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Contribuições de Durkheim, Weber e Marx para o estudo do Direito
Durkheim: Para ele o sistema jurídico visa investigar como as regras do direito funcionam na sociedade. Examinar as causas que determinam o surgimento de novas normas jurídicas, e os fatos sociais que provocam, se satisfazem às necessidades das causas. Investiga também se a estrutura moral e social do momento é capaz de aplicar tais normas, ou seja, se ela não está adiante do momento evolutivo da sociedade. As normas jurídicas não podem desconhecer os fatos morais e sociais, porque dos fatos é que nasce o direito.
Durkheim intercala os fatos morais e sociais (os modos de agir, pensar e sentir; exteriores ao individuo), considerando-os independentes da consciência individual (em seus conceitos subjetivos e vontades individuais). Seu trabalho marca a passagem do conceito de sociologia sintética (a sociedade constitui um todo orgânico), para o da sociologia analítica (onde as sociedades particulares nascem, crescem e morrem independente uma das outras).
Weber: Max Weber é tido como o sociólogo mais influente do século XX, sendo a sociologia do direito um de seus temas principais e recorrentes.
Max Weber teve importante contribuição para o desenvolvimento da sociologia, afastando-se de influências políticas ou do racionalismo positivista, que o permitiu propor uma nova visão a respeito da temática ora incluída.
Ele desenvolveu uma metodologia que reformulou alguns métodos já existentes. Para tanto, Weber assentou três conceitos metodológicos basilares, quais sejam, o da causalidade adequada (probabilidade objetiva em que o resultado se concretiza devido a um conjunto de fatores anteriores que o tornou objetivamente possível), o sentido das ações para o agente (além de entender a causa é preciso que se compreenda o significado do fenômeno) e o tipo ideal (construção teórica abstrata a partir de casos particularmente analisados). Sendo certo que toda ciência tem um objeto, Weber definiu como objeto investigativo da Sociologia o estudo da ação social, sendo esta considerada a conduta humana dotada de sentidos, passando a entender o indivíduo como o agente social que dá sentido à ação. Portanto, os indivíduos por meio de valores sociais e sua motivação, produzem o sentido da ação social.
Weber representou a racionalidade de uma forma prática, como a adequação de meios aos fins. Podendo ser divididas em quatro tipos, são elas:
1. Racionalidade teórica;
2. Racionalidade prática;
3. Racionalidade Substantiva;
4. Racionalidade formal
A Racionalidade teórica tem como finalidade o conhecimento da realidade social.
A Racionalidade prática tem como finalidade entender a realidade social em função de seus atores ou agentes.
A Racionalidade substantiva tem como finalidade entender a realidade social em função dos valores.
E a Racionalidade formal tem a finalidade de entender a realidade social em função das regras prévias da aplicação generalizada.
Para Weber, ele entende que é possível estudar a realidade social através de dois métodos dependendo dos temas e fenômenos que se investiguem, que é o que se refere ao dualismo entre uma metodologia para as ciências da natureza e outra para as ciências sociais.
Ele se apoia em três conceitos chaves, que são:
Causalidade adequada; Compreensão do significado das ações para os agentes e os Tipos ideais.
Marx: Karl Marx, junto à colaboração essencial de Engels, produziu um julgamento do capitalismo jamais visto. Com o Manifesto do Partido Comunista em 1848, conclamou todos os trabalhadores, independente de suas nacionalidades, à união contra o Capitalismo, sendo que o processo de sindicalização tomou grande impulso a partir daí.
Marx propõe, através do Materialismo Histórico, que os homens não são meros seres contemplativos do mundo, não são apenas produto do meio (refutando, portanto, as teses deterministas), mas são também produtores da História. Para ele, como já foi dito, o modo de produção capitalista é sustentado por inúmeras contradições, sendo que elas se dão essencialmente no plano das classes sociais. Estas são a burguesia, aqui como classe detentora dos meios de produção e, portanto, dominante; e o proletariado, que tem como única riqueza o seu trabalho, tendo que o vender para sobreviver. Afirma também que as forças produtivas estão em constante desenvolvimento. Isso geraria uma competição entre os próprios capitalistas, na qual o vencedor seria o burguês que detivesse as mais avançadas técnicas produtivas. Como resultado, teria uma redução do número de capitalistas e o aumento do montante da classe dominada.
A obra de Marx é inegavelmente de suma importância para o estudo do Direito. Ela não constituiu apenas um grito de dor do proletariado, já que sua dialética econômica da história denunciou “uma guerra ininterrupta entre homens livres e escravos, patrícios e plebeus, burgueses e operários, enfim, entre dominantes e dominados, mas não se restringiu a isso”. Propôs uma mudança através da revolução proletária. É então, impossível desconsiderar o pensamento de Marx em seu profundo papel modificador e crítico da sociedade.
De seus ensinamentos não se pode abstrair uma teoria sistêmica sobre o Direito. Apesar disso, através de seus escritos, evidencia-se um direito de papel decisivo na fixação das contradições do Sistema Social Ocidental. O Direito coloca-se muito mais que um instrumento pacificador dos conflitos sociais. Isso porque sob sua perspectiva ideológica verifica-se que o Direito representa um discurso do Poder.
De fato, o Direito, assim como a Justiça, não é um fenômeno universal, conforme a classe dominante insiste em afirmar.
Assim, o Direito não pode ser entendido como um acontecimento neutro e desinteressado nas lutas de classes.
Fonte de ajuda para pesquisa: www.jus.com.br

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