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ENZIMAS Prof. Dr. Paulo A. Silva Junior ENZIMAS Anos! ENZIMAS São proteínas catalisadoras: aumentam a velocidade das reações, sem sofrerem alterações no processo global. Catálise: conversão de um substrato em produto Introdução Glicose Oxigênio C6H12O6+ 6O2 → 6CO2 + 6H2O REAÇÃO ESPONTÂNEA IMPORTÂNCIA: Viabilizar a atividade das células, acelerando o processo de transformação de moléculas e substâncias. ENZIMAS Introdução SUBSTRATO PRODUTO Enzima A B A B A B A B A B A B A B A B B B A A ENZIMA 1 MOLÉCULA DE ENZIMA: 100 a 1.000 moléculas de substrato em produto por segundo COORDENADA DA REAÇÃO Energia de ativação com enzima Energia de ativação sem enzima Energia liberada da reação ╪ Estado de transição (╪) Energia de ativação reduzida S P Progresso da Reação Energia * Reduzem a energia de ativação Apresentam especificidade pelo substrato Interagem com um ou alguns poucos substratos Em geral, catalisam apenas um tipo de reação química Particularidades OBS.: Nem todas as enzimas têm natureza proteica. Existe um grupo de enzimas formado por RNA, chamadas de ribozimas. Sufixo “ASE” ao nome do substrato: * lipídeos (lipo - grego) – LIPASE * amido (amylon - grego) – AMILASE - Nomes arbitrários: * Tripsina, pepsina, quimotripsina * Catalase (H2O2) Nomenclatura Componentes da reação enzimática As enzimas possuem um sítio ativo que corresponde a região da molécula enzimática que participa da reação com o substrato. Modelo do encaixe induzido Sítio ativo enzimático Sítio ativo enzimático Enzima: proteína catalisadora; Substrato: objeto que será modificado; Produto: resultante da ação enzimática Componentes da reação enzimática Enzima Substrato E+S EP ES E+P PROCESSO DE CATÁLISE Inúmeras interações fracas entre enzimas e substratos são formadas (pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas, pontes iônicas) Sítio ativo A energia livre liberada pela formação destas interações parcialmente supre a energia para atingir o topo da colina energética. I. ATIVIDADE ENZIMÁTICA I. ATIVIDADE ENZIMÁTICA Fatores afetam a atividade: Tempo de reação Integridade enzimática O aumento de temperatura aumenta a taxa de reação enzimática devido ao aumento de energia cinética das moléculas participantes da reação. a. Temperatura A temperatura pode interferir nas interações que mantém as estruturas secundárias e terciárias, podendo levar à desnaturação protéica. a. Temperatura Ponto ótimo Temperatura Taxa de atividade PTN Desnaturada 0 10 20 30 40 50 60 36,0ºC b. pH Altera o padrão de cargas do sítio ativo. Altera a conformação da proteína. Enzima b. pH AH+ A- AH+ A- Substrato * Enzima b. pH AH+ A- AH+ A- Substrato * Enzima b. pH AH+ A- MEIO ÁCIDO H+ AH+ A- Substrato * Enzima b. pH AH+ A- MEIO BÁSICO OH- AH+ A- Substrato * Dependência ao pH pH ótimo Protonação/desprotonação do sítio ativo Em pHs extremos a proteína é inativada por desnaturação b. pH * b. pH Ponto ótimo PTN Desnaturada pH Taxa de atividade PTN Desnaturada 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 2,8 pH ótimo de algumas enzimas ATIVIDADE GERAL DAS ENZIMAS Catálise por meio de adição ou retirada de água e íons, transferência de componentes da molécula, mudanças na conformação estrutural da molécula (isômero). II. CLASSIFICAÇÃO Oxirredutases Lactato desidrogenase Transferência de hidrogênios II. CLASSIFICAÇÃO Ácido Lático Desidrogenase 1 COOH NADH + H+ NADox COOH ( ( CO H-C- OH ( ( CH3 CH3 Ácido Pirúvico Ácido Lático II. CLASSIFICAÇÃO Transferases Transferência de grupos funcionais Hexoquinase Trifosfato de adenosina 2 * Lactose H2O Glicose + Galactose II. CLASSIFICAÇÃO Hidrolases Reações de hidrólise Lactase Maltose H2O Glicose + Glicose Maltase Miosina H2O Peptídeos Pepsina 3 Liases Adição ou remoção de grupos (H2O, CO2,NH4+), em ligações covalentes II. CLASSIFICAÇÃO Fumarase Fumarato Malato 4 II. CLASSIFICAÇÃO Liases Neurotransmissor inibitório mais importante do SNC; Está presente em 1/3 das sinapses. ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO 4 Triose fosfato Isomerase Isomerases Transferência de grupos dentro da mesma molécula, formação de isômeros II. CLASSIFICAÇÃO Dihidroxiacetona fosfato Gliceraldeído 3 -fosfato 5 Enzima Ligases Reações de síntese “ligando” duas moléculas já existentes para formar uma nova. Há consumo de ATP II. CLASSIFICAÇÃO Piruvato carboxilase Piruvato Oxaloacetato 6 CLASSIFIQUE AS ENZIMAS A C B D E F Proteínas Simples Conjugadas Holoenzima Apoenzima Cofator ou coenzima + apoenzima Estrutura Enzimática III. CO-FATORES E CO-ENZIMAS Íons inorgânico / Vitaminas III. CO-FATORES E CO-ENZIMAS Componente químico adicional necessário para a função: Cofator: íons inorgânicos Coenzima: moléculas orgânicas complexas Se liga muito firmemente ao grupo prostético São moléculas não proteicas, inorgânicas [íons metálicos] e orgânicas [vitaminas] indispensáveis para o funcionamento de várias enzimas. III. Co-fatores e coenzimas a. Co-fatores Elementos inorgânicos que servem como cofatores das enzimas Cu2+ Citocromo oxidase Fe2+ ou Fe3+ Citocromo oxidase, catalase, peroxidase K+ Piruvato quinase Mg2+ Hexoquinase, glicose-6-fosfatase, piruvato quinase Mn2+ Arginase, ribonucleotídeo redutase Mo Dinitrogenase Ni+2 Urease Se Glutationa peroxidase Zn2+ Anidrase carbônica, desidrogenase alcoólica, carboxipeptidase A e B a. Coenzimas Elementos orgânicos que servem como cofatores das enzimas Coenzima A - ATP, vitamina B5 (ác. pantotênico) e cisteína a. Coenzimas Vitaminas que servem como cofatores das enzimas Dinucleotídeo de nicotinamida e adenina Dinucleotídeo de flavina e adenina * V. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA (feedback negativo) 1.1 – Regulação pelo produto imediato da enzima S Quando o produto se liga ao sítio regulador inativa a enzima Sítio regulador P 1. REGULAÇÃO PELO PRODUTO Enzima * Quando produto da via se liga à enzima regulatória toda via é inibida. 1.2 – Regulação pelo produto final da via (feedback negativo) Enz. 2 Enz 3 Enz. 4 S A B C P - Via metabólica - V. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA 1. REGULAÇÃO PELO PRODUTO Enzima 1 * 1.2 – Regulação pelo produto final da via (feedback negativo) Enz. 2 Enz (...) C6H12O6 C6H13O9P (...) ATP - Via metabólica - V. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA 1. REGULAÇÃO PELO PRODUTO HK * cinase fosfatase PO4-3 Forma ativa (ou forma inativa) Forma inativa (ou forma ativa) ATP ADP fosforilação defosforilação forma defosforilada Forma fosforilada ciclo fosforilação-defosforilação V. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA 2. REGULAÇÃO POR FOSFORILAÇÃO-DEFOSFORILAÇÃO Enzima OH Enzima OPO3-2 * Todos os sítios ativos das enzimas alostéricas são afetados pelo inibidor Inibidores alostéricos se ligam a um sítio afastado do centro ativo; Provocam mudança conformacional na enzima; O produto pode ter o papel de inibidor alostérico; REGULAÇÃO ALOSTÉRICA V. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA V. REGULAÇÃO ENZIMÁTICA INIBIDOR: Qualquer fator que reduz ou cesse a atividade enzimática. IV. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Fármacos Sub. Tóxicas INIBIDORES REVERSÍVEIS IRREVERSÍVEIS COMPETITIVOS NÃO COMPETITIVOS * Inibidor competitivo: concorre com o S pelo sitio ativo da E. IV. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA São substâncias análogas ao substrato; Reversão (aumento do substrato). INIBIÇÃO COMPETITIVA Inibidor não-competitivo:se liga reversivelmente, aleatória e independentemente em um sítio que lhe é próprio. INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA IV. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA São substâncias diferentes do substrato; [substrato] não diminui a inibição I se une à E por ligações covalentes (estáveis); A E torna-se inativa de forma permanente. IV. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL Penicilina e amoxicilina: inibem uma ou mais enzimas envolvidas na síntese da parede celular bacteriana; Aspirina: inibe a enzima COX-1 → síntese de PGF2α; Captopril, enalapril e lisinopril: inibem a enzima conversora de angiotensina (ECA) → vasodilatação arterial; Venenos, inseticidas... → respiração celular EXEMPLOS Valeu!!! “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”. Is. 41:10 COOH NADH + H + NAD ox COOH CO H-C- OH CH 3 CH 3 Ácido Pirúvico Ácido Lático
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