultrapassar 8 horas. Quanto menos desidratado o 
paciente tiver, mais precoce poderá ser a introdução dos 
alimentos. 
 
 
 
 
 
 a Reidratação é mais comum por soro fisiológico (% de 
glicose e minerais), geralmente o retorno do apetite é 
um sinal de que o quadro clínico está restabelecendo. 
 
 OBS: em pacientes com diagnóstico de anorexia: forçar 
a ingestão alimentar pode piorar, causando um quadro de 
vômitos. 
A desidratação é avaliada por: 
- perda de peso recente; 
- clínicos ( da diurese,  dos episódios de 
vômitos, náuseas, falta de apetite). 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
II – FASE INTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS 
 
- Dieta com mínimo efeito estimulante sobre o intestino (ou 
com mínima formação de resíduos). Defini-se resíduo como 
a porção do alimentos que permanece no intestino após o 
processo de digestão e absorção. Elaborada através da 
escolha de alimentos e formas de preparações que 
facilitem o processo de digestão e absorção. 
 
- alimentos proscritos (proibidos): alimentos fonte de 
lactose (leite e derivados), sacarose, industrializados, 
condimentados, ricos em fibras insolúveis, raízes e 
tubérculos ( fitatos que inibem atividade das amilases,  
ação digestiva dos amidos, deixando assim resíduos), 
carnes vermelhas (apresentam tecido conjuntivo mais 
denso, ataque das enzimas proteolíticas,  digestibilidade 
e  formação de resíduos. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
- alimentos prescritos: 
Carnes brancas (tecido conjuntivo menos denso), chás, 
bolacha água e sal, bolacha água, torrada, biscoito de 
polvilho, mel, geléia natural (sem adição de açúcar) – em 
pequenas quantidades, margarina (em pequenas 
quantidades), clara de ovo, arroz polido papa, macarrão 
bem cozido (sem adição de molho ácido), gelatina, sagu, 
água de coco, bebidas isotônicas, creme de leite em 
pequena quantidade (adição para elevar valor kcal – se 
tolerado). 
 
- VCT ajustado às necessidades do paciente 
- distribuição calórica dos nutrientes: 
 Normoprotéica (12 – 15%) 
 Normoglicídica (55 – 58%) - sem açúcares simples 
 Normolipídica (25 – 28%) – rica em poliinsaturados 
(fonte: óleos vegetais e gordura de peixes de águas 
geladas) 
 Fibra alimentar total: 2,8g/dia 1,0g/dia 
 (branda .........► líquida) 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 preparações: mudança na consistência (branda, semi-
líquida, líquida) – sopas, mingaus, coados na peneira, 
para evitar permanência de resíduos sólidos – estimulam 
mais o peristaltismo intestinal. Deve mecanizar mais os 
resíduos que pode ser de fácil aceitação e menor 
trabalho para mastigação. 
 
  o fracionamento e reduzir o volume por refeição; 
 reduzir a osmolaridade – recomenda-se o uso de nidex 
(maltodextrina) ► possui menor poder adoçante ou 
Dextrosol (glucose de amido, mais fácil absorção e 
possui maior poder adoçante); 
 uso de adoçantes (edulcorantes) não é recomendado 
(composição química – agredir a parede e mucosa 
intestinal); 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 frutas – (sobremesas e vitaminas ou sucos) podem ser 
introduzidas após as sopas (refeições), pois muitas 
apresentam alta [ ] de ácidos orgânicos, para reduzir a 
atividade ácida, recomenda-se o consumo na forma de: 
vitaminas, amassadas ou cozidas; 
 
 Dietas Obstipantes não são recomendadas (mascara o 
quadro da diarréia, apresenta falsa impresão que a perda 
de fluidos das células para o lúmen, diminui. Dietas 
obstipantes apenas reduz a frequência de eliminação das 
fezes e/ou modula sua consistência). 
 
III – FASE RECUPERAÇÃO (para quadros de diarréia que 
prolonga-se por mais tempo): 
- Ajustaro VCT de acordo com quadro nutricional e a patologia; 
- Priorizar manter ou recuperar o estado nutricional do paciente; 
- monitorar parâmetros bioquímicos (repor nutrientes específicos 
– vitaminas e minerais); 
- manter as exclusões de alimentos (quando necessário). 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
ESTEATORRÉIA 
- Deficiência de Dissacaridases 
- Espru-Tropical 
- Alergia à Proteína do Glúten 
- Doenças Hepáticas, Biliares e 
Pancreáticas 
Síndrome da Má Absorção: 
 necessidade de ácidos graxos essenciais (TGCL): 
4 a 10% do VCT 
- ácido graxo linoléico ( - 6) 
- ácido graxo linolênico ( - 3) 
- ácido graxo oléico ( - 9) 
  Sinais clínicos: 
- Indivíduo apresenta fezes pálidas, líquidas, brilhantes, 
de odor fétido; 
- Desidratação em estado grave 
- Deficiência de vitaminas lipossolúveis 
- Deficiência de proteínas e minerais e CHOs) 
- Redução de peso corporal (inapetência e desnutrição) 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
TERAPÊUTICA DIETÉTICA - TRATAMENTO 
 1º passo - tratar a causa da Esteatorréia ► SMA 
 2º passo – recuperar o estado ótimo de absorção dos 
lipídeos e minimizar e/ou eliminar os sintomas e sinais 
clínicos; 
 3º passo – restabelecimento dos DHE e recuperação do 
peso corporal, correção das carências nutricionais 
(anemia ferropriva ou megaloblástica, glossite, 
descamação da pele, mucosa, flora intestinal, ...) 
 DIETA: 
 VCT ajustado às necessidades do paciente, inicia-se 
com os valores de energia para o Gasto Basal (GEB), o 
aumento será progressivo de acordo com a tolerância 
do paciente (intestinal); 
 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 característica da dieta: 
 Hipercalórica, hiperprotéica (oligopeptídeos – ptns não 
 osmolaridade), hipolipídica e normoglicídica; 
 via da administração da dieta: tolerância TGI e 
patologia. 
 alimentos com  teor de ptns e  lipídeos: clara de ovo, 
leite desnatado e derivados, leite de soja ( Ca+2); 
 tomar as seguintes medidas 
1) Reduzir as gorduras totais da dieta 
2) Selecionar o tipo de gorduras 
3) Selecionar o ponto de fusão 
4) Selecionar gorduras com alto grau de dispersão 
5) Escolher o tipo de ácidos graxos das gorduras 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
1. Indicam-se dietas hipogordurosa, que podem ter seu 
teor aumentado segundo a tolerância digestiva intestinal 
de cada paciente, já que ótimas fontes de energia. 
2. escolhem-se lipídeos com estrutura celular simples, e 
livres de tecido conectivo. 
3. aproveitamento de uma gordura depende seu ponto de 
fusão; quanto mais baixo for, maior a digestibilidade desta 
gordura, e vice-versa. As gorduras com ponto de fusão 
próximo ou inferior à temperatura corporal liquefazem-se 
no TGI, evacuam-se mais rapidamente do estômago e 
emulsificam-se com maior rapidez, sendo quase 
completamente absorvidas. As gorduras sólidas 
apresentam ponto de fusão mais elevado e, revelam-se 
com menor digestibilidade. 
4. Absorção está relacionada com o tamanho molecular, 
por isso, é conveniente o uso de alimentos que 
apresentem a gordura Homogeneizada. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
DIETA COMUM 
 gordura da dieta apresenta como 95% na forma de TG, 
destes 90% são ácidos graxos de cadeia longa (20C): 
palmítico (C16:0), esteárico (C18:0) e oléico (C18:1), os 
produtos de sua digestão (diglicerídeo ► monoglicerídeo 
► ácido graxo livre) são absorvidos e levados pelo 
sistema linfático e os quilomícrons ao conduto torácico e 
e à circulação geral. 
 a eficiência digestiva dependerá da disponibilidade e 
ação de lipases pancreáticas e sais biliares (bile). 
 5% são ácidos graxos de cadeia curta e média (C16:0) e 
(C12:0); estes são hidrolisados à glicerol e ácidos graxos 
pelas enzimas da mucosa intestinal (lipases intestinal) e, 
são absorvidos diretamente pelas microvilosidades sem 
reesterificação (enterócito) e, depois são transportados 
ao fígado pela circulação êntero hepática (portal). 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
OBS: quanto mais grave for o distúrbio de absorção 
intestinal, mais deve-se assegurar que a quase totalidade 
das gorduras presente na dieta seja absorvida por essa via 
(TCC e TCM ► êntero-hepática) – menor exigência de 
enzimas intestinais. 
Produtos fonte de gordura (TCC e TCM) 
 
 
 
 
 
Gordura Sintética 
ReSource® TCM - AGE 
Nutri TCM - AGE 
Nutri TCM 
NOVARTIS 
 Módulo de TCM para dieta oral ou enteral - NUTERAL 
- Fácil absorção 
- Emulsão estável de fácil preparo e manipulação 
Indicações: Estados catabólicos; Aumento do aporte de energia 
em convalescentes; Geriatria e em pediatria Síndrome do 
intestino curto; Síndrome de má absorção Afecções 
pancreáticas; Fibrose cística; Mucoviscidose Doenças 
pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) 
Benifícios exclusivos: Excelente aceitação, sabor neutro; 
Melhor transporte e absorção intestinal; Maior tolerância em 
nutrição oral e enteral 
 
41,5 kcal 
http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP
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 Módulo de TCM-AGE para dieta oral ou enteral - NUTERAL 
- Fácil absorção 
- Emulsão estável de fácil preparo e manipulação 
Indicações: Estados catabólicos; Aumento do aporte de energia 
em convalescentes; Geriatria e em pediatria Síndrome do 
intestino curto; Síndrome de má absorção Afecções 
pancreáticas; Fibrose cística; Mucoviscidose Doenças 
pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC); Pacientes queimados, 
pós-traumas, sépticos, câncer e AIDS Prevenção das carências 
de ácidos graxos essenciais. 
 
 
 
 
http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP
http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP
http://www.nuteral.com/nutricao/SM002.ASP
http://www.nuteral.com/nutricao/SM005.ASP
http://www.nuteral.com/nutricao/SM006.ASP
Trigliceril CM com AGE - Supportt 
 Módulo de TCM com Ácidos Graxos Essenciais 
Indicações: pacientes que necessitam de um 
aporte calórico maior proveniente de lipídeos de 
fácil absorção por tempo prolongado. Dificuldades 
de digestão e absorção, distúrbios no transporte 
linfático, doenças que induzem à desnutrição, 
estresse metabólico e hipermetabolismo. 
Sugestão de uso: Pode ser adicionado a sucos, 
sopas, purês, vitaminas, mamadeiras, mediante 
prescrição de médico ou nutricionista. Frasco 
com 250 ml. Distribuição calórica: Lipídeos: 100% 
Módulo com 100% de TCM 
Uso em pacientes que necessitem de um aporte 
calórico maior proveniente de lipídeos de fácil 
absorção ou em situações onde o uso de TCL é 
contra-indicado. Sugestão de uso: Pode ser 
adicionado a sucos, sopas, purês, vitaminas, 
mamadeiras, mediante prescrição de médico ou 
nutricionista. Frasco com 250 ml. Distribuição 
calórica: Lipídios: 100% 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 gordura similar (gordura de óleo de coco ► hidrolisados 
são compostos por ácidos caprílico (C8:0) e cáprico 
(C10:0). 
 quanto à atividade enzimática alterada 
- selecionar alimentos protéicos, livres de estruturas 
complexas de tecido conectivo e, modificá-los por 
cozimento e trituração. 
- diminuir ou evitar o consumo de alimentos protéicos, 
como p.ex., ptns do glúten. 
- CHOs: lactose (potente estimulante do peristaltismo 
intestinal – deficiência de dissacaridases) 
- excesso de amido na dieta pode causar desvio da flora 
fermentativa, sobretudo o amido de trigo (predominam a 
amilo-pectina de cadeia ramificada e de difícil digestão). 
Em produtos com amido de milho e arroz, predomina a 
fração amilose de característica mais simples, fácil 
digestão. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 Fonte lipídica (hipolipídica): TCLs (óleos vegetais) em 
pequenas quantidades – tentar alcançar até 2% do VCT; 
opções: uso dos TCMs (gordura de coco ou 
industrializados – Abott e Nutrícia) – TCM ► 8,4 kcal/g. 
OBS: o TCM quando utilizado em grandes qtdes, 
apresentam gosto residual amargo, deve ser utilizado ao 
longo do dia, fracionado nas refeições, chegando ao 
máximo de 50,0g/dia. 
 Fonte de CHOs (normoglicídica): evitar a ingestão dosdissacarídeos (lactose, sacarose e maltose -  [ ] osmolar) 
– alimentos com ausência de lactose ou com lactose pré-
digerida. Substituição da sacarose, o mel ou Dextrosol e 
Nidex. 
 Evitar o consumo de CHOs ricos em rafinose e 
estaquiose (aumenta produção de flatulências); 
 Reidratação (água de coco, refresco natural ½, isentos 
de monossacarídeos, sem lactose) uso de maltodextrina. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
DOENÇA CELÍACA 
 Sintomas: Esteatorréia, perda de peso, 
anorexia, anemia (B
12
, ácido fólico e ferro), 
tetania, dores ósseas e fraturas (má 
absorção de Ca
+2
 e vtiamina D), distensão 
abdominal e cólicas fortes, diarréia. 
 
- Perda de peso; 
- diminuição do crescimento pôndero-estatural; 
- diminuição do desenvolvimento e crescimento linear 
(estatura óssea, sistema nervoso central e estado 
nutricional). 
- alterações comportamentais e cognitivas (restrições 
do consumo de alimentos com glúten). 
 Terapia nutricional – retirada de 4 alimentos fontes (trigo, 
aveia, centeio e cevada) – conseqüências para crianças: 
 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Alimentos permitidos: 
 preparações caseiras à base de farinha de arroz, milho, 
batata, polvilho de mandioca, cará, inhame, amido de 
milho (féculas, farinhas finas, farinhas grossas, grãos); 
 período agudo (contato com glúten) – evitar alimentos 
condimentados, industrializados, açúcares, leite e 
derivados (fragilidade da mucosa intestinal); reiidratar e 
re-introduzir alimentos permitidos progressivamente (um 
a um); 
 orientação nutricional deve ser fornecida aos familiares 
e/ou cuidadores, na escola, trabalho de conscientização 
com paciente (crianças e pré-adolescentes); 
 privilegiar os cuidados nutricionais em relação à 
ingestão calórica, micronutrientes essenciais, fibras, 
água; promover e incentivar à família na criação e preparo 
de novas receitas (isentas de glúten) saborosas, 
nutritivas e consumidas por todos os membros. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Alimentos Proibidos na Síndrome de Má Absorção - SMA 
- Farinhas de trigo, aveia, centeio, cevada e seus subprodutos, 
massas, pães, bolachas, tortas, empanados etc... 
- leite achocolatado e maltado (Toddy, nescau, quilk, ovomaltine) 
- flocos de trigo (Quaker ou outra aveia enrolada) 
- sêmola 
- polenta instantânea e derivados 
- maionese comercial 
- molhos comerciais (mostarda, ketichup, etc... Condimentados) 
- embutidos 
- sorvetes comerciais 
- caramelos (recheios de produtos doces), doces, marmelo 
- carnes em conserva, patês, etc... 
- sopas em pacote 
- café instantâneo 
- maltes tostados 
- queijos frescos 
- cerveja, malte, levedura de cerveja 
- chicletes, confeitos, similares 
- pós para preparação de pudins, flans, sobremesa de leite e 
mousse 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 
- DOENÇA DE CROHN 
Tratamento: 
 Clínico: repouso absoluto e psicoterapia de apoio 
 
 medicamentoso: uso de antiinfalmatórios-esteróides 
(corticóides), AINE (salicilatos) e sulfalazinas (ATB), 
recuperação e/ou manutenção do equilíbrio 
hidroeletrolítico e uso de agentes anti-diarréicos, quando 
necessários. 
 
 cirúrgicos: ressecção do segmento inflamado, quando 
não responde ao tratamento medicamentoso, dietético e 
psicoterapia. Íleo (ileostomia), cólon (colostomia) ► uso 
da bolsa para recolher fezes extra-intestino. 
- RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA (RCUI) 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
TERAPÊUTICA DIETÉTICA - TRATAMENTO 
 VCT ajustado às necessidades do paciente (fase 
aguda, fase de recuperação ou fase crônica); 
 VCT deve atender ao estado hipercatabolismo da 
doença, sempre que necessário utilizar os fatores de 
correção (Fator Injúria e térmico); 
 Característica da dieta: 
- Hiperprotéica (1,2 – 2,0g ptn/kg peso/dia); 
- Hiperglicídica (aumentar o consumo de fibras solúveis 
(90% da fibras totais) – pectina, hemicelulose, 
mucilagens, goma ... frutas e cereais; fibras insolúveis 
(<10% das fibras totais) e alguns casos até zero de qtde 
dentro do mínimo. 
- Normolipídica (25 – 28%): lipídeos selecionados (fontes 
de ácidos graxos essenciais), para completar ou 
aumentar o valor calórico, necessidade do uso dos TCMs. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Fase Aguda ou severa (complicações clínicas) 
- Suspender via oral – repouso ao órgão (avaliar a 
necessidade de suporte nutricional parenteral/tempo); 
- NPT: composição da fórmula (prescrita médico), 
observar a necessidade dos micronutrientes, qto às 
recomendações (DRIs) – vitamina C, - tocoferal, zinco e 
selênio ► alimentos antioxidantes, estimulantes do 
processo de cicatrização “nos pontos de inflamação”, na 
formação do colágeno, substâncias com poder de 
redução da resposta inflamatória ( níveis de TNF- , IL-
1, IL-6, linfocinas, etc..). 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
RECOMENDAÇÕES PARA AS OSTOMIAS 
Orientações Nutricionais 
 levar em conta a posição da ostomia e, em casos de 
ileostomia, controlar o volume de perdas e atentar para 
adequada reposição oral, e, se necessário, por via 
endovenosa. Espera-se que haja um processo de 
adaptação intestinal e que com o tempo o balanço hídric o 
seja conseguido com maior facilidade; 
 evitar alimentos relacionados com formação de gases: 
- brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua, 
pimentão verde, rabanete, pepino, batata-doce, grão de 
leguminosas: feijão, ervilha-seca, grão-de-bico, lentilha, soja, 
frutos do mar (mariscos e ostras), melão, melancia, abacate, 
ovo cozido ou frito consumido inteiro (mas não qdo faz parte de 
preparações), semestes oleaginosas (nozes, castanhas, 
amêndoas, caju, amendoim), bebidas gasosas, excessode 
açúcar e doces concentrados. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 Importante lembrar que a formação de gases é individual, 
mantendo relação direta com a qualidade da flora bacteriana, por 
isso a tolerância individual deve ser respeitada: 
 utilização de pré e próbióticos, para restabelecimento da flora 
saudável e protetora, utilização: FOS e inulina, alimentos fontes 
de bifidus bactérias e lactobacilos (casei, acidophilus e shirota); 
 leite e derivados (fermentados) podem ser usados com 
moderação, sempre reavaliando a tolerância e aceitação 
individual à estes alimentos, principalmente em relação à 
formação de gases. Em alguns casos, o iogurte é melhor 
tolerado do que o leite; 
 orientar o paciente a fazer as refeições em locais tranqüilos, 
comer devagar, mastigar várias vezes os alimentos sólidos e 
semi-pastosos, procurando não falar enquanto estiver 
mastigando, evitar aerofagia; 
 incluir na alimentação alimentos que melhoram o odor das 
fezes. Ex: salsinha, hortelã, erva-doce, capim-cidreira; pêssego, 
maçã, ameixa, banana-maçã; 
 esclarecer ao paciente qto ao poder laxativo e obstipante de 
alguns alimentos, para que ele possa ter maior controle sobre o 
fluxo da ostomia. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
CIRUGIAS INTESTINAIS – DOENÇAS INFLAMATÓRIAS 
CAUSAS: 
 câncer 
 diverticulose 
 fístulas e abscessos abdominais 
 doença de Crohn e RCUI 
 enterites por radiações, parasitoses com perfuração 
 Síndrome do Intestino Curto (Infarto Agudo do Mesentério) 
A remoção de 2/3 ou mais do intestino 
delgado leva a sérias alterações 
metabólicas e à desnutrição severa 
 
Consequências clínicas comuns: perda de peso, 
deterioração da massa livre de gordura, diarréia, 
desequilíbrio hidroeletrolítico, trânsito gastrintestinal 
acelerado, má-absorção de nutrientes, desidratação e 
hipocalemia. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Gravidade da SIC irá depender da quantidade e da porção 
do intestino remanescente, pós cirurgia. 
Vários fatores determinam a evolução dos pacientes que 
são submetidos a essa intervenção: 
 extensão e localização do intestino ressecado: 
- deve-se conhecer o quanto de intestino remanescente ficou, 
e qual porção intestinal, pois determina a superfície mucosa 
que permitirá a absorção (adaptaráa nova situação 
fisiológica). 
- do local da ressecção precisamos conhecer quais nutrientes 
teríam absorção específica e em que grau. 
- ressecção for duodenal, jejunal ou ileal, quais as 
modificações mais importantes a nível de absorção vamos 
ter. 
- o intestino delgado possui uma capacidade importante de 
reserva, o que permite que ressecções de 40 – 50% não 
ocasionem transtornos graves. 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
 presença ou ausência da válvula íleo-cecal: 
- pode criar complicações, pois está mais do que 
demonstrado que ela exerce um mecanismo de freio da 
motilidade intestinal e o translocamento bacteriano, além de 
ser a região importante na absorção, desconjugação e 
captação dos sais biliares (reciclagem hepática ► bile), 
quando esta função deixa de existir produz Esteatorréia, 
perda de cálcio, magnésio e vitaminas lipossolúveis. 
 estado dos segmentos digestivos: intestino delgado 
remanescente, cólon, estômago, pâncreas e fígado: 
- o intestino remanescente deve ser capaz de suprir a 
necessidade e função do intestino ressecado. Se ainda 
persistir alguma enfermidade que diminua sua capacidade, o 
estado nutricional será gravemente comprometido. 
- diminuição da atividade das dissacaridases (lactase, 
sacarase, maltase) ► má-absorção ► produção diarréia + 
flatulências ► desidratação 
- cólon: função de reabsorção de H
2
O e eletrólitos, em casos 
de sobrecarga pode pode  enormente sua função absortiva 
► 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
► cólon direito, essa hiperfunção aumentada pode desencadear 
um aumento da absorção de determinados nutrientes, ex. a 
absorção dos oxalatos livres aumentam, eles podem difundirem 
em grandes quantidades na mucosa colônica e levar a 
amanifestação de nefrolitíases oxálica – por aumento da função 
excretória renal, pelo  [ ] sérica de oxalátos. 
- No estômago: a redução de grande porções dos intestinos (ID), 
leva a redução na secreção de hormônios que controlam acidez 
(ácido clorídrico) – secretina (duodeno), desencadeiando uma 
hipersecreção transitória, como consequência do aumento de 
gastrina e, da diminuição da capacidade inibitória sobre a 
secreção gástrica ( produção de secretina). 
 adaptação intestinal 
- É o resultado da hiperplasia das células epiteliais, 
aumentando a capacidade de absorção dos diferentes 
nutrientes, por outras porções dos intestinos (remanescente). 
ENFERMIDADES INTESTINAIS 
Dieta Intestinal adequada 
SIC, fístulas e Ileostomia e colostomia 
Alimentos produtores de gás: 
 ervilhas, grãos-de-bico, favas, lentilhas, feijões, ervilhas 
 brócolis, couve-flor, milho, aspargos, peixe, purê de batata, 
 cebola, ovos, queijos (Roquefourt, Gruyère, Parmesão) e leite 
 melão, melancia, nozes e outras oleaginosas secas, 
 açúcares, doces simples, bebidas doces, cerveja 
Alimentos que podem produzir odores fortes 
 peixe, frango, ovo, cebola, alho, milho, feijões, abóbora, 
 outros: ATB, suplementos vitamínicos e minerais 
Alimentos que podem ajudar a diminuir odores fortes 
 iogurte, leite fermentado 
 frutas frescas: maçã, laranja, tangerina, morango, ameixa, 
frutas secas (damasco, uvas passas, ...), coco. 
 hortaliças cruas: acelga, agrião, espinafre, tomate, 
ENFERMIDADES INTESTINAIS

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