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EXAME FÍSICO DO ABDOMÊN

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GIOVANNA FORTES FROTA 
EXAME FÍSICO DO ABDOMÊN 
1. LIMITES E DIVISÕES TOPOGRÁFICAS: 
 
Como é dividido o abdômen? 9 quadrantes = 3 linhas horizontais e 2 linhas verticais. 
− Superior: uma linha horizontal que unem os dois pontos do rebordo costal (por onde passam as linhas 
hemiclaviculares direita e esquerda) a nível do apêndice xifoide até a coluna vertebral. 
− Inferior: uma linha horizontal que une os dois pontos mais altos da crista/espinha ilíaca direita e esquerda. 
− Lateral: traçam-se duas linhas ligeiramente obliquas, uma de cada lado, ligando o ponto que cruza a linha 
hemiclavicular com o rebordo costal até o tubérculo do púbis. 
 
 
 
Inspeção: estática e dinâmica. 
➢ Estática: 
▪ Tipo de abdômen: plano, globoso (obesidade, neoplasia, 
ascite, gravidez), escavado (retraído). 
 
 
▪ Simetria, abaulamentos, retrações, estrias, pilificação, equimoses (Cullen e Grey-Turner), circulação colateral. 
 
▪ CICATRIZES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O hipocôndrio e o flanco se separam pelo rebordo 
costal sendo assim, o hipocôndrio fica inteiramente 
recoberto pelo gradil costal (o nome já indica). 
Apenas uma linha horizontal a nível do umbigo = 
hemiabdomen superior e inferior. 
Apenas uma linha vertical a nível do esterno = 
hemiabdomen direito e esquerdo. 
 
As duas linhas formar 4 quadrantes = quadrantes 
superiores direito e esquerdo; quadrantes inferiores 
direito e esquerdo. 
GIOVANNA FORTES FROTA 
 
Ausculta 
 
➢ Ruídos hidroaéreos: ouvir todos os quadrantes de 
3 a 5 min. (sentido horário) – normal é 3 a 35 
RHA/min. Auscultar as artérias para detectar 
sopros. 
 
 
 
Palpação 
➢ Superficial e profunda. Pode ser bimanual. 
Buscamos: dor, sensibilidade, massas, defesa abdominal, abdômen em tabua, hernias. 
Avaliar: temperatura, hidratação, estrutura da parede e vísceras, hiperestesia cutânea. 
Manobra de galambos: comprimimos uma região para palpar outra região desejada. 
 
Posição de Schuster e manobra de Schuster: decúbito lateral direito, com MID estendido e 
MIE com coxa flexionada sobre o abdômen. O braço esquerdo elevado até a cabeça. 
 
 
 
 
 
 
Manobra de mão em garra (MATHIEU): coloca-se a altura do ombro direito do paciente deitado, e com as mãos em 
“garras” se palpa o borde do fígado, durante a inspiração. 
Obs.: ficamos quase de costas para o paciente, olhando para os pés dele. 
Avaliamos: borda, superfície, sensibilidade e consistência, refluxo hepatojugular. 
Localização do fígado: 5º EIC até 8ª costela. 
 
 
Tracionamos com a mão esquerda sobre a área de 
projeção do BAÇO a fim de desloca-lo para baixo e 
palpamos com a mão direita, durante a inspiração 
pressionamos a mão contra o rebordo costal. 
GIOVANNA FORTES FROTA 
Manobra Lemos Torres: com a mão esquerda empurra o fígado na região lombar, com a finalidade de deixa-lo mais 
próximo a parede abdominal, logo palpamos com a mão direita, durante a inspiração. 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Murphy: compressão sobre reborde costal direito, no ponto cístico, durante a inspiração profunda. Em caso 
de dor o paciente interrompe o movimento respiratório e reclama da sensação dolorosa. 
 
 
 
 
 
Tríade de Charcot: icterícia, dor abdominal em hipocôndrio direito e febre com calafrio. Sugestivo: colangite 
(processo infeccioso das vias biliares). 
Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável em paciente ictérico sem dor. Sugestivo: neoplasia maligna 
(cabeça do pâncreas a maioria das vezes). 
 
Sinal de Cullen e Grey-Turner: manchas azuladas na região periumbilical e nos flancos, respectivamente. Apresenta 
na forma necro-hemorragia quando apresenta doença grave. Sugestivo: pancreatite aguda grave. 
 
Sinal de Blumberg: comprimimos lentamente sobre o ponto apendicular, depois fazer descompressão brusca, será 
positivo se acompanhada de sensação dolorosa que assusta o paciente. Sugestivo: apendicite aguda ou peritonite. 
Obs: ponto apendicular ou McBurney → traçar linha desde a crista ilíaca direita (espinha 
ilíaca anterossuperior direita) até a cicatriz umbilical, ½ posterior ou 2/3 anterior é o ponto. 
 
Sinal de Rovsing: palpação profunda na fossa ilíaca esquerda (hemicolón esquerdo) que provoca dor na região da 
fossa ilíaca direita (descompressão brusca). Sugestivo: apendicite aguda. 
 
Sinal do Psoas: coloque sua mão logo acima do joelho do paciente e peça que ele eleve a coxa contra sua mão. Se 
intensifica a dor abdominal, o sinal é positivo. Sugestivo: irritação do musculo psoas por apêndice inflamado – 
apendicite. 
PONTO CÍSTICO 
Pessoas magras: interseção da borda externa do musculo retro abdominal com a 
cartilagem costal. (A) 
Obesos: linha que une a crista ilíaca a arcada costal (LHC), passando pelo umbigo, 
ou seja, mais lateralmente. (B) 
GIOVANNA FORTES FROTA 
 
Sinal do obturador: flexionar a perna direita do paciente sobre a coxa, e a coxa sobre o quadril e fazer rotação 
interna do quadril = girar a perna lateralmente/para o lado de fora. Será positivo se o paciente referir do no 
hipogástrio. Sugestivo: irritação do musculo obturador por apêndice inflamado – apendicite. 
 
Sinal de Aaron: paciente sente dor no epigástrio após compressão no ponto de McBurney na fossa ilíaca direita. 
Sugestivo: apendicite. 
 
Sinal de Lapinsky: dor a compressão no ponto de McBurney juntamente com elevação da perna direita do paciente 
totalmente estendida. Positivo se o paciente não conseguir levantar a perna, sugestivo de apendicite. 
 
Sinal de Lenander: temperatura retal superior a axilar em > 1Co. Sugestivo: apendicite. 
 
Sinal de Dunphy: sensação dolorosa no ponto de McBurney ao tossir ou a percussão. Sugestivo: apendicite. 
 
Sinal de Ten-Horn: dor em fossa ilíaca direita causada por leve tração de testículo direito. Sugestivo: apendicite. 
 
Sinal de Kehr: dor no ombro esquerdo por irritação do diafragma. Sugestivo: ruptura esplênica. 
 
Sinal de Chandelier (candelabro): é a dor pélvica causada após a mobilização do colo uterino. Sugestivo: doença 
inflamatória pélvica, excluindo apendicite. 
 
Sinal de Gersuny: fazer palpação profunda com a mão espalmada sobre a massa (fecaloma) até que haja contato 
com a mesma. Em seguida retiramos a mão com suavidade, voltando a comprimir ritmicamente. Então percebemos 
um crepitar (passagem de ar entre a parede do colón e a massa fecal). Sugestivo: fecaloma. 
 
 
Sinal de Giordano: sensação dolorosa aguda ou em pontada causada por punho percussão ou borda da mão, na 
região lombar (onde se encontra os rins). Sugestivo: pielonefrites, litíase ou de origem musculoesquelética. 
- ângulo costovertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
GIOVANNA FORTES FROTA 
PONTOS DOLOROSOS NA PAREDE ABDOMINAL 
1. Ponto epigástrico: metade da linha xifoumbilical. Sensível a 
úlcera péptica em atividade. 
 
2. Ponto cístico: situado no ângulo formado pelo reborde costal 
direito com a borda externa no reto abdominal. 
 
3. Ponto apendicular: união do 1/3 externo com 2/3 interno da 
linha que une o umbigo com a espinha ilíaca anterossuperior 
direita. Sugere apendicite aguda ou reação peritoneal – sinal de 
Blumberg. 
 
4. Pontos ureterais: localizados na borda externa do reto 
abdominal, uma a nível do umbigo e outra na linha que liga as 
espinhas ilíacas anterossuperior. Maior sensibilidade na cólica 
nefrítica durante migração de calculo renal. 
 
5. Ponto esplênico: junção da linha hemiclavicular esquerda 
com o reborde costal esquerdo. 
 
Percussão: em sentido horário em todos os quadrantes. 
Maciço Hipocôndrio direito – fígado. 
Hipocôndrio esquerdo – Baço. 
Epigástrio – estomago e colo com conteúdo liquido ou sólido. Se for 
circunscrita, sugere neoplasia. 
Timpânico – órgão oco: intestino 
ou liquido. 
Timpanismo hipocôndrio direito: pneumoperitônio ou interposição 
do colo ascendente entre fígado e a parede abdominal. 
Hipertimpanismo: obstrução intestinal.ASCITE Timpânico: paciente em decúbito dorsal, na região mesogástrica. 
Maciço: nas demais regiões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMICÍRCULO DE SKODA 
O líquido ascítico ocupa as áreas de declive do 
abdômen, como mostra a imagem. 
SINAL/MANOBRA DE PIPAROTE: ascites de grande 
volume (> 3L) 
Paciente em decúbito dorsal, pedimos que um auxiliar 
ou ate mesmo o paciente faça pressão na linha media 
do abdômen. Depois com a ponta dos dedos 
percutimos simultaneamente, e com a outra mão 
sobre o outro flanco, tente sentir um impulso 
transmitido pelo líquido. 
GIOVANNA FORTES FROTA 
Macicez móvel: semicírculo de Skoda – ascite de pequeno e médio volume (0,3 a 1 litro). 
OBS.: nas ascites septadas ou multiloculadas, o liquido na cavidade não se desloca com a mudança de posição e o 
sinal de piparote pode ser duvidoso ou ausente. Ex.: ascite tuberculosa e neoplasia do ovário. 
 
Sinal de Jobert: som hiper timpânico no hipocôndrio direito que sugere pneumoperitônio. 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Chilaiditi: sobreposição da asa intestinal sobre o fígado, observado na radiografia. Pode ser um falso 
positivo para pneumoperitônio (sinal de Jobert). 
 
 
 
 
 
Sinal de Torres-Homem: dor ao percutir zonas de projeção do fígado. Sugestivo de abcesso hepático. 
 
HEPATIMETRIA: medimos o tamanho do fígado através da percussão. 
1. Limite superior: 
Iniciamos pela linha hemiclavicular direita, a nível do 5º EIC (ou a nível do mamilo). Identificamos o som 
submaciço que corresponde ao diafragma sobre a cúpula hepática – transição entre o som claro pulmonar e o 
maciço do fígado. 
 
2. Limite inferior: 
É feita de baixo para cima na projeção das linhas hemiclavicular e 
medioesternal, em direção a arcada costocondral. 
 
 
ESTÔMAGO: 
Delimitar espaço de traube → 6º EIC, LAAE (linha axilar anterior esquerda), a nível do rebordo costal e apêndice 
xifoide. Ao percutir deve ser timpânico (ar). 
Em caso de matidez → sugestivo de esplenomegalia.

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