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5
AS OFICINAS PEDAGÓGICAS COMO ALTERNATIVAS PARA A APRENDIZAGEM ESCOLAR NO ENSINO DA GEOGRAFIA
O uso de maquetes e brinquedos pedagógicos como alternativas para despertar o interesse pela Geografia
Silvane Inês Caczmareki¹
Luciane 1
Letiane lemos Nobre²
CAIXA DE COSTURA
Venho costurando minha vida
com linhas de saudade.
Procuro equilibrar-lhes a cor
para que o resultado final não seja triste.
Por vezes, é o cinza que insiste;
por vezes, impera o marrom.
Ainda bem que tem saudade bonita;
mudo o tom, amarro fitas,
busco a outra ponta do novelo;
intercalo a trama em amarelo.
A saudade é assim mesmo,
tecelã do tempo.
Quando menos se espera,
arremata o momento, leva embora,
deixa a porta encostada, o cadarço de fora,
e nunca avisa a hora de voltar.
Ainda hei de costurar com verde florescente
e, se a saudade chegar autoritariamente,
vai se sentir enfraquecida.
Enquanto procuro a cor,
vou costurando a vida,
sem saber qual vai ser o resultado.
Caso ele não fique combinado,
dou um nó, encosto agulha, guardo a linha,
que essa culpa roxa não é minha.
É uma artimanha branca do passado.
© FLORA FIGUEIREDO
In O Trem Que Traz a Noite, 2000
RESUMO
Palavras-chave: Artigo científico. Normatização. NBR-6022. 
1.INTRODUÇÃO
 
As oficinas pedagógicas são instrumentos poderosos para o aperfeiçoamento didático em uma escola. Trata-se de uma situação de aprendizagem aberta e dinâmica, que possibilita a inovação, a troca de experiências e a construção de conhecimentos.
Nesse momento, a instituição de ensino reserva um espaço para a aprendizagem coletiva. Nele, os educadores têm a oportunidade de interação com o grupo, o que torna a experiência ainda mais enriquecedora.
Diferentemente de um modelo mais engessado e baseado na mera transmissão de informações, o estudo de um tema em oficinas pedagógicas permite a comparação entre experiências diversificadas, o que propicia uma abordagem reflexiva dos desafios enfrentados pelos docentes.
Não podemos negar que a rotina escolar é muito corrida. A grande demanda de trabalho, o conteúdo massacrante e a necessidade de despender uma quantidade significativa de tempo em tarefas burocráticas podem gerar a tendência de repetir práticas de ensino e aprendizagem.
Dessa forma, se não houver um esforço intencional da instituição no sentido de promover a reflexão sobre a prática pedagógica, avaliar de fato seus resultados e utilizar os conhecimentos para gerar propostas inovadoras, a escola pode ficar estagnada.
O constante uso da metodologia teórica como umas das formas de ensino mais utilizada, reflete no desinteresse que grande parte dos alunos possuem, devido à falta de integração e interação para com os mesmos dentro das salas de aulas. Ainda há professores que tentam inovar no ensino, todavia são prejudicados devido à precarização e ausência de professores nas escolas, sobretudo na rede de ensino público. Dessa forma, caso algum professor queira propor uma aula diferenciada, terá que arcar do próprio salário. O ensino de Geografia nas escolas continua muito tradicional por conta das dificuldades encontradas para se aplicar a aula, consequentemente torna-se desinteressante para os alunos. Segundo Cavalcante (2012) “ao ensinarem os conteúdos escolares a jovens e crianças, os professores têm observado as dificuldades de aprendizagem e, em muitos casos, a falta de interesse pelas atividades de ensino de geografia por parte dos alunos”. Tendo como novo método alternativo de ensino, a utilização de atividades lúdicas faz-se presente na busca por um novo ensinar geográfico. Através destas atividades, os alunos poderão ter novas percepções de assuntos que antes eram abstratos. Segundo Castrogiovanni (et al., 2013), “É necessário desenvolver atividade lúdicas, práticas e concretas que abranjam diferentes linguagens, pois educar é dar novos sentidos a vida através da compreensão provisória do mundo. 
Escolheu-se como tema: As Oficinas Pedagógicas Como Alternativas para a Aprendizagem Escolar no Ensino da Geografia porque é muito importante que o aluno desde cedo comece a conhecer o seu lugar e aprender a localizar-se no tempo e no espaço, assim como saber o continente onde mora, o país e o estado. A Geografia é uma ciência muito abrangente, que se divide em geografia física e humana.
O objetivo geral do trabalho é mostrar através de exemplos que existem inúmeras formas de despertar o gosto pela geografia através de atividades diferenciadas.
Os objetivos específicos são:
· Descrever as várias práticas pedagógicas que podem ser utilizadas para despertar o interesse do aluno;
· Relacionar a teoria com a prática na forma de maquetes.
· Analisar aulas que seguem os antigos métodos com aulas diferenciadas em oficinas pedagógicas.
A pergunta que irá nortear o trabalho é: De que forma os professores devem ensinar a ciência Geográfica e despertar o interesse no aluno?
Este tema é de grande relevância e contribuirá para que futuros professores saibam da grande importância que tem o ensino da Geografia desde cedo para os alunos. Aquele aluno que não entende a Geografia não sabe sequer localizar-se no tempo e no espaço.
O trabalho está organizado da seguinte forma: primeiramente temos uma ideia do que será discutido, após alicerçados em alguns autores, citaremos partes de estudos já pesquisados por eles, e a partir das ideias de alguns formaremos o nosso discurso teremos a ligação da teoria com prática e a conclusão.
Este artigo está sob o pilar de alguns autores, os quais citamos: (KIMURA), (CASTROGIOVANI), (CAVALCANTI), (SOUZA), (ROSS), (FONSECA), (GUIMARÃES), (MONTEIRO), entre outros.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O aprendizado da Geografia na educação básica é de fundamental importância para o amadurecimento do processo de formação dos alunos que estão se preparando para as etapas seguintes da vida, pois, “a geografia proporciona o conhecimento do espaço geográfico que deve ser entendido, interpretado e analisado” (SOUZA, 2007 p. 23). Apesar de possuir o status de ciência de síntese, vai além da orientação no espaço, estuda também as constantes relações que se desenvolvem entre a sociedade e a natureza (ROSS, 2009). É, portanto, uma ciência de elevado prestígio em razão de sua importância para compreensão dos mais variados fenômenos espaciais (FONSECA, et al. 2011). Seja de natureza humana ou não, o que se desenvolve no espaço geográfico não escapa à análise em Geografia (ROSS, 2009).
A pratica interdisciplinar aqui apresentada constituiu-se:
Em relação à Natureza: básica, objetivando gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999).
Em relação à Abordagem do problema: Qualitativa, não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento chave (GIL, 1999). Há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,
um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.
Á Relação dos Objetivos: Descritiva, metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos (GIL, 1996; DENCKER, 2000, p. 125). É direcionada a pesquisadores que têm conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e problemas estudados.
Quanto aos Procedimentos Técnicos :Bibliográfica, utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, de informações disponibilizadas na internet.
2.1 O USO DE MAQUETES NAS AULAS DE GEOGRAFIA
 Frente às novas perspectivas do ensino da Geografia, o uso das tecnologias é cada vez mais presente, porém, de maneira desigual no ensino fundamental. Isso, atrelado às técnicas utilizadas há vários anos, como o uso de maquetes. Sendo assim, no que se refere à representação do espaço geográfico, a confecção de maquetes é um aspecto relevante no processo de ensino-aprendizagem. Em especial, na disciplina de Geografia paraa formação humanista e crítica dos cidadãos (SILVA & MENEGUETTE, 2002).
 O educador Castrogiovanni (2009) enfatiza a importância da construção de maquetes para o ensino, e considera tal recurso como um “[...] laboratório geográfico, onde as interações sociais do aluno, no dia a dia, são percebidas quase que na totalidade”. Mas, cabe aos professores fazerem as maquetes com os alunos para estimular com a imaginação, a leitura do mundo real. Despertando a criatividade dos alunos na compreensão do mundo bidimensional (mapa) e tridimensional (maquete).
Durante dois anos trabalhou-se a ciência Geográfica com alunos do Ensino Fundamental II, onde aconteceram as feiras do conhecimento. Optou-se desta forma, construir maquetes para aparentá-las nas feiras. 
Cada turma construiu duas maquetes relacionando-as aos assuntos estudados, por exemplo: sétimo ano construiu uma maquete representando os pampas gaúchos, e outro grupo construiu uma maquete representando o pão-de-açúcar localizado no estado do Rio de Janeiro, cita-se aqui as turmas do sétimo ano porque trabalha-se o Brasil e suas regiões.
O professor responsável pelas maquetes , organizava os assuntos, e trazia exemplos, mas a construção , a criatividade partia de cada aluno (grupo), após, eram colocadas em um ambiente seguro e no dia da feira cada grupo explicava com riqueza de detalhes o mapa (maquete), colocava-se a rosa-dos-ventos, e parte do mapa do brasil para mostrar onde localiza-se o lugar que a maquete representava. Enfim, uma maquete é a representação de um espaço geográfico específico, então uma maquete é um mapa, sendo esta um mapa precisa de riqueza de detalhes.
 Dessa forma, para o professor utilizar a maquete como ferramenta didática em suas aulas, o mesmo deve saber utilizar uma única maquete, abordando diversos assuntos. Sejam eles da Geografia física ou Humana. Pois, pode ser explicado sobre o relevo e sua formação, em conjunto, com o assunto da ocupação humana em áreas irregulares e as suas interferências no meio ambiente. Para isso, o professor, além de possuir conhecimento em relação aos conteúdos curriculares da disciplina, deve saber confeccionar maquetes e (re) utilizar as mesmas. De forma que os alunos possam compreender e (re) interpretar a relação dos conteúdos estudados em sala com a sua realidade (CASTROGIOVANNI, 2009).
Segundo Callai (2013), o docente de Geografia deve ter como principal objetivo, educar e criar as condições para que os seus discentes se apropriem das ferramentas necessárias para o exercício da cidadania. E não apenas, exercer a prática de ensinar ou, solucionar problemas em sala de aula.
Autores como SILVA & MENEGUETTE (2002) demonstram a importância das aulas práticas para a formação socioambiental do indivíduo. Uma forma viável de aplicar essas aulas é a retomada do uso de maquetes como material didático. Tal recurso estimula os alunos à leitura do espaço geográfico. Desde que as informações em relação aos conteúdos possam ser exploradas durante a utilização da maquete. É preciso que o docente leve em consideração os conhecimentos prévios dos alunos e a realidade no qual os mesmos estão inseridos, pois a ilustrações (representadas nas maquetes) devem ter significado para os mesmos (CAVALCANTI, 2002).
A construção destas maquetes, acontecia nos períodos de aula, pois a escola não disponibilizava oficinas pedagógicas, em virtude do pouco espaço físico, dentre outros obstáculos.
Trabalhou-se a ciência Geográfica, caminhando juntas: teoria e prática, com todas as turmas. 
Não se pode negar que é um trabalho inicialmente cansativo, mesmo que a turma colabore, mas como citou-se na introdução, o professor precisa arcar com as despesas, pois a escola não disponibiliza materiais. Para a feira foras construídas 28 maquetes.
Este modo de ensinar a geografia, acrescenta experiência tanto para o professor, como para o aluno, visto que para a construção das mesmas visitou-se até sites de arquitetura. Todos matérias foram pesquisados e montados antes da parte final para que não ocorressem imprevistos.
Modelo de casas com palito de picolé, água artificial, plantas artificiais, morros, areia cinética, grama artificial colorida, cata-ventos para demonstrar a energia eólica, enfim, uma variedade de material pesquisado.
2.1.2 Aprendendo a ler o mundo geográfico através da ludicidade
Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania.
Queremos tratar aqui sobre qual a possibilidade de aprender a ler, aprendendo a ler o mundo; e escrever, aprendendo a escrever o mundo. Para tanto, buscamos refletir sobre o papel da geografia na escola, em especial no ensino fundamental, no momento do processo de alfabetização.
Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos).
Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da geografia na escola. Refletir sobre as possibilidades que representa, no processo de alfabetização, o ensino de geografia, passa a ser importante para quem quer pensar, entender e propor a geografia como um componente curricular significativo. Presente em toda a educação básica, mais do que a definição dos conteúdos com que trabalha, é fundamental que se tenha clareza do que se pretende com o ensino de geografia, de quais objetivos lhe cabem.
A Geografia na Educação Infantil se insere no eixo temático Natureza e sociedade. Nesse sentido este aprender a observar, descrever, comparar, estabelecer relações e correlações, tirar conclusões, fazer sínteses são habilidades necessárias para a vida cotidiana. Por intermédio da geografia, que encaminhe a estudar, conhecer e representar os espaços vividos, essas habilidades poderão ser desencadeadas. Mas sempre como caminhos, como instrumentos para dar conta de algo maior.
Aprender a ler, aprendendo a ler o mundo da vida, e usando para tanto as possibilidades metodológicas da geografia, é pretender que nesse movimento se consiga construir uma metodologia para estudar esse componente curricular, e também que o aluno consiga usar esse aprendizado metodológico para estudar, além do seu espaço vivido – o lugar em que está – outros lugares, que podem ser distantes de sua vida diária, mas que está – outros lugares, que podem ser distantes de sua vida diária, mas que estão interferindo na dinâmica geral das sociedades e, ao mesmo tempo, na sua vida ou de seu grupo em particular. Enfim, a geografia, nos anos iniciais da escolarização, pode, e muito, contribuir com o aprendizado da alfabetização, uma vez que encaminha para aprender a ler o mundo.
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), através da Ciência Geográfica deixa bem claro que desde o primeiro ano do fundamental I as crianças aprendam a formar mapas mentais.
Conforme (BRASIL.2017) O documento orientador divide-se em cinco eixos temáticos: o sujeito e seu lugar no mundo, conexões e escalas, mundo do trabalho, formas de representação e pensamento espacial, natureza, ambientes e qualidade de vida. Estes eixos são comuns a todos os anos do Ensino Fundamental e a partir deles ocorrem desdobramentos em objetos de conhecimento e a inserção de habilidades que potencializam a consecução das competências gerais da BNCC, tendo como perspectiva a progressão contínuae espiralar das aprendizagens.
No documento da BNCC o professor deve começar a ensinar a geografia através de mapas mentais e descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola, etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares. Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares. 
3- O USO DE BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS
Um dos maiores desafios para os educadores, hoje, diz respeito à adoção de práticas pedagógicas que cativem e motivem os alunos, despertando nesses o interesse pelas aulas. Por isso, muito se discute sobre a necessidade de o docente inovar em suas práticas em sala de aula e de se promover mudanças no ensino e na transmissão dos conteúdos. Porém, por mais debatidas que sejam essas alterações, observa-se que a maior parte dos profissionais de educação ainda encara as novas estratégias de ensino como um verdadeiro paradigma, opondo, por vezes, resistência a essas novas metodologias, efetivando-se a manutenção das antigas e monótonas aulas puramente expositivas, nas quais o docente é o único a falar e a expor o conteúdo de aula. Contrapondo-se a essa realidade, o lúdico surge com o objetivo de articular o ensino dos conteúdos com a prática de metodologias que despertem nos alunos o interesse pelo estudo da matéria. Para Dohone (2003, apud SAWCZUK; MOURA, 2014), o lúdico “é a forma eficiente de entrelaçar uma atividade agradável e motivadora com o com o conteúdo educacional que desejamos e necessitamos transmitir”.
Para Bastos (2011), o ensino da Geografia precisa ser mais dinâmico e prazeroso para que os conteúdos sejam assimilados. De acordo com o autor, é necessário que o docente ofereça uma aula para além do livro didático, de maneira que essa esteja em maior conexão com o cotidiano, além de caber a ele a necessidade de buscar uma renovação de suas práticas por meio da adoção de métodos que atraiam a atenção dos educandos, para que eles se sintam inseridos no processo de ensino-aprendizagem e tenham vontade de aprender.
Sabendo dessa necessidade de aliar a transmissão de conteúdos à adoção de técnicas prazerosas e lúdicas, os jogos surgem como meio de facilitar os estudos. Ao discutir os inúmeros benefícios de se adotar essas ferramentas na sala de aula, Castellar e Vilhena (2010) afirmam que “os jogos possibilitam a interação entre alunos e entre alunos e professor, estimulando a cooperação, contribuindo para o processo contínuo de descontração e auxiliando na formação e na consolidação de conceitos”. Para os autores, a atividade com jogos rompe com as práticas tradicionais mantidas pelos professores; dá ao estudante a oportunidade de aprimorar a sua capacidade cognitiva, por meio da construção de um raciocínio lógico; favorece a participação ativa dos alunos em atividades escolares; e é uma ferramenta eficaz no combate ao baixo rendimento escolar e à falta de interesse dos estudantes no processo educativo.
Para elaboração dos jogos deve-se levar em consideração a faixa etária dos estudantes, os assuntos abordados em sala de aula pelos docentes, a aplicabilidade do jogo no ambiente escolhido, os materiais necessários e o nível de abordagem adotado durante a revisão nas oficinas pedagógicas. Para cada jogo, deve ser elaborada uma proposta didática contendo a série, os conteúdos, os materiais necessários, além de algumas regras e dicas fundamentais para o seu perfeito andamento. Na construção dos jogos didáticos, deve priorizar-se a utilização de materiais acessíveis e de baixo custo, como cartolinas, papelão, emborrachado, cola, tesoura e impressos, visando a sua posterior reprodução por parte dos alunos e professores em situações comuns do cotidiano escolar.
Segundo Oliveira et al. (2013), essas ferramentas podem ser utilizadas para fins diversos, como: compreensão, revisão, fixação e avaliação do conteúdo, possibilitando aos alunos se tornarem sujeitos ativos na construção do conhecimento. Para os autores, esses instrumentos de ensino, se usados de maneira adequada, enriquecem a prática educativa, auxiliam o trabalho docente, além de facilitar a aprendizagem do conteúdo, tornando as aulas mais dinâmicas e interessantes.
A utilização de jogos, na perspectiva pedagógica promove o desenvolvimento psicomotor, emocional, afetivo, cognitivo, além de outras áreas da aprendizagem. Nesse sentido, ação de brincar estimula a transformação na consciência pelo motivo que proporciona os alunos um jeito mais complexo de compreender o mundo. Oliveira (1999) diz que os jogos estimulam a cognição. É no brincar, que o aluno tem experiência viva, descobre o mundo, imagina, cria, aguça a curiosidade, desenvolve habilidades e independência. Ao construir hipóteses os estudantes criam suas próprias ideias sobre o mundo que o cerca, refletindo diretamente no desenvolvimento cognitivo e psicológico.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização deste artigo que compõe a grade curricular prática Interdisciplinar VIII- Oficinas Pedagógicas utilizou-se de trabalhos e livros já publicados, em sites da internet e também em experiências já vivenciadas em relação a estas práticas pedagógicas. 
Por se tratar do tema oficinas pedagógicas na Geografia, tornou-se fácil devido ao maior conhecimento sobre o assunto.
Dessa forma, o conhecimento que se adquire é como um instrumento que se usa para agir. Evidentemente, é por isso, também, que para agir é necessário não somente conhecer o instrumento, como também saber usá-lo. Conhecer não é apenas estar informado de alguma coisa, mas, acima de tudo, aplicar na prática aquilo que se diz conhecimento. Esta é uma exigência da sociedade tecnológica: saber fazer é o desafio que se apresenta na atualidade.
O conhecimento científico também é um saber que se adquire pela leitura, meditação e reflexão, ou seja, é um saber que tem método, disciplina e organização. Não é um tipo de conhecimento ocasional, mas intencional. Trata mais da forma como se apresenta o conteúdo. A criatividade do sujeito está na forma como apresenta o conteúdo. A forma de entender a realidade se altera porque os instrumentos e os métodos utilizados são diversos. 
É através de leituras, de pesquisas, comparações, que se constrói algo novo, ou quase novo, a ciência e as descobertas não surgem do nada, é preciso muito empenho e dedicação, dependendo do que se quer descobrir ou mostrar. 
FONTE- Maquete feita por alunos do sexto ano EMEF Nossa Senhora de Fátima
Fonte: Jogos geográficos construídos por alunos do quarto ano EMEFNSF
Fonte: Maquete feita por alunos do sétimo ano EMEFNS
FONTE: Jogos Geográficos feitos por alunos do quarto ano EMEFNSF
FONTE: Feira do conhecimento EMEF Nossa Senhora de Fátima
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a confecção das maquetes e dos jogos, os alunos demonstraram muito interesse, e as ideias na grande maioria partia deles. Organizavam-se em dois grupos na sala e todos participam.
Muito gratificante ver depois o trabalho concluído por eles e ver os mesmos explicando o conteúdo do mapa (Maquete).
Em relação aos jogos eles construíram alguns e outros foram levados prontos, somente para trabalhar o conteúdo desta forma.
Então concluiu-se que o professor pode sim despertar no aluno o interesse por a ciência da Geografia, e aliar teoria com prática. Muitas vezes uma volta ao redor da escola já faz toda diferença.
E podendo intercalar aulas com oficinas pedagógicas em outro turno, torna-se muito mais atrativo, e também pode-se fazer muitas outras atividades que contribuam e despertem o interesse por os estudos.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredita-se que os jogos didáticos os brinquedos pedagógicos e as maquetes são alternativas lúdicas eficientes e de fácil confecção, que podem agregar valor ao processo de transmissão e construção do conhecimento em sala de aula. Tais métodos se mostram diferenciados e inovadores na medida em que se busca a consolidação de uma educação centrada em uma aprendizagem mais dinâmica e menos tradicionalista.
Desta forma, não é mais aceitável que a formação educacionalde um cidadão esteja pautada em métodos tradicionais de ensino que valorizam a conformidade por meio da memorização e aceitação de conhecimentos prontos e elaborados, que são transmitidos a um alunado que não apresenta qualquer tipo de conhecimento. A educação, hoje, mais do que nunca, necessita de mudanças que possam resgatar os alunos, cada vez menos interessados em aprender e frequentar a escola que lhes parece ter sido estruturada para outra época, fato que promove um distanciamento e desinteresse destes pelo ambiente escolar.
Assim, apesar do professor esbarrar na retórica governamental, que busca priorizar a educação enquanto delega sua atenção, esforços e recursos para outras “necessidades”, não é aceitável que, em pleno século XXI, o ensino ainda seja baseado nos preceitos e pressupostos de um modelo tradicional – memorístico e estagnado -, formulado para educar uma sociedade extremamente diferente da atual. Apesar de todos os obstáculos que o sistema educacional impõe ao professor, cabe a ele – indivíduo cuja importância é primordial no processo de ensino e aprendizagem – buscar mecanismos para superar as limitações e dificuldades ao qual é exposto diariamente, almejando práticas que possibilitem a formação de cidadãos que possam compreender a realidade atual, identificar seus dilemas e contrapontos que esbarram com os valores e prioridades reais da sociedade, propondo soluções que possam, de fato, integrar a caminhada rumo a uma sociedade justa, pacífica e sustentável.
REFERÊNCIAS
	
Descreva o resumo do seu trabalho neste campo.
1 Silvane Inês Caczmareki – Bel. Em Ciências Contábeis, Possui Licenciatura em Geografia, Cursando Licenciatura em Pedagogia.
1 Luciane- Cursando licenciatura em Pedagogia.
2 Letiane Lemos Nobre- Tutora Externa, Pedagoga.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia (PED1790) – Prática do Módulo IV – 18/05/2020

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