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DIETOTERAPIA NAS ENFERMIDADES DO TRATO DIGESTÓRIO DOENÇAS DO ESÔFAGO 1. DISTÚRBIOS DA MOTILIDADE - OBSTRUÇÕES ESOFÁGICAS (NEOPLASIAS, DIVERTÍCULOS) - ALTERAÇÕES MANOMÉTRICAS - ESPASMOS DIFUSOS - DISTÚRBIOS NEURONAIS (DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS) - ESCLEROSE E ESCLERODERMA = PROCESSOS DE DEGENERAÇÃO CRÔNICA DOS TECIDOS. 2. REFLUXO GASTROESOFÁGICO – ESOFAGITE - INFLAMAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA (DRGE) DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO DO EEI HÉRNIA DE HIATO AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL ADAPTAR A DIETA AO GRAU DE DISFAGIA E OUTROS SINAIS PREVENIR A IRRITAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA NA FASE AGUDA MELHORAR OU PREVENIR O REFLUXO GASTROESOFÁGICO CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DA PRESSÃO DO EEI CORRIGIR E MANTER O PESO IDEAL RECUPERAR OU MANTER O ESTADO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • RECUPERAR OU PREVENIR O ESTADO DE DESNUTRIÇÃO • INVESTIGAR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS (MACRO E MICRO) ANTROPOMÉTRICOS PESO ALTURA DOBRA CUTÂNEAS CIRCUNFERÊNCIAS (CMB; AMB) CLÍNICOS ASG EXAMES FÍSICOS ANAMNESE - GERAL - ALIMENTAR BIOQUÍMICOS PRÉ-ALBUMINA ALBUMINA HEMOGRAMA BALANÇO NITROG TRANSFERRINA PLANO DE TERAPIA NUTRICIONAL CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL VCT LIPÍDEOS CHOS E PTNS CONSISTÊNCIA (VIA ORAL) FRACIONAMENTO LÍQUIDOS - SUFICIENTE PARA MANTER O PESO IDEAL, - SE NECESSÁRIO, PROGRAMAR A PERDA DE PESO - RECUPERAR O PESO E ESTADO NUTRICIONAL - HIPOLIPÍDICA (20 – 25% DAS KCAL TOTAIS), EVITAR ALIMENTOS E PREPARAÇÕES GORDUROSAS, JÁ CCK DIMINUI A PRESSÃO DO EEI. - HIPERCALÓRICA E HIPERPROTÉICA. - FASE AGUDA: LÍQUIDA OU SEMI-LÍQUIDA COM EVOLUÇÃO ATÉ DIETA GERAL (MELHORA DOS SINTOMAS – DISFAGIA). DISFAGIA AOS LÍQUIDOS – RECOMENDAÇÃO DIETA ENTERAL. - 6 A 8 REFEIÇÕES DE PEQUENOS VOLUMES PARA EVITAR O REFLUXO GASTROESOFÁGICO. - INGERIR, PREFERENCIALMENTE, ENTRE AS REFEIÇÕES – EVITAR NAS REFEIÇÕES PRINCIPAIS (ALMOÇO E JANTAR) PARA VOLUME INGERIDO. ALIMENTOS PROIBIDOS (EXCLUÍDOS TEMPORARIAMENTE): ALIMENTOS QUE A PRESSÃO DO EEI: CAFÉ, MATE, CHÁ PRETO, BEBIDAS ALCÓOLICAS, GASEIFICADAS, CHOCOLATE; ALIMENTOS QUE IRRITAM A MUCOSA INFLAMADA: SUCOS E FRUTAS ÁCIDAS, TOMATE, VERDURAS CRUAS ALIMENTOS QUE ESTIMULAM A SECREÇÃO ÁCIDA: GORDUROSOS, RICOS EM PURINAS RECOMENDAÇÕES 1. INGERIR ALIMENTOS EM TEMPERATURA AMBIENTE, SABOR SUAVE; 2. EVOLUÇÃO DA CONSISTÊNCIA À MEDIDA DA MELHORA DOS SINTOMAS 3. USO DE ESPESSANTES PODEM SER INDICADOS – COMBATER REFLUXO 4. CORRIGIR HÁBITOS HIGIÊNICOS E DIETÉTICOS, EVITAR USO DE ALIMENTOS CONDIMENTADOS (ENLATADOS, EMBUTIDOS), MUITO GELADOS OU QUENTES); 5. REGULARIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DAS REFEIÇÕES 6. COMER DEVAGAR, MASTIGANDO BEM OS SÓLIDOS 7. FAZER AS REFEIÇÕES EM LOCAIS TRANQUILOS 8. CORRIGIR AS CONDIÇÕES QUE A PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL (OBSTIPAÇÃO, METEORISMOS – RUÍDOS E GASES ABDOMINAIS); 9. NÃO COMER ANTES DE DORMIR (ESPAÇO DE 2 HORAS); 10. COMER EM POSIÇÃO ERETA, NÃO SE RECOSTAR OU DEITAR APÓS AS REFEIÇÕES; 11. NÃO USAR ROUPAS OU ACESSÓRIOS APERTADOS; 12. MANTER A CABECEIRA DA CAMA ELEVADA NOITE (30 – 45º); 13. AUMENTAR E FACILITAR O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO. USO DE ALIMENTOS DE FÁCIL DIGESTIBILIDADE E MODIFICADOS (PREPARO, CORTES, COCÇÃO, LIQUIDIFICAÇÃO E PENEIRADOS, QDO NECESSÁRIOS) OBS: ACALASIA (AUSÊNCIA DE RELAXAMENTO DO EEI) = CAUSA (CONGÊNITA OU T. CRUZI), PODE SER CHAMADO DE APERISTALSE OU CARDIOESPASMO: - VCT AJUSTADO ÀS NECESSIDADES DO PACIENTE - POSIÇÃO SENTADA (90º) NÃO É INDICADO, POIS HÁ UMA COMPRESSÃO DA PASSAGEM DO ESÔFAGO PARA ESTÔMAGO; - EVITAR ALIMENTOS QUE A PRESSÃO DO EEI; - DIETA VIA ORAL NÃO ATINGIR NECESSIDADES MÍNIMAS – SNE (SONDA NASOGÁSTRICA, SE NÃO HOUVER DRGE, OU NASOENTÉRICA – DUODENO DE PREFERÊNCIA) TUMORES DE ESÔFAGO: POLIPÓIDES, INVASIVOS, OBSTRUTIVOS - MELHORAR QUADRO CLÍNICO (SINAIS E SINTOMAS) – DOR, ODINOFAGIA, ANOREXIA, DESCONFORTO AO ALIMENTAR, PERDA DE PESO, ESTADO NUTRICIONAL DEBILITADO, EFEITO COLATERAL AO TRATAMENTO – VÔMITOS, DIARRÉIA, NÁUSEAS, ENJÔOS, ALTERAÇÃO DA SENSIBILIDADE GUSTATIVA. - REABILITAÇÃO NUTRICIONAL: - SUGESTÃO PARA AUMENTAR OFERTA KCAL E PTNS: VCT AJUSTADO ÀS NECESSIDADES DO PACIENTE RELAÇÃO KCAL NÃO-PTNS/G NITROGÊNIO (120 – 150:1) PTNS: 1,0 A 1,2g PTN/KG PESO IDEAL/DIA CHOS: 60 – 65% TOTAL DE KCAL DIÁRIAS LIP: COMPLETA O VCT (POLIINSATURADOS E MONO) REPOSIÇÃO DE VITAMINAS E MINERAIS LEITE SOPAS CARNE FRUTAS PÃES E CEREAIS SUPLEMENTOS (PÓ OU LÍQUIDOS) LEITE EM PÓ, MEL, CREME DE LEITE, SORVETE AZEITE OU ÓLEO, MARGARINA, REQUEIJÃO, QUEIJO OVOS, QUEIJOS, MOLHOS À BASE DE LEITE FARINHAS, LEITE CONDENSADO, MEL, AVEIA, LEITE EM PÓ GELÉIA, MEL, MANTEIGA OU MARGARINA, AZEITE INCLUIR NOS INTERVALOS ENTRE AS REFEIÇÕES (SUSTACAL, SUSTAGEM, MERITENE (SABOR BAUNILHA) DOENÇAS GÁSTRICAS GASTRITES E ÚLCERAS GASTRINTESTINAIS INFLAMAÇÃO DA MUCOSA GÁSTRICA TIPOS (OU CLASSIFICAÇÃO): MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS FREQÜENTES: - NÁUSEAS, VÔMITOS, HEMATÊMESE; DOR RETROESTERNAL, MAL- ESTAR, HEMORRAGIAS, ANOREXIA OU CEFALÉIA ETIOPATOGENIA (CAUSAS): - EXCESSO DE ÁLCOOL E FUMO; - USO DE ASPIRINA OU OUTRAS DROGAS ANTIINFLAMTÓRIAS NÃO HORMONAIS (AINE); - INGESTÃO DE ALIMENTOS ESPECÍFICOS (SENSÍVEL); - ATO DE COMER RAPIDAMENTE OU COMER ATÉ SENTIR FATIGADO OU EMOCIONALMENTE DESCONTROLADO; - INGESTÃO DE ALIMENTOS MUITO CONDIMENTADOS OU DE AGENTE INFECCIOSO (H. PYLORI) OU DE SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS; - RT, TRAUMA, QUEIMADURAS, CIRURGIA,FEBRE, IRC; - ESTADO DE CHOQUE E SEPTCEMIAS (ISQUEMIA DA MUCOSA). AGUDAS (SIMPLES OU EXÓGENA, CORROSIVA E TÓXICA) CRÔNICAS (SUPERFICIAL, ATRÓFICA E HIPERTRÓFICA) ESPECIAIS (TRAUMAS) OU PÓS-GASTRECTOMIA. OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL PREVENIR A IRRITAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA E GÁSTRICA NA FASE AGUDA E/OU CRÔNICA; MELHORAR OU PREVENIR O REFLUXO GASTROESOFÁGICO; CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DA PRESSÃO DO EEI FACILITAR A DIGESTÃO ALIVIAR A DOR – ATO DA ALIMENTAÇÃO E DURANTE DIGESTÃO RECUPERAR OU MANTER O ESTADO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • RECUPERAR OU PREVENIR O ESTADO DE DESNUTRIÇÃO • INVESTIGAR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS (MACRO E MICRO) ANTROPOMÉTRICOS PESO ALTURA DOBRA CUTÂNEAS CIRCUNFERÊNCIAS (CMB; AMB) CLÍNICOS ASG EXAMES FÍSICOS ANAMNESE - GERAL - ALIMENTAR BIOQUÍMICOS PRÉ-ALBUMINA ALBUMINA HEMOGRAMA BALANÇO NITROG TRANSFERRINA SÍNDROME DISPÉPTICA - HIPOSTÊMICA ORIGEM CONSTITUCIONAL – DIETOTERAPIA NÃO APLICA ORIGEM FUNCIONAL – DEVEMOS ESTIMULAR A SECREÇÃO DO HCL, NORMALIZAR O TRABALHO GÁSTRICO E AUXILIAR NA ESVAZIAMENTO GÁSTRICO AUMENTADO. CARACTERÍSTICAS DA DIETA VCT AJUSTADOS ÀS NECESSIDADES DOS PACIENTES DISTRIBUIÇÃO NORMAL QTO AOS MACRONUTRIENTES EVITAR: RESTRIÇÃO E SELEÇÃO DE ALIMENTOS = EX. ALIMENTOS PROTÉICOS COM TEOR DE PURINAS, ESTIMULAM CÉLULAS PARIETAIS A SECRETAR HCL – UTILIZAR CARNES E CALDOS DE CARNES. CHOS = RECOMENDA-SE INGESTÃO FIBRAS (COCCIONADAS) – ESTIMULAM A MOTILIDADE GÁSTRICA, “IN NATURA” ESVAZIAMENTO. EVITAR FRITURAS E ALIMENTOS GORDUROS (CARNES ASSADAS E GRE) HÁBITOS ALIMENTARES INADEQUADOS, ÁLCOOL, STRESS FÍSICO E EMOCIONAL, FUMO, DEGLUTIÇÃO DE AR, INGESTÃO DE LÍQUIDOS CARBONATADOS, INGESTÃO RÁPIDA DOS ALIMENTOS, MASTIGAÇÃO INSUFICIENTE OU INADEQUADA, GASTRITE NA REGIÃO ANTRAL, PATOLOGIAS DAS VIAS BILIARES E HEPÁTICAS E OBSTRUÇÃO PILÓRICA SÍNDROME DISPÉPTICA - HIPERISTÊMICA EXCESSO PRODUÇÃO DE HCL RÁPIDO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO POR HIPERCINESIA GÁSTRICA (HIPERMOVIMENTAÇÃO, ACELERAÇÃO DO PERISTALTISMO GÁSTRICO). CAUSAS: 1. HÁBITOS ALIMENTARES INADEQUADOS:ALIMENTAÇÃO INADEQUADA E MAL TOLERADA PELO ESTÔMAGO. CARACTERÍSTICAS: - EXCESSO DE VOLUME NAS REFEIÇÕES; - MASTIGAÇÃO INSUFICIENTE (FORÇANDO O TRABALHO GÁSTRICO); - DIETA RICA GORDURAS-MODIFICADAS PELO CALOR (SUBSTÂNCIAS IRRITANTE À MUCOSA GÁSTRICA); - ABUSO DE CONDIMENTOS IRRITANTES (PIMENTAS, MOSTARDA, VINAGRE, ETC..); - INGESTÃO RÁPIDA - IMPEDE QUE O ESTÔMAGO SE ADAPTE AO CONTEÚDO; - EXCESSO DE LÍQUIDOS (BEBIDAS GASEIFICADAS E ALCÓOLICAS) - FUMO: HIPERSECREÇÃO E HIPERACIDEZ. CARACTERÍSTICA DA DIETA: REDUZIR A SECREÇÃO HCL E NORMALIZAR O TRABALHO GÁSTRICO (IMPEDIR QUE O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO OCORRA INTENSAMENTE); VCT - AJUSTADO AO PACIENTE DIETA NORMAL, POUCO VOLUME E FRACIONADA. CHOS - NORMAL, EVITANDO AÇÚCAR DE MESA E SEUS DERIVADOS (DEVIDO OSMOLARIDADE) – PIORA QUADRO DE PIROSE; PTNS – NORMAL (0,8 A 1,0 g PTN/Kg DE PESO IDEAL/DIA) – EVITAR A ADMINISTRAÇÃO CONCENTRADA EM UMA SÓ REFEIÇÃO ALIMENTOS COM [ ] DE PURINAS (CARNES, CALDO DE CARNES, MARINHOS E LEGUMINOSAS) – IDEAL ALIMENTAÇÃO NORMOPURÍNICA (AS PURINAS SÃO IRRITANTES À MUCOSA GÁSTRICA). LIP – NORMAL (25 – 30% DO VCT), OS LIPÍDEOS INTERFERM COM O TEMPO DE ESVAZIAMENTO GÁSTRICO, E NÃO INTERFERM COM A SECREÇÃO GÁSTRICA. EVITAR FRITURAS! ALIMENTOS IRRITANTES À MUCOSA: CHÁ, CAFÉ, ÁLCOOL, FUMO, ALIMENTOS RICOS EM AAS SULFURADOS (REPOLHO, MELÃO, MELANCIA, RABANETE, COUVE-FLOR, BRÓCOLIS, PEPINO, BATATA- DOCE, ETC..). PLANO DE TERAPIA NUTRICIONAL CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL VCT LIPÍDEOS CHOS E PTNS CONSISTÊNCIA (VIA ORAL) FRACIONAMENTO LÍQUIDOS - SUFICIENTE PARA MANTER O PESO IDEAL, - SE NECESSÁRIO, PROGRAMAR A PERDA DE PESO - RECUPERAR O PESO E ESTADO NUTRICIONAL - HIPOLIPÍDICA (20 – 25% DAS KCAL TOTAIS), EVITAR ALIMENTOS E PREPARAÇÕES GORDUROSAS - NORMOGLICÍDICA (50 – 60%) E NORMOPROTÉICA. - FASE AGUDA: DIETA GERAL OU ADAPTADA ÀS CONDIÇÕES DA CAVIDADE ORAL E GÁSTRICA (MELHORA DOS SINTOMAS – AZIA, REGURGITAÇÃO, VÔMITOS). - 4 A 6 REFEIÇÕES DE PEQUENOS VOLUMES PARA EVITAR LONGOS PERÍODOS EM JEJUM. - INGERIR, PREFERENCIALMENTE, ENTRE AS REFEIÇÕES – EVITAR NAS REFEIÇÕES PRINCIPAIS (ALMOÇO E JANTAR) PARA VOLUME INGERIDO. CONDUTA DIETOTERÁPICA – GASTRITE AGUDA COMPLICADA COM HEMATÊMESE REPOUSO COMPLETO AO ÓRGÃO, ELIMINANDO AS SUBSTÂNCIAS QUE ESTEJAM PROVOCANDO OU ACELERANDO A GASTRITE – PODE SER USADO A LAVAGEM GÁSTRICA, QDO NECESSÁRIO; SUSPENSÃO DA VIA ORAL E UTILIZAÇÃO DA VIA ENDOVENOSA (SUPORTE NUTRICIONAL PARENTERAL PERIFÉRICO – SNPP), SENDO QUE A ÁGUA PODE SER DADA EM PEQUENOS VOLUMES V.O; APÓS 1 OU 2 DIAS, INICIAR A DIETA LÍQUIDA (PEQUENOS VOLUMES) DE 1 EM 1 HORA, AVALIANDO AS REAÇÕES E, AUMENTANDO GRADATIVAMENTE, O VOLUME E O PERÍODO PARA 2 EM 2 HORAS, CASO O PACIENTE ESTEJA ACEITANDO E TOLERANDO BEM; DE ACORDO COM ACEITABILIDADE DA DIETA FAZER A EVOLUÇÃO DA DPHs; RETIRAR OS ALIMENTOS QUE SEJAM EXCITANTES E IRRITANTES À MUCOSA GÁSTRICA; EVITAR: ENLATADOS, EMBUTIDOS, ALIMENTOS COM CONSERVANTES E ADITIVOS, FRITURAS, ALIMENTOS COM KCAL VAZIAS, BEBIDAS GASEIFICADAS E CARBONATADAS, USO MODERADO DO SAL. CONDUTA DIETOTERÁPICA – GASTRITE CRÔNICA GASTRITE CRÔNICA : REAÇÃO INFLAMATÓRIA DIFUSA DA MUCOSA GÁSTRICA NO PROCESSO PROGRESSIVO, DINÂMICO E HISTOLOGICAMENTE BEM DEFINIDO, A REGIÃO ANTRAL É O LOCAL PRIMARIAMENTE ATINGIDO - COMEÇO: GASTRITE SUPERFICIAL (SINAIS: PRESSÃO E SENSAÇÃO DE “EMPACHAMENTO”, ANOREXIA, NÁUSEAS E VÔMITOS, PIROSE). - TÉRMINO: ATROFIA DA MUCOSA GÁSTRICA (SINAIS: INDISPOSIÇÃO GÁSTRICA, ANOREXIA, NÁUSEAS E VÔMITOS, PODE OU NÃO HAVER DOR, HEMÂTEMESE), HIPERTRÓFICA (DISPESIA, PIROSE, EDEMA, HIPOALBUMINEMIA, HIPERSECREÇÃO GÁSTRICA). - PRECEDE: O DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER E ÚLCERAS Sintomatologia: conjunto de sintomas digestivos altos, sem anormalidades radiológicas. Desconforto, Pirose, dor, sensação de plenitude, náuseas, vômitos com sangue (causa - ingestão de alimentos ricos em gordura). Tratamento: - remover a causa ou eliminar a substância agressora; - corrigir Anemia Perniciosa ou Ferropriva - antiácidos: resultados sintomas - retirar da alimentação: álcool, fumo, condimentos e alimentos que provocam dor e aumento da secreção ácida. Etipopatogenia (causas): as mesmas da Gastrite Aguda + H. pylori ( das defesas da mucosa gástrica) PLANO NUTRICIONAL - GASTRITES REFEIÇÕES FRACIONADAS, BAIXA DE RESÍDUOS, BAIXA FERMENTAÇÃO. PEQUENOS VOLUMES, EM TEMPERATURAS AMENAS EVITAR ALIMENTOS COM CONDIMENTOS, FIBRA, BEBIDAS ALCOÓLICA, /CAFEÍNAS E ALIMENTOS ÁCIDOS; LEITE E DERIVADOS: INTEGRAL, COALHADA, IOGURTE, QUEIJO CREMOSO; CARNES: MAGRAS (BOI, AVES, PEIXES) BEM COZIDAS, MOÍDAS OU DESFIADAS E SEM PELE; OVO: COZIDO OU POCHÊ; CEREAIS E MASSAS: ARROZ OU MACARRÃO BEM COZIDO, SOPA OU CANJA; FARINHAS E FÉCULAS: CREME DE ARROZ, AVEIA, MAISENA, FUBÁ, SAGÚ, NESTON, F. LÁCTEA, TAPIOCA; PÃES E BISCOITO: PÃO SEM MIOLO, TORRADAS E BOLACHAS DOCE OU SALGADAS; SOBREMESAS: GELÉIA TRANSPARENTE, GELATINAS, COMPOTAS DE PÊSSEGO SEM CALDA, PUDIM DE LEITE SEM CALDA (SACAROSE); VEGETAL B: CENOURA, CHUCHU, ABÓBORA PREPARADOS EM FORMA DE PURÊS, SOUFLÊS, SOPA OU CREME; VEGETAL C: BATATA-INGLEZA, MANDIOCA, INHAME, CARÁ PREPARADOS EM FORMA DE COZIDOS, PURÊS, SOPAS E CREMES; FRUTAS: COZIDAS OU ASSADAS, EM FORMA DE CREME OU VITAMINAS (BANANA PRATA, PÊRA, MAÇÃ, MAMÃO); GORDURAS: CREME DE LEITE, MANTEIGA OU MARGARINA ÓLEOS VEGETAIS. OBS: 1. FORMA ADEQUADA DO PREPARO, HIGIENE DOS ALIMENTOS, SEGUIR HORÁRIOS DAS REFEIÇÕES, FRACIONAMENTO E VOLUME; 2. NÃO UTILIZAR MOLHOS PICANTES OU MASSA DE TOMATE, O TOMATE PODERÁ SER INGERIDO SEM PELE E SEM SEMENTES; 3. NÃO USAR ALIMENTOS EXCESSIVAMENTE TORRADOS; 4. NÃO UTILIZAR FRITURAS E ÓLEOS REAPROVEITADOS; 5. FAZER REFOGADOS LIGEIROS, NÃO DEIXANDO OS TEMPEROS (ALHO E CEBOLA) TOSTAREM; 6. RETIRAR A PELA DA GALINHA, FRANGO OU PEIXES; 7. EVITAR ALIMENTOS COM [ ] DE AÇÚCAR (PODER FERMENTATIVO) 8. ALIMENTOS LIQUIDIFICADOS, DEVEM SER DEIXADOS EM REPOUSO ATÉ ELIMINAÇÃO DAS BOLHAS DE AR (DISTENÇÃO GÁSTRICA); 9. LEITE E DERIVADOS, DEVEM SER UTILIZADOS COMO ALIMENTOS E NÃO MEDICAMENTO! 10.PROIBIDO – ALIMENTOS SALGADOS, GORDUROSOS, CONDIMENTADOS, VINAGRE, SALSICHAS, CANELA, CRAVO, PIPOCAS, CAMARÃO, BEBIDAS GASOSAS, CERVEJA, VINHO, CAFÉ, CHÁ MATE, CHOCOLATE. PLANO DE ALIMENTAÇÃO PROGRESSIVO PARA AS ÚLCERAS (PÉPTICAS E DUODENAIS) Característica da enfermidade: ÚLCERA PÉPTICA – lesão ou erosão na mucosa gástrica ou duodenal. Esta pode ser: ∙ Aguda (com hemorragia e outras complicações); ▪ Crônica (aparições periódicas da fase aguda) Fatores causais: aumento na concentração de HCL e pepsina; diminuição da resistência da mucosa gástrica; ansiedade, depressão e estresse emocional; ingestão de AINE presença e manifestação patogênica de H. pylori Objetivo do tratamento: diminuir a secreção ácida e de pepsina; neutralizar a secreção ácida, proteger a zona ulcerada; evitar alimentos que causam dano à mucosa gástrica (por ação química, mecânica e/ou térmica); promover e estimular a cicatrização das lesões; proporcionar conforto gástrico e alívio das dores; restaurar o estado nutricional Tratamento: medicamentoso dieta*** terapia psicológica Dieta - como parte do tratamento: 1915 – Dieta de Sippy: fundamentada na administração horária de leite e creme de leite, associada a antiácidos para tratamento da úlcera gastrintestinal. Baseava-se no princípio de que o leite proporcionaria a alcalinização gástrica e alívio da dor. A partir de 1940 – a eficácia desta dieta passou a ser questionada: Conceito atual: Leite não é um alimento indicado para aliviar a dor ou queimação.Deve ser consumido como parte integrante da alimentação (qtde recomendadas pelos guias alimentares). Leite apresenta [ ] Ca e proteínas, rebote ácido, alívio instantâneo, porém estimula mais a acidez e acaba intensificando a dor. evolução dos tratamento medicamentosos, métodos e técnicas diagnósticas; óbitos por DCV (alta ingestão de gordura saturada OBS: Um plano de alimentação apropriado diminui o mal-estar e desconforto gástrico e, contribui para sua recuperação. Recomendações: Paciente hospitalizado, que apresenta hemorragias (melena, hematêmese), respeitando padrões individuais, a dieta mais aceita é a que se denomina para ÚLCERA EM PERÍODO AGUDO (FASE I): 6 refeições pequenas, a cada 3 horas; leite (semi-desnatado) puro ou misturado com farináceos; ovos: cozidos ou pochê (2 a 3 unidades por semana); farinhas: finas, com leite ou em caldos coados de legumes ou verduras); queijos: branco ou ricota; pão: preferência torrado; sobremesa: purês de frutas (maçã ou pêra), gelatina ou flâs sem calda caramelizada. ÚLCERA DE ETAPA INTERMEDIÁRIA (FASE II): 4 refeições habituais e 2 lanches volumes (respeitando a capacidade gástrica tolerável); massas: simples (sem molhos picantes e condimentados), cereais (arroz, farinhas), pães. hortaliças: cenoura, abóbora, batata em purês, suflês de vegetais (chuchu, inhame, batata baroa); frutas: bananas maduras, pêssegos, maçã, pêra (cozidos e sem casca); infusões claras (menos concentradas) de chás (camomila); suco de frutas (diluídos 50%), evitar adoçar! Obs: a duração dessa etapa depende da evolução do paciente, e a etapa seguinte é a dieta gástrica adequada (ajustadas em calorias e nutrientes, evitando alguns alimentos que estimulam a acidez e retardam o tempo de esvaziamento gástrico e baixa em resíduos) – até o processo de cicatrização, confirmado pela endoscopia. Características de alguns grupos de alimentos: Óleos deve-se avaliar a digestibilidade e tolerância, que dependerá de: recomendação na escolha dos óleos: 1. Ponto de fusão (qto mais baixo for o ponto de fusão, maior a tolerância e digestibilidade dos óleos). Ex: óleo de azeite (ponto de fusão 45 a 50ºC); 2. Grau de acidez livre (qto maior o grau de acidez – independente do ponto de fusão – menor a tolerância gástrica, já que a acidez exerce uma ação irritante sobre as mucosas, a secreção ácida). a. Puros (qualidade dos ácidos graxos); b. Utilização: crus (aplicação de calor nas gorduras faz com que variem as condições de tolerância e digestibilidade) e modifica as características naturais dos óleos. Comportamento dos óleos nas preparações de frituras: No caso de indicar frituras, devem-se recordar algumas regras para uma correta elaboração da preparação: - Tempo de permanência gástrico de uma fritura é maior; - baixa digestibilidade (degradação inicia-se duodeno); 1. Escolher a gordura corretamente, sobretudo com menor grau de acidez livre (não rançosas); 2. Utilizar recipiente de superfície adequadas (profundos); 3. Escolher óleos de primeiro uso; 4. Evitar que o óleo fique sujo (filtrá-lo); 5. Cuidar da temperatura de cocção, para que não chegue ao ponto de combustão; 6. Selecionar o tipo de alimento e o corte desse; recomenda-se cortes de pouca superfície de contato (pedaços grandes) para diminuir a impregnação de gordura. OBS: procedimentos onde há aquecimento de corpos gordurosos: Frituras por imersão; Gratinados Preparados ao forno Em todos os casos, ocorre: - Corpos gordurosos; - temperaturas elevadas (modificação das gorduras) e - formação de crostas. Ovos alimentos com ptns de AVB, gorduras emulsificadas e não contém purinas (desejável para esta dieta); sua proteína exerce um efeito similar à caseína láctea, combinam-se com o HCL e o neutralizam; sua gordura (gema), são emulsificadas, inibem rapidamente a secreção ácida; No ovo muito cozido, estes efeitos se modificam, o efeito neutralizante da clara é menor (< dispersão e < superfície de contato), comparado com o ovo cru (líquido); a gema ao coagular, diminui sua dispersão e seu efeito inibidor da secreção ácida. Obs: os ovos são importantes ingredientes na elaboração de preparações como: pudins, flans e suflês, bem aceitas e toleradas em pacientes com enfermidades gástricas. Suflês: são preparos úteis que proporcionam variedade à dieta e promove o uso de hortaliças, além de aumentar aceitabilidade e palatabilidade à dieta. Nos suflês, o agregado de clara batida em neve incorpora ar recoberto por uma película protéica, aumentando assim, a superfície de contato do alimento com a mucosa gástrica, as proteínas sofrem maior ataque da pepsina, facilitando a digestão. Carnes apresentam estruturas complexa (tecidos: muscular, conjuntivo e gorduroso); tecido muscular (rico em ptns e purinas) – características organolépticas, tem efeito precoce sobre a secreção ácida (fase cefálica); Purinas: têm efeito potente e prolongado sobre a secreção ácida. As ptns são envolvidas em tecido conjuntivo, e a função do HCL é amolecer o tecido conjuntivo e separar as fibras musculares, tempo de permanência gástrica longo (os estimulantes da secreção continuam atuando); tecido conjuntivo (colágeno e elastina): o colágeno cru tem poder neutralizante da acidez ao combinar-se com HCL (consumo habitual é baixo). Colágeno cozido, gelifica por calor, o que diminui sua capacidade neutralizante e sua permanência gástrica. A elastina, ao contrário, aumenta sua consistência com a aplicação de calor e não se modifica (resíduo – parte dura, não digerível); tecido gorduroso: após a cocção, as gorduras são liberadas, chagando ao duodeno, onde são emulsificadas pela bile, e terão poder inibidoras da secreção ácida (estimula secreção de hormônio: CCK e secretina) O suco gástrico atua sobre a carne desintegrando as fibras, aumentando a superfície de ataque e transformando o colágeno em gelatina. Dieta de pacientes enfermidades gástricas: uso da carne é permitido, porém, para reparar os déficits motores e secretores do estômago, a utilização das carnes, irá depender da escolha: do tipo de carne; do corte dos diferentes procedimentos de cocção Cereais ricos em CHOs (efeito mínimo sobre a secreção ácida nas 3 fases), baixo em ptns e vestígios de gorduras; não contém purinas; sua escolha irá depender: o tecido de união (pectinas), as membranas grossas e o diferente conteúdo de fibras; sua hidrólise inicia-se na boca (ação da amilase salivar), e tem menor efeito no estômago; é importante analisar as diferentes estruturas que resultam da moagem do cereal: féculas: estruturas mais simples, são o conteúdo amiláceo do grão (trata-se de CHOs puros), sem estrutura complexa, por isso a resposta secretora que produzem é mínima. farinhas finas: o conteúdo e a parede celular estão finamente cortados, que a ação da membrana fica anulada e, o efeito sobre a secreção ácida é pobre. farinhas grossas: pedaços de tecidos = o conteúdo + a membrana celular + material de cimentação. O HCL atua dissolvendo as uniões pécticas entre as células, e o tempo de permanência gástrico é maior. Grão: pode apresentar-se inteiro com toda sua casca (integral), descascado parcial ou totalmente, em pedaços ou cortados. O tempo de permanência gástrica irá depender da quantidade de fibra do grão. -Totalmente descascado e partido; - totalmente descascado e inteiro (arroz polido); - parcialmente descascado e partido; - parcialmente descascado e inteiro; - inteiro e integral. < tempo de permanência > tempo de permanência Derivados de cereais Massas, aparece o glúten, proporcionaestrutura ao produto final. O glúten tem membrana impermeável e faz com que o alimento permaneça mais tempo no estômago, produzindo importante efeito secretório. para facilitar sua desintegração gástrica (evitando o problema de fermentação do pão fresco que não é corretamente atacado), retira-se sua umidade, dessecando-o em forno baixo e aberto (evitando tostar ou carbonização do amido – estimulante da acidez); as bolachas tipo água, de espessura fina, são bons substitutos do pão dessecado (amido dextrinizado), porém, salvo exceções, apresentam alto teor de gordura hidrogenada (10%). Doces de confeitaria (não são indicados para o consumo nesta dieta): glúten, açúcares (que os engrossam), ovo e gorduras que atuam como amaciantes (modificadas ou não). Biscoitinho caseiro (opção para consumo) – podem ter desintegração gástrica simples, pois é uma massa esponjosa (incorporação de claras batidas em neve), com baixo conteúdo de gordura, rede de glúten fina não- engrossada (baixo conteúdo de açúcares). Pode-se obter mais fácil desagregação qdo se desseca no forno. Massa choux (ou massa bomba) pode ser uma opção para consumo, pois é uma mistura de paredes finas e dextrinizadas, com baixo conteúdo de açúcar e gordura, de cozimento rápido (o que evita modificações da gordura) e, permite a combinação de recheios doces ou salgados adequados, conforme gosto do paciente. Massas clássicas – apresentam efeitos desfavoráveis na etapa gástrica, seja por sua quantidade de gorduras modificadas (folhado) ou pela espessura de sua rede de glúten, que dificulta a desintegração gástrica (massa real ou frola). Hortaliças apresentam CHOs em quantidades variadas e de diferentes tipos, baixo ptns e não contém gorduras e nem purinas. composição química: baixo efeito sobre a secreção ácida; composição da estrutura celular e tempo de permanência prolongado (ação agressora à mucosa gástrica); hortaliças são reuniões de células unidas por substâncias pécticas e diferentes tipos de fibras. É necessário conhecer: Celulose: abundante nos talos, folhas, cascas, películas, nervuras e sementes. Principal componente de fibra insolúvel. Hemicelulose: polpas e membranas celulares dos vegetais de pouco desenvolvimento. Tem a propriedade de ser amolecida pela cocção, fixa a água e hidrolisa facilmente, é a fração que mais se digere (50 – 70% de digestibilidade). quantidade da fibra qualidade da fibra localização a diluição e digestibilidade do conteúdo celular depende das membranas (grau de subdivisão) – que irá permitir maior saída do conteúdo celular, e diluição no suco gástrico. a escolha dos vegetais deverá basear-se em: Cortes apropriados (mais subdivisões); ação mecânica da mastigação e trituração cocção: modifica e transforma a estrutura celular (há amolecimento do material celulósico, diminuição da consistência, ruptura da estrutura do tecido, aumento da superfície de contato com o suco ácido). a) quantidade e qualidade da membrana vegetal: vegetais de pouca fibra e que sejam de fácil ataque ácido, p.ex. pectinas e hemicelulose. Utilizando sobre os resíduos vegetais os meios que modificam: I. Calor: faz substâncias cimentadoras dissolvam, ataque as membranas e as amoleça; II. Corte: prévio e várias subdivisões III. ação mecânica: mastigação b) componentes: óleos essenciais e os ácidos orgânicos (ambos atuam na etapa da fase cefálica da digestão e produzem aumento da secreção). - Óleos e alguns ácidos: com aplicação do calor, evaporam-se; - Ácidos orgânicos: concentram-se quando aplicamos calor e, podem atuar sobre a mucosa gástrica e intestinal (irritação). Seguindo esses critérios para a seleção, as hortaliças poderiam se agrupadas em: GRUPO I • Alcachofra (coração) • batata (conteúdo amiláceo) • berinjela e tomate (sem pele e sem sementes)* alto teor de ácidos • vagens (sem fios e sem caroços) • aspargos (ponta) • mandioca (conteúdo amiláceo) • palmito (centro) • beterraba e cenoura • abóboras, chuchu Predomínio hemicelulose, celulose facilmente separada Baixo teor de ácidos orgânicos e óleos essenciais. GRUPO II Predomínio de celulose, moderado à elevado teor de ácidos orgânicos e óleos essenciais. • Acelga e pimentão • alho, alcachofra (folha) • aipo e ervilhas • agrião, brócolis, cebola, couve-flor • milho, escarola, espinafre, alface • feijões, favas frescas, nabo • almeirão, chicória, alho-poró Um progressão lenta de uma dieta isenta de resíduos até uma com poucos resíduos selecionados incluiria nas diferentes etapas: 1. caldos de verduras coados; 2. todas as hortaliças do grupo I, tratadas por cozimento e cortes, na forma de purês, pudins, suflês,... 3. as mesmas, cozidas e sem pele e sem cortar; 4. as hortaliças do grupo II, sem cascas e bem picadas; 5. as hortaliças do grupo I que possam ser consumidas cruas e picadas (ex. cenoura ou beterraba ralada). Frutas apresentam CHOs (frutose) em quantidades variadas e de diferentes tipos, baixo ptns e não contém gorduras (exceto: abacate e coco) e nem purinas. Caracterizam- se por ter, quase sempre, a celulose localizada em cascas, sementes e películas e, por isso, facilmente separável. em geral, contêm quantidades elevadas de ácidos orgânicos, que não apresenta relação com seu sabor. Esses ácidos são altamente estimulantes da vesícula biliar e do peristaltismo intestinal (são contra-indicados em gastropatias acompanhadas de colecistopatias ou com trânsito intestinal alterado). podemos situar as frutas em 2 grupos segundo sua estrutura e conteúdo em ácidos orgânicos. GRUPO I Predomínio hemicelulose, celulose facilmente separada. Baixo teor de ácidos orgânicos, todas sem pele e sem sementes. • banana • damasco, tangerina (sem pele gomo a gomo) • pêssego, maçã, pêra • abacaxi, cereja, ameixa, morango GRUPO II Predomínio de celulose e elevado teor de ácidos orgânicos. • figo • kiwi • laranja lima, laranja pêra • limão • melão e melância • uva Uma progressão lenta de uma dieta isenta de resíduos até uma dieta com poucos resíduos selecionados incluiria nas diferentes etapas: 1. caldos de frutas diluídos; 2. sucos de fruta coados (de baixa acidez) 3. polpas sem pele e partidas, sem casca das frutas grupo I; 4. polpas inteiras sem casca e cozidas das frutas do grupo I; 5. frutas cruas, sem pele, sem sementes nem películas e bem maduras (do grupo II, podem ser incluídas nesta etapa: cerejas, ameixa, uva todas sem pele e sem sementes). DIETOTERAPIA NAS ENFERMIDADES INTESTINAIS manifestação clínica comum das enfermidades Intestinais – caracterizado por evacuações freqüentes, com fezes de consistência amolecidas, tendendo para líquida. aspectos: - fezes féticas, perda de eletrólitos, presença ou não de muco, pus, sangue e alimentos e nutrientes não digeridos ► causadores da formação excessiva de gases (CH 4 , CO 2 , H 2 , N 2 ) Segundo o tempo Quanto a localização - Diarréia Aguda - Diarréia Crônica - Diarréia Alta (ID) - Diarréia Baixa (IG) CLASSIFICAÇÕES DIARRÉIA DOENÇAS INTESTINAIS CRÔNICAS, SEGUNDO SUA ORIGEM Diarréias Acloridria Diarréia gastrogênica Infecção Intestinal (Diarréia Alta - DA) Parasitárias-tóxicas Insuficiência Biliar Diarréia com Esteatorréia Insuficiência Pancreática Diarréia com Esteatorréia Síndrome de Má Absorção (SMA) Intolerância ao Glúten Insuficiência de dissacaridases ENFERMIDADES INTESTINAIS Causas Comuns Infecções (virais, bacterianas, fungos, protozoários, parasitoses, toxinas bacterianas, etc...); Alergias alimentares e/ou toxinas; Deficiência das Dissacaridases (primária ou secundária); Doenças Inflamatóriasdo Intestino; Disfunção Motora (Divertículos, pólipos) Câncer ENFERMIDADES INTESTINAIS Causas Comuns Das alterações que podem se produzir no delgado, seja por absorção, secreção, motilidade, atividade bacteriana, etc..., todas se traduzem em um sintoma comum: A diarréia ou Síndrome Diarréica onde aparecem: 1) Aumento da eliminação de material fecal; 2) aumento ou não do nº de deposições; 3) diminuição ou mudança da consistência normal; 4) variação da composição química das materiais fecais levam a alterações: a) no peristaltismo intestinal b) no estado da mucosa intestinal (epitélios) c) no grau de produção, secreção e atividade enzimática d) na manutenção da flora bacteriana do IG ENFERMIDADES INTESTINAIS OBJETIVO DO PLANO ALIMENTAR ADEQUADO: “aquele de favorece a absorção adequada dos nutrientes, com o mínimo trabalho secretor e motor”. PROCEDIMENTO INICIAL: a analisar a influência das caracteres físico-químicos dos alimentos em cada uma das alterações mencionadas. a) com relação ao peristaltismo intestinal: volume no intestino (relaciona-se com digestão gástrica) temperatura (frias aceleram a evacuação gástrica, principalmente alimentos líquidos, recomenda-se temperaturas ambiente, em alimentos sólidos, qdo tolerados); resíduos (fibra – atua por meio de vários mecanismos: físico-mecânico, químico e físico-químico) – tornando-a em potente estimulante peristáltico. ENFERMIDADES INTESTINAIS a dieta intestinal adequada para a diarréia deverá ser pobre em resíduos – conceito que inclui: as fibra dietética lactose e outros dissacarídeos os amidos não digeridos o tecido conectivo (carnes – pp´ as vermelhas) purinas: quanto às purinas, são absorvidas nas primeiras porções do ID, e, por isso são estimulantes até a sua absorção. condimentos ácidos e picantes, infusões (café e mate cevado) e as bebidas alcoólicas – também estimulam o peristaltismo intestinal. ácidos orgânicos: frutas e hortaliças são potentes estimulantes da movimentação intestinal; de forma indireta, estimulam a descarga biliar; e são os sais biliares responsáveis pelo aumento do peristaltismo. ENFERMIDADES INTESTINAIS b) Quanto ao estado da mucosa: Essa pode estar inflamada, infectada, diminuindo a capacidade absortiva e das secreções normais. devem-se buscar alimentos não agressores das mucosas e de consistência apropriada; devem suprimir os condimentos picantes, as infusões e o álcool; em determinadas circunstâncias, o consumo do glúten será evitado até a melhora digestiva intestinal. c) O grau de atividade enzimática: a massa alimentar que chega ao intestino, sofreu ação do suco gástrico, e entra em contato com as enzimas digestivas pancreáticas, biliares e intestinal. No intestino, as gorduras são os macronutrientes que mais sofrem modificações em sua estrutura, sendo: ENFERMIDADES INTESTINAIS GORDURAS ação biliar – emulsificação: separação das gorduras e formação de micelas para facilitar o ataque enzimático. ação digestiva das lipases pancreáticas e intestinais, que hidrolisam os lipídeos: di e monoglicerídeos e ác graxos livres. absorção dos lipídeos dependem da extensão de cadeia de carbonos, através de 2 vias: - linfática: lipídeos TCL (têm mais > 20 C) - veia porta: lipídeos TCC e TCM. Qto à complexidade entre os nutrientes, os lipídeos têm características especial, único nutriente, onde o processo digestivo inicia e termina no intestino. Dependendo de sua morfofuncionalidade. Digestão Alterada, leva à Esteatorréia ENFERMIDADES INTESTINAIS Terapêutica Dietética - tratamento I – FASE AGUDA (tempo zero do tratamento na diarréia severa) – quando há exacerbação – aumento acentuado do quadro clínico. Aparecimento súbito, dor abdominal, cólicas fortes, diarréia intensa – volumosa). Objetivos corrigir o DHE (Desequilíbrio Hidroeletrolitico) – leva à desidratação ► hipovolemia ► braquicardia; controlar a diarréia ► Má absorção e perdas de eletrólitos; pausa alimentar mínima e pequena o suficiente para corrigir o DHE. ENFERMIDADES INTESTINAIS Pausa alimentar mínima para corrigir desequilíbrios – pode ser feita por via oral ou endovenosa. Não deve ultrapassar 8 horas. Quanto menos desidratado o paciente tiver, mais precoce poderá ser a introdução dos alimentos. a Reidratação é mais comum por soro fisiológico (% de glicose e minerais), geralmente o retorno do apetite é um sinal de que o quadro clínico está restabelecendo. OBS: em pacientes com diagnóstico de anorexia: forçar a ingestão alimentar pode piorar, causando um quadro de vômitos. A desidratação é avaliada por: - perda de peso recente; - clínicos ( da diurese, dos episódios de vômitos, náuseas, falta de apetite). ENFERMIDADES INTESTINAIS II – FASE INTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS - Dieta com mínimo efeito estimulante sobre o intestino (ou com mínima formação de resíduos). Defini-se resíduo como a porção do alimentos que permanece no intestino após o processo de digestão e absorção. Elaborada através da escolha de alimentos e formas de preparações que facilitem o processo de digestão e absorção. - alimentos proscritos (proibidos): alimentos fonte de lactose (leite e derivados), sacarose, industrializados, condimentados, ricos em fibras insolúveis, raízes e tubérculos ( fitatos que inibem atividade das amilases, ação digestiva dos amidos, deixando assim resíduos), carnes vermelhas (apresentam tecido conjuntivo mais denso, ataque das enzimas proteolíticas, digestibilidade e formação de resíduos. ENFERMIDADES INTESTINAIS - alimentos prescritos: Carnes brancas (tecido conjuntivo menos denso), chás, bolacha água e sal, bolacha água, torrada, biscoito de polvilho, mel, geléia natural (sem adição de açúcar) – em pequenas quantidades, margarina (em pequenas quantidades), clara de ovo, arroz polido papa, macarrão bem cozido (sem adição de molho ácido), gelatina, sagu, água de coco, bebidas isotônicas, creme de leite em pequena quantidade (adição para elevar valor kcal – se tolerado). - VCT ajustado às necessidades do paciente - distribuição calórica dos nutrientes: Normoprotéica (12 – 15%) Normoglicídica (55 – 58%) - sem açúcares simples Normolipídica (25 – 28%) – rica em poliinsaturados (fonte: óleos vegetais e gordura de peixes de águas geladas) Fibra alimentar total: 2,8g/dia 1,0g/dia (branda .........► líquida) ENFERMIDADES INTESTINAIS preparações: mudança na consistência (branda, semi- líquida, líquida) – sopas, mingaus, coados na peneira, para evitar permanência de resíduos sólidos – estimulam mais o peristaltismo intestinal. Deve mecanizar mais os resíduos que pode ser de fácil aceitação e menor trabalho para mastigação. o fracionamento e reduzir o volume por refeição; reduzir a osmolaridade – recomenda-se o uso de nidex (maltodextrina) ► possui menor poder adoçante ou Dextrosol (glucose de amido, mais fácil absorção e possui maior poder adoçante); uso de adoçantes (edulcorantes) não é recomendado (composição química – agredir a parede e mucosa intestinal); ENFERMIDADES INTESTINAIS frutas – (sobremesas e vitaminas ou sucos) podem ser introduzidas após as sopas (refeições), pois muitas apresentam alta [ ] de ácidos orgânicos, para reduzir a atividade ácida, recomenda-se o consumo na forma de: vitaminas, amassadas ou cozidas; Dietas Obstipantes não são recomendadas (mascara o quadro da diarréia, apresenta falsa impresão que a perda de fluidos das células para o lúmen, diminui. Dietas obstipantes apenas reduz a frequência de eliminação das fezes e/ou modula sua consistência). III – FASE RECUPERAÇÃO (para quadros de diarréia que prolonga-se por mais tempo): - Ajustaro VCT de acordo com quadro nutricional e a patologia; - Priorizar manter ou recuperar o estado nutricional do paciente; - monitorar parâmetros bioquímicos (repor nutrientes específicos – vitaminas e minerais); - manter as exclusões de alimentos (quando necessário). ENFERMIDADES INTESTINAIS ESTEATORRÉIA - Deficiência de Dissacaridases - Espru-Tropical - Alergia à Proteína do Glúten - Doenças Hepáticas, Biliares e Pancreáticas Síndrome da Má Absorção: necessidade de ácidos graxos essenciais (TGCL): 4 a 10% do VCT - ácido graxo linoléico ( - 6) - ácido graxo linolênico ( - 3) - ácido graxo oléico ( - 9) Sinais clínicos: - Indivíduo apresenta fezes pálidas, líquidas, brilhantes, de odor fétido; - Desidratação em estado grave - Deficiência de vitaminas lipossolúveis - Deficiência de proteínas e minerais e CHOs) - Redução de peso corporal (inapetência e desnutrição) ENFERMIDADES INTESTINAIS TERAPÊUTICA DIETÉTICA - TRATAMENTO 1º passo - tratar a causa da Esteatorréia ► SMA 2º passo – recuperar o estado ótimo de absorção dos lipídeos e minimizar e/ou eliminar os sintomas e sinais clínicos; 3º passo – restabelecimento dos DHE e recuperação do peso corporal, correção das carências nutricionais (anemia ferropriva ou megaloblástica, glossite, descamação da pele, mucosa, flora intestinal, ...) DIETA: VCT ajustado às necessidades do paciente, inicia-se com os valores de energia para o Gasto Basal (GEB), o aumento será progressivo de acordo com a tolerância do paciente (intestinal); ENFERMIDADES INTESTINAIS característica da dieta: Hipercalórica, hiperprotéica (oligopeptídeos – ptns não osmolaridade), hipolipídica e normoglicídica; via da administração da dieta: tolerância TGI e patologia. alimentos com teor de ptns e lipídeos: clara de ovo, leite desnatado e derivados, leite de soja ( Ca+2); tomar as seguintes medidas 1) Reduzir as gorduras totais da dieta 2) Selecionar o tipo de gorduras 3) Selecionar o ponto de fusão 4) Selecionar gorduras com alto grau de dispersão 5) Escolher o tipo de ácidos graxos das gorduras ENFERMIDADES INTESTINAIS 1. Indicam-se dietas hipogordurosa, que podem ter seu teor aumentado segundo a tolerância digestiva intestinal de cada paciente, já que ótimas fontes de energia. 2. escolhem-se lipídeos com estrutura celular simples, e livres de tecido conectivo. 3. aproveitamento de uma gordura depende seu ponto de fusão; quanto mais baixo for, maior a digestibilidade desta gordura, e vice-versa. As gorduras com ponto de fusão próximo ou inferior à temperatura corporal liquefazem-se no TGI, evacuam-se mais rapidamente do estômago e emulsificam-se com maior rapidez, sendo quase completamente absorvidas. As gorduras sólidas apresentam ponto de fusão mais elevado e, revelam-se com menor digestibilidade. 4. Absorção está relacionada com o tamanho molecular, por isso, é conveniente o uso de alimentos que apresentem a gordura Homogeneizada. ENFERMIDADES INTESTINAIS DIETA COMUM gordura da dieta apresenta como 95% na forma de TG, destes 90% são ácidos graxos de cadeia longa (20C): palmítico (C16:0), esteárico (C18:0) e oléico (C18:1), os produtos de sua digestão (diglicerídeo ► monoglicerídeo ► ácido graxo livre) são absorvidos e levados pelo sistema linfático e os quilomícrons ao conduto torácico e e à circulação geral. a eficiência digestiva dependerá da disponibilidade e ação de lipases pancreáticas e sais biliares (bile). 5% são ácidos graxos de cadeia curta e média (C16:0) e (C12:0); estes são hidrolisados à glicerol e ácidos graxos pelas enzimas da mucosa intestinal (lipases intestinal) e, são absorvidos diretamente pelas microvilosidades sem reesterificação (enterócito) e, depois são transportados ao fígado pela circulação êntero hepática (portal). ENFERMIDADES INTESTINAIS OBS: quanto mais grave for o distúrbio de absorção intestinal, mais deve-se assegurar que a quase totalidade das gorduras presente na dieta seja absorvida por essa via (TCC e TCM ► êntero-hepática) – menor exigência de enzimas intestinais. Produtos fonte de gordura (TCC e TCM) Gordura Sintética ReSource® TCM - AGE Nutri TCM - AGE Nutri TCM NOVARTIS Módulo de TCM para dieta oral ou enteral - NUTERAL - Fácil absorção - Emulsão estável de fácil preparo e manipulação Indicações: Estados catabólicos; Aumento do aporte de energia em convalescentes; Geriatria e em pediatria Síndrome do intestino curto; Síndrome de má absorção Afecções pancreáticas; Fibrose cística; Mucoviscidose Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) Benifícios exclusivos: Excelente aceitação, sabor neutro; Melhor transporte e absorção intestinal; Maior tolerância em nutrição oral e enteral 41,5 kcal http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP Módulo de TCM-AGE para dieta oral ou enteral - NUTERAL - Fácil absorção - Emulsão estável de fácil preparo e manipulação Indicações: Estados catabólicos; Aumento do aporte de energia em convalescentes; Geriatria e em pediatria Síndrome do intestino curto; Síndrome de má absorção Afecções pancreáticas; Fibrose cística; Mucoviscidose Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC); Pacientes queimados, pós-traumas, sépticos, câncer e AIDS Prevenção das carências de ácidos graxos essenciais. http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP http://www.nuteral.com/nutricao/SM007.ASP http://www.nuteral.com/nutricao/SM002.ASP http://www.nuteral.com/nutricao/SM005.ASP http://www.nuteral.com/nutricao/SM006.ASP Trigliceril CM com AGE - Supportt Módulo de TCM com Ácidos Graxos Essenciais Indicações: pacientes que necessitam de um aporte calórico maior proveniente de lipídeos de fácil absorção por tempo prolongado. Dificuldades de digestão e absorção, distúrbios no transporte linfático, doenças que induzem à desnutrição, estresse metabólico e hipermetabolismo. Sugestão de uso: Pode ser adicionado a sucos, sopas, purês, vitaminas, mamadeiras, mediante prescrição de médico ou nutricionista. Frasco com 250 ml. Distribuição calórica: Lipídeos: 100% Módulo com 100% de TCM Uso em pacientes que necessitem de um aporte calórico maior proveniente de lipídeos de fácil absorção ou em situações onde o uso de TCL é contra-indicado. Sugestão de uso: Pode ser adicionado a sucos, sopas, purês, vitaminas, mamadeiras, mediante prescrição de médico ou nutricionista. Frasco com 250 ml. Distribuição calórica: Lipídios: 100% ENFERMIDADES INTESTINAIS gordura similar (gordura de óleo de coco ► hidrolisados são compostos por ácidos caprílico (C8:0) e cáprico (C10:0). quanto à atividade enzimática alterada - selecionar alimentos protéicos, livres de estruturas complexas de tecido conectivo e, modificá-los por cozimento e trituração. - diminuir ou evitar o consumo de alimentos protéicos, como p.ex., ptns do glúten. - CHOs: lactose (potente estimulante do peristaltismo intestinal – deficiência de dissacaridases) - excesso de amido na dieta pode causar desvio da flora fermentativa, sobretudo o amido de trigo (predominam a amilo-pectina de cadeia ramificada e de difícil digestão). Em produtos com amido de milho e arroz, predomina a fração amilose de característica mais simples, fácil digestão. ENFERMIDADES INTESTINAIS Fonte lipídica (hipolipídica): TCLs (óleos vegetais) em pequenas quantidades – tentar alcançar até 2% do VCT; opções: uso dos TCMs (gordura de coco ou industrializados – Abott e Nutrícia) – TCM ► 8,4 kcal/g. OBS: o TCM quando utilizado em grandes qtdes, apresentam gosto residual amargo, deve ser utilizado ao longo do dia, fracionado nas refeições, chegando ao máximo de 50,0g/dia. Fonte de CHOs (normoglicídica): evitar a ingestão dosdissacarídeos (lactose, sacarose e maltose - [ ] osmolar) – alimentos com ausência de lactose ou com lactose pré- digerida. Substituição da sacarose, o mel ou Dextrosol e Nidex. Evitar o consumo de CHOs ricos em rafinose e estaquiose (aumenta produção de flatulências); Reidratação (água de coco, refresco natural ½, isentos de monossacarídeos, sem lactose) uso de maltodextrina. ENFERMIDADES INTESTINAIS DOENÇA CELÍACA Sintomas: Esteatorréia, perda de peso, anorexia, anemia (B 12 , ácido fólico e ferro), tetania, dores ósseas e fraturas (má absorção de Ca +2 e vtiamina D), distensão abdominal e cólicas fortes, diarréia. - Perda de peso; - diminuição do crescimento pôndero-estatural; - diminuição do desenvolvimento e crescimento linear (estatura óssea, sistema nervoso central e estado nutricional). - alterações comportamentais e cognitivas (restrições do consumo de alimentos com glúten). Terapia nutricional – retirada de 4 alimentos fontes (trigo, aveia, centeio e cevada) – conseqüências para crianças: ENFERMIDADES INTESTINAIS Alimentos permitidos: preparações caseiras à base de farinha de arroz, milho, batata, polvilho de mandioca, cará, inhame, amido de milho (féculas, farinhas finas, farinhas grossas, grãos); período agudo (contato com glúten) – evitar alimentos condimentados, industrializados, açúcares, leite e derivados (fragilidade da mucosa intestinal); reiidratar e re-introduzir alimentos permitidos progressivamente (um a um); orientação nutricional deve ser fornecida aos familiares e/ou cuidadores, na escola, trabalho de conscientização com paciente (crianças e pré-adolescentes); privilegiar os cuidados nutricionais em relação à ingestão calórica, micronutrientes essenciais, fibras, água; promover e incentivar à família na criação e preparo de novas receitas (isentas de glúten) saborosas, nutritivas e consumidas por todos os membros. ENFERMIDADES INTESTINAIS Alimentos Proibidos na Síndrome de Má Absorção - SMA - Farinhas de trigo, aveia, centeio, cevada e seus subprodutos, massas, pães, bolachas, tortas, empanados etc... - leite achocolatado e maltado (Toddy, nescau, quilk, ovomaltine) - flocos de trigo (Quaker ou outra aveia enrolada) - sêmola - polenta instantânea e derivados - maionese comercial - molhos comerciais (mostarda, ketichup, etc... Condimentados) - embutidos - sorvetes comerciais - caramelos (recheios de produtos doces), doces, marmelo - carnes em conserva, patês, etc... - sopas em pacote - café instantâneo - maltes tostados - queijos frescos - cerveja, malte, levedura de cerveja - chicletes, confeitos, similares - pós para preparação de pudins, flans, sobremesa de leite e mousse ENFERMIDADES INTESTINAIS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS - DOENÇA DE CROHN Tratamento: Clínico: repouso absoluto e psicoterapia de apoio medicamentoso: uso de antiinfalmatórios-esteróides (corticóides), AINE (salicilatos) e sulfalazinas (ATB), recuperação e/ou manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e uso de agentes anti-diarréicos, quando necessários. cirúrgicos: ressecção do segmento inflamado, quando não responde ao tratamento medicamentoso, dietético e psicoterapia. Íleo (ileostomia), cólon (colostomia) ► uso da bolsa para recolher fezes extra-intestino. - RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA (RCUI) ENFERMIDADES INTESTINAIS TERAPÊUTICA DIETÉTICA - TRATAMENTO VCT ajustado às necessidades do paciente (fase aguda, fase de recuperação ou fase crônica); VCT deve atender ao estado hipercatabolismo da doença, sempre que necessário utilizar os fatores de correção (Fator Injúria e térmico); Característica da dieta: - Hiperprotéica (1,2 – 2,0g ptn/kg peso/dia); - Hiperglicídica (aumentar o consumo de fibras solúveis (90% da fibras totais) – pectina, hemicelulose, mucilagens, goma ... frutas e cereais; fibras insolúveis (<10% das fibras totais) e alguns casos até zero de qtde dentro do mínimo. - Normolipídica (25 – 28%): lipídeos selecionados (fontes de ácidos graxos essenciais), para completar ou aumentar o valor calórico, necessidade do uso dos TCMs. ENFERMIDADES INTESTINAIS Fase Aguda ou severa (complicações clínicas) - Suspender via oral – repouso ao órgão (avaliar a necessidade de suporte nutricional parenteral/tempo); - NPT: composição da fórmula (prescrita médico), observar a necessidade dos micronutrientes, qto às recomendações (DRIs) – vitamina C, - tocoferal, zinco e selênio ► alimentos antioxidantes, estimulantes do processo de cicatrização “nos pontos de inflamação”, na formação do colágeno, substâncias com poder de redução da resposta inflamatória ( níveis de TNF- , IL- 1, IL-6, linfocinas, etc..). ENFERMIDADES INTESTINAIS RECOMENDAÇÕES PARA AS OSTOMIAS Orientações Nutricionais levar em conta a posição da ostomia e, em casos de ileostomia, controlar o volume de perdas e atentar para adequada reposição oral, e, se necessário, por via endovenosa. Espera-se que haja um processo de adaptação intestinal e que com o tempo o balanço hídric o seja conseguido com maior facilidade; evitar alimentos relacionados com formação de gases: - brócolis, couve-flor, couve, repolho, nabo, cebola crua, pimentão verde, rabanete, pepino, batata-doce, grão de leguminosas: feijão, ervilha-seca, grão-de-bico, lentilha, soja, frutos do mar (mariscos e ostras), melão, melancia, abacate, ovo cozido ou frito consumido inteiro (mas não qdo faz parte de preparações), semestes oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas, caju, amendoim), bebidas gasosas, excessode açúcar e doces concentrados. ENFERMIDADES INTESTINAIS Importante lembrar que a formação de gases é individual, mantendo relação direta com a qualidade da flora bacteriana, por isso a tolerância individual deve ser respeitada: utilização de pré e próbióticos, para restabelecimento da flora saudável e protetora, utilização: FOS e inulina, alimentos fontes de bifidus bactérias e lactobacilos (casei, acidophilus e shirota); leite e derivados (fermentados) podem ser usados com moderação, sempre reavaliando a tolerância e aceitação individual à estes alimentos, principalmente em relação à formação de gases. Em alguns casos, o iogurte é melhor tolerado do que o leite; orientar o paciente a fazer as refeições em locais tranqüilos, comer devagar, mastigar várias vezes os alimentos sólidos e semi-pastosos, procurando não falar enquanto estiver mastigando, evitar aerofagia; incluir na alimentação alimentos que melhoram o odor das fezes. Ex: salsinha, hortelã, erva-doce, capim-cidreira; pêssego, maçã, ameixa, banana-maçã; esclarecer ao paciente qto ao poder laxativo e obstipante de alguns alimentos, para que ele possa ter maior controle sobre o fluxo da ostomia. ENFERMIDADES INTESTINAIS CIRUGIAS INTESTINAIS – DOENÇAS INFLAMATÓRIAS CAUSAS: câncer diverticulose fístulas e abscessos abdominais doença de Crohn e RCUI enterites por radiações, parasitoses com perfuração Síndrome do Intestino Curto (Infarto Agudo do Mesentério) A remoção de 2/3 ou mais do intestino delgado leva a sérias alterações metabólicas e à desnutrição severa Consequências clínicas comuns: perda de peso, deterioração da massa livre de gordura, diarréia, desequilíbrio hidroeletrolítico, trânsito gastrintestinal acelerado, má-absorção de nutrientes, desidratação e hipocalemia. ENFERMIDADES INTESTINAIS Gravidade da SIC irá depender da quantidade e da porção do intestino remanescente, pós cirurgia. Vários fatores determinam a evolução dos pacientes que são submetidos a essa intervenção: extensão e localização do intestino ressecado: - deve-se conhecer o quanto de intestino remanescente ficou, e qual porção intestinal, pois determina a superfície mucosa que permitirá a absorção (adaptaráa nova situação fisiológica). - do local da ressecção precisamos conhecer quais nutrientes teríam absorção específica e em que grau. - ressecção for duodenal, jejunal ou ileal, quais as modificações mais importantes a nível de absorção vamos ter. - o intestino delgado possui uma capacidade importante de reserva, o que permite que ressecções de 40 – 50% não ocasionem transtornos graves. ENFERMIDADES INTESTINAIS presença ou ausência da válvula íleo-cecal: - pode criar complicações, pois está mais do que demonstrado que ela exerce um mecanismo de freio da motilidade intestinal e o translocamento bacteriano, além de ser a região importante na absorção, desconjugação e captação dos sais biliares (reciclagem hepática ► bile), quando esta função deixa de existir produz Esteatorréia, perda de cálcio, magnésio e vitaminas lipossolúveis. estado dos segmentos digestivos: intestino delgado remanescente, cólon, estômago, pâncreas e fígado: - o intestino remanescente deve ser capaz de suprir a necessidade e função do intestino ressecado. Se ainda persistir alguma enfermidade que diminua sua capacidade, o estado nutricional será gravemente comprometido. - diminuição da atividade das dissacaridases (lactase, sacarase, maltase) ► má-absorção ► produção diarréia + flatulências ► desidratação - cólon: função de reabsorção de H 2 O e eletrólitos, em casos de sobrecarga pode pode enormente sua função absortiva ► ENFERMIDADES INTESTINAIS ► cólon direito, essa hiperfunção aumentada pode desencadear um aumento da absorção de determinados nutrientes, ex. a absorção dos oxalatos livres aumentam, eles podem difundirem em grandes quantidades na mucosa colônica e levar a amanifestação de nefrolitíases oxálica – por aumento da função excretória renal, pelo [ ] sérica de oxalátos. - No estômago: a redução de grande porções dos intestinos (ID), leva a redução na secreção de hormônios que controlam acidez (ácido clorídrico) – secretina (duodeno), desencadeiando uma hipersecreção transitória, como consequência do aumento de gastrina e, da diminuição da capacidade inibitória sobre a secreção gástrica ( produção de secretina). adaptação intestinal - É o resultado da hiperplasia das células epiteliais, aumentando a capacidade de absorção dos diferentes nutrientes, por outras porções dos intestinos (remanescente). ENFERMIDADES INTESTINAIS Dieta Intestinal adequada SIC, fístulas e Ileostomia e colostomia Alimentos produtores de gás: ervilhas, grãos-de-bico, favas, lentilhas, feijões, ervilhas brócolis, couve-flor, milho, aspargos, peixe, purê de batata, cebola, ovos, queijos (Roquefourt, Gruyère, Parmesão) e leite melão, melancia, nozes e outras oleaginosas secas, açúcares, doces simples, bebidas doces, cerveja Alimentos que podem produzir odores fortes peixe, frango, ovo, cebola, alho, milho, feijões, abóbora, outros: ATB, suplementos vitamínicos e minerais Alimentos que podem ajudar a diminuir odores fortes iogurte, leite fermentado frutas frescas: maçã, laranja, tangerina, morango, ameixa, frutas secas (damasco, uvas passas, ...), coco. hortaliças cruas: acelga, agrião, espinafre, tomate, ENFERMIDADES INTESTINAIS
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