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Fenomenologia
QUESTÕES
A filosofia de método fenomenológico foi criada na Alemanha pelo matemático e filosofo Husserl. A fenomenologia como teoria do conhecimento contesta tanto o empirismo quando o idealismo. Para a fenomenologia, o empirismo conduz ao cetismo, e o idealismo reduz o conhecimento a uma atividade puramente psicológica. Sobre a fenomenologia o que for correto: 
A fenomenologia considera que a consciência é intencionalidade, ou seja, a consciência é sempre consciência de alguma coisa. Por isso, a fenomenologia não busca explicar a consciência, mas descrevê-la no ato do conhecimento. É a partir da intencionalidade da consciência que devemos entender como se produz o conhecimento.
Analisando a fenomenologia de Husserl, está correto afirmar que:
A tarefa da fenomenologia é investigar, sobretudo, a significação das vivencias da consciência, levando em consideração o conceito de intencionalidade. 
Segundo Husserl, a fenomenologia constitui-se em um novo começo da filosofia a partir da volta as coisas mesmas. O projeto de Husserl requer atitude radical a partir do retorno ao estudo da consciência, começando pela analise transcendental das estruturas construtivas desta. 
Intencionalidade, pois toda consciência é “consciência de”, que visa alguma coisa, dirige-se para algo.
No livro Ideias para uma Fenomenologia Pura e para uma Filosofia Fenomenológica, de Husserl, podem ser distinguidas duas direções de investigar. Se uma delas pode ser chamada de orientação natural, a outra, em contrapartida, pode ser nomeada como orientação fenomenológica. Segundo o autor, podemos associar as duas orientações, respectivamente: 
Ao objeto puro e simples e ao objeto intencional.
O fenomenólogo André Dartigues, comenta a respeito da concepção de consciência de Husserl que ela contém muito mais que a si própria. Para a fenomenologia, a consciência: 
Refere-se ao ato de consciência, que sempre visa um objeto.
Aspectos que compõem o conceito de consciência intencional:
Não considera como a priori do homem ter um psiquismo.
Atos da consciência nunca estão separados dos objetos destes atos. 
A consciência não é em si mesma. Está sempre projetada, em direção ao objeto. (Conceito de intencionalidade)
Sobre as atitudes natural e fenomenológica é verdadeiro afirmar que: 
A atitude natural é o modo como cotidianamente encontramos as coisas no mundo, existindo por si mesmo.
A atitude fenomenológica refere-se a um passo metodológico pelo qual a consciência suspende a crença na realidade em si dos objetos do mundo. É a chamada Epoché. Surgem, então, os fenômenos.
Embora Husserl não se preocupasse com a pratica psicológica, a atitude fenomenológica foi assumida pela psicologia como uma possibilidade. Tal atitude acontece na pratica psicológica como esforço do psicólogo de deixar que o outro revele os significados de sua experiência tal como a experiência. 
O positivismo é um modelo de conhecimento da realidade que enfatiza a observação e elaboração das leis gerais que determina os fenômenos observáveis. O método cientifico-natural de investigação concretiza o ideal positivista de conhecimento.
A fenomenologia de Husserl inspira uma “atitude fenomenológica” nos pesquisadores das diversas ciências. Trata-se de uma postura que reconhece os limites do conhecimento produzido por elas.
Em busca de tornar-se cientifica, a psicologia do século XIX recorre ao positivismo. Para isso, adota o modelo-cientifico natural de investigação do humano. 
As ciências positivas não se interessam e muitas vezes desconhecem a concepção de realidade que fundamenta suas investigações. A fenomenologia surge como um esforço de fundamentação das ciências. 
A principal etapa do método fenomenológico, a partir do que se passa da atitude natural para a atitude fenomenológica, é a “redução fenomenológica” (Epoché). Sobre esse momento metódico é verdadeiramente afirmar que:
Abre-se mão de todo saber prévio sobre o fenômeno, a fim de que ele possa mostrar-se a partir de si mesmo.
A redução fenomenológica, proposta por Husserl, implica: 
No reconhecimento e suspensão das ideias pré-estabelecidas em prol de um contato direto com o observado e com o vivido. 
QUESTÕES
1 – No livro Psicologia Fenomenológica Existencial – a pratica a luz de Heidegger o autor elucida primeiramente, a fenomenologia como uma atitude ingênua. O que ele quis dizer com isso?
O conteúdo inicial deve ser totalmente livre de julgamentos, a fenomenologia inicialmente, evita recorrer a teorias e a modelos apriorísticos. A fenomenologia é a descrição da realidade. A fenomenologia procura descrever os fenômenos como eles são, esses fenômenos são subjetivos à cada indivíduo.
2 – De acordo com o livro, a fenomenologia se apresenta como um método de investigação que evita recorrer as teorias e modelos antecipados para que o fenômeno se revele para um observador ingênuo. Partindo desse pressuposto, no que facilitaria esse encontro desprovido de concepções previas e qual a analogia utilizada pelo autor para corroborar o oposto de tal atitude?
O que o tornaria capaz de apreender o que se mostra tal como é e não de acordo com o que teorias afirmam que sejam. Se refere ao esforço de encaixar uma situação num quadro teórico, mesmo que seja necessário distorce-la para que caiba bem. 
3 – Sabe-se que a fenomenologia super0u a dicotomia SUJEITO-OBJETO fortemente difundida pelos positivistas promovendo uma abertura para a se pensar o homem e sua relação com o mundo, com as coisas (objeto) para compreender quem é o outro que recorre ao psicólogo fenomenológico, como este se coloca diante daquele que sofre?
A fenomenologia é a descrição da realidade, nunca se baseia em hipóteses. O sujeito faz o objeto do conhecimento da mesma maneira que o objeto do conhecimento é um determinante na constituição do sujeito. O psicólogo fenomenológico investiga o discurso do indivíduo, o que propriamente foi dito por ele, sem levantar hipóteses sobre seu discurso. O psicólogo fenomenológico deve investigar o mundo do indivíduo, pois, a relação entre o ser humano e seu mundo é de tal intimidade que torna equivocada qualquer tentativa de separação de ambos.
4 – O autor confessa certa frustração inicial ao perceber, conhecendo a fenomenologia, que a mesma não explicara o comportamento humano através de recursos psicológicos específicos e/ou técnicos, entretanto compreende, ao longo do tempo, que o que a mesma propõe é, justamente, o oposto. Exemplifique:
A fenomenologia não separa o sujeito de seu mundo. A fenomenologia propõe entrar no mundo do paciente, se mantendo atento ao que o mesmo o vivencia. Para a fenomenologia nossa observação só mostra o que parece ser, a observação do próprio indivíduo (paciente) é a verdadeira quando se trata de seu próprio mundo.
5 – Diferentemente de outras perspectivas, a fenomenologia-existencial não se envereda através de métodos de investigação que determinam a personalidade, pelo contrário, ao invés de identidade, refere-se a estranheza como mais própria do seu humano. Discorra sobre os 02 aspectos que se desdobram a partir desse olhar.
A existência é possibilidade. Os aspectos são a alteridade e a temporalidade. A alteridade refere-se ao modo de ser de cada um, esse modo surge a partir das relações e trocas com os demais. A temporalidade refere-se ao tempo, o ser humano é histórico, seu passado nunca fica registrado, como aconteceu. 
6 – “Os conceitos psicanalíticos apoiam-se em hipóteses sobre o funcionamento psíquico, que, por sua vez, dependem de outra hipótese para se sustentarem: o inconsciente. A medida que a experiência pré-reflexiva de onde partem esses conceitos aparece para o fenomenólogo, eles tornam-se prescindíveis [...] isto é, antes que teorias sobre a relação SUJEITO-OBJETO interfiram no entrelaçamento com o mundo”. No que tange ao “ser psicólogo fenomenológico-existencial” descreva uma das atitudes fundamentais deste que ouve/acolhe e seus desdobramentos para o processo do “poder ser”. 
Na fenomenologia não há divisão entre sujeito-objeto, a experiênciasubjetiva torna-se acessível através dos objetos ao redor. Para compreender quem é o outro, o psicólogo fenomenológico-existencial investiga seu mundo subjetivo. Coloca o psicólogo fenomenológico no lugar de alguém que não julga o paciente, ele escuta e compreende o mundo do paciente. A psicologia fenomenológica não é corretiva de comportamentos desajustados ou equivocados. 
QUESTÕES
Texto “A relação eu-tu no encontro terapêutico” 
1 – Para Buber existem duas formas básicas de o homem se relacionar. São modos do homem se relacionarem e se colocar diante do outro e do mundo. Quais são esses modos e seus significados, respectivamente?
Na relação eu-isso, o homem se coloca diante do mundo como algo objetivo e, nessa atitude, ele se torna capaz de conhecer e habitar o mundo.
Na relação eu-tu, o homem se coloca em relação com o outro, que pode ser uma outra pessoa, uma obra, ou uma situação vivenciada. A relação eu-tu é marcada pelo impacto da presença do outro, é um encontro no qual o homem é atravessado pela potência e pela força da vivencia do outro. 
(Fazendo uma ponte com o método fenomenológico de
Husserl, é como se nos dispuséssemos diante de um outro (que não necessariamente
um sujeito (dasein)) e permitíssemos realmente que este outro nos afete, abrindo-nos
para esse contato. À luz da fenomenologia, nos colocamos sempre nessa postura
Eu-Tu, possibilitando um encontro autêntico e aberto frente ao outro e não
meramente enxergá-lo em sua manifestação ôntica (apenas em sua existência
aparente, por exemplo), restringindo-o)
2 – A autora cita uma passagem de um caso especifico de atendimento em que a estratégia-terapeuta reage a um comentário de sua cliente. Por mais chocante que tenha sido, foi terapêutico também. Explique. 
Foi terapêutico por conta do vínculo já estabelecido entre a cliente e a terapeuta, a colocação da terapeuta fez a cliente refletir e, assim começar uma relação de dependência. Após o próprio comentário da paciente e a colocação da terapeuta, o vínculo e a confiança entre elas se fortaleceu nas sessões seguinte e, teve a consequência da revelação de algo que a cliente guardava para si. 
(A postura da estagiária-terapeuta, como o próprio texto afirma, autentica um modo genuíno
de estar presente no ENCONTRO (termo que eu gosto muito de utilizar), ou seja, através
da atitude Eu-Tu da mesma em relação à cliente, foi possível que esta visse
diante de si um outro que se encontra presente de maneira real, entregue. O
interessante de destacar aqui é que nosso encontro com os clientes,
literalmente, é restrito (comparado aos dias, horas e minutos que ele passa
fora do setting terapêutico),
entretanto, no encontro terapêutico ele (a) pode vivenciar uma relação tão
autêntica e possível de ser vivida que ele (a) passa a compreender que suas
outras relações (ser-no-mundo) também são possíveis e, com isso, tem a
possibilidade de ressignificar sua existência.)
3 – Qual o papel do estagiário-terapeuta nesse encontro, e o que evitar para que não se perca nessa relação? 
A estagiaria-terapeuta colocou-se na sessão de modo geral e possibilitou que a cliente visse diante da presença de um outro real, que se coloca na relação de modo ativo, genuíno. Esse encontro possibilitou que ela visse, no microcosmo do setting terapêutico, o que poderia ocorrer em outros espaços de sua vida. 
(O que podemos oferecer é um encontro que
favoreça o desvelar das possibilidades daquela pessoa (dasein) específica, e
isso pode ser facilitado por meio da relação Eu-Tu. No encontro Eu-Tu não
agimos em favor do cliente ou do terapeuta, mas em favor do processo
terapêutico, o qual favorece (e potencializa) o reconhecimento de si mesmo
e a explicitação de um modo próprio de ser.” Outra coisa que sempre falamos: o
modo como esse reconhecimento se dará é específico de cada relação
(terapeuta-cliente) e isso não será igual para todos os encontros, pois, o
terapeuta pode ser o mesmo, mas, a partir daquele encontro, daquela relação que
se estabelecerá (vínculo), novas formas possíveis se darão para que o processo
ocorra e possibilite o desvelamento dos fenômenos.)
Texto “Uma caracterização da psicoterapia” 
1 – O autor inicia o capitulo dando ênfase a dois significativos mal-entendidos em relação ao processo de “fazer terapia”. Quais são eles e qual a maneira correta de passa-los?
Os autores vão dizer a respeito do primeiro mal-entendido, o qual se refere em considerar “a
terapia como o lugar para onde devem se dirigir as pessoas culpadas de alguma
coisa ou que estão erradas de alguma forma”. o
texto abarca que a “terapia, todavia, não é um recurso de repressão social
destinado a corrigir as pessoas que estão erradas, que se julgam erradas ou que
são julgadas erradas por qualquer tipo de grupo”.
O segundo mal-entendido é a
consideração da terapia como “o lugar no qual são aprendidos os valores, as
normas e mesmo as dicas que uma pessoa deveria seguir na eventual solução de
uma situação difícil.” Além disso, os autores destacam que essa prática ainda é
difundida – infelizmente – pelos próprios psicólogos, em virtude da ideia de
que o terapeuta detém o saber frente a outro (cliente, no caso). Salientando
esse mal-entendido e fazendo um apelo, se assim podemos dizer, é: nós ‘não
sabemos’. E é a partir desse “não saber” que nos colocamos em abertura diante
do outro para, assim, o conhecermos em sua essência.
2 – “Terapia é pró-cura”, isto é, “terapia é para cuidar”, em latim, cura tem o significado de cuidar. Neste sentido, procura de quê?
“No caso da terapia,
aquilo que se procura não é algo que vai acontecer lá no final do processo (daí
também a não necessidade de buscar – incessantemente – por um resultado), mas
algo que se dá, passo a passo, através do modo como ela se realiza. Esse ‘modo’
constitui o próprio acesso ao ‘o que’ se procura”.  Os
autores elucidam que o que a terapia proporciona é o reencontro da expressão de
nosso modo de sentir, o que é possível recordar, “re – cordar”, ou seja, um (re)
encontro àquilo que não foi esquecido e, através desse (re) encontro consigo, é
onde encontramos o solo fértil para – artesanalmente – reencontrar nossa
verdade. Podem escrever em suas anotações que é a possibilidade de ressignificação das vivências.
3 – Sabemos que a via de linguagem terapêutica é poética (artesanal, ou seja, não é uma via explicativa e, sim, comunicativa. Através dela, o cliente vai em busca de sua aleteia que, em sua origem, significa “não esquecido”. Neste aspecto, encontra-se a possibilidade de recordar o que passou, ou o que não passou, o que está sendo vivido, o que já foi ou o que virá. Entretanto, quando restaurada, a liberdade pode incomodar, isto é, nem sempre é agradável. Discorra sobre essa passagem. 
“A maneira mais comum
de se pensar é ligar a ideia de liberdade com o tornar-se livre DE alguma
coisa...(cont.)” A síntese que mais
gosto de pensar sobre essa passagem é a de que a liberdade é a liberdade
para o compromisso. Comumente as pessoas confundem liberdade com falta de
preceitos que conduzem as próprias ações (moral) ou a completa falta de
comprometimento com as coisas, mas a questão que aqui se coloca é totalmente
diferente (e, talvez, por isso que incomode tanto). A liberdade, para Sartre,
só é enquanto livre-arbítrio se ela for absurda, ou seja, não há nada que
influencie ou dite para que uma escolha seja feita, e é justamente por isso que
ela causa angústia, pois anuncia o ‘nada’ enquanto horizonte, quer dizer, não
há garantias quanto às nossas decisões/escolhas e isso é, diga-se de passagem, amedrontador.
O trecho destaca,
também, a “paixão” pelo avesso – aqui empregado no sentido de ‘dificuldades’ –
quer dizer, a própria origem dessa palavra (pathos),
revela que aquilo que nos descentraliza também pode ser aquilo pelo qual nos ‘apegamos’
enquanto razões para sustentarmos nossas escolhas (mesmo as que nos fazem mal),
pois, reconhecer e assumir nosso dom que é o de ser livre, requer muita coragem
e não é tarefa simples. Mudar implica em sair do lugar (“zona de conforto” –
que nem sempreé confortável), e, por isso, ver-se livre também pode incomodar
(mesmo sendo uma dádiva).
QUESTÕES
1 - Como a Daseinsanalyse compreende o ser humano? Nesta perspectiva, qual é o foco no atendimento psicoterapêutico?
A Daseinsanalyse permite compreender o homem segundo as dimensões que são específicas ao ser humano. Não se conecta com a cronologia do passado, presente ou futuro como determinante do sofrimento humano, mas sim a totalidade da existência de cada pessoa. Se apresenta como um meio de aproximação dos fenômenos da existência humana, buscando compreender estas dimensões através da experiência especifica de cada indivíduo. O atendimento psicoterapêutico daseinsanalítico busca ajudar o paciente a se aproximar de sua própria história, lhe dando a liberdade para entende-la e no seu tempo. O foco do processo terapêutico é a maneira como determinado paciente está relacionando consigo mesmo, com os demais a sua volta e com tudo que está em seu mundo. Portanto é necessário compreender a dinâmica da existência de cada cliente.
2 - Qual a proporção que os dados obtidos acerca do cliente em potencial são capazes de influenciar o processo de terapia?
A Daseinsanalyse vai dizer que para se conhecer melhor o mundo do cliente, é necessário ir além da coleta e da elaboração de dados trazidos pelo cliente ou sobre ele. É necessário compreender o outro, na maneira de como ele vive, de como se apresenta ao outro, pensa, reage e sente. Dessa forma, a terapia daseinsanalítica busca ir além das noções de saúde-doença, se “desprendendo” de conceitos patológicos e sintomas físicos para conhecer o modo de ser do paciente. Portanto, à luz da fenomenologia, os dados obtidos são importantes e compõem a história do sujeito, todavia, vejam, é uma parte da história desse sujeito e não ela toda. Costumo dizer que os problemas, limitações, dificuldades e obstáculos que aparecem em uma existência são fragmentos dessa existência.
3 - O psicólogo daseinsanalítico se restringe a esses dados ou vai além?
O psicoterapeuta daseinsanalítico deve escutar o cliente da forma como se apresenta, e não o fixar em rótulos e queixas que vêm de fora. Portanto ele vai além dos dados trazidos até então.

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