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FAINTEP - Curso bacharel de teologia - Métodos de estudos bíblicos 146

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Curso de Graduação Livre – Bacharelado Disciplina: Métodos de Estudos Bíblicos CNPJ: 08.774.907/0001-10
FACULDADE INTERNACIONAL DE TEOLOGIA 
PENTECOSTAL
CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO
BACHARELADO
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DISCIPLINA: MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS
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CONCEITO GERAL
Poucas observações bastariam para ressaltar nosso dever como 
estudantes de teologia do estudo diário das Escrituras. Note que é um 
dever e não uma opção, considerando que este era o proceder de Nosso 
Mestre, da Antiga Comunidade e dos próprios escritores bíblicos. O que 
conhecemos da Revelação de Deus está na forma de um Livro que 
necessita ser estudado para poder obter dele uma plena, absoluta e segura 
compreensão dessa revelação. Este estudo pressupõe, ou parte do 
pressuposto que o futuro pastor (ou líder de Comunidade Evangélica) é e 
será um estudioso das Escrituras, por essa razão este estudo dará uma 
orientação metodológica para que esse estudo seja eficaz.
Todos os que se aproximam das Escrituras, utilizam-se de um método de 
estudo da mesma, consciente ou inconscientemente. Não há problema em 
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ter um método de estudo das Escrituras, desde que esse método seja 
válido e nos conduza a resultados verdadeiros. É necessário verificar se o 
método que utilizamos para estudar as Escrituras é bom. Mesmo aqueles 
grupos que afirmam não estudar a Bíblia, têm seu modo especial de 
basear nela os seus pensamentos. Outros, mas conscientes da 
necessidade de estudo, utilizam-se de Comentários, Dicionários Bíblicos, 
livros de estudo dirigido e outras obras, para obter compreensão do texto 
bíblico. Ouvir palestras, aulas, “garimpar” estudos na Internet, comprar 
muitos livros e assistir a pregações é para a maior parte das pessoas o 
único método de estudar as Escrituras que conhecem. Uma pergunta aqui 
é oportuna: Por que devo estudar as Escrituras com um método 
específico? Uma infinidade de pessoas já não fez estudos que estão em 
bons livros, enciclopédias e dicionários bíblicos? Qual é a razão de tentar 
estudar de novo? Como resposta apresentamos quatro boas razões:
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Razão 1- Não podemos absorver a “teologia” dos que nos rodeiam. 
Uma leitura atenta nas Escrituras comprova que esta sempre foi a causa 
principal do desvio da fé do povo de Israel, ele absorveu os conceitos e 
costumes dos povos vizinhos, apesar das claras advertências que lhe 
foram dadas. “Modismos” criam teologias e tendências doutrinárias que, 
por se tornarem populares, agradam a multidões de pessoas 
despreocupadas com o estudo sério e a comprovação acurada da 
verdade. O que chamamos de “modas” teológicas não é necessariamente 
sinônimo de sucesso espiritual correto, pois, esse sucesso na maioria das 
vezes está fundamentado numa mentira. 
Usando um método correto
Primeira razão para o estudo das Escrituras: Não podemos absorver a 
“teologia” dos que nos rodeiam.
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Vejamos como exemplo: as multidões seguiram aqueles homens que se 
revelaram contra Moisés no deserto, o bezerro de ouro teve sucesso 
como atrativo visível para uma nova fé, nesse momento o povo de Deus 
criou uma nova “teologia”. Era a moda do momento cantar e dançar em 
volta do novo ídolo que brilhava sob os raios do sol matinal. Era 
contagiante a alegria desse povo, eles pareciam tão felizes! Josué pensou 
até que eram gritos de batalha. Porém, não havia nada de verdade, era a 
alegria e o entusiasmo momentâneo de uma falsidade religiosa nova e 
atraente, uma falsidade cheia de dança e euforia. Condenável condição do 
povo! Triste desvio da fé! Tudo era vão e ilusório (Leia atentamente: Êxodo 
32:4-7 e versos 17-19). Na sua misericórdia, porém, O Eterno corrigiu o 
povo, com severidade, é certo, mas deveriam aprender uma dura lição, 
uma amarga experiência que ficaria marcada para gerações futuras. 
Examinemos a fé à luz da razão e da revelação que foi dada. Examinemos 
pelas próprias Escrituras toda nova tendência, todo modismo e teologia 
nova. Sejamos, especialmente como futuros líderes, de uma fé madura 
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suficiente para poder discernir o certo do errado. Com certeza o Pai 
Celestial se agrada de “verdadeiros adoradores”. João 4:23.
Razão 2 - Para termos um método correto de estudo das Escrituras: Evitar 
a má exegese encontrada na literatura “cristã” sobre a Bíblia. Se um 
teólogo preparar seus comentários sobre as Escrituras Sagradas 
fundamentado na consulta de alguns comentários bíblicos suspeitos de 
heresias como, por exemplo: de Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, 
Reverendo Moon, etc, ou até comentários e dicionários bíblicos editados 
pelo cristianismo, porém de autores cuja opinião não se ajusta com a 
Bíblia, vai acabar ensinando mentiras em nome da fé. O teólogo deve 
aprender que o único critério de verdade das Escrituras Sagradas é a 
própria Escritura Sagrada. O ponto fundamental é que não podemos 
ensinar opinião humana incorreta, porém, ao mesmo tempo devemos ser 
honestos em reconhecer que entre toda a palha há comentários que se 
ajustam com a verdade, a esses comentários corretos, dentro do padrão da 
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verdade, daremos o maior valor. Aqui convêm citar o critério bíblico: 
“examinai tudo e reter o bem” (I Tessalonicenses 5:21). Devemos 
aprender a ter uma perfeita noção de discernimento para distinguir o trigo 
da palha, o ouro da escória. Esperamos que neste curso o futuro teólogo 
aprenda a ter esse discernimento.
Entendemos em primeiro lugar que Deus deseja ser buscado para ser 
conhecido, portanto, se Deus ama suas criaturas, cuida delas e anela 
traze-las de volta à Sua comunhão, então, com certeza a revelação é 
possível e necessária. Necessária porque as opiniões humanas são 
pessoais, e, portanto, não são guias seguras e nem suficientes nas 
questões como a vida, a fé e o destino eterno. As opiniões humanas são 
variadas e sempre contraditórias.
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Isto nos leva a compreender a necessidade de Deus se revelar mediante 
Sua Palavra, de maneira escrita, clara, objetiva, simples e compreensível. 
Se o Eterno falasse com cada homem em segredo, o homem poderia dizer 
em público o que achasse ser mais de acordo com seu próprio proveito, 
enquanto outro homem diria justamente o contrário do primeiro, resultando 
daí a confusão.
Usando um método correto
Segunda razão para o estudo das Escrituras: Evitar a má exegese 
encontrada na literatura sobre a Bíblia
Razão 3 – O teólogo não tem um “interprete oficial” da Bíblia. Como 
por exemplo: Acreditam os católicos que seja o papa o único a determinar 
o que é certo ou errado em questões de doutrina, ou como os Russelitas 
(Testemunhas deJeová) que afirmam que o único interprete correto da 
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Bíblia é o chamado “corpo governante”. O teólogo deverá aprender a 
estudar de forma correta para determinar com exatidão o que a Escritura 
está dizendo. Se não fizermos isto, estaremos de alguma forma 
endossando uma espécie de “credo oral” que substitui as Escrituras como 
critério de verdade. Deve perceber que inúmeras vezes o “credo oral” 
passou a ser “credo escrito” (Exemplo: credo de Nicéia). E se estabeleceu 
definitivamente na igreja como doutrina. Não é assim que um verdadeiro 
teólogo deve agir, se ele é e continuará a ser um estudante espiritual da 
Palavra ele mesmo deverá aprender de Deus a encontrar o sentido correto 
das palavras bíblicas que encontra em seu estudo. Deverá ser 
estabelecido como verdade unicamente o que as Escrituras realmente 
ensinam e nunca uma tradição, por mais anos ou séculos que ela tenha. 
Há nos Evangelhos evidente condenação por manter tradições que não 
são verdades. (Mateus 15:6).
Usando um método correto
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Terceira razão para o estudo das Escrituras: Determinar com exatidão 
o que as Escrituras estão dizendo, pois não temos um interprete 
oficial.
Razão 4 – Reconhecimento da autoridade das Escrituras com Sagradas. 
Com toda certeza Deus deveria dar à humanidade perdida uma revelação 
por escrito, para revelar-se desde o início e dando assim, a conhecer o 
Plano de Salvação. Deveria ser uma Revelação com (1) autoridade 
suficiente para não ser questionada, e para que a mensagem divina 
pudesse ser (2) preservada para todas as gerações. Deveria ser ao 
mesmo tempo uma Revelação (3) escrita, para evitar que a mensagem 
seja esquecida, alterada ou distorcida. Deveria ser (4) inspirada e (5) 
conclusiva, para impedir que seja substituída por outra de opiniões 
humanas, variadas e contraditórias. Finalmente, deveria a Revelação ser 
(6) compreensível, objetiva e clara, ao alcance de todos, para que todo 
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aquele que deseje alcançar a salvação prometida, encontre na 
simplicidade da Revelação esse Caminho. Em resumo acreditamos que 
Deus nos deu uma revelação com autoridade, por escrito, inspirada e 
compreensível.
Usando um método correto
Quarta razão para o estudo das Escrituras: Reconhecimento da 
autoridade das Escrituras como Sagradas – Necessária, por escrito, 
inspirada, conclusiva e compreensível.
O Eterno quer que o teólogo se aproxime o máximo possível de sua 
Vontade. As Escrituras é o registro dessa Vontade divina. Logo, é 
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essencial que estudemos a Palavra de Deus e procuremos compreendê-
la. Um dos conselhos mais repetidos nas Escrituras, direta ou 
indiretamente é justamente para que procuremos entender a Revelação.
Deus é sábio. Se Ele, na Sua sabedoria deixou Sua Vontade revelada em 
um livro, então temos a certeza de que é possível compreender a vontade 
de Deus pelo estudo das Escrituras. Se não o fizermos ou desistirmos da 
tarefa, estaremos desconsiderando a sabedoria divina.
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MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS
Num curso teológico deve haver necessariamente um método de estudo 
das Escrituras, pois, já analisamos em detalhes as razões e a necessidade 
de ter um método adequado de estudo. O Texto Sagrado deve ser 
estudado seguindo um padrão, uma forma que seja correta e evite os 
desvios “teológicos”, devemos seguir um método que nos aproxime com 
exatidão da verdade bíblica. Se falarmos em método, falaremos em 
metodologia. Vejamos a definição de conceitos:
Método: 1. Procedimento organizado que conduz a certo resultado. 2. 
Processo ou técnica de ensino. 3. Modo de agir, de proceder. 4. 
Regularidade e coerência na ação. 
Metodologia: Conjunto de métodos, regras e postulados utilizados em 
determinada disciplina e sua aplicação.
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(Dicionário Aurélio, Século XXI, Editora Nova Fronteira, 2001).
O método para o estudo que prepara um pastor é conhecido como método 
histórico-crítico.
O que chamamos de histórico-crítico é o método de estudo e pesquisa 
bíblica que procura levar em consideração o contexto histórico que 
envolve o texto, fazendo uma análise e avaliação profunda, acurada 
(crítica) de todas as relações desta informação com o sentido original do 
texto. É importante notar a frase: “sentido original”, pois uma ênfase quanto 
ao sentido gramatical e histórico da narrativa bíblica é a meta ou alvo deste 
método. Realiza-se com o texto bíblico a tarefa de um pesquisador, o 
mesmo trabalho de um historiador que avalia um documento antigo com o 
propósito de compreende-lo, pois acreditamos que essa é a única maneira 
de encontrar o significado original do texto.
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Deve-se, antes de tudo, ao estudar um texto levar em conta a época e a 
situação original em que o texto foi escrito. Considere: A Escrituras 
Sagradas é a palavra do Eterno dada através de pessoas históricas - Ele 
“falou pelos profetas” (Hebreus 1:1-2), portanto, o trabalho de compreender 
as Escrituras é o trabalho de um historiador, e a história é uma ferramenta 
de trabalho. O próprio texto bíblico, em geral, contém elementos históricos 
suficiente para nós dar uma idéia da situação original. Neste ponto dois 
elementos precisam ser levados em consideração quando tratamos das 
Escrituras Sagradas:
Elemento 1 – Sua particularidade histórica contrabalançada por sua 
validade eterna. O que isto significa? A particularidade histórica diz 
respeito ao que estava acontecendo na situação original, porém a 
relevância eterna leva em conta que mesmo em uma situação diferente, a 
mensagem original tem importância para cada geração posterior.
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Elemento 2 – Nosso método é um método crítico porque requer o uso de 
nossas faculdades mentais em raciocínios, julgamentos, estudos, 
pesquisa, esforços. Lembremos que a Eterna Inteligência e Bom Censo de 
Deus estão refletidos em Sua Palavra. É necessário que usemos a 
inteligência que ele nós deu para compreende-la. A palavra: “crítico” tem 
geralmente um sentido negativo, não queremos usa-la nesse sentido. O 
método é crítico porque pretende avaliar os resultados obtidos e em 
construir um pensamento correto, portanto, é uma crítica construtiva e 
nunca contra as Escrituras.
Sendo assim, a tarefa de um teólogo na sua aproximação da Bíblia é 
dupla; Primeiro, um teólogo deve descobrir o que o texto significa 
originalmente, esta tarefa tem um nome científico, é chamada de exegese. 
Em segundo lugar, devemos aprender a discernir o mesmo significado na 
multiplicidade de contextos novos ou diferentes dosnossos próprios dias, 
esta é a tarefa da hermenêutica. Em definições clássicas você poderá 
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encontrar que a hermenêutica abrange ambas tarefas, mas em tratados 
mais recentes a tendência tem sido separar as duas.
Para um estudo correto, na forma e no método de estudo de um teólogo, 
exegese é ler e explicar os textos sagrados em empatia com os escritores 
bíblicos. O teólogo é primeiramente, no estudo exegético, um historiador 
que analisa os documentos. Todavia, o teólogo deve ir além da análise 
puramente interpessoal, ele deve assumir a fé que o escritor possuía para 
entender seus escritos e sua forma de pensar. Exegese no método de um 
teólogo é um trabalho: científico, crítico, histórico, literário e espiritual, 
sendo que, a ordem destes fatores poderá ser primeiramente espiritual, 
sem deixar de usar o resto das ferramentas.
A seguir, devemos acrescentar que a hermenêutica é necessária para a 
exegese. Exegese é uma palavra que vem da língua grega, sendo 
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composta da preposição EK (de) e da forma substantiva do verbo 
HEGEOMAI (ir, guiar, conduzir) e significa “conduzir para fora” o sentido 
original de um texto. Na exegese nos procuramos entrar no texto (EIS), e 
ficar nele (EM), para então sairmos dele (EK) tirando lições para nós. A 
hermenêutica é a síntese dos resultados da exegese, tornado-a relevante 
para o leitor, ou auditório.
O trabalho de estudar as Escrituras Sagradas é um grande projeto, mas 
também um grande desafio. Deve ser conduzido com todo cuidado e 
perseverança. Excelência e compenetração são o mínimo que se pode 
almejar no estudo do Livro. 
O trabalho de um teólogo deve ser caracterizado pela alta qualidade. Na 
exposição e no ensino dos preceitos e conceitos bíblicos, esta alta 
qualidade só é atingida com empenho e dedicação. No prefácio de sua 
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edição Manual do Novo Testamento Grego, edição de 1735, J. A. 
Bengel, escreveu: “aplica-te totalmente ao texto: aplica-o totalmente a 
ti”.
A maior parte dos desvios da verdade está na confusão entre a palavra dos 
homens e a Palavra do Deus. (lembre-se da questão da tradição, no 
estudo T_0031). Pelo estudo acurado e cuidadoso da palavra Divina 
devemos nos assegurar de transmitir a mais pura vontade divina, e não 
apenas nossa opinião sobre ela. A Escritura não pode falhar (João 10:35), 
este é um dos pressupostos de Jesus, devemos aprender a pensar e 
acreditar dessa maneira também.
A inescrutabilidade – O que isso significa? (Deuteronômio 29:29) Existem 
coisas que nunca saberemos agora, deste lado da eternidade. Diante disso 
devemos ter especial cuidado ao lidar com o que não foi claramente 
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revelado nas Escrituras, não estamos autorizados a fazer conjeturas ou 
construir suposições sobre assuntos obscuros, pois muitas coisas foram 
guardadas sob o conhecimento apenas de Deus. (Atos 1:7, é um exemplo 
disto).
O que se requer de um teólogo é um trabalho em três etapas: Estudar 
(exaustivamente o texto), compreender (o texto no seu contexto histórico) 
e explicar (com exatidão e correção).
Vejamos um exemplo: Em Atos 8, podemos notar estes três elementos. A 
Escritura estava sendo lida (pelo etíope – verso 28), mas não estava sendo 
compreendida (versos 30-31). Filipe, quando entrou em contato com o 
etíope, já compreendia o texto (porque tinha estudado em profundidade), e, 
portanto, explicou corretamente a passagem (versos 32-36). O etíope não 
entendia o texto apesar de fazer a pergunta correta: “a quem se refere o 
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profeta?” (verso 34). Faltava-lhe informações históricas e textuais; de fato; 
faltava-lhe uma visão maior do plano de Deus, ou seja, do significado das 
promessas messiânicas no livro de Isaías.
O grande perigo que existe em esboçar uma metodologia é levar alguém a 
pensar que cada item é independente dos outros. Na verdade todos os 
itens do método proposto são interdependentes e formam um conjunto 
inseparável. Quatro palavras-chaves resumem o método: TEXTO – 
CONTEXTO – PALAVRAS – IDÉIAS. Estas são as ferramentas 
empregadas na busca de informações fundamentais para a compreensão 
das Escrituras.
No próximo estudo iniciaremos as considerações sobre estas quatro 
palavras-chaves da metodologia para o estudo das Escrituras. Esta ordem 
deve ser mantida em toda aproximação da Palavra do Eterno.
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Quem estuda somente os homens, adquire o corpo do conhecimento 
sem a alma; e quem estuda somente os livros, a alma sem o corpo. 
Quem adiciona observação àquilo que vê, e reflexão àquilo que lê, 
está no caminho certo do conhecimento, com a certeza que ao sondar 
os corações dos outros, não negligencie o seu próprio. Caleb Colton.
O propósito de ter um método de estudo é a total transformação da 
pessoa. O método visa a substituição de velhos e destruidores hábitos de 
pensamento por novos hábitos vivificadores. Em parte alguma este 
propósito é visto mais claramente do que na forma em que um teólogo se 
aproxima do texto. E texto é a primeira palavra-chave que define o método 
(veja de novo estudos anteriores). É no texto que devemos aplicar toda 
nossa energia mental, pois o primeiro passo no estudo das Escrituras, 
seguindo o método histórico-crítico, é estabelecer o texto.
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É preciso ler com cuidado a passagem, notando qualquer dificuldade 
textual, palavras desconhecidas e estruturas gramaticais. Também é 
necessário observar o gênero literário (se é epístola, narrativa, poesia, 
alegoria, parábola, etc.), e se dedicar ao estudo do texto.
O teólogo é um homem transformado pela Palavra de Deus. Como se 
processa isto? Em Romanos 12:2 lemos que a transformação é mediante a 
renovação da mente. A mente é renovada quando colocamos nela as 
coisas que a transformarão: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é 
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é de boa fama, se alguma 
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso 
pensamento” (Filipenses 4:8). Você notou a virtude que encabeça a lista? 
“Tudo o que é verdadeiro”, isto é significativo, pois indica a prioridade a 
ser buscada no estudo.
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O estudo é o veículo básico que nos leva a ocupar o pensamento, quando 
estamos concentrados no estudo, o pensamento não está por conta de 
seus próprios inventos. (mente desocupada, oficina do diabo – Já ouviu 
este velho provérbio?). Estudo é um tipo específico de experiência em que, 
mediante cuidadosa observação de estruturas objetivas, levamos os 
processos do pensamento a moverem-se numa determinada direção. As 
Escrituras Hebraicas instruem no sentido de as leis serem escritas nas 
portas e nos umbraisdas casas, e atadas aos punhos, de sorte que 
“estejam por frontal entre os vossos olhos” (Deuteronômio 11:18). A 
finalidade desta instrução era dirigir a mente de forma repetida e regular a 
certos modos de pensamentos referentes a Deus e suas ordenanças e às 
relações humanas. O que estudamos determina que tipos de hábitos 
devem ser formados.
O processo que ocorre no estudo deve distinguir-se da meditação. A 
meditação é um processo mais devocional; o estudo é analítico.
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A meditação saboreará o texto; o estudo deve explicar o texto. Embora a 
meditação e o estudo muitas vezes se superponham e funcionem 
concorrentemente, constituem dois processos diferentes. Acreditamos que 
o estudo do texto deve vir primeiro, pois proporciona ao texto uma 
determinada estrutura, objetiva, e dentro da qual a meditação pode 
funcionar com êxito, o estudo estará a serviço da meditação, precedendo-
a.
O método histórico-crítico aplicado: O primeiro passo no estudo de um 
texto é a:
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A repetição é uma forma de canalizar a mente de modo regular, numa 
direção específica, firmando assim hábitos de pensamentos. A repetição 
desfruta, hoje de certa má fama. Contudo, é importante reconhecer que a 
pura repetição, mesmo sem entender o que está sendo repetido, em 
realidade, afeta a mente interior. Hábitos arraigados de pensamentos 
podem ser formados apenas pela repetição, mudando assim o 
comportamento. Esse é o princípio lógico central da psicologia, que treina a 
pessoa para repetir certas afirmações regularmente (por exemplo, para 
quem tem problema de auto-afirmação ou problema de auto-imagem 
negativa, deve repetir a frase, acreditando na verdade nela contida: amo a 
mim mesmo incondicionalmente). Nem mesmo é importante que a pessoa 
esteja consciente do processo mental que está desenvolvendo; basta que 
a afirmação seja repetida. A mente interior é assim treinada, e afinal 
responderá modificando o comportamento para conformar-se à afirmação. 
Naturalmente, este princípio tem sido conhecido durante séculos, mas só 
em anos mais recentes recebeu confirmação científica. É por isso que a 
programação de televisão tem tanta importância, os anunciantes sabem 
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disso e fazem da repetição uma forma de fixar na mente do tele espectador 
um determinado produto. O mesmo processo é aplicado na música, pela 
repetição constante de uma letra musical, a verdade nela contida se fixa 
também mentalmente.
A concentração é o segundo elemento prático no estudo. Se além de 
conduzir a mente repetidas vezes ao assunto em questão a pessoa 
concentrar-se no que está sendo estudado, a aprendizagem aumenta 
sobremaneira. A concentração centraliza a mente. Ela prende a tenção em 
detalhes específicos. A mente humana tem a capacidade incrível de 
concentrar-se. Ela está a todo instante recebendo milhares de estímulos, 
cada um dos quais capaz de armazenar-se em seus bancos de memória 
enquanto se concentra nuns poucos apenas. Esta capacidade natural do 
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cérebro aumenta quando, com unidade de propósito, concentramos nossa 
atenção num desejado objeto de estudo.
Quando não apenas de maneira repetida canalizamos a mente num 
determinado sentido, concentrando nossa atenção no assunto, mas 
entendemos o que estamos estudando, então atingimos um novo nível.
A compreensão nos leva ao discernimento da verdade contida no texto e 
provê uma base sólida na percepção dessa verdade, de maneira que se 
torna clara para nós e para ser explicada. O estudo das Escrituras, como 
feita por um teólogo, começa com as Escrituras e com a mente aberta para 
ela. O Texto é a passagem ou trecho das Escrituras que vai ser estudado 
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envolvendo os três itens acima: Repetição, concentração e 
compreensão, na verdade três passos que não podem deixar de ser 
levados em conta na hora do estudo.
Voltamos nossa atenção para os estudos anteriores, onde definimos as 
palavras-chaves da metodologia de estudo das Escrituras, a primeira 
palavra-chave é: Texto. Um resumo do que temos considerado até aqui. 
Abordamos o texto para o estudo seguindo os três passos definidos 
nesta lição: repetição, concentração e compreensão.
“O vocábulo texto deriva do latim texere, que significa tecer, e que 
figurativamente quer dizer reunir, construir, compor e expressar o 
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pensamento em contínuo discurso ou escrita. O substantivo textus indica 
então o produto do ato de tecer, o tecido, a trama, e, assim, no uso 
literário, a trama do pensamento de alguém, uma composição contínua” J. 
A. Broadus, O Sermão e o seu Preparo – Casa Publicadora Batista, 1967, 
Segunda edição, Rio de Janeiro, pág. 15.
Primeiro Passo No Estudo Crítico-Histórico-Literário das Escrituras – 
Estudo do Texto
Considere com atenção esta declaração de Jerônimo a propósito da 
Vulgata:
“De velha obra me obrigais a fazer obra nova... Qual de fato, o sábio e 
mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar (novo, ou 
da Vulgata), depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se 
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acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha 
imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego, um falsário, porque terei 
a audácia de ACRESCENTAR, SUBSTITUIR, CORRIGIR alguma coisa 
nos antigos livros? Um duplo motivo me consola desta acusação. O 
primeiro é que vós, que sois o soberano pontífice, me ordenou que o 
fizesse, o segundo é que a verdade não poderia existir em coisas que 
divergem...” Enciclopédia Barsa – Serviço de Pesquisa, No 1.976 – Carta 
de S. Jerônimo ao papa Damaso, a propósito da Vulgata. Extraído de: 
Introdução à Bíblia (I – Introdução Geral) de Caetano M. Perella, O. M. e 
Luigi Vagaggini, O. M. Edição da Editora Vozes. (parêntese e destaque são 
nossos).
Todo estudante do Curso de Teologia tem a obrigação de examinar com 
atenção a declaração de Jerônimo em que ele reconhece ter feito 
mudanças, acréscimos e alterações na Bíblia. Uma outra conceituada 
obra de consulta, a Enciclopédia Delta-Larousse nos informa que por 
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outras obras de Jerônimo sobre as Escrituras e por causa, especialmente, 
de sua tradução para o latim (Vulgata), Jerônimo tornou-se o fundador “da 
exegese católica” Delta-Laroussse, Vol. VI pág 3.131. Surge assim uma 
interpretação muito apropriada aos interesses da Igreja que se 
configurava através de Concílios, pois sabemos que exegese é uma 
interpretação da Bíblia, que se for moldada nos padrões católicos resulta 
numa teologia católica.
O professor presbiteriano B. P. Bittencourt que é DoctorisPhilosophian 
Pela Boston University, USA, e com pós-graduação na Rüprecht Kart 
Univertät, de Heidelgerg, Alemanha, no seu excelente livro: O Novo 
Testamento – Metodologia da Pesquisa Textual, Terceira Edição, 
Revista, Atualizada e Ampliada, Editora JUERP, Rio de Janeiro, na página 
167, escreve:
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“Sabe-se que a Vulgata é base sumamente fraca para uma tradução da 
Bíblia. Deve-se lembrar que Figueiredo traduziu a Bíblia no século 18, 
depois de muitas tentativas para a publicação de uma edição crítica dos 
textos originais e da Vulgata, e essas tentativas tornaram-se fonte de 
corrupção textual em vez de melhora. Frederic Kenyon, grande crítico 
inglês, diz sobre a Vulgata, quanto ao Novo Testamento, o que, sem 
dúvida, se poderia aplicar também ao Antigo: ‘Tanto quanto interessa a 
uma tradução do Novo Testamento, a Vulgata é meramente revisão das 
velhas versões latinas, mais ou menos boa, embora não exata nos 
Evangelhos, muito superficial nos outros livros’” Citando Handbook, pág. 
218.
Notamos, portanto, que os eruditos reconhecem que a Vulgata não é exata 
nos Evangelhos, e muito superficial no resto dos livros, uma base 
sumamente fraca para uma tradução. Qualquer que se aventurar a fazer 
uma tradução da Vulgata para outra língua estará cometendo um sem 
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número de erros. Portanto, a Vulgata Latina é uma clara demonstração de 
como a corrupção textual pode se perpetuar. Na página 127, o Dr. 
Bittencourt afirma o seguinte:
“Acaba o estudante de ver, metodicamente apresentado, as múltiplas e 
variadas formas que a corrupção textual tomou nos primeiros séculos da 
transmissão do texto do Novo Testamento”. 
Diante de uma afirmação tão clara, como podem algumas pessoas ainda 
afirmar que a Bíblia não sofreu corrupção textual?
Começou a corrupção textual apenas com Jerônimo no quarto século? 
Não, a corrupção textual já tinha começado muito tempo antes dele. 
Tertuliano (anos 160-220) e que, portanto, viveu muito antes de Jerônimo 
já mencionava o fato de que os originais da Bíblia se tinham perdido e o 
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que existia eram copias adulteradas, corrompidas da Bíblia. De Tertuliano 
o professor Dr. Bittencourt escreve:
“Embora Tertuliano faça referência a cartas autênticas em sua época, os 
originais já se haviam perdido e a corrupção textual já tivera início”. Pág. 
118
Ainda sobre essa época chamada de “patrística” (relacionada com os ‘pais 
da Igreja’) e sobre a corrupção do texto o Dr. Bittencourt acrescenta:
“Orígenes... no seu comentário sobre Mateus queixa-se de que as 
diferenças entre os escritos dos Evangelhos se haviam tornado 
grandes, quer através da negligência de alguns copistas, quer através da 
perversidade audaz de outros, que alongam ou abreviam o texto”. Pág. 
118.
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Por favor, leia de novo o documento acima, examine cada frase e 
comprovará que nos primeiros séculos a Bíblia sofreu grande influência e 
muita coisa foi mudada, quer seja intencional ou casual. “Diferença entre 
os escritos dos Evangelhos”, isso não lhe diz nada? Não? Não é 
possível que você não veja o alcance desta frase de um erudito. Por essa 
razão, única razão, como teólogo, ou futuros teólogos, devemos ter em 
alta estima o texto original, na busca do mais autêntico e na restauração 
do sentido original da Palavra. Como verdadeiros e sinceros estudantes da 
Palavra de Deus voltamos nosso olhar e entendimento para o sentido 
semítico, isso para o Antigo Testamento, ou seja, o entendimento hebreu 
das Escrituras Hebraicas, posicionando o texto em estudo, se for do Antigo 
Testamento, no seu contexto histórico, que era o mundo semítico, numa 
cultura hebraica, da época da Palestina – Onde, como exemplo muito 
comum, o ato de rasgar a roupa e encher a cabeça de cinza era uma 
expressão de luto, dor e tristeza. Com relação ao Novo Testamento, cujas 
obras foram escritas em grego, nosso olhar como estudantes da Bíblia e 
nossa aproximação dela deve ser crítico (no sentido científico que essa 
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palavra tem), devemos estar examinando cada frase, cada palavra 
somente à luz do que é mais próximo do original. Lembrando que o escritor 
da Bíblia quer sejam profetas, quer seja apóstolo, com raras exceções 
eram semitas, eram hebreus, numa época distante da nossa em que 
muitas palavras por eles usadas têm um sentido e um significado próprio 
para essa cultura e época. Como Teólogos devemos sempre confessar 
nossa fidelidade às Escrituras nos seus textos originais.
A Vulgata Latina, de Jerônimo ganhou valor e prestígio na Igreja de Roma, 
e foi considerada como a rainha das versões, tanto é, que até pouco 
tempo, no mundo inteiro, a missa (liturgia Católica) era ministrada em latim, 
porém, a Vulgata prevaleceu e prevalece ainda até hoje, mesmo que 
outras vozes se tenham levantado em protesto contra ela, como exemplo: 
pessoas que levantaram seu grito de protesto contra a Vulgata podemos 
citar um documento extraído da Enciclopédia Delta-Larousse, Vol. III, 
pág 1.116:
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“Ulrico de Hutlen, defensor do humanista Reuchlin, que iniciara as 
controvérsias religiosas chamando a atenção para as traduções 
defeituosas da Vulgata”. 
Ora! De novo você encontra uma declaração honesta, e se você é também 
honesto em sua fé, acredite que a Bíblia sofreu por causa de traduções 
defeituosas. Estamos considerando a Vulgata Latina porque foi ela que 
formou a base da maioria das traduções das Bíblias chamadas de 
Católicas. Nota: Isso será assunto de estudos mais detalhados na 
disciplina “História do Texto Bíblico”. Apenas mais um pequeno acréscimo 
sobre a Vulgata Latina.
Os Discursos Mudam a Mentira em Verdade
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Gostaríamos agora que o estudante prestasse especial atenção nesta 
declaração de um cônego católico:
“O católico recebe a Sagrada Escritura como sendo a própria Palavra de 
Deus, recebe a garantia de que todos os livros da Bíblia, com suas 
diversas partes, tais como se apresentam na versão Latina chamada 
Vulgata, são inspiradas, isto é, têm como autor o próprio Deus, e assim 
sendo não podem conter erro algum”. Artigo do cônego Gustave Bardy, 
com imprimatur da Igreja Católica Apostólica Romana: Divione, dei XXa, 
octobris 1935 – Assinado por G. Jacquin, v. g. para a Enciclopédia Delta-
Larousse, Vol. IV, pág 1.839.
Esta é uma afirmação, talvez, arrogante demais. Atribuir à Vulgata 
inspiração divina, é um discurso bem preparado para induzir os católicos a 
crer que a Bíblia não contem erros. Se nos já sabemos que o próprio 
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Jerônimo, tradutor da Vulgata confessaque fez acréscimos, mudanças e 
correções nos Livros tradicionais, então é obvio que uma afirmação como a 
de cima é uma declaração improcedente.
Posteriormente, os papas Gregório VII (1073-1085) e Inocêncio III (1198-
1216), usaram a autoridade da Igreja para conservar unicamente essa 
versão latina, a Vulgata, evitando qualquer outra versão ou tradução feita 
dos originais. O Concílio de Tousousse na França, em 1229, decretou que 
ninguém poderia usar outra versão da Bíblia que não fosse a Vulgata 
Latina, e para impor esse decreto a Igreja usou a Inquisição, que durante 
400 anos perseguia e mandava matar qualquer pessoa que tivesse uma 
versão diferente da Vulgata Latina, como exemplo desses fatos podemos 
citar vários, bastam dois exemplos para uma amostra. Francisco Enzinas 
na Espanha foi encarcerado pela inquisição católica (1544), por ter 
traduzido e publicado o Novo Testamento em espanhol. Da mesma 
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maneira lembramos de Miguel Servet, condenado à fogueira, sendo 
queimado lentamente pelo “crime” de discordar de traduções mal feitas.
Com estas considerações não queremos desfazer da Bíblia, mas fazer com 
que todo estudante de Teologia compreenda que devemos ter o máximo 
de cuidado no estudo da Bíblia para não cometer os mesmos erros do 
passado e ensinar o que não era original dos apóstolos e profetas. Quando 
ensinar um “assim diz o Senhor” que não seja falso, mas firmemente 
fundamentado no alicerce da Palavra.
Ainda hoje, em nossos dias, depois de 1965, logo após o Concílio Vaticano 
II, a Igreja de Roma começou as comemorações do dia da Bíblia, na 
semana do dia de 30 de setembro, data do falecimento de Jerônimo, que 
traduziu para o Latim a versão chamada Vulgata, versão que foi 
definitivamente oficializada no Concílio de Trento (1545). 
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Finalmente, para concluir esta parte relacionada com a Vulgata citamos de 
novo o Dr. Bittencourt:
“A fim de purificar o texto da Vulgata, várias edições foram feitas por 
Alcuino, Teodulfo, Lanfrano e Estevão Harding, durante a Idade Media. 
Cada tentativa de restaurar o trabalho de Jerônimo piorou o que existia. 
Daí resultar que os 8 mil manuscritos da Vulgata hoje conhecidos 
apresentam as mais curiosas contaminações. Chama-se Vulgata esta 
tradução de Jerônimo por ter esta versão grande circulação na Igreja 
Católica desde o sétimo século, e gozar da aprovação da Igreja Católica 
como versão autorizada, o que aparece, depois na forma explícita na 
primeira edição do papa Sixto V, em 1590, e do papa Clemente II, em 
1592, até a Nova Vulgata, esta última edição foi feita por iniciativa do papa 
Paulo VI pela constituição apostólica em 25 de abril de 1979, época em 
que começou a circular. Esta nova Vulgata... apresenta inumeráveis 
alterações do texto de Jerônimo em matéria puramente estilística... sendo 
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que a edição de 1590 já havia sofrido mais de 5 mil alterações”. Pág. 95-
96.
Este documento do Dr. Bittencourt nos apresenta a informação de que a 
Vulgata foi tão infiel ao original que em 1590 foram feitas mais de cinco mil 
alterações e mesmo assim não foram suficientes para purificar o texto de 
Jerônimo. Terminando está primeira parte, em que foram examinados fatos 
e conclusões de eruditos sobre a Vulgata, fazemos algumas perguntas: 
Como um teólogo deve encarar os fatos? Como podemos ter certeza de 
que a Bíblia que temos em mãos não é mais uma outra “vulgata” com seus 
inúmeros erros? Como foi que a Versão de João Ferreira de Almeida 
chegou até nós? Como estudar a Bíblia? A resposta então se torna óbvia: 
Devemos aprender a estudar a Bíblia de maneira correta, para não fazer 
interpretações erradas que levem a conclusões também erradas. Neste 
Curso estamos aprendendo uma metodologia de estudo da Bíblia que nos 
levará a conclusões verdadeiras sobre a revelação divina. 
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Estamos na primeira parte do estudo - O texto – Considerando o que foi 
exposto sobre a Vulgata, concluímos que o Texto Bíblico em estudo, 
Deveria representar o conteúdo da mensagem que o escritor bíblico quis 
transmitir. Deveria ser a mensagem original, no seu contexto literário 
histórico. Deveria expressar a verdade. Quando usamos a palavra 
“deveria” no condicional, é porque todos sabemos a dificuldade que 
qualquer estudante das Escrituras encontra, pois as Bíblias em português 
são traduções e muitas vezes não é a mensagem nas palavras literais dos 
escritores originais. Muitas traduções já são, na verdade, uma 
INTERPRETAÇÃO do texto, portanto, NÃO é o texto original. Por causa 
disto devemos aprender a conferir a fidelidade da tradução que vamos 
estudar. Está ela de acordo com o sentido original? Expressa corretamente 
o pensamento do autor? Não houve modificação de palavras e frases no 
texto em estudo? Esta disciplina responderá essas questões teológicas.
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A maioria dos brasileiros sabe que a Bíblia não foi escrita originalmente em 
português. De alguns anos para cá se tem popularizado em especial duas 
versões bíblicas uma chamada de Corrigida e outra chamada de 
Atualizada. Lembremos que a palavra “Versão” indica uma tradução da 
Bíblia para uma determinada língua e indica sua modalidade específica, 
por isso falamos em Versão Corrigida e Versão Atualizada. Nestas duas 
versões encontramos numa leitura de um mesmo texto diferenças em 
algumas palavras, na sua maior parte são diferenças de estilo (estilísticas) 
e não de conteúdo. Essas diferenças entre Corrigida e Atualizada, porém, 
não tem causado tantas questões como as suscitadas por Versões mais 
recentes que não são baseadas na tradução tradicional de João de 
Ferreira de Almeida, de 1748.
Se hoje um brasileiro, recém convertido, entrar numa livraria evangélica e 
perguntar por uma Bíblia para comprar ficará consternado e até confuso ao 
ver tantas Versões. Então surgem algumas perguntas que 
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necessariamente devem ser respondidas. Pois na maioria das vezes é o 
pastor, ou líder de uma Comunidade Cristã que deve responder: Por que 
existem tantas Versões da Bíblia? Por que aquela Versão não tem todas as 
palavras que minha Versão tem? E se há palavras diferentes, e até 
palavras omitidas, qual é a Versão mais certa? Será que mais de uma 
pode ser correta? Se há somente uma certa, porque existem as outras e 
são também “Bíblia” – Palavra de Deus? Como pode uma instituição cristã 
vender aos crentes Versões contraditórias até?
Você está percebendo que estas perguntas podem surgir na mente de 
qualquer novo convertido e ir com essa pergunta para o pastor? Qualquer 
pessoa que entra numa livraria evangélica verá uma infinidade de Versões. 
Já fiz a experiência de fazer essas perguntas para um irmão encarregado 
de uma livraria, e a impressão que me causou a resposta foi que não havia 
tanto interesse no conteúdo da Bíblia, mas em ter uma variedade delas 
para poder vender a pessoas com diferentes gostos. Nãoqueria ter saído 
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da livraria pensando que era apenas uma questão de “comércio”, gostaria 
de ter recebido uma resposta mais perto da adequada.
Como então tirar proveito do estudo da Bíblia: Lembre que estamos até 
aqui estudando a primeira parte do método, ou seja, o que se refere ao 
TEXTO. Então, é significativo a esta altura ter uma resposta correta da 
pergunta: Por que existem tantas Versões da Bíblia? Se nos estamos 
estudando um texto, como podemos saber se o texto em estudo é o correto 
de acordo com a Versão que tenho em mãos?
A Importância de uma Tradução. 
Quando o salmista escreveu que as Escrituras era uma luz no seu caminho 
(Salmo 119:105), com certeza estava se referindo às Escrituras Hebraicas 
que ele conhecia. Mas, para a maioria dos brasileiros que não conhecem 
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Hebraico, não seria uma luz, pois, não entenderiam nada do que está 
escrito. A menos que as palavras hebraicas fossem traduzidas para o 
idioma nacional.
Se a fé vem pelo ouvir a pregação e o ouvir da pregação é da Palavra de 
Cristo (Romanos 10:17). Como então poderíamos ter fé se as Palavras de 
Cristo não fossem traduzidas. Agradecemos a Deus pelas traduções, e 
agradecemos mais ainda pelas traduções que se aproximam das fontes 
originais.
Voltemos nossa atenção para a problemática das Versões: imaginemos um 
professor de Bíblia ensinando sobre a parábola dos dois filhos (Mateus 
21:28-32) e não entender porque seus alunos insistem em dizer que o 
primeiro obedeceu a seu pai, enquanto ele está lendo claramente em sua 
Bíblia que o segundo é que obedeceu. Se ele tivesse tomado 
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conhecimento dos problemas crítico-textuais envolvidos neste texto, não 
teria sido apanhado de surpresa. A resolução deste enigma é que o 
professor está usando a Almeida Revista e Atualizada (desde agora: 
ARA) e os alunos estão usando a Versão de Almeida Revista e 
Corrigida (desde agora: ARC). Uma versão diz que é o segundo filho que 
obedeceu, enquanto que outra diz que foi o primeiro.
(Nota: O aluno deve guardar as abreviaturas das versões ARA e ARC).
Um bom modo de procurar estabelecer o texto certo, mesmo quando não 
se tem acesso ou condições de consultar um texto original com aparato 
crítico (veja nota), é consultar muitas versões do texto bíblico em estudo. 
Ler e comparar várias traduções pode mostrar variações devidas a 
problemas textuais (diferentes manuscritos usados como fonte de 
tradução), ou mudanças de entendimento na tradução do original. É 
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importante lembrar que a maior parte das diferenças entre traduções 
(versões) é devida a este segundo fator. Entretanto, há casos em que um 
estudo minucioso comparando as diversas traduções ajuda a ver as 
diferenças devidas a problemas de transmissão do texto.
Nota: Aparato Crítico são as explicações em pé de página que se 
encontram nas Bíblias em Hebraico e Grego, explicando a razão das 
variantes. Variantes: são as diferenças de um mesmo versículo que se 
encontra entre vários manuscritos antigos. 
A leitura de Colossenses 3:4 em várias versões mostra que há uma 
possível divergência de origem crítico-textual sobre qual o pronome certo 
que deve ser colocado ali: “nossa” (apoiado por ARA, ARC) ou “vossa” 
(apoiado pela Bíblia de Jerusalém [BJ], Bíblia na Linguagem de Hoje [BLH] 
e pela versão revisada de Almeida [VR]). Neste caso a divergência tem 
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pouca importância para o sentido geral do texto (como a maior parte das 
variações textuais da Bíblia), mas é bom saber usar as traduções para 
encontrar estas variações. E, uma vez encontradas, elas são uma alerta 
para prestar maior atenção.
Antes de continuar, é importante dar uma palavra sobre as versões 
bíblicas. A ARC é geralmente a mais problemática nas questões crítico-
textuais, por basear-se num texto grego preparado antes do 
desenvolvimento da crítica textual. Ela foi baseada no chamado Texto 
Recebido (Textus Receptus). Versões católicas como BJ e a Bíblia editora 
Ave Maria (BAM) são úteis por usarem textos críticos mais modernos. 
Porém, é necessária uma palavra de cuidado: as versões católicas são 
sempre influenciadas pela Vulgata Latina; e, por isso, muitas de suas 
decisões crítico-textuais não são imparciais. Sobre a BJ é necessário dizer 
algo mais: o espírito não ortodoxo de alguns comentários textuais 
aconselha o uso da mesma com reservas. A BLH e VR parecem ser as 
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mais atualizadas no que diz respeito às variações dos textos, assim 
mesmo, parece que a BLH tem a tendência de emendar muito o texto do 
Antigo Testamento. A ARA é boa, embora não tão atualizada quanto esta 
última. A Mattos Soares (MS) serve para ver o que diz a Vulgata, já que 
não é uma tradução dos originais, mas da famosa versão de Jerônimo. 
Estas palavras sobre as versões são gerais, havendo necessidade de 
avaliar, em cada leitura, os méritos de cada uma delas.
 
Em Colossenses 2:2 vemos que a BJ segue um texto inferior ao seguido 
por ARC, ARA, BAM, BLH e VR. Como era de se esperar MS segue a 
Vulgata. Assim cada leitura das versões merece análise cuidadosa. No 
caso de Mateus 21:28-32, o texto da ARC é melhor do que o da ARA e 
VR.
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Imaginemos uma cena: A Igreja onde foi convidado usava a Versão 
chamada: NVI Nova Versão Internacional, sabendo disso, e como a 
palestra tratava justamente sobre Versões, para iniciar pedi que abrissem a 
NVI em Atos 8:37, então eu li a passagem na minha versão: “Disse Filipe: 
Você pode, se crê de todo o coração. O eunuco respondeu: Creio que 
Jesus Cristo é o Filho de Deus” Atos 8:37.
Os irmãos ficaram procurando o texto na NVI e para supressa 
comprovaram que Atos 8 tem o versículo 36 e então pula para o 38, 
omitindo o 37! A NVI não tem o verso 37 de Atos 8. Você estudante de 
teologia pode também fazer essa comprovação em qualquer livraria 
evangélica que venda a NVI. Isso ilustra o que estamos tentando ensinar. 
As Versões apresentam diferenças, e elas devem ser consideradas com 
cuidado a fim de não sair por ai pregando o que não é original.
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Uma “Testemunha de Jeová” (errados na doutrina da Trindade) está 
visitando de casa em casa e para tentar provar a malfadada teoria 
antitrinitária faz com que o novo convertido leia 1a João 5:7-8 e apela para 
o argumento de que esse texto é uma interpolação (acréscimo posterior) e 
confunde o pobre irmão dizendo que todos os outros textos que falam da 
Trindade na Bíblia também foram acrescentados. O que é falso. Uma 
afirmação verdadeira, 1a João 5:7-8 foi de fatoum acréscimo posterior, 
mas é falso afirmar que outros textos também são acréscimos.
Sobre 1a João 5:7-8, inserimos a seguir a explicação dada pela Sociedade 
Bíblica do Brasil SBB. 
Estimado irmão,
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Recebemos mensagem eletrônica do irmão argüindo-nos acerca do motivo 
por que algumas palavras de 1João 5.7-8 aparecem entre colchetes na 
tradução de Almeida Revista e Atualizada.
Sobre esta questão, precisamos compreender o significado dos colchetes 
na RA. Isto nos aprendemos ao ler no artigo "Explicação de Formas 
Gráficas Especiais, Títulos, Referências e Notas", adendo ao "Prefácio à 
2a. Edição": algumas passagens do Novo Testamento aparecem entre 
colchetes. Estas passagens não se encontram no texto grego adotado pela 
Comissão Revisora, mas haviam sido incluídas por Almeida com base no 
texto grego disponível na época (Mt 6.13).
Almeida traduziu a Bíblia para a Língua Portuguesa no século XVII. O Novo 
Testamento em português ficou pronto em 1681. Almeida traduziu-o a 
partir de um texto grego denominado Textus Receptus ("o texto recebido"), 
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que fora compilado pelo famoso humanista holandês Erasmo de Roterdã 
no início do século XVI. A tradução de Almeida a partir dos manuscritos 
que ele possuía em sua época cristalizou-se na chamada Edição Revista e 
Corrigida (RC), publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil e adotada por 
inúmeras denominações evangélicas em países de fala portuguesa, 
destacando-se Portugal e Brasil. A RC espelha bem o teor do Textus 
Receptus utilizado por Almeida.
Quando a tradução de Almeida já estava concluída, Deus permitiu que 
arqueólogos, historiadores e teólogos verificassem um considerável avanço 
no achado, recuperação e decifração de manuscritos bíblicos, alguns dos 
quais indisponíveis a Almeida na época em que traduziu a Bíblia. A Edição 
Revista e Atualizada (RA) surgiu em 1956 em decorrência dessas novas 
descobertas, quando a Comissão Revisora da Sociedade Bíblica do Brasil 
achou por bem confrontar o texto de Almeida com os novos manuscritos 
encontrados. A RA passou por uma segunda revisão em 1993, afinando 
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ainda mais o texto bíblico aos textos originais em hebraico, aramaico e 
grego, pelo que é uma das mais amadas e adotadas traduções da Bíblia 
Sagrada no Brasil e no exterior.
Dito isto, fica um pouco mais simples compreender a diferença de 
tratamento dado àquelas palavras de 1João 5.7-8 na RC e na RA. Na 
primeira - que corresponde à tradução mais antiga de Almeida - as 
palavras "no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. 
E três são os que testificam na terra" constavam do texto original grego 
utilizado pelo tradutor. Já na RA, confrontando-se a tradução de Almeida 
com os manuscritos encontrados (mais antigo e, portanto, mais próximos 
do tempo em que João escreveu sua primeira carta) e desde que as 
referidas palavras não contradizem nem ofendem a mensagem bíblica da 
salvação em Cristo Jesus, estas palavras foram colocadas entre colchetes. 
Com isto, a RA respeitou o trabalho valioso de João Ferreira de Almeida, 
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sem, contudo, ter aberto mão da fidelidade ao melhor texto original grego a 
que se tem acesso nos dias atuais.
(Nas traduções desenvolvidas pela própria Comissão de Tradução da 
Sociedade Bíblica do Brasil, todavia, como é o caso da Bíblia na 
Linguagem de Hoje, as palavras questionadas de 1Jo 5.7-9 foram 
eliminadas por completo do texto bíblico).
Por fim, acerca da procedência das palavras questionadas de 1Jo 5.7-8, 
convém mencionar a opinião do Dr. Bruce Metzger, uma das maiores 
autoridades atuais sobre os manuscritos gregos do Novo Testamento, que 
coopera com as Sociedades Bíblicas Unidas, a fraternidade da qual a 
Sociedade Bíblica do Brasil faz parte. Conforme o Dr. Metzger, todos os 
manuscritos gregos mais antigos do Novo Testamento (datados dos 
séculos II e III) omitem as palavras "no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito 
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Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra" em 1Jo 
5.7-8. Estas palavras só começaram a aparecer em comentários e 
sermões sobre o texto de 1João no final do século IV e, muito 
posteriormente, em um manuscrito latino do século XIII. Segundo o Dr. 
Metzger, as palavras aqui em questão podem ter sido o comentário que um 
copista (pessoa encarregada de copiar a Bíblia na Idade Média) fez na 
margem do pergaminho em que trabalhava; um copista posterior, ao tomar 
o manuscrito mencionado como texto base para sua cópia, incorporou o 
comentário marginal do seu outro colega ao texto bíblico, erro que mais 
recentemente foi descoberto sem grandes dificuldades pela comparação 
dos manuscritos mais recentes com os mais antigos.
Sendo isto para o momento, agradecemos muitíssimo sua paciência e 
atenção. A Sociedade Bíblica do Brasil faz votos de que o irmão continue 
sendo um leitor fiel e dedicado da Palavra do Senhor, fonte de orientação e 
consolo eternos.
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Cordialmente em Cristo,
p/ Comissão de Tradução
Sociedade Bíblica do Brasil
traducao@sbb.org.br
A leitura de várias versões contribui, como já dissemos, para a 
compreensão do TEXTO apresentando as diferentes maneiras de traduzir 
o original para o português. Geralmente as traduções convergem para um 
mesmo sentido, usando palavras diferentes. Isto já explica muitas coisas 
para o estudante de teologia. Ocasionalmente, haverá divergências de 
sentido entre elas: nestes casos é necessário um estudo mais detalhado.
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O texto de Colossenses 2:15 apresenta uma pequena dificuldade de 
tradução percebida pelos que não podem ler o original, na comparação das 
traduções. ARC diz: “... triunfou em si mesmo”, enquanto ARA (e também 
VR, BJ, BLH, BAM) diz: “... triunfando... na cruz”. A diferença de sentido 
não é grande, mas há uma diferença. Neste caso as duas traduções são 
possíveis, mas a última é a melhor, pela gramática e pelo contexto. 
Entretanto, àqueles que não podem ler o texto grego resta apenas 
constatar o problema e aguardar auxílio externo para resolver a questão. 
De qualquer forma, é bom sempre antecipar os problemas, ficando atentos 
às possíveis contribuições na sua resolução.
É importante NÃO usar versões esquisitas ou contaminadas como a dos 
auto-denominados “Testemunhas de Jeová”. Se tiver uma, veja a 
adulteração flagrante do texto em Colossenses 1:15-20 em favor de sua 
blasfêmia da “criação” de Jesus. Versões desse tipo só atrapalham. Além 
de não terem sido feitas com base nos originais (são traduções de 
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traduções), elas só podem nos fazer incorrer nos erros incorporados ao 
texto dessas “versões”.
Um pouco deste cuidado deve ser usado com respeito a todo tipo de Bíblia 
com notas e auxílios nas margens e rodapés. A Bíblia de Scofield é uma 
destas que não recomendaríamos a quem deseja fazer um estudo sério. O 
sistema de notas empregado direciona o intérprete a um sistema teológico 
completamente estranho ao dos escritores inspirados. A Bíblia Vida Nova é 
menos culpável de direcionamento doutrinário do que a de Scofield, mas 
também se deve ter cuidado ao examinar algumas de suas orientações 
doutrinárias. Não deve ser usada como ferramenta inicial de trabalho. Se o 
aluno quiser, pode usar a Bíblia Vida Nova no momento que for consultar 
os comentários: neste ponto ela é uma fonte útil de informação e 
esclarecimentos. O mesmo conselho se estende às versões católicas com 
anotações. Com relação à chamada de Bíblia Viva, na verdade ela não é 
uma versão; mas uma paráfrase. É quase um comentário, e sendo assim, 
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é melhor utiliza-la mais tarde, nos estudos. A consulta de comentários 
bíblicos encontrados ao pé de página de muitas Bíblias comentadas, não 
deve servir de base para a formação doutrinária, mas apenas como fonte 
de consulta crítica e geral. Por que? Por esses comentários tem o sabor e 
influência de seus autores humanos, da mesma forma como será um 
absurdo elaborar uma teologia e uma doutrina com base nos títulos de 
parágrafos e de capítulos, esses títulos de parágrafos e capítulos são 
acréscimos posteriores.
Uma vez estabelecido o texto certo pela consulta do texto original, seja 
hebraico, aramaico ou grego e a comparação de várias traduções, 
ficamos prontos para a segunda etapa do tratamento do texto: estabelecer 
a estrutura do texto. Assunto de nossa próxima lição.
 
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Estabelecer a estrutura do texto é compreender que tipo de material 
escrito está diante de nós e qual a forma de sua apresentação. É neste 
momento que devemos compreender as relações gramaticais e sintáticas 
do texto. Também é o momento de avaliar os recursos literários de que o 
autor lançou mão.
A simples divisão dos capítulos e dos versículos não pode ser usada como 
base para a estruturação do texto bíblico. A divisão em capítulos do Novo 
Testamento foi feita em 1206 por Stephan Langton, (posteriormente 
arcebispo de Cantuária); a divisão em versículos é de 1551, feita por 
Roberto Estevão (Stephanus) impressor parisiense. “Tem sido dito 
freqüentemente que Stephanus fez sua divisão em versos enquanto 
andava a cavalo e ao sabor do balanço do animal, o que, embora não se 
possa provar, perece ser verdade, pois há lugares onde a divisão é 
inteiramente arbitrária”. Bittencourt, B P. – “O Novo Testamento – Língua 
– Cânon – Texto”, São Paulo, ASTE, 1965, 1ª Edição, págs 172-173.
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A divisão em parágrafos já constitui melhor ajuda para o estudante. Em 
Colossenses 4:1 temos o exemplo de uma divisão de capítulos infeliz. O 
problema se agrava em Versões como a ARA que transformam 4:1 em um 
parágrafo novo, destacado de 3:18-25.
Devemos compreender que 3:18 até 4:1 é uma estrutura literária única e 
deve ser tratada como tal. É possível dividi-la em subparágrafos como fez 
a BLH, mas mesmo assim, deve ficar claro que todos eles formam uma 
“tábua de conselhos domésticos”.
Os livros bíblicos podem ser encarados como representantes de diferentes 
tipos de literatura. As epístolas são comparadas a cartas, enquanto o livro 
de Apocalipse já pertence a outro gênero literário (Apocalíptico-profético). 
Isaías tem características completamente diferentes dos evangelhos.
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Na medida do possível ler e adquirir o livro: “Entendes o que Lês?” de 
G. D. Fee e D. Stuart – Edições Vida Nova.
O entendimento do tipo ou natureza de literatura não deve abranger 
apenas o aspecto global do livro, mas também o trecho específico que 
estamos estudando. Os gêneros literários podem variar muito dentro de um 
mesmo documento. Nos Evangelhos (que são um gênero literário 
incomparável) temos discursos, narrativas, parábolas, citações do Antigo 
Testamento, milagres e sumários. No livro de Daniel, metade do livro é 
composta de narrativas e a outra metade de visões e interpretações das 
mesmas. Devemos então especificar a natureza literária do texto que 
estamos tratando em particular. Podemos ter oração a Deus, exortação, 
discurso profético, citação do Antigo Testamento, narrativa, alegoria, 
discurso didático, polêmica, citação de um documento histórico, explicação 
editorial, sumário ou resumo, cântico ou poesia, simbolismo, parábola, 
relato de milagre, etc. Uma variedade enorme de gêneros e tipos pode 
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compor um único documento. Não devemos ser absolutamente técnicos na 
classificação destes gêneros, mas é preciso aprender a diferencia-los e 
entende-los. Por exemplo: A carta aos Colossenses de Paulo tem sido 
dividida em duas partes: Doutrinária e Parenética (ou prática). Embora esta 
classificação seja primária, é, em geral verdadeira. Saber situar um texto 
em uma ou outra destas partes da carta está incluído no processo de 
caracterizar o tipo de texto que estamos estudando. Sendo assim, notamos 
que o texto de 4:7-17 de Colossenses pode ser classificado como 
“notícias”, notas pessoais, recados e saudações. O importante é notar que 
tem características próprias em relação ao resto do livro.
A observação de partículas como: “portanto”, “porque”, “pois” e “ora” é 
muito importante. Elas mostram o relacionamento de subordinação ou 
coordenação de frases ou de seções inteiras da carta. Em Colossenses 3:5 
a palavra “pois” liga o que segue com o que foi dito anteriormente. Os 
colossenses deviam “fazer morrer a natureza terrena” por participar das 
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coisas do alto (3:1-4). A palavra “pois” está ligando os pensamentos. Está 
marcando a transição da causa para o efeito.
Observar os recursos literários que o autor empregou em sua obra é 
também parte da boa observação da estrutura do texto. Recomendamos 
que o estudante da Bíblia saiba identificar figuras de linguagem no texto 
(figuras de palavras, de construção, e de pensamento). É útil recordar este 
assunto em uma gramática. Esta compreensão ajuda a não perder a 
mensagem do escritor por não entender o veículo que ele utiliza para 
transmiti-la.
“Língua dos anjos” em 1ª Coríntios 13:1 é uma hipérbole. Há uma fina 
ironia na palavra “justos” em Marcos 2:17. A designação de Cristo como 
“cabeça” da igreja, o “corpo” é uma metáfora (Efésios 5:22-33). A 
expressão “carne e sangue” como se encontra em Gálatas 1:16 substitui a 
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idéia de pessoas,sendo, portanto, uma sinédoque. Mais importante do que 
saber nomear estas figuras de linguagem ou modos de falar é identificá-
las.
“Produzindo fruto” em Colossenses 1:6 é uma destas figuras (metáfora) e é 
facilmente entendida como tal, mas o que dizer de “toda criatura debaixo 
do céu” em 1:23: é literal (impossível), é sinédoque (criaturas – homens), 
ou é uma hipérbole (exagero)? Neste último caso a compreensão fica 
muito alterada, conforme a figura que identificamos. “Luta” em 2:1 é uma 
bela metáfora para descrever o ministério cristão! E assim, a estrutura e 
natureza do texto ficam cada vez mais claras.
Enfim, mesmo sem buscar termos técnicos para definir o que está vendo, o 
estudante da Bíblia deve ficar atento a todo tipo de padrão ou estrutura que 
o ajude a entender a direção que o texto está tomando.
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O USO DO DICIONÁRIO PORTUGUÊS
O dicionário português é uma das primeiras necessidades do leitor da 
Bíblia. A linguagem da Escritura é nobre, e muitas vezes a dificuldade de 
compreensão começa no nível de entendimento dos vocábulos. Os 
exemplos são muitos: o que são “chocarrices” em Efésios 5:4? Poucas 
pessoas sabem o que quer dizer esta palavra em português “normal”. O 
que é “dolo”? Talvez os advogados conhecem bem o termo, mas não as 
pessoas comuns. O que é o “geco” (Provérbios 30:28)? Há bons 
dicionários que não definem este termo, quanto mais os que não 
conhecem este regionalismo. O uso do dicionário português, nestes casos, 
é essencial.
Neste momento do estudo, procura-se ter uma compreensão inicial do que 
o texto estaria dizendo. Será uma compreensão provisória, mas importante 
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como alicerce do trabalho posterior. Não é possível ir até as próximas 
etapas se não conseguirmos ler o que o texto pode estar dizendo
O dicionário português não será usado apenas para palavras que não 
entendemos, mas para todas as palavras que julgarmos necessário 
estudar. Isto é recomendável, pois a função do bom dicionário é definir o 
sentido das palavras no uso cotidiano. Precisamos saber todas as 
possíveis significações atuais do vocábulo, para buscar, posteriormente, a
que mais se adapta ao sentido bíblico naquele texto e contexto. O 
dicionário, portanto, não está errado em definir “batizar” como “pôr nome, 
alcunha ou epíteto a” entre outras
coisas: ele está mostrando como as pessoas usam e compreendem este 
verbo na atualidade. Este não é o significado bíblico do termo, mas é como 
muitos entendem erroneamente o texto bíblico. Torna-se então, importante 
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saber como o dicionário classifica e ressalta o uso comum de um termo 
para saber explicar o que realmente a palavra de Deus quer dizer com ele.
Todo cuidado é pouco no uso do dicionário português. Ele se assemelha a 
uma pesquisa de mercado: não emite juízos sobre o certo ou o errado, mas 
apenas diz qual o uso popular do termo. O dicionário define palavras pelo 
uso que se faz delas, logo o dicionário em português não basta em nosso 
estudo. De forma alguma ele deve ser considerado um “juiz” para resolver 
os dilemas de significado.
Em boa parte dos casos o dicionário português nos dá sinônimos da 
palavra, o que é muito útil no entendimento e transmissão do seu 
significado a outros. A paráfrase utilizará muitos destes significados 
paralelos ou sinônimos, se forem corretos.
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Estabelecer o texto certo, assim como estabelecer a estrutura do texto, são 
as primeiras tarefas do estudante da Bíblia (teólogo). A partir de então há 
segurança para uma análise do contexto, a estrutura maior onde o nosso 
texto está inserido. Este trabalho se faz por meio de leituras repetidas do 
texto, inclusive de versões diferentes. O teólogo conhece bem o texto antes 
de fazer seu estudo mais detalhado. Porém o texto está rodeado de um 
contexto, não é uma ilha literária, o texto faz parte de um conjunto e será 
esse conjunto que nos vamos estudar agora: O CONTEXTO.
Estudando uma abordagem ao contexto em estudo, vamos definir o que é 
um contexto: É o ambiente da passagem bíblica. Ele é composto pelos 
versículos que rodeiam a passagem estudada: os anteriores e posteriores, 
no livro estudado. É também o mundo que rodeia a passagem, sendo 
especificamente o mundo do escritor e dos receptores dessa mensagem 
bíblica. O contexto contém, portanto, elementos históricos, culturais, 
literários, lingüísticos, além de espirituais. Em alguns textos o contexto 
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pode ter vários níveis: o contexto histórico da narrativa, o contexto 
literário da narrativa no livro que a contém e o contexto do autor e dos 
leitores, que pode ser diferente dos dois primeiros. Sendo o contexto “o 
todo do qual o texto é parte”, ele é a chave para compreender o argumento 
inteiro.
Usando a metáfora do teatro, o contexto é principalmente o cenário e o 
“pano de fundo” onde a peça se desenrola; secundariamente é também o 
“pano de frente”, isto é, as cortinas, a reação do público, etc. Ou seja, tudo 
o que contribui para a melhor compreensão da peça.
A importância do contexto.
Não é possível falar demais sobre a importância do estudo do texto no seu 
contexto. Iremos apresentar agora alguns itens para mostrar este fato. Os 
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princípios e exemplos citados servem de incentivo a uma boa pesquisa do 
contexto, e já ensinam como trabalhar com ele.
1 O contexto ajuda a não torcer a Palavra de Deus. Os que deturpam ou 
torcem a Palavra são chamados de ignorantes e instáveis (2a Pedro 3:16). 
Estes termos descrevem não apenas o caráter destes “torturadores da 
Palavra”, mas também seu modo de estudar a Bíblia: são despreparados e 
sem alicerce para o estudo. O contexto fornece preparo e alicerce sólido 
para uma boa exegese. Uma frase como “a ressurreição já se realizou” 
pode ser a afirmação de uma verdade, como a ressurreição espiritual que 
indica o cumprimento da “nova vida em Cristo” (Colossenses 2:12 e 3:1), 
ou a declaração de uma heresia (2a Timóteo 2:17-18); tudo depende do 
contexto em que essa frase é interpretada.
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2 O sentido correto da Bíblia vem do contexto. Esta é quase uma 
repetição do que dissemos acima. Pensemos em um caso específico 
como, por exemplo: o que é a blasfêmia contra o Espírito Santo? Todo 
tipo de resposta tem sido dada para esta questão. Há quem associe este 
pecado com a de “mentir ao Espírito Santo” de Atos 5:3, 4, 9. Outros 
gostam de responder citando o misterioso “pecado para a morte” de 1a 
João 5:16-17. Hebreus 6:4-8 também entra na lista das explicações 
propostas. Qual destas é a melhor explicação?
O problema mencionado acima seria facilmente resolvido se, antes de 
tudo, tivéssemos buscado o texto que fala da blasfêmia contra o Espírito 
Santo e estudado o texto no seu contexto. Marcos 3:28-29 é um dos 
trechos que falam

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