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GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA CAMPUS EUNÁPOLIS COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO VISTORIA E ATUALIZAÇÃO DAS PLANTAS DO IFBA – CAMPUS EUNÁPOLIS CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MAR DA GALILÉIA EM COROA VERMELHA - BA WILQUER PEREIRA DOS SANTOS EUNÁPOLIS, BA 2017 CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕES RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO POR FERNANDA TAYSSA ALVES HELLMAN Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado a Coordenação de Estágio como pré- requisito para a conclusão do Curso Técnico de nível médio em Edificações, sob a orientação do professor Guillermo Van Erven Cabala, com carga horária de 240 horas de estágio. __________________________________________ Wilquer Pereira dos Santos Discente _________________________________________ FERNANDA TAYSSA ALVES HELLMAN Supervisor de Estágio da Empresa ________________________________________ GUILLERMO VAN ERVEN CABALA Professor/Orientador _____________________________________________ LAURA ELIZABETH FERREYRA Coordenador de Estágio RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO ALUNO: TURMA: CURSO: ANO: SEMESTRE: EMPRESA: ENDEREÇO: PERÍODO DE ESTÁGIO: ____/____/____ A ____/____/____ TOTAL DE HORAS NO PERÍODO: MODELO DE RELATÓRIO A SER SEGUIDO 1. Descreva as atividades que realizou neste período, em ordem cronológica, caracterizando: - Sua atuação; - O objetivo da atividade; - Etapas de realização e as dificuldades técnicas que encontrou para realizá-las. 2. Cite a principal atividade que executou relacionada às disciplinas do seu curso (técnicas e as de formação geral), como: - Observação, controle, orientação da equipe, manutenção, projeto, planejamento, fiscalização, operação de equipamentos, outras; - Quais as habilidades e competências obtidas no curso, que foram utilizadas no desenvolvimento do estágio e sob o seu ponto de vista: - Quais as habilidades e competências deveriam ser desenvolvidas. ___________________________________________ Assinatura: Nome Estagiário AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO PELO SUPERVISOR DO ESTÁGIO Considerações: _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ Nome do Orientador do Estágio: ______________________________________________________________________ APROVADO: ( ) SIM ( ) NÃO ___________________________________________________ Assinatura e carimbo da Empresa CREA nº: ___________________________ AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO PELO ORIENTADOR DO ESTÁGIO Considerações: _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ Nome do Orientador do Estágio: ______________________________________________________________________ APROVADO: ( ) SIM ( ) NÃO ___________________________________________________ Assinatura e carimbo do orientador DADOS DENTIFICAÇÃO 1. Empresa 1.1. Nome: Fernanda Tayssa Alves Hellman 1.2. Endereço: Rua 02, 845, Bairro Jardim das Acacias 1.3. Município e Estado: Eunápolis - BA 1.4. CEP: 45.820-765 1.5. Fone: (71) 98888-7826 1.6. E-mail: tayssa80@yahoo.com.br 2. Estágio 2.1. Área de realização: Escritório e canteiro de obra. 2.2. Coordenador do Curso: Criscielli Bonella Lauer 2.3. Professor Orientador: Guillermo van Erven Cabala 2.4. Supervisor de Estágio na empresa: Fernanda Tayssa Alves Hellman 2.5. Carga horária total: 240 horas 2.6. Data de início e término: 14/06/2016 a 30/04/2017 mailto:tayssa80@yahoo.com.br Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que contribuíram nesta jornada e me motivaram... AGRADECIMENTOS Aos meus familiares, principalmente minha mãe e ao meu pai que proporcionaram apoio e motivação, por serem tudo que se espera que os pais sejam e ainda mais, por não se contentarem, revestiram minha existência de dignidade, dedicação e amor incondicional. Aos meus amigos e colegas de estágio, Bruno Miranda, Endiel Mendes e Vanessa pela paciência, apoio e por terem sido tão solícitos em todo esse período. A Fernanda Tayssa por me dar esta oportunidade para aprimorar a minha formação como técnico e Guillermo Cabala pelas inspirações como profissional e pessoa. Aos docentes empenhados em transmitir todo o conhecimento profissional e por todo auxílio, apoio e compreensão na realização deste trabalho. “Presente, passado e futuro? Tolice. Não existem. A vida é uma Ponte interminável. Vai-se construindo e destruindo. O que vai ficando para trás com o passado é a morte. O que está vivo vai adiante." (Darcy Ribeiro.) LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Depois de construído, visão frontal e lateral do edifício do campus. Figura 2 – Curvamento e não alinhado no rodapé. Figura 3 - Erro de execução no acabamento do forro. Figura 4 - O acabamento da parede com o corrimão, mal executado. Figura 5 - Possui vazamento nos dois banheiros para deficientes. Figura 6 - Erro no comprimento do corrimão e fiação de energia disposta. Figura 7 - A parede do banheiro feminino possui um estufamento. Figura 8 – Infiltração na parede em uma das salas de aulas do edifício, no IFBA – Campus Eunápolis. Figura 9 – Registro da planta baixa geral do campus, que estava arquivada no setor de arquivo morto com as outras 134 plantas da instituição. Figura 10 - Gabarito tabua corrida na frente com pregos que com as linhas de náilon marca o eixo das construções e a sua espessura na construção do condomínio Galileia. Figura 11 - Sapata 80x80 cm e base da coluna com forma de madeira travada do condomínio Mar da Galileia Figura 12 – Sapata concretada (160x80) cm e base da coluna com forma travada na construção do condomínio Mar da Galileia. Figura 13 - Forma de madeira para viga baldrame da construção do condomínio Galileia Figura 14 - Radier pronto no condomínio Residencial Mar da Galileia Figura 15 - Laje maciça dos apartamentos do condomínio Figura 16 – Contrapiso de concreto com as pontas da ferragem protegidas. Obra Coroa Vermelha.Figura 17 - Contrapiso de concreto (acima) e viga baldrame (abaixo) com desnível do lado externo ao interno do bloco. Obra Coroa Vermelha. Figura 18 – Fôrma de aço para a construção de vergas ou vigas treliçadas. Obra Coroa Vermelha. Figura 19 – O responsável pela parte elétrica da obra, o técnico em elétrica, Denis. Obra Coroa Vermelha. Figura 20 – Quadro de distribuição com Eletroduto flexível corrugado para paredes de concreto armado. Obra Coroa Vermelha. Figura 21 – Eletroduto flexível corrugado e rígido saindo do piso. Obra Coroa Vermelha. Figura 22 - Caixa das tomadas/interruptor na parede de concreto. Obra Coroa Vermelha. Figura 23 - Canos utilizados para armazenar águas pluviais em uma reserva no condomínio Residencial Mar da Galileia Figura 24 – Parte de instalação hidráulica do banheiro, água quente e fria Figura 25 – Escada pré-moldada em uma das residências do condomínio residencial Mar da Galileia Figura 26 – Escada pré-moldada em uma das residências do condomínio residencial Mar da Galileia Figura 27 – Paredes pré-moldadas em uma das residências do condomínio residencial Mar da Galileia Figura 28 - Sarrafeamento com o pedreiro de colher na mão e régua (sarrafo) à frente. Obra Coroa Vermelha Figura 29 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco VI) Figura 30 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco IX) Figura 31 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco V) Figura 32 - Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco XII) Figura 33 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco IV) Figura 34 - Visão 3D do Condomínio Residencial Mar da Galileia Figura 35 – Localização do Condomínio Residencial no município de Santa Cruz Cabrália Figura 36 – Espuma expansiva de poliuretano utilizada para veda às fôrmas metálicas. Figura 37.1 - Na primeira imagem mostra a construção da escada convencional (construído em único apartamento). Figura 37.2 - Escadas pré-moldadas (feita na obra) na parte externa dos apartamentos Figura 38 - As lajes do térreo são construídas com espessura de 7 cm, nas paredes internas dos apartamentos e são aplicado reboco de gesso diretamente na alvenaria, diferente do reboco convencional, nas paredes internas dos apartamentos, excetuando-se apenas as paredes externas e dos banheiros. Figura 39 - escada pré-moldada na parte interna dos apartamentos; os vão das escadas dos apartamentos internos são de 3,0 m. Figura 40 - A piscina adulta com estimativa de 1,5 m de profundidade, com a piscina infantil, em volta dos apartamentos. Figura 41 - A churrasqueira e a sauna, localizadas nas proximidades da piscina. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 11 2. OBJETIVO GERAL..............................................................................................12 2.1. Objetivos Específicos........................................................................................12 3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA......................................................................13 3.1. Missão da Empresa...........................................................................................13 3.2. Visão da Empresa.............................................................................................13 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................................................14 4.1 VISTORIAS DO BLOCO XVIII – IFBA – CAMPUS EUNÁPOLIS ................... 14 4.1.1 Introdução........................................................................................................14 4.1.2 Bloco XVIII.......................................................................................................14 4.1.3 Problemas técnicos.........................................................................................15 4.2 VERIFICAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DAS PLANTAS DO IFBA – CAMPUS EUNÁPOLIS ............................................................................................................18 4.2.1 Introdução........................................................................................................18 4.2.2 Organização das plantas.................................................................................18 4.2.3 Medição e verificação dos blocos da instituição..............................................19 4.2.4 Atualização dos blocos no AutoCAD...............................................................19 4.3 ACOMPANHAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MAR DA GALILEIA .................................................................................................19 4.3.1 Introdução........................................................................................................19 4.3.2 Gabarito da obra..............................................................................................20 4.3.3 Fundações – Sapatas......................................................................................21 4.3.4 Vigas Baldrame...............................................................................................22 4.3.5 Radier e lajes...................................................................................................24 4.3.6 Contrapiso.......................................................................................................25 4.3.7 Vergas.............................................................................................................26 4.3.8 Instalações elétricas........................................................................................27 4.3.9 Instalações Hidrosanitárias.............................................................................29 4.3.10 Escadas e paredes pré-moldadas.................................................................31 4.3.11 Revestimento.................................................................................................33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................35 REFERÊNCIAS........................................................................................................36 ANEXOS..................................................................................................................38 11 1. INTRODUÇÃO Esta exposição escrita descreve as atividades práticas correlacionadas ao período de estágio curricular obrigatório do Curso Técnico em Edificações, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – Campus Eunápolis. O estágio foi realizado no período entre 14 de junho de 2016 até o dia 30 de abril de 2017, e teve as aplicações dos conteúdos ensinados no período acadêmico na prática de construções civis, possibilitando um amplo conhecimento sobre o cotidiano de um canteiro de obra e os desafios relacionados à profissão, e trazendo à formação um amadurecimento tanto profissional quanto pessoal. A exposição escrita apresentará as atividades práticas executadas no estágio, realizando as tarefas correlacionadas à área de construção Civil. Foi feita (1) uma vistoria em um dos blocos construído no IFBA – Campus Eunápolis, em que se pôde visualizar o acabamento do edifício e patologias apresentadas no mesmo; organização, verificação, dimensionamento e atualização das plantas do IFBA – Campus Eunápolis (2); e o acompanhamento da execução de um condomínio residencial localizado no município de Coroa Vermelha, onde foi possível conhecer uma nova metodologia construtiva para este estagio, tratando se de uma obra inovadora, pensada no clima da região (3). O aprendizado em campo é a melhor maneira para se colocar em pratica boa parte daquilo que nos foi oferecido. A experiência e os conhecimentos obtidos durante os anos letivos do curso foram fundamentais, contudo, valeressaltar a importância dos conteúdos técnicos, como por exemplo, os da disciplina Desenho arquitetônico (leituras de projetos arquitetônicos de obra), Segurança, Meio ambiente e Saúde (verificação da segurança do ambiente de trabalho e equipamentos de proteção aos trabalhadores), Materiais de Construção (tendo o objetivo da utilidade e importâncias dos materiais necessários para construção, e suas características), Instalações Elétricas (perceber como é feito a instalação na construção), Instalações Hidrosanitárias (a forma de instalação do condomínio ao residencial) e Tecnologia das Construções (as etapas de construção da obra). 12 2. OBJETIVO GERAL Aplicação prática dos conhecimentos acadêmicos obtidos no período de formação do curso técnico em Edificações oportunizando, assim, uma experiência acerca da área de atuação. Além de trazer um melhor aprimoramento das tarefas a serem realizadas na profissão de técnico. 2.1 Objetivos Específicos Possibilitar avaliar o meio profissional e auxiliar o desenvolvimento de habilidades, atitudes e postura profissionais. Verificar as realizações dos meios construtivos de acordo com as normas brasileiras regulamentadoras. Desenvolver os ideais para resolução de problemas do cotidiano de um canteiro de obra e o relacionamento com arquitetos, engenheiros e operários da construção. 13 3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Todo o trabalho desenvolvido realizou-se no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Campus Eunápolis. O Campus Possuí uma grande infraestrutura, e bastante atividade para estagiários na área de edificações. O IFBA é um ambiente de formação para novos técnicos, e vem durante os anos abrindo espaço para a qualificação dos futuros formandos do curso. 3.1. Missão da Empresa Propiciar a formação do cidadão histórico-crítico, oferecendo ensino, pesquisa e extensão com qualidade socialmente referenciada, objetivando o desenvolvimento sustentável do país. 3.2. Visão da Empresa Transformar o IFBA numa Instituição de ampla referência e de qualidade de ensino no país, estimulando o desenvolvimento do sujeito critico, ampliando o numero de vagas e cursos, modernizando as estruturas físicas e administrativas, bem como ampliando a sua atuação na pesquisa, extensão, pós-graduação e inovação tecnológica. 14 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As atividades realizadas foram correlacionadas principalmente às áreas de Arquitetura e Engenharia Civil, aprofundando os conhecimentos sobre os processos construtivos, entendimento de um projeto arquitetônico e a perspectiva do real construído. Durante a execução das atividades propostas, houve o acompanhamento por parte da supervisora e dos demais estagiários. A orientação de ambos durante todo o período do estágio foi fundamental para obtenção do aprendizado e crescimento nas relações interpessoais. 4.1 VISTORIAS DO BLOCO XVIII – IFBA – CAMPUS EUNÁPOLIS 4.1.1 Introdução No dia 13 de abril de 2016, foi feita uma vistoria em um edifício recém-construído, denominado pela instituição Bloco XVIII, localizado no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia, bairro Rosa Neto, no município de Eunápolis (BA), tendo 4 pavimentos (térreo, e mais três andares), contendo 1 biblioteca (no térreo), 12 salas (6 salas no 1° andar, e 6 salas no 2° andar), 12 banheiros (2 banheiros feminino, 2 banheiros masculino, no qual um individual para deficiente físico e o outro coletivo, em cada pavimento, exceto no 3° andar) e 3 salas de apoio (no 3° andar). Nessa visita foi possível visualizar e verificar o edifício apresentando problemas técnicos, com diversas patologias. 4.1.2 Bloco XIII Apresentado, o edifício finalizado (figura 1) foi entregue em meados de março de 2016, ampliando espaço na instituição. Constituído por um amplo ambiente de estudos, com divisórias individuais e coletivas e salas de aulas. Buscando atender às necessidades dos Portadores de Necessidades Especiais por meio da implantação de elevador e sanitários acessíveis em cada pavimento, exceto terceiro andar. 15 Figura 1 - Depois de construído, visão frontal e lateral do edifício do campus. Fonte: Elaborado pelo autor 4.1.3 Problemas técnicos. No início do período de estágio ocorre a finalização da obra do bloco XVIII, com 4 pavimentos, no IFBA – Campus Eunápolis, que visa ampliar a infraestrutura do Campus para melhor atender a população de Eunápolis e região. Na vistoria feita ao edifício, foi possível encontrar erros referentes ao assentamento do piso, instalação do forro, execução de alvenaria, rede hidráulica, acabamentos e infiltração. A análise foi feita no dia 13 de abril de 2016, pelos estagiários do Campus. Os maiores problemas apresentados são causados por falta de treinamento e prática adequada, e desrespeito às normas técnicas. É comum o desconhecimento das normas técnicas, e mesmo quando há o conhecimento, não há o compromisso em obedecê-las. Observou-se também o uso de materiais não conformes, isto é, fora das normas e sem a qualidade mínima exigida, o que se reflete na má qualidade do produto final. Ao entrar no primeiro pavimento foram observados os problemas de execução conseguintes. Na recepção da biblioteca próxima, ao balcão de informações, podemos perceber um desalinhamento no rodapé (Figura 2). No banheiro há um problema na execução da placa do forro, que não está encaixada corretamente (Figura 3). A escada que dá acesso ao pavimento 2, deveria ter o corrimão com o recuo mínimo da parede (Figura 4). Há vazamento nos dois banheiros acessíveis, podendo ter sido causado pela falta de borrachas de vedação no sifão (Figura 5). O comprimento do corrimão das escadas de todos os pavimentos do edifício deveria 16 estar alinhado com a parede, pois dessa forma pode acontecer acidentes. Ainda, nessa proximidade, a fiação de energia estava exposta fora da parede (Figura 6). Ocorreu um estufamento no revestimento cerâmico. Que pode ter sido causado por problemas hidráulicos (Figura 7). Infiltração na parede em uma das salas do 3° pavimento. Figura 2 – Curvamento e não alinhado no rodapé. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 3 - Erro de execução no acabamento do forro. Fonte: Elaborado pelo Autor Figura 4 - O acabamento da parede com o corrimão, mal executado. Fonte: Elaborado por Endiel Mendes 17 Figura 5 - Possui vazamento nos dois banheiros para deficientes. Fonte: Elaborado pelo Autor Figura 6 - Erro no comprimento do corrimão e fiação de energia disposta. Fonte: Elaborado pelo Autor Figura 7 - A parede do banheiro feminino possui um estufamento. Fonte: Elaborado pelo Autor 18 Figura 8 – Infiltração na parede em uma das salas de aulas do edifício, no IFBA – Campus Eunápolis. Fonte: Elaborado pelo autor 4.2 VERIFICAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DAS PLANTAS DO IFBA – CAMPUS EUNÁPOLIS 4.2.1 Introdução Nesse processo descritivo serão abordadas as atividades desenvolvidas no processo de cadastramento, como por exemplo, a verificação e fotografia dos projetos arquitetônicos do IFBA – Campus Eunápolis, a organização dos documentos digitais, a medição dos blocos da instituição com equipamentos auxiliares para atualizar os projetos e adequação das plantas para o AutoCAD. 4.2.2 Organização das plantas No dia 22 de março de 2016, foram iniciadas as atividades do estágio, começando a partir das organizações dos arquivos de cada bloco do campus separadamente, inserindo pastas por áreas específicas: arquitetônico, elétrica, estrutural e hidráulica. Depois teve a orientação da supervisora para o acesso aos projetos arquitetônicos fisicamente, localizado no arquivo mortoda instituição, onde deu-se início ao registro fotográfico das plantas, contendo em torno de 135 plantas (figura 9). Esse registro fez parte da organização dos arquivos para ter a facilidade acesso a todas as pranchas e facilitar na hora do cadastramento de cada bloco do campus. 19 Figura 9 – Registro da planta baixa geral do campus, que estava arquivada no setor de arquivo morto com as outras 134 plantas da instituição. Fonte: Raissa V. Boas 4.2.3 Medição e verificação dos blocos da instituição Neste processo ocorreram as medições dos blocos da Instituição, que, apresentavam valores mínimos em cm de diferença dos projetos do campus. 4.2.4 Atualização dos blocos no AutoCAD De acordo com as medidas obtidas reais, foram desenvolvidas no AutoCAD o recadastramento dos blocos da Instituição, as imagens as seguir são as plantas medicionadas e atualizações pelo autor. 4.3 ACOMPANHAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MAR DA GALILEIA 4.3.1 Introdução O condomínio residencial, uma iniciativa privada, o Mar da Galileia localizado na Rua das Palmeiras, no bairro Praia do Mutá no distrito de Coroa vermelha, na cidade de Santa Cruz Cabrália (BA) construído pela Rede Tonziro Residenciais de Porto Seguro, com áreas de lazer, apartamentos mobiliados, estacionamentos, rede de esgoto, instalação hidráulica e elétrica. Serão construídos 42 apartamentos, divididos em blocos com 4 a 8 apartamentos. 20 4.3.2 Gabarito da obra Na primeira visita a obra, que ocorreu no dia 04 de agosto de 2016, foi feito o processo de tábua corrida. Segundo Pádua (2014, pág.03) “esta estrutura deve acompanhar as futuras paredes servindo como referência às etapas iniciais da obra como: abertura e execução dos alicerces, nivelamento das paredes e definição do piso da edificação”. Após a execução do respaldo dos alicerces o gabarito pode ser desmontado. Este método de gabarito se executa cravando-se no solo cerca de 50cm, pontaletes de pinho de (3" x 3" ou 3" x 4") ou varas de eucalipto a uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura construção, que posteriormente poderão ser utilizadas para andaimes (BARROS, 2009, pág. 05). Nas tábuas são colocados pregos indicando o eixo das paredes. Nos pregos são amarrados fios de arame ou de nylon esticados em direção às tábuas de marcação do outro lado, onde existe outro prego na mesma posição em linha (Figura 10). Estes fios de nylon ou arames se cruzam seguindo os eixos de todas as paredes, assim como locais de fundações, se entrecruzam por toda a área da futura casa. Eles ficam a uma altura exata do chão, geralmente em torno de 50 centímetros do solo, mas altura suficiente para o levantamento das primeiras paredes ou demarcação do eixo das fundações. Após a demarcação das fundações, os fios demarcadores podem ser retirados temporariamente, e depois recolocados demarcando novamente o eixo das paredes, e novamente retirados quando já estão sendo erguidas. Figura 10 - Gabarito tabua corrida na frente com pregos que com as linhas de náilon marca o eixo das construções e a sua espessura na construção do condomínio Galileia. Fonte: Elaborado pelo autor 21 4.3.3 Fundação- Sapatas “Fundações são os elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas de uma estrutura.” (AZEREDO, 1977, pág. 29). Quando o elemento é projetado com grande altura e a tensão de tração máxima diminui e pode ser resistida apenas pelo concreto, sem necessidade de acrescentar armadura, o elemento é chamado bloco de fundação direta, definido na NBR 6122 (item 3.3) como “elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura.” Para que as tensões de tração sejam resistidas pelo concreto, elas precisam ser baixas, de modo que a altura do bloco necessita ser relativamente grande. O bloco assim trabalhará preponderantemente à compressão. A sapata é definida na NBR 6122: 2010 como o “elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.” Na NBR 6118: 2014, sapata é definida como “estruturas de volume usadas para transmitir ao terreno as cargas de fundação, no caso de fundação direta.” Na superfície correspondente à base da sapata atua a máxima tensão de tração, que supera a resistência do concreto à tração, de modo que torna-se necessário dispor uma armadura resistente. A sapata utilizada neste empreendimento era de 80x80 cm (figura 11) por um metro de profundidade, o ferro utilizado possuía diâmetro de 10 mm e a camada a ser coberta de 50 cm de concreto. De uma sapata para outra, a distância usada foi de 4 m. Do lado esquerdo começava a ergue-se um pilar e uma parede à direita (figura 12), tendo como o traço de concreto, dois carrinhos de areia (para aterramento) e dois carrinhos de brita, com um saco de cimento. A ferragem utilizada foi de diâmetro de ¾”. Ao visitar outro processo de montagem de sapata na obra, foi visto que as placas de alvenaria do concreto não estavam prontas. Por isso, as paredes desta obra que seriam todas estruturais, foi feito estas como alvenaria, simplesmente paredes de tijolos, para adiantar as construções da mesma. 22 Figura 11 - Sapata 80x80 cm e base da coluna com forma de madeira travada do condomínio Mar da Galileia Fonte: Elaborado pelo autor Figura 12 – Sapata concretada (160x80) cm e base da coluna com forma travada na construção do condomínio Mar da Galileia. Fonte: Elaborado pelo autor 4.3.4 Viga baldrame As Vigas Baldrames são vigas de formato retangular, moldadas no local (in loco), dependendo do caso pode ser pré-moldadas, com a função de receber cargas das paredes e transferi-las aos blocos de fundação ou as brocas ou ao solo. As vigas baldrame podem ser denominadas como sendo uma fundação, e sua utilização pode ocorrer em terrenos firmes para transmitir cargas de parede para o solo. Este tipo de viga será calculada como uma viga comum, e para suportar as 23 cargas deverá ser construída uma valeta em tamanho proporcional ao baldrame para receber a ferragem e o concreto. YAZIYI, (2013) Segundo Yazigi (2013), deve-se inicialmente, providenciar a abertura de vala com uma largura aproximadamente de 20 cm maior que a da viga, nos trechos onde estiver enterrada. Após acabar a escavação, deve-se proceder a regularização e compactação do terreno com um soquete, do fundo da vala, até 5 cm abaixo da cota de apoio. Os painéis estruturais das formas são montados (Figura 13) e em seguida escorados com estacas e gravatas de madeira no fundo e nas laterais da vala. É preciso verificar a locação, o nível, o alinhamento e o esquadro das peças de madeira, atentando para o correto posicionamento das vigas. Figura 13 - Forma de madeira para viga baldrame da construção do condomínio Galileia Fonte: Elaborado pelo autor Em outro bloco, as vigas baldrame já tinham sido feitas. E para saber a quantidade correta de ferro a ser usada na viga, deve-se consultar o arquiteto ou engenheiro responsável pela estrutura, pois é uma parte que envolve diretamente o cálculo estrutural da edificação. Os estribos da armadura devem ser menores que as formas de aço, para permitir que o concreto, quando colocado na forma, crie um espaçamento de mais de 2 centímetros entre as ferragens e a forma. Após montar essa “moldura”, é feita a concretagem. O centro dentro do baldrame deve ser preenchido, tomando-se o cuidado para que o nível do piso não fique a baixo. 24 4.3.5 Radier e lajes A NBR 6122:1996 define o Radier (Figura 14) como um elemento de fundação superficial que a abrange em todos os pilares daobra ou carregamentos distribuídos. A resistência do solo é muito importante para o desempenho de fundação do tipo Radier, principalmente para suportar carregamentos elevados. Esta resistência do solo é influenciada pelo grau de compactação e pelo teor de umidade. Usualmente, são feitos com concreto armado simples, mas também podem ser de concreto protendido, quando a obra exigir reforços. É um tipo de fundação de execução muito rápida, pois em geral não exige grandes escavações ou a montagem de fôrmas muito complexas. Enquanto os estribos que são geralmente as barras de aço de pequena bitola dispostos transversalmente à armadura longitudinal da estrutura e tem por finalidade solidarizar a armadura longitudinal para a concretagem e de suportar os chamados esforços cortantes da estrutura, nos pilares, tem por finalidade evitar que eles sofram flambagem (curvatura devido às forças em atuação sobre colunas e pilares). Nesta obra, os estribos tinham 6 mm, os ferros 10 mm e os espaçamentos entre os estribos de 20 cm. Embora seja um tipo de fundação mais econômica, sua viabilidade técnica dependerá das características do solo e de sua interação com o peso da estrutura - análise feita pelo projetista de fundações. Geralmente, é empregado em construções mais leves, como casas térreas, sobrados ou prédios com poucos andares, construídos em terrenos de solo firme, mais compactado. A também as lajes que são maciças com espessuras de 10 cm; é utilizado uma cola para colagem das formas metálicas (paredes pré-moldadas), para que não ocorra um rompimento e vazamento do concreto quando for colocado (Figura 15). Na parte superior da laje (segundo pavimento), é aplicado pasta de regularização com coloração branca (Para regularizar a laje). 25 Figura 14 - Radier pronto no condomínio Residencial Mar da Galileia Fonte: Elaborado pelo autor. Figura 15 - Laje maciça dos apartamentos do condomínio Fonte: Elaborado pelo autor 4.3.6 Contrapiso A camada de contrapiso tem a função de regularizar a base, proporcionando, quando necessário, o caimento de água adequado. É feita de argamassa, composta por água, cimento e areia, com traço de, geralmente, uma medida de cimento para quatro de areia (Camargo, 2013). O ideal é usar areia média, sempre peneirada para eliminar impurezas. A água deve ser adicionada aos poucos, até obter-se uma massa úmida, com consistência de farofa. Neste bloco, a altura do contrapiso foi de 7 cm, o traço do contra piso usado foi 1:2:2 (cimento, areia e brita). Geralmente, o contra piso é feito pelo ajudante, mas nesta obra foi feito pelo pedreiro. 26 Após a camada do contrapiso de 7 cm e concreto de 3 cm para envolver as ferragens (Figura 16), o chão estava pronto para receber o revestimento cerâmico. O desnível do lado externo ao interno desta obra está em torno de 10 cm (Figura 17). Figura 16 – Contrapiso de concreto com as pontas da ferragem protegidas. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 17 - Contrapiso de concreto (acima) e viga baldrame (abaixo) com desnível do lado externo ao interno do bloco. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor. 4.3.7 Vergas Segundo (BORGES, 2009, p. 78), sobre os vãos das portas e janelas devem ser construídas as vergas. Quando trabalha sob o vão sua finalidade é distribuir as cargas concentradas uniformemente sobre a alvenaria inferior. Primeiramente precisa-se nivelar, passar óleo nas fôrmas (Figura 18), depois pegar a treliça e completar de concreto, podendo usar o mesmo traço de brita zero e depois vibrar, mas também pode ser feita de forma manual. Caso, não tenha o vibrador, é necessário utilizar-se barras de aço ou de madeira, que atuam como soquetes estreitos, que expulsam as bolhas de ar do concreto. É um procedimento 27 que exige experiência e tem baixa eficiência, de modo que deve ficar restrito a serviços de pequeno porte. Tanto a forma manual como a mecânica com vibrador, tem como função retirar os vazios do concreto, diminuindo a porosidade e, consequentemente, aumentando a resistência do elemento estrutural. Tem também a função de acomodar o concreto na fôrma, para tornar as superfícies aparentes com textura lisa, plana e estética. Caso isso não seja feito, irá formar bolhas de ar e consequentemente oxidação da ferragem. Figura 18 – Fôrma de aço para a construção de vergas ou vigas treliçadas. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor 4.3.8 Instalações elétricas Na parte de instalação elétrica, o responsável pela eletricidade da obra, o técnico em elétrica Denis (Figura 19), mostrou o padrão elétrico que é bifásico, onde passa toda a energia, o quadro coletivo onde fica todos os padrões e o quadro de distribuição (Figura 20). O quadro de distribuição é um equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica de uma ou mais fontes de alimentação e distribuí-las a um ou mais circuitos. Durante a obra pôde-se observar diversos eletrodutos flexíveis (Figura 21), também chamado de conduíte, que é um tubo de plástico, flexível, que conduz fiação elétrica, podendo ser montado em paredes e vigas no teto, ou pode ser enterrado ou embutido em paredes. A maioria dos sistemas de conduítes eletrodutos também apresenta seleções de acessórios auxiliares, tais como caixas de inspeção, acessórios para iluminação, tomadas de corrente, curvas e cruzamentos que ajudam na sua instalação e manutenção. O diâmetro do eletroduto usado foi de 32 mm. 28 Figura 19 – O responsável pela parte elétrica da obra, o técnico em elétrica, Denis. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 20 – Quadro de distribuição com Eletroduto flexível corrugado para paredes de concreto armado. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 21 – Eletroduto flexível corrugado e rígido saindo do piso. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor 29 Foi lembrado que não se pode colocar a fase neutra no disjuntor, pois o neutro não vai no disjuntor, somente fase. E, a haste de cobre usado foi ½”, 1 cm em cada apartamento em triângulo ou estrela, sendo que neste caso o melhor é o triângulo. As ligações em triângulo (ou delta) não possuem o condutor neutro, o que gera uma economia significativa em cabos na montagem de uma rede de transmissão. Na fase de iluminação, o fio de toda subida 4mm e descida 2,5 mm. Vimos também às caixas das tomadas, conforme pode ser visto na figura 22. Ao se chumbar (instalar na parede) as caixas de passagem de luz ou tomadas, chamadas caixas de derivação ou terminal, deve-se usar a mesma massa utilizada para o reboco nas paredes. Elas devem ficar em uma profundidade tal, que suas bordas externas fiquem faceadas (rentes) ao reboco acabado e pronto para pintura. Figura 22 - Caixa das tomadas/interruptor na parede de concreto. Obra Coroa Vermelha. Fonte: Elaborado pelo autor 4.3.9 Instalações Hidrosanitárias Segundo a NBR 5626-82, as instalações Hidrosanitárias “correspondem ao conjunto de tubulações, conexões e acessórios que permitem levar a água da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da habitação.” No bloco 5, vimos a parte de instalação Hidrosanitárias, onde tinha os canos de esgoto com medidas de 40, 50, 75 e 100 mm. Foi falado da importância das cores para sinalizar a tubulação, na obra, a cor branca representava a água quente e a cor cinza, água fria. Foi falado sobre mestra a cada dois metros com nivelamento de mangueira e a forma que eles usaram pra não entrar resíduo, cortando três peças do cano e com 30 gás maçarico girou as pontas e colocou a pedra. Observamos um buraco que foi feito para água proveniente da chuva e da caixa de gordura. Já tinha sido feito o poço artesiano com bombas submersas, que facilita na manutençãodo poço, uma vez que pode ser retirada do equipamento de bombeamento danificado, substituindo-o por outro, de acordo com as especificações de operação do poço. Pude observar também, pequenos canos (Figura 23) utilizados para armazenar águas pluviais em uma reserva. Possuem 10 cm de altura e possuem pilares certos para serem colocados. As “bocas dos canos” ficam tampadas para não entupirem as tubulações. Para fazer isso, corta-se um pedaço do cano em forma de cruz, se pega o maçarico e o vira (aquecido). Também na representação (Figura 24) a instalação hidráulica do banheiro de água fria e quente. Figura 23 - Canos utilizados para armazenar águas pluviais em uma reserva no condomínio Residencial Mar da Galileia Fonte: Elaborado pelo autor Figura 24 – Parte de instalação hidráulica do banheiro, água quente e fria Fonte: Elaborado pelo autor 31 4.3.10 Escadas e paredes pré-moldadas As escadas pré-moldadas (Figura 25 e 26), são feitas com traços estabelecidos pelas normas brasileira, utilizando areia e cimento tipo CP5. Após 24 horas de fabricado, é retirado das fôrmas. Segundo (BRUMATTI, 2008, pág. 21) “As escadas são caracterizadas por geometria irregular com planos inclinados e dentes, que trazem transtornos de montagem das formas e da armação e complicações para a concretagem. Por todas as dificuldades que a geometria irregular proporciona, a escada requer um tempo considerável de execução em obra”. Uma das vantagens da escada pré-moldada é o custo menor e o principal que é a maior facilidade de movimentação em canteiro. As escadas podem ser feitas em madeira, ferro, vidro, aço inox, alumínio, concreto ou concreto armado. A diferença entre as escadas de concreto e concreto armado está no material utilizado para confecção. A primeira é feita com um material composto de mistura de cimento, agregado miúdo, agregado graúdo, água e adensado para não reter ar. Já a segunda contém uma trama de barras de aço, projetada para que o aço e o concreto trabalhem de forma conjunta através da aderência. Somente as escadas de concreto são feitas em formas – normalmente de madeira ou metálicas. Os moldes são preenchidos com armaduras de aço e depois enchidos com um concreto especial de alta resistência e ultra secagem. Os consoles ou vigas pré-moldadas são instalados juntamente com a elevação da alvenaria. As escadas geralmente são colocadas junto com a laje. Em grandes obras são içadas com um guindaste ou grua, mas isso depende de cada projeto. Como os modelos são diversos a instalação também muda, pode ser chumbada na parede, no eixo central, na caixaria para viga central entre outras. O sistema construtivo de paredes estruturais maciças de concreto comuns moldadas (figura 27) é um método de construção racionalizado, que traz uma durabilidade em vida útil e resistência, tendo espessura de 10 cm armadas com telas metálicas eletrossoldadas (malha de 10 cm x 10 cm e diâmetro de 4,2 mm) posicionadas no centro das paredes. Os equipamentos e materiais utilizados foram às fôrmas metálicas, para as modelagens dos concretos e um tipo de espuma 32 expansiva de poliuretano (figura 35 em anexos), tem a função de veda-las fôrmas metálicas para que não ocorra vazamento na hora da concretagem. Figura 25 – Escada pré-moldada em uma das residências do condomínio residencial Mar da Galileia Fonte: Elaborado pelo autor Figura 26 – Escada pré-moldada em uma das residências do condomínio residencial Mar da Galileia Fonte: Elaborado pelo autor Figura 27 – Paredes pré-moldadas em uma das residências do condomínio residencial Mar da Galileia Fonte: Elaborado pelo autor 33 4.3.11 Revestimento Segundo (ZULIAN, 2002, pág. 01) “revestimentos de paredes tem por finalidade regularizar a superfície, proteger contra intempéries, aumentar a resistência da parede e proporcionar estética e acabamento. Os revestimentos de paredes são classificados de acordo com o material utilizado em revestimentos argamassados e não-argamassados. O ideal é fazer três camadas: chapisco, emboço e reboco. Antes de aplicar a primeira camada, foram tampados os buracos feitos quando foram colocados os encanamentos e os conduítes. O chapisco é à base do revestimento, sem ele as outras camadas de revestimento podem descolar da parede ou do teto. A cama de chapisco deve ser mais fina possível. Já o emboço, serve para massa regularizar a superfície da parede ou do teto, sua espessura deve ser de 1 cm a 2,5 cm. Reboco que é a aplicação de argamassa de cimento e areia nas paredes de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto e tem a função de formar uma superfície impermeabilizante quanto à água; uma superfície lisa para receber acabamentos como tintas, texturas, papéis de parede; confere acústica e propriedades térmicas proporcionando conforto ambiental (ambiente com temperatura mais amena que o meio externo). Na execução do reboco, primeiro executam as mestras do reboco, as mestras que vão definir a espessura do reboco e guiar o sarrafeamento da parede (Figura 28); É importante usar algum aditivo plastificante de argamassa de reboco. “Geralmente usa-se de 50 ml a 100 ml por saco de cimento, e tem um custo barato”. Após isso, aplica a argamassa na parede com o auxílio da colher e desempenadeira de pedreiro, seguindo a espessura das mestras; deixa a massa descansar para que ela perca um pouco de água para você conseguir sarrafear a massa e assim, chegar à parte em que encontramos na obra sarrafeamento da massa, que após a massa absorver, é iniciado o sarrafeamento com a régua de alumínio de 2,0m. O Sarrafeamento é iniciado de cima para baixo seguindo as mestras e cruzando a régua entre as mestras para que o pano de reboco fique no prumo e bem acabado; por fim, com a desempenadeira de pedreiro, se inicia o desempeno e acabamento da massa em movimentos circulares retirando os excessos que a régua de alumínio não conseguir retirar. Com a trincha, colocar um pouco de água nos pontos onde a 34 massa já está mais dura e difícil de passar a desempenadeira. É feito isso até que o reboco fique liso e bem acabado. Figura 28 - Sarrafeamento com o pedreiro de colher na mão e régua (sarrafo) à frente. Obra Coroa Vermelha Fonte: Elaborado pelo autor 35 5. Considerações finais O período de treinamento oferece ao estagiário a oportunidade de envolver-se em atividades práticas e aplicar o conhecimento teórico no dia-a-dia profissional. O envolvimento com profissionais experientes e a própria convivência, facilitam a inserção do estagiário no mercado de trabalho, devido ao fato do contratante já conhecer o perfil do futuro profissional. O estágio permitiu verificar diferenças entre a teoria e a prática. O fato mais marcante dessas diferenças é o de que na prática, os resultados são bem menos previsíveis, pois sempre ocorrem imprevistos, como: chuvas não previstas; equipamentos defeituosos; funcionários que faltam; ou materiais que são entregues atrasados. Além dos processos construtivos e do cotidiano da obra, foram acompanhados também a utilização dos diferentes tipos de materiais de construção que compõem a edificação e os cuidados a serem tomados na execução da obra, bem como as limitações que podem surgir durante o andamento do processo. Desse modo, conclui-se que as atividades desenvolvidas durante o estágio contribuíram grandemente para o crescimento intelectual e profissional do estagiário, mas também contribuíram para a própria instituição de ensino, uma vez que as pesquisas e atividades elaboradas no local serviram para expandir as informações sobre o campus e as maneiras de se aproveitar o potencial do mesmo. O acompanhamento da obra se relaciona principalmente com a área deEngenharia Civil, que muitas vezes é escolhida por estudantes do curso de Edificações. Mas não apenas isso, para as pessoas que não desejam seguir na área, é uma oportunidade de obtenção de conhecimento, de modo que todo aprendizado é válido, e também é uma forma de evolução do indivíduo tanto na formação de um cidadão quanto profissional. Com base em toda a experiência que tive durante o estágio e a todas as aulas dadas, me sinto apto para exercer a profissão de técnico em Edificações, podendo assim trabalhar nos mais diversos campos da construção civil, desde a execução e a coordenação de serviços de manutenção de edificações até a assistência técnica ao desenvolvimento de pesquisas tecnológicas e projetos na área da edificação. 36 REFERÊNCIAS ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. NBR 14724. Rio de Janeiro, 2011. ______. Informação e documentação -Sumário - Apresentação. NBR 6027. Rio de Janeiro, 2012. ______. Informação e documentação - Citações em documentos – Apresentação. NBR 10520. Rio de Janeiro, 2002. ______. Informação e documentação - Referências - Elaboração. NBR 6023. Rio de Janeiro, 2002. ______. Instalação predial de água fria. NBR 5626. Rio de Janeiro, 1998, ______. Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. NBR 6118. Rio de Janeiro, 2014. ______. Projeto e execução de fundações. NBR 6122. Rio de Janeiro, 2010, 91p. AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura – Prática da construção civil. 2.ed. São Paulo: Editora Blucher, 1977. BARROS, Carolina. Marcação de Obra. Pelotas – RS: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense. 2009. BORGES, Alberto de Campos. Prática das pequenas construções vol1. 9ª ed. Editora Blucher. São Paulo, 2009. BRUMATTI, Dioni O.. Uso de pré-moldados – Estudos e viabilidade. Universidade Federal de Minas Gerais. 2008. CAMARGO, Ana Carolina Fernandes. Departamento de engenharia. Editora PINI. São Paulo, 2013. PÁDUA, Marco. Locação de Obra. Curitiba – PR: Universidade Federal do Paraná. 2014. ZULIAN, Carlan Seiler. Revestimentos. Ponta Grossa - PR: Universidade Estadual Ponta Grossa. 2002. 37 YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 12ª ed. Revisada e Atualizada São Paulo: Editora PINI, 2013. Disponível em: <http://portosegurobahia.com.br/a-empresa/>. Acesso em: 17 de Maio de 2017. Disponível em: <http://portosegurobahia.com.br/condominio/residencial-mar-da- galileia/>. Acesso em: 17 de Maio de 2017. Disponível em: < http://portal.ifba.edu.br/proen/PPIIFBA.pdf > Acesso em: 01 de Outubro de 2017. http://portosegurobahia.com.br/a-empresa/ http://portosegurobahia.com.br/condominio/residencial-mar-da-galileia/ http://portosegurobahia.com.br/condominio/residencial-mar-da-galileia/ http://portal.ifba.edu.br/proen/PPIIFBA.pdf 38 ANEXOS Figura 29 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco VI) Fonte: Elaborado pelo autor. 39 Figura 30 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco IX) Fonte: Elaborado pelo autor. 40 Figura 31 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco V) Fonte: Elaborado pelo autor. Fonte: Elaborado pelo Autor. 41 Figura 32 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco XII) Fonte: Elaborado pelo autor. 42 Figura 33 – Planta baixa estrutural (medidas reais do bloco IV) Fonte: Elaborado pelo auto 43 Figura 34 - Visão 3D do Condomínio Residencial Mar da Galileia Fonte:http://portosegurobahia.com.br/condominio/residencial- mar-da-galileia Figura 35 – Localização do Condomínio Residencial no município de Santa Cruz Cabrália Fonte:http://portosegurobahia.com.br/condominio/residencial- mar-da-galileia Figura 36 – Espuma expansiva de poliuretano utilizada para veda às fôrmas metálicas. Fonte: Elaborado pelo autor 44 Figura 37.1 - Na primeira imagem mostra a construção da escada convencional (construído em único apartamento). Figura 37.2 - Escadas pré-moldadas (feita na obra) na parte externa dos apartamentos Fonte: Elaborado pelo autor Figura 38 - As lajes do térreo são construídas com espessura de 7 cm, nas paredes internas dos apartamentos e são aplicado reboco de gesso diretamente na alvenaria, diferente do reboco convencional, nas paredes internas dos apartamentos, excetuando-se apenas as paredes externas e dos banheiros. Fonte: Elaborado pelo autor 45 Figura 39 - escada pré-moldada na parte interna dos apartamentos; os vão das escadas dos apartamentos internos são de 3,0 m. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 40 - A piscina adulta com estimativa de 1,5 m de profundidade, com a piscina infantil, em volta dos apartamentos. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 41 - A churrasqueira e a sauna, localizadas nas proximidades da piscina. Fonte: Elaborado pelo autor
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