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Lista de Epônimos- Semiologia do Aparelho Digestório Aluno: Eduardo Henrique Sarmento Bastos → Inspeção Epônimo Significado Cicatriz de Kocher Incisão oblíqua subcostal direita, própria de cirurgia no fígado, vesícula biliar e vias biliares. Segue paralelamente o rebordo costal e pode se estender do apêndice xifóide ao flanco. Cicatriz de McBurney Geralmente própria de apendicectomia, é a incisão que se faz no Ponto de McBurney, localizado no ponto médio de uma linha traçada entre a espinha ilíaca ântero-superior direita e a cicatriz umbilical. Cicatriz de Pfannenstiel Incisão transversal, cerca de 2-5 cm acima da sínfise púbica, própria de cesarianas. Sinal de Cullen Equimoses periumbilicais, devido a hemorragias retroperitoneais, geralmente associado a gravidez ectópica e eventualmente presente na pancreatite aguda necrotizante. Sinal de Grey Turner Equimoses nos flancos, geralmente devido a pancreatite aguda, gravidez ectópica ruptura de aneurisma de aorta abdominal. Pode vir acompanhado do Sinal de Cullen. Manobra de Valsalva Exala-se forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, com a mão fechada sobre a boca, aumentando assim a pressão intratorácica, diminuindo o retorno venoso ao coração e diminuindo a pressão arterial, evidenciando sopros e hérnias abdominais. → Palpação Epônimo Significado Manobra de Lemos-Torres Usada na palpação do fígado, coloca-se a mão esquerda na região lombar do paciente, apoiando as duas últimas costelas para gerar tração anterior e a mão direita palpa buscando a borda hepática durante a inspiração profunda, com as falanges distais do indicador e médio (bimanual). Manobra de Mathieu Usada na palpação do fígado, o examinador posiciona-se à direita do tórax do paciente com as costas voltadas para seu rosto. Com as mãos paralelas sobre o hipocôndrio direito e as extremidades dos dedos fletidos, formando garras, tentando palpar o fígado na inspiração Classificação de Boyd Utilizada na esplenomegalia, classifica-se de Boyd I a IV: tipo I (Baço palpável sob rebordo costal esquerdo); tipo II (Baço palpável logo abaixo do rebordo costal esquerdo); tipo III (Baço palpável ao nível da cicatriz umbilical); tipo IV (Baço palpável abaixo da cicatriz umbilical). Posição de Schuster Decúbito lateral direito com membro inferior esquerdo flexionado. Manobra de Mathieu-Cardarelli O examinador a direita do paciente, traciona com a mão esquerda a face póstero-lateral e inferior do gradil costal, deslocando-a em sentido anterior. Com a mão direita abaixo da margem costal esquerda, comprime em direção ao hipocôndrio esquerdo, tentando perceber o baço na inspiração profunda. Sinal de Murphy Palpação dolorosa da vesícula biliar durante a inspiração profunda, com o paciente apresentando contratura da parede abdominal em hipocôndrio direito; sugestivo de colecistite aguda. Sinal de Courvoisier-Terrier Vesícula biliar palpável, distendida e indolor por quadro de icterícia obstrutiva devido a neoplasia de vias biliares extra hepáticas, geralmente câncer de cabeça de pâncreas. Sinal de Gersuny Na palpação do fecaloma, além de sua consistência elástica, segue-se a descompressão brusca, o deslocamento entre a parede intestinal e o conteúdo fecal, devido aos gases presentes (crepitações). Achado típico do megacólon. Posição de Sims Paciente em decúbito lateral esquerdo, com a cabeça apoiada e o corpo ligeiramente inclinado para frente, com o membro superior esquerdo estendido no dorso para permitir que o peso do corpo se apoie sob o tórax e os membros inferiores flexionados (o direito mais que o esquerdo). É indicativa de toque retal, exames vaginais, lavagem intestinal e clister. Sinal de Blumberg Dor à descompressão súbita da parede abdominal, sendo indicativo de peritonite por apendicite, pancreatite, colecistite, diverticulite e lesão peritoneal. Sinal de Rovsing Palpação profunda e contínua no quadrante inferior esquerdo que produz dor intensa no quadrante inferior direito, sendo indicativo de apendicite. → Percussão Epônimo Significado Sinal de Jobert Timpanismo na área hepática – ar livre na cavidade peritoneal (atrofia hepática, interposição de alça intestinal, pneumoperitônio devido à perfuração de víscera oca). Sinal de Torres-Homen Dor intensa, despertada pela percussão abdominal de áreas da zona de projeção do fígado, feita com as pontas dos dedos reunidas: indicativo de abscesso hepático, amebiano ou bacteriano. Sinal do Piparote Posiciona-se uma das mãos em um dos flancos. No lado oposto posicionar a ponta do dedo médio, dobrado, apoiado e tensionado contra o polegar, disparar contra o flanco contralateral; o abalo irá produzir uma onda de choque que será transmitido no líquido ascítico, sendo percebido pela palma da mão no flanco oposto. Se houver grande adiposidade ou edema de parede abdominal, solicita-se que um assistente posicione a borda cubital da mão na linha mediana do abdome, com ligeira pressão, interceptando as ondas transmitidas pela parede, sem impedir a onda de choque do líquido ascítico. Semicírculo de Skoda O líquido ascítico ocupam as áreas de declive do abdome, em hipogástrio e flancos, ao se percutir o abdome a partir do andar superior, delimita-se uma linha circular na transição entre o timpanismo e macicez das áreas de maior declive; a concavidade estará voltada para a região epigástrica.