Buscar

Trabalho de Genética - Fibrose Cistica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso de Bacharelado em Farmácia
Fibrose Cística
Muriaé-MG
27 de Março de 2017
Curso de Bacharelado em Farmácia
Fibrose Cística
Trabalho apresentado a unidade de ensino Superior do Curso de Farmácia do Centro Universitário – UNIFAMINAS, como requisito parcial a sua integralização.
Prof. Dra. Isabela Resende Pereira
Acadêmicos(as): Elio M. O. Junior
 Luanna Sabrina Braga
 Marcela G. Pinheiro
 Nathália Xavier Proença
 Michelle M. N. Secco
 Samanda C. Oliveira
 Tamires Souza Costa
Período: 01 Turma: 101AN1
Muriaé-MG
27 de março de 2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................1 
2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................2 
2.1 Genética na Fibrose Cistica..............................................................2 
2.2 Manifestações clínicas......................................................................5 
2.3 Diagnóstico e exames biológicos......................................................7
2.4 Tratamentos .....................................................................................8 
3. CONCLUSÃO..........................................................................................10 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................11 
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos 70 anos, a fibrose cística foi reconhecida como a mais importante doença hereditária, potencialmente letal. O gene da fibrose cística foi identificado, clonado e seqüenciado, favorecendo o conhecimento dos mecanismos bioquímicos responsáveis pela fisiopatogenia da doença, possibilitando o aconselhamento genético e o tratamento de suas complicações. Esta foi uma das doenças que mais mobilizou os familiares de forma tão organizada, a ponto de constituírem associações de pais na Europa, nas Américas e, inclusive, no Brasil, desempenhando um importante papel no tratamento da fibrose cística (ROSA, F.R. et al, 2008)
A Fibrose cística também conhecida como a doença do beijo salgado ou micoviscidade, é uma doença genética autossômica-resseciva que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestório. Afeta cerca de 70.000 pessoas e é considerada uma doença letal por antigamente não conseguirem chegar a fase adulta, porém com os avanços da tecnologia, além de ser uma doença sem cura se for diagnosticada precocemente e tratada o paciente poderá viver uma vida praticamente normal.
A FC é a doença genética mais grave e comum na infância. Na maioria das vezes é diagnostica na infância, embora também possa ser diagnosticada na adolescencia ou fase adulta. 
Por ser uma doença autossômica recessiva ela se manifesta em ambos os sexos e para ter a doença o paciente precisa receber um gene defeituoso do pai e um da mãe. Esse gene denominado CFTR (regulador de condutância transmembrana da fibrose cística) é responsavel pela alteração de transporte de ions da membrana das células. Ou seja, este gene intervém na produção de suor, sucos digestivos e mucos.
A fibrose cística caracteriza-se por uma extensa disfunção das glândulas exócrinas, a qual resulta em um vasto conjunto de manifestações e complicações, tais como bronquite crônica supurativa com destruição do parênquima pulmonar, insuficiência pancreática (levando à má-absorção e desnutrição), diabetes mellitus, doença hepática e comprometimento do sistema reprodutor masculino e feminino (FIATES, 2001).
A FC pode ser identificada atravéz do teste do pézinho e confirmada pelo teste de suor ou exames genéticos. Os principais sintomas da Fibrose Cística são: pneumonia de repetição; tosse crônica; desnutrição; dificuldade de ganhar peso e estatura; movimentos intestinais anormais; pólipos nasais, suor mais salgado e alongamento nas pontas dos dedos. 
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Genética na Fibrose Cística
A Fibrose Cística é uma doença autossômica recessiva com probabilidade 1 em 4, isto é, 25% de ocorrência para filhos de pais portadores. Um indivíduo com FC poderá ter filhos afetados se o seu parceiro também for portador da doença. O gene associado à FC foi denominado como CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Regulation) e foi localizado no braço longo do cromossomo 7, nos lócus q31, e é formado por 250 quilobases de DNA, com 27 éxons. Esse gene é altamente expresso no epitélio do ducto pancreático e intestinal. A expressão de CFTR também foi descrita em células neuronais do hipotálamo, o que o provavelmente explica os sintomas neurológicos apresentados em indivíduos com FC.
A Etiologia da doença é determinada por mais de 1800 mutações no gene CFTR, e a proteína codificada por este gene, sintetizada no núcleo, sofre maturação em organelas citoplasmáticas (fosforilação e glicosilação) e está envolvida no transporte de íons cloro através da membrana apical e o interior da célula.
A CFTR é uma glicoproteína composta por domínios transmembranares e domínios de ligação com ATP localizados na região apical de células epiteliais, do intestino, glândulas exócrinas e tecidos reprodutivos.
Essa proteína consiste em dois domínios transmembrânicos, cada um contendo 6 segmentos hidrofóbicos que contribuem para a formação do poro do canal de passagem do cloro; possui dois domínios de ligação de nucleotídeos (NBD) responsáveis pela ligação e hidrólise de ATP fornecendo a energia para a atividade do canal; e um domínio regulador que pode inibir ou estimular a atividade de abertura dos poros.
Mutações do gene CFTR
Dentre as muitas mutações no gene CFTR, a mais frequente entre os pacientes com Fibrose Cística (aproximadamente 66% dos casos de FC) é a deltaF508, que representa uma deleção de um códon para a fenilalanina na posição 508 da proteína que atinge a membrana plasmática e diminui a atividade do canal iônico da CFTR podendo assim atingir a superfície celular. As outras mutações são raras e sua maioria não chega a 1% de ocorrência.
As mutações no gene CFTR são classificadas em diferentes grupos, de acordo com os mecanismos pelos quais a função do mesmo é interrompida, sendo eles:
· Classe I – Mutações que inibem ou reduzem a produção da proteína
As mutações de classe I podem criar um códon de terminação prematuro, deslocar a fase de leitura ou alterar o padrão de splicing, inibindo a síntese da proteína estável ou produzindo baixos níveis da proteína madura. Pode-se dizer então que nessas mutações não há síntese de proteína. Fenótipos menos graves também são encontrados como os que ocorrem devido a variações das sequências que alteram esse splicing, como o número de repetições TG que dependendo do seu tamanho influencia a penetrância dos alelos com 5T. Estas contribuem com a remoção do éxon 9 que, ausente no mRNA codifica uma proteína com dobramento incorreto. São exemplos de mutações nessa classe a G542X e W1282X, as mais comuns.
· Classe II – Mutações que afetam o processamento da proteína
Nesta classe as mutações impedem o processamento correto da proteína CFTR, o que impossibilita o seu alcance na membrana celular e em decorrência perde sua funcionalidade como canal de cloro. O principal exemplo para esse tipo de mutação é a deltaF508 que tem sua sintetização defeituosa e por apresentar dobramento incorreto, a proteína não é transportada para a membrana celular.
· Classe III – Mutações que afetam a regulação do canal de Cloro
Essas mutações produzem proteínasCFTR que são transportadas para a membrana celular, porém não são capazes de responder aos estímulos com ATP. Isso acontece porque essas mutações ocorrem nos domínios de ligações de nucleotídeos, o que interfere na interação desses domínios com a ATP não permitindo assim a regulação da abertura do canal de cloro de forma correta. Podem representar a classe III as mutações G551D e N1303K.
· Classe IV – Mutações que afetam o transporte de Cloro
Mutações de classe IV tem codificado em seu gene uma proteína que é capaz de ser transportada corretamente até a membrana da célula e responder à estímulos, mas, o fluxo de íons cloro é bem reduzido. As mutações p.R117H e p.R334W exemplificam essa ocorrência. Outro caso também pertencente à essa classe de mutações é a p.D1152H que ocorre na conexão do MSD2 e NBD2, o que representa uma redução no fluxo de cloro.
· Classe V
 Síntese de proteína é reduzida
Correlação Genótipo-Fenótipo
 O Fenótipo da Fibrose Cística é bem heterogêneo, portanto há diferentes fatores que contribuem na determinação da gravidade da doença, como a presença de mutações no gene CTRF e os diferentes efeitos causados na proteína, genes modificadores e efeitos ambientais. Mutações que são denominadas graves, ou seja, em que a presença do CFTR é ausente, estão relacionados com a insuficiência pancreática, inicio precoce dos sintomas, alto nivel de CR no suor e infertilidade masculina. Nas mutações intermediárias cujo efeito é mais tranquilo na proteina ou permitem que uma quantidade pequena de CFTR seja produzida estão associado a suficiência pancreática, diagnostico tardio, baixo teor de CR no suor e dano pulmonar intermediário. A doença pulmonar na FC está relacionada a poucas mutações do gene. Já o estado pancreático é altamente associado ao genótipo. (SARAIVA-PEREIRA; KIEHL; SANSEVERINO, 2011)
 Pacientes com suficiência pancreatica tem pelo menos 1 mutação intermediaria do gene, já os pacientes com insuficiênca pancrêática podem ser homozigotos ou heterozigotos e ocorre 2 mutações graves. O gene CFTR também esta associado ao transporte iônico do epitélio intestinal e também esta relacionado as doenças hepaticas.(SARAIVA-PEREIRA; KIEHL; SANSEVERINO, 2011)
 Ou seja, se as proteínas forem insuficientes ou ocorra qualquer outro defeito havendo pouca água, as secreções das células chamadas epiteliais (aquelas que delimitam ou cobrem os órgãos), ficam mais espessas. Sendo assim, o deslocamento dessas secreções pelo nosso corpo fica mais difícil. Se as secreções não conseguem se deslocar adequadamente, elas se acumulam no lugar onde são produzidas e não chegam onde tem que chegar ou não desempenham o seu papel no organismo. Nas vias respiratórias, o muco espesso obstrui a passagem do ar e também impede que os cílios da superfície das células epiteliais funcionem eficientemente para varrer para fora as bactérias e os esporos de fungos que entram com o ar a cada respiração. O resultado disso, quando a doença não é tratada, são infecções recorrentes bem como insuficiências hepáticas, pancreáticas e digestivas, podendo causar desnutrição e prejudicando o crescimento.
Aconselhamento Genético 
É o processo de ajudar as pessoas, comunicação sobre problemas associados com a genetica. Este aconselhamento ajuda na interpretação da história famíliar e da história médica para avaliar o risco de recorrência de uma doença genética na família, ajuda as pessoas a lidarem com esses problemas, indica tratamentos e alternativas para prevenção. Na FC primeira etapa é a confirmação do diagnóstico do individuo afetado O diagnóstico da certeza é obtido pela alta concentração de (cloro e sódio) no suor, ou também ser suspeitado a partir de uma triagem neonatal alterada antes do aparecimento dos sintomas.
Como a FC é uma doença autossomica resseciva, para a doença se manisfestar no paciente deve apresentar uma mutação nos dois alelos do paciente, podendo apresentar a mesma mutação ou mutações diferentes.
2.2 Manifestações clínicas 
A manifestação da fibrose Cística é muito variável. Pode se manifestar em crianças e adultos. Alguns pacientes ficam completamente sem sintomas por vários anos de vida. As manifestações clínicas mais comuns da Fibrose Cística são diarreia crônica, tosse crônica e desnutrição; porém, por ser uma doença que envolve vários sistemas ou órgãos ela pode se manifestar de diversas maneiras diferentes. Essas manifestações clínicas podem ser classificadas de acordo com o aparelho ou órgãos acometidos.
Manifestações respiratórias 
O acometimento das vias respiratórias, ocorre em mais de 95% dos pacientes. A doença pulmonar e a sinusal são crônicas, com períodos de reacutização ou exacerbações. O curso clínico é determinado por muco viscoso e clearance mucociliar diminuído, predispondo à bronquites, sinusites, pneumonias, bronquectasias fibrose e falência respiratória (RIBEIRO,2002). Os sintomas geralmente são tosse crônica persistente, excesso de produção de escarro mucoso, muito espesso e muitas vezes, fracamente purulento. Através da obstrução brônquica, podem ser percebidos sibilância ou roncos, além de se observar o diâmetro antero posterior do tórax abaulado, principalmente em lactentes.
A presença de secreções espessas e infectadas leva à obstrução das pequenas vias aéreas e desencadeamento de um processo inflamatório crônico. O comprometimento pulmonar é o aspecto mais crítico da doença. A inflamações em pulmões de recém-nascidos, leva à formação de bronquiectasias e lesão pulmonar com progressão, em última instância, para insuficiência respiratória e morte. (MAGALHÃES, 2004)
Devido a colonização e infecção respiratória por bactérias que levam a dano tissular irreversível é caracterizada a doença pulmonar na fibrose cística. (RAYMOND,2000)
O processo infeccioso, por sua vez, aumenta o fenômeno obstrutivo, resultando em um círculo vicioso, difícil de ser interrompido. Embora o processo obstrutivo seja o evento fisiopatológico inicial, a infecção crônica do trato respiratório se apresenta como o evento mais importante, contribuindo para a piora da função pulmonar e eventual óbito desses pacientes. (ANDRADE, 2001)
Manifestações Gastrintestinais
Essas manifestações podem ter inicio na infância com a presença do íleo meconial uma obstrução intestinal neonatal. A maioria dos pacientes com FC apresenta insuficiência pancreática a qual é vista no início da vida quando há presença de mutação. Afalha na secreção de alguns ânions resulta em bloqueio da glândula por macromoléculas precipitadas e o subsequente extravazamento de enzimas proteolíticas as quais são responsáveis pela destruição do parênquima e a insuficiência pancreática exócrina.
A má digestão resultante da degradação pancreática implica em má absorção de gordura e vitaminas lipossolúveis em conjunto acarretam diarréia e gradual perda de peso. 
Devido a secreção anormal de bicarbonato pelo pâncreas, a hipersecreção de ácido gástrico é reduzida o que leva ao atraso de liberação de secreções e inibição enzimática. Há ainda outros fatores contribuintes para a má absorção de gordura mesmo naqueles que estão em terapia de substituição de enzimas pancreáticas tais como, a alteração da composição e da secreção da bile, além disso a alteração na camada de muco contribue para a insuficiência da absorção intestinal.
Outra alteração gastrointestinal que pode ser encontrada na FC é o crescimento bacteriano intraluminal exagerado, que contribui para a má digestão e fermentação. Os distúrbios da motilidade gastrointestinal são frequentemente relatados na FC como, a presença de refluxo gastroesofágico e a constipação pelo tempo de transito intestinal. Em pacientes com fibrose cística e com o avanço da idade as ilhotas pancreáticas podem também ser destruídas levando ao desenvolvimento de diabetes relacionadas a FC.
Manifestações Hepáticas
O aumento dos pacientes com FC, as manifestações hepatobiliares da doença tem se tornando um desafio diagnostico e terapêutico, em base de critérios clínicos a hepatopatia é encontrada 1,4℅a 7,0 ℅ em pacientes fibrocesticos quando indicadores bioquímicos e ultrasonograficos são incluídos entretando melhor a resposta em relação aos com cirrose avançada.
O metabolismo alterado nos sais biliares favorece a formação de cálculos biliares em 15% dos pacientes, aproximadamente. A cirrose hepática ocorre em 5 % dos pacientes, a retenção de sais biliares hepatotóxicos é um fator que contribue bastante para o aparecimento das doenças hepáticas.
A lesão hepática causa muitos danos na síntese endógena de vitamina D e de seus metabolíticos, que pode gerar doença óssea e também alterações no metabolismo do cálcio, já que a absorção deste mineral se faz sob a influencia da vitamina D, e umas das complicações é a perda de massa óssea surgindo o risco de fraturas tanto de vertebras como de colo de fêmur.
2.3 Diagnóstico e exames biológicos
Os primeiros programas de Rastreamento para a Fibrose Cística foram instituídos em 1979 e tinham por base o diagnóstico precoce e a possibilidade de alterar a evolução da Doença, no paciente afetado. Além da oportunidade de prevenir, através do aconselhamento genético. Mundialmente implantado, o rastreamento tem demonstrado uma incidência variada em determinadas partes do mundo. A Fibrose Cística é geralmente diagnosticada na infância, mas também podem ser dectada na fase adulta. 
A suspeita de Fibrose é identificada por meio de sintomas apresentados como: Doença pulmonar supurativa crônica, insuficiência pancreática e níveis elevados de sódio e cloro no suor, e também pelo histórico familiar do paciente.
Existem alguns testes realizados para diagnosticar a FC logo nos primeiros dias de vida.
Teste do pezinho
É um exame simples quase indolor e gratuito na maioria dos estados, caso não seja, as maternidades oferecem a opção de teste ampliado. O Teste do pezinho tem como objetivo, prevenir o desenvolvimento de algumas doenças e inúmeras sequelas que terá como consequência à saúde da criança, sendo um teste obrigatório e executado no momento da alta hospitalar, entre o 3° e 7° dia de vida da criança. 
O teste do suor
Considerado o padrão ouro para detectar a Fibrose é baseado na análise dos níveis de cloro no suor. Qualquer um dos critérios clínicos se acompanhado por níveis de cloro no suor acima de 60 mEq/l é suficiente para confirmar o diagnóstico. Por motivos técnicos, o teste é usualmente realizado somente após o segundo mês de vida, mesmo quando há forte suspeita clínica e apesar da urgência do resultado.
Teste genético
Este teste quando realizado em sua forma completa, detecta duas mutações patogênicas e é absolutamente conclusivo. E com o avanço da tecnologia de análise de DNA, atualmente com um único teste a triagem de todas as mutações é viável.
2.4 Tratamentos 
Normalmente, o tratamento da doença é realizado com a ingestão de remédios prescritos, fisioterapia respiratória e acompanhamento nutricional, fazendo com que a doença seja controlada e a qualidade de vida do indivíduo melhore. Outra forma para o tratamento, seria a cirurgia, mas essa só é recomendada quando ocorre obstrução de algum canal ou complicações respiratórias, muitas vezes é necessário que o paciente passe por um transplante de pulmão. 
Pessoas com fibrose cística produzem secreções pegajosas e espessas, que acabam afetando os pulmões e o sistema digestivo (incluindo o pâncreas), por isso, o tratamento controla e previne infecções pulmonares e ajuda a remover as secreções e mucos além de fornecer uma dieta adequada. Além disso, a doença não possui cura, mas o tratamento quando realizado de forma correta, alivia os sintomas e controlam a doença, fazendo com que as complicações, principalmente as que são ligadas ao sistema respiratório sejam reduzidas, podemos citar como exemplo a pneumonia e bronquite. 
Fisioterapia para fibrose cística
O tratamento fisioterapêutico da doença tem como objetivo ajudar na liberação de secreções, melhorar as trocas gasosas que ocorrem nos pulmões, limpar vias aéreas e fazer com que a expiração melhore, por meio de exercícios de respiração e aparelhos. Outro fator em que a fisioterapia é eficiente, é o fato dela ajudar as articulações, músculos do peito, costas e ombros a se mobilizarem. O profissional da área, deve ter cuidado ao ajustar as técnicas de acordo com as necessidades de cada paciente, além disso, o tratamento deve ser realizado diariamente desde que a doença seja diagnosticada, seja em casa ou em consultório.
Tratamento medicamentoso da fibrose cística
Pode-se tratar e prevenir infecções com os medicamentos, remédio que podem ser prescritos incluem: os antibióticos para tratamento e prevenção de infecções; broncodilatadores que ajudam a deixar as vias aéreas abertas e relaxar os músculos bronquiais; mucolíticos para liberação do muco e enzimas pancreáticas que ajudam o aparelho digestivo a digerir alimentos e absorver nutrientes. 
Casos em que o sistema respiratório piora e o paciente apresente complicações como os casos de bronquite e pneumonia, por exemplo, o paciente pode precisar de máscaras de oxigênio. 
Tratamento nutricional da fibrose cística
Acompanhamento nutricional é fundamental para combater infecções e complementação alimentar, fazendo com que o paciente obtenha todos os nutrientes necessários. As dietas devem ser ricas em calorias, já que o paciente não é capaz de digerir as comidas que ingere; ser rica em gordura e proteína, já que os pacientes não têm todas as enzimas digestivas (perdem esses nutrientes por meio das fezes) e complementada como suplementos das vitaminas A, D, E e K, para que os nutrientes que um ser humano precisa sejam repostos. O acompanhamento nutricional deve inciar assim que a doença for diagnosticada e deve ser adaptada de acordo com seu desenvolvimento. 
Tratamento cirúrgico para fibrose cística
Geralmente a cirurgia é indicada nos casos em que o muco obstrui algum canal, portanto indica-se um transplante de pulmão quando há problemas respiratórios graves e os antibióticos já não fazem efeito. 
 Complicações da fibrose cística
Complicações afetam diretamente o sistema respiratório, sistema digestivo e o reprodutivo. Ou seja, problemas como bronquite, sinusite, pneumonia, diabetes, problemas de fígado, cálculos biliares, entre outras e até mesmo podendo fazer com que o paciente venha a óbito.
3 CONCLUSÃO
Apesar de a Fibrose cística ser uma doença muito grave, conclui-se que houve um aumento de pacientes sobrevividos graças aos estudos e pesquisam que possibilitam um melhor conhecimento da doença, bem como à inclusão da dosagem da tripsina imunorreativa (IRT) na triagem neonatal que permite o diagnóstico precoce da doença.
Porém percebe-se que necessita de mais informações e divulgação sobre a doença tanto para as pessoas que já o possuem e para todos que não possuem, para que assim todos saibam o que é a doença e busquem mais informações para que estejam cientes da importancia do diagnostico e tratamento da doença visando uma melhor qualidade de vida, pois quando mais cedo o paciente desobrir a doença, maior são as chances de tratamento e vida.
Conclui-se tambem que é muito importante que em todos os estados estejam incluídos o diagnostico da FC no teste do pezinho. Sendo também necessário a criação de centros especializados em tratamento de fibrose-cística para dar mais suporte aos pacientes e sem grandes custos, aumentando assim os estudos e informações sobre a doença visando uma melhor qualidade de vida e sobrevivência.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMAM – Associação Mineira de Assistencia a Mucoviscidose – <http://www.amam.org.br/> acesso em: 23 Mar. 2017
<http://www.abram.org.br/o-que-e-fibrose-cistica> acesso em: 26 Mar. 2017
<http://www.medicina.ufmg.br/nupad/triagem/triagem_neonatal_fibrose_cistica_tratamento.html> acesso em: 26 Mar. 2017
Disponível em <: https://www.tuasaude.com/tratamento-para-fibrose-cistica/:> Acesso em: 18 mar. 2017.
VARELLA, Drauzio. Fibrose Cística: Entrevista [ 26 de Jan. 2012] São Paulo: Site Drauzio Varella. Entrevista concedida a Fabíola Villac Adde.Disponível em < https://drauziovarella.com.br/crianca-2/fibrose-cistica-2/> acesso em 26 Mar. 2017
ROSA, Fernanda Ribeiro et al . Fibrose cística: uma abordagem clínica e nutricional. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 21, n. 6, p. 725-737,  Dec.  2008 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732008000600011&lng=en&nrm=iso>. access on  26  Mar.  2017.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732008000600011.
FIRMIDA, Mônica de Cássia; LOPES, Agnaldo José. Artigo de Revisão: Aspectos epidemiológicos da fibrose cística. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, v. 10, n. 4, p.1-1, nov. 2011. Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=70>. Acesso em: 24 mar. 2017
SARAIVA-PEREIRA, Maria Luiza; KIEHL, Mariana Fitarelli; SANSEVERINO, Maria Teresa Vieira. Genética na Fibrose Cística. Artigo de Revisão, Porto Alegre, p.161-167, 2011. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/hcpa/article/viewFile/20905/12468>. Acesso em: 25 mar. 2017.
Fiates GMR, Barbosa E, Auler F, Feiten SF, Miranda F. Estado nutricional e ingestão alimentar de pessoas com fibrose cística. Rev Nut. 2001; 14(2):95-101.
Ribeiro JD, Ribeiro MAGO, Ribeiro AF. Controvérsias na fibrose cística: do pediatra ao especialista. J Ped. 2002; 78(supl.2):171-86.
Magalhães M, Britto MCA, Becerra PGM, Veras A. Prevalência de bactérias potencialmente patogênicas em espécimes respiratórias de fibrocístico do Recife. J Bras Pat Med Lab. 2004; 40(4):223-7.
Raymond NC, Chang PN, Crow SJ, Mitchell JE, Dieperink BS, Beck MM, et al. Eating disorders in patients with cystic fibrosis. J Adolesc. 2000; 23(3): 359-63. 
Andrade EF, Fonseca DLO, Silva FAA, Menna-Barreto SS. Avaliação evolutiva da espirometria na fibrose cística. J Bras Pneum. 2001; 27(3):130-6.
DAMASCENO N, BERNADINA A, FERRI A, et al. Fibrose Cística. Revista Brasileira de Pediatria e Medicina Moderna. Agosto 2010. DORING G, et al. Treatment of lung infection in <http://www.jped.com.br/conteudo/02-78-S171/port_print.htm> acess em 26 Mar. 2017
Curso de Bacharelado em Biomedicina
ENCERRAMENTO DO PROCESSO AVALIATIVO
Preenchido pelo Acadêmico(a)
Unidade de ensino:
Período:
Semestre letivo:
Data de solicitação do trabalho: _____/_____/2017
Data de entrega do trabalho: _____/_____/2017
Preenchido pelo Docente
Data de entrega do trabalho pelo Acadêmico (a): _____/_____/2017
Valor do trabalho: _______ pontos
Nota atribuída: _______pontos
Data de devolução do trabalho ao Acadêmico (a): _____/_____/2017
Assinatura do Docente: ___________________________________________
	
	REFERENCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA SIMPLIFICADA
Entende-se por referência bibliográfica um conjunto de indicações precisas e minuciosas que permitem a identificação de publicações no todo ou em parte, bem como materiais eletrônicos (CD-ROM, DVD, sites eletrônicos, microfichas), catálogos, mapas, gravações, filmes etc.
Siglas:
IBICT: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
ISBN: International Standard Book Number
ISSN: International Standard Serial Number
Modelos de referência:
1. Livro com um autor, título e subtítulo, com mais de uma edição:
	COTRIM, Gilberto Vieira. Direito e legislação: introdução ao direito. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
2. Livro com dois autores, título e subtítulo, em primeira edição:
	DENCKER, Ada de Freitas Maneti; VIÁ, Sarah Chaid da. Pesquisa empírica em ciências humanas: com ênfase em comunicação. São Paulo: Futura, 2001.
3. Livro com três autores, título, em primeira edição:
	VOET, Donald; VOET, Judith; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de bioquímica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
4. Livro com quatro ou mais autores, título e subtítulo, em primeira edição:
	ZAMBALDE, André Luiz et al. Informática: conceitos básicos. Lavras: UFLA/FAEPE, 1998.
5. Capítulo de livro:
	LUIJTEN, J. G. A. Applications and biological effects of organotin compounds. In: SAWYER, Albert K. (org.) Organotin compounds. New York: Marcel Dekker, 1972.
6. Dissertação de mestrado e tese de doutorado:
	SILVA, Samuel Ferreira da. dl-Mandelatos diorganoestânicos: síntese, caracterização e atividade bactericida. Três Corações, 2005. 66 p. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade Vale do Rio Verde.
	BARBIÉRI, Roberto Santos. Complexos de paládio e platina com trifenilfosfina, trifenilarsina e trifenilestibina: síntese caracterização, reatividade e aplicações. São Carlos, 1989. 191 p. + apêndice. Instituto de Física e Química, Universidade de São Paulo.
7. Artigo de periódico:
	TERRA, V. R.; BARBIÉRI, R. S.; DIAS, A. K. C.; CARDOSO, M. G. Thermal analysis of diorganotin dl-mandelates. Journal of Thermal Analysis and Calorimetry, Budapest, v. 67, n. 2, p. 453-458, 2002.
	TEICHER, Martin H. Feridas que não cicatrizam: a neurobiologia do abuso infantil. Scientific American Brasil, São Paulo, ano 1, n. 1, p. 83-89, jun. 2002.
(Obs.: se for o caso, a indicação de ano pode ser substituída por v., de volume)
8. Anais de congresso e resumo de trabalho publicado em anais de congresso:
	ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 3., 2006, Muriaé. Anais... Muriaé: FAMINAS, 2007. 594 p. ISSN 1807-6912.
	FONTAINE NETO, Homero Gomes; COUTINHO, Mariele Garcia; ABRANCHES, Maria Alice. Relação professor-aluno educação infantil. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 3., 2006, Muriaé. Anais... Muriaé: Faculdade de Minas, 2007. p. 518.
9. Matéria retirada da Internet:
	PORTILHO, Wanderson do Amaral; ABREU, Simone Aparecida; ABRANCHES, Maria Alice. A atuação do professor de educação física: prática pedagógica no ensino fundamental. In: REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 58., 2006, Florianópolis. Anais eletrônicos... São Paulo: SBPC/UFSC, 2006. Disponível em <http://www.sebpcnet.org.br/livro/58ra/SENIOR/RESUMOS/resumo_2308.html>. Acesso: 3 jun. 2007.

Continue navegando