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TÉCNICAS OPERATÓRIAS VICTORIA CHAGAS ASSEPSIA: É um método que impede a penetração de microrganismos num local estéril - Eliminação de fontes potenciais de infecção → higienização preventiva - Preparo da equipe (aventais, luvas, máscaras) e ambiente cirúrgico (delimitação do campo). ANTISSEPSIA: É um método utilizado em locais onde há a presença de microrganismos indesejados (bactérias, vírus e outros agentes patológicos) → Desinfecção - A antissepsia é feita através do uso de substâncias químicas que visam eliminar ou diminuir a proliferação do patógeno, seja num organismo vivo ou num ambiente. - Utilização de antissépticos para eliminar microrganismos das mãos. Iodo, iodóforos (PVPI), hexaclorofeno, clorexidina, álcool, detergentes. ESTERILIZAÇÃO: São procedimentos físicos e químicos que garantem a eliminação/destruição de microrganismos que possam contaminar materiais e objetos. - A esterilização pode se dar através de vapores, temperaturas muito altas, gás, radiação... ❖ LAVAGEM DAS MÃOS É um método antisséptico, realizado de 5 a 7 minutos, com escovas, PVPI ou álcool/clorexidina e fricção das mãos. Sempre da área mais limpa (mãos) para a mais contaminada (cotovelos). 1. Abrir a torneira com o cotovelo 2. Molhar os membros sob água corrente 3. Colocar antisséptico, lavar as mãos (palma e dorso) em apenas uma direção (da extremidade para o interior). Lavar entre os dedos (espaços interdigitais), bem como as articulações Inter falangeanas da mão. 4. Limpar as unhas com as cerdas 5. Lavar o punho, antebraço e cotovelo por último (sempre em apenas uma direção para não trazer a sujeira de volta para as mãos) 6. Enxaguar as mãos, punhos, antebraços e cotovelos de modo que a água escorra das mãos para as outras extremidades (obs: deixar a mão em forma de coxinha, mantendo-a mais elevada) 7. Fechar a torneira com o cotovelo/pés/joelho 8. Enxugar em compressas estéreis com movimentos compressivos, na sequência das mãos, punho, antebraço e cotovelo, alternando as dobras da toalha para membros diferentes. 9. Manter as mãos para cima ❖ COLOCAÇÃO DE AVENTAL CIRÚRGICO 1. Abrir o Lap cirúrgico pelas extremidades sem encostar no seu interior 2. Segurar o avental cirúrgico com as pontas dos dedos pelo decote 3. Tirar do campo esterilizado e trazê-lo para fora da mesa 4. Abrir, segurando pela parte interna do ombro, afastando para cima e para longe. 5. Colocar as duas mangas ao mesmo tempo 6. Solicitar ajuda da circulante para fechar as costas 7. Abrir o laço na frente, solicitar ajuda para dar a volta no corpo, e depois amarrar na frente para fechar melhor 8. As tiras laterais deverão ser fechadas por alguém que já esteja de luva ❖ COLOCAÇÃO DE LUVAS 1. Encostando apenas na parte interna, pegar na dobra da luva 2. Com a mão esquerda, introduzir a luva direita 3. Com a mão direita (com luva), pegar pela parte externa, em baixo da dobra e coloca-la na mão esquerda 4. Ajustar as luvas ❖ MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA (INSTRUMENTAÇÃO) 1) DIÉRESE - bisturi e tesouras. Bisturi - É um instrumento de diérese que realiza secção, divulsão e incisão. - O instrumentador oferece o bisturi com o cabo voltado para o cirurgião, estando a lâmina voltada para baixo e oposta ao médico Tesouras - Apresenta propriedade de corte e divulsão de tecidos - Deve ser entregue segurando-se em sua ponta e com as argolas voltadas para a mão do cirurgião. • METZENBAUM - Tesoura que se apresenta nas versões reta e curva, sendo considerada menos traumática. - A reta geralmente utilizada para cortar fios e a curva (corte mais delicado) para tecidos. - De tamanhos variáveis, esse é o tipo mais comum para dissecção, sendo a Metzenbaum longa mais utilizada para dissecções profundas ou pélvicas. - Parte cortante é menor que parte não-cortante • MAYO - A tesoura de Mayo apresenta-se em versão reta e curva, sendo considerada mais traumática do que a tesoura de Metzenbaum. - Logo, sua aplicabilidade maior se dá na dissecação de tecidos mais grosseiros, principalmente fáscias.] - Parte cortante é proporcional à não-cortante 3 – SÍNTESE 4 – AFASTADORES E ESPECIAIS 1 – DIÉRESE 2 –PREENSÃO E HEMOSTASIA 2) PREENSÃO Instrumentos aplicados na sustentação de tecidos e órgãos Pinças seguradas como lápis. • PINÇA ANATÔMICA - LISA: útil para manipulação de tecidos delicados (vasos, nervos e paredes viscerais) não devendo ser para preensão de pele (risco de isquemia) - COM DENTE DE RATO: denteada (mais traumática). Indicada para aproximação de tecidos mais grosseiros, como planos musculares e aponeuroses. • PINÇA DE ADSON - LISA: extremidade distal estreita (menos traumática) usada em tecidos mais frágeis. - COM DENTES: preensão de tecidos mais grosseiros 2) HEMOSTASIA Utilizados na prevenção e tamponamento de sangramentos (visa interromper o sangramento ocasionado pela diérese) • Kelly - Podem ser retas ou curvas. As retas (ou de reparo) são mais usadas para pinçamento de material cirúrgico como drenos e fios, enquanto as curvas aplicam-se mais à preensão e pinçamento de vasos e tecidos delicados. - As pinças Kelly possuem ranhuras (chanfraduras) de 2/3 da garra. 3) SÍNTESE - Usados para unir os bordos dos tecidos incisados e/ou expostos, recompor e restituir a integridade das estruturas, órgãos e tecidos que foram explorados. • Porta agulhas - São instrumentos com ranhaduras em sua face interna que evitam deslizamento da agulha de maneira que fique fixa à porta agulha enquanto realiza uma passagem única pelos tecidos 4) Especiais Utilizados em ressecções e ligaduras, em cirurgias específicas • Pinça de Foerster - Originalmente concebida para utilização na obstetrícia humana, é largamente empregada na antissepsia do campo operatório, pois as longas hastes mantêm as mãos enluvadas do operador afastadas dos pelos das áreas não tricotomizadas, evitando a contaminação. • Pinça de Allis - É considerada uma pinça de preensão pouco traumática e com maior poder de pressão pelo denteamento de sua superfície. Esses dentes auxiliam no manuseio de vísceras ocas e tecidos rígidos, mas segura vários tecidos. - Sua porção preensora possui hastes que não se tocam, com exceção das extremidades curvadas. • Pinça Cheron - Utilizada para montar o campo operatório, conduz a gaze para pintar o campo (principalmente em cirurgias ginecológicas). • Pinça Backhaus - É utilizada também para montagem do campo cirúrgico - É responsável pela fixação dos campos, roupas, tecidos. • Clamp intestinal - Utilizado para evitar o extravasamento de fezes. Visto que o intestino é um órgão muito grande, sua estrutura é consideravelmente maior. - Pode ser curvo ou reto 4) EXPOSIÇÃO Viabilizam a melhor visualização das estruturas e da cavidade • Afastador de Farabeuf - É um afastador dinâmico de parede, destinado a facilitar a exposição do campo cirúrgico, através do afastamento das bordas da ferida operatória, sendo utilizado no afastamento da pele, tecido celular subcutâneo e músculos superficiais. • Afastador de Roux - Semelhante ao Farabeuf, mas suas extremidades são rombas e assimétricas, sendo um dos lados maiores. • Afastador de Gosset (laparostato) - É um afastado estático de parede abdominal, classificado como instrumento auxiliar dos procedimentos cirúrgicos. - Função de afastar e segurar tecidos, órgãos, músculos ou ossos sem necessidade de tração contínua. - É utilizado principalmente em cirurgia geral e ortopédica • Afastador de Finochietto- É um afastador estático que facilita a abertura do campo visual sem a necessidade de tração contínua e apresenta pontos de apoio que sustentam os tecidos. - É utilizado em cirurgia torácica para a abertura de espaços intercostais ou mediastinal e a sua solicitação é verbal ❖ FIOS DE SUTURA o Suturas absorvíveis: são aquelas que depois de algum tempo após a implantação, por ação mecânica, são absorvidas. o Suturas não absorvíveis: são aquelas que ficam permanentemente no organismo, mesmo sofrendo ação dos elementos de defesa orgânica não se desfazem, são envolvidos, depois de um tempo, por tecidos fibrosos. Multifilamentar: vários fios trançados, mais resistentes, não tem muita memória, mais risco de infecção por ser trançado e absorver o sangue (meio de cultura para bactéria) , rugoso. Monofilamentar: mais liso, tem mais memória. ❖ AGULHAS CIRÚRGICAS Participam da operação fundamental de síntese, penetrando os tecidos e levando consigo o fio de sutura. As cilíndricas penetram nos tecidos por divulsão de forma atraumática, usados em suturas mais delicadas como no tubo digestório e vasos sanguíneos As agulhas triangulares são empregas em estruturas mais resistentes, como aponeurose e pele . ❖ FERIDAS CAUSAS • Química - Iodo, H2SO4 (ácidos) • Física - Frio, calor, radiação. • Biológicos - Infecções de pele (bactérias) que podem levar a um ferimento. • Mecânica - Abrasão/escoriação: superficial (atrito/ralado) - Cortante: se chegar ao subcutâneo - Contusa: com força, ferida fechada (soco) – edema em volta - Corto-contusa: com força, ferida aberta (soco que pode cortar, como na face). - Perfurante: mais profunda e menor área de superfície (tiro, agulha, facada) - Penetrante: atinge/penetra cavidades do corpo (abdominal, torácica, SNC) - Transfixante: tem orifício de entrada e de saída em determinado órgão ou corpo (atravessa a cavidade). Exemplo, pode ser transfixante do pulmão, mas somente penetrante no tórax. - Laceração: bordos irregulares (ex: mordedura) - Hematoma: extravasamento de sangue para o subcutâneo, com aumento de volume. - Equimose: extravasamento de sangue, sem aumento de volume (roxo de batida) - Ulceração: desgaste do tecido por um agente contínuo, pode ser por falta de circulação, pode levar uma isquemia por pressão (úlcera de decúbito). - FAF: ferimentos por arma de fogo – ferimentos podem ser penetrantes ou não – de entrada tem os bordos delimitados e o de saída aspecto de explosão - FAB: ferimentos por arma branca - ferimentos podem ser penetrantes ou não GRAU DE ABERTURA • Abertas - Rompe a integridade da pele, expondo tecidos internos (cortes) • Fechadas - As bordas da pele estão justapostas, não ocorre rompimento de pele. GRAU DE CONTAMINAÇÃO • Limpas - Em condições assépticas (centro cirúrgico • Limpas contaminadas - Ferida cirúrgica que pode entrar em contato com contaminantes (intestino, estômago...) - Como é considerada potencialmente contaminada, utiliza-se um antibiótico profilático. • Contaminada - Presença de corpo estranho na ferida, tem sujidade visível - Ainda é utilizado um antibiótico profilático. - A diferença entre a limpa contaminada e contaminada é quantidade de sujeira (sujidade). - O que também muda entre os dois é o tempo de contaminação (mais de 6 horas é contaminada) • Infectada - Presença de agente infeccioso + reação inflamatória + destruição - Calor, rubor, febre, dor, pus (sinais de infecção) - Utiliza-se então um antibiótico terapêutico. DURAÇÃO • Agudas - Podem ser mínimas (joelho ralado) ou complexas (bisturi de cirurgião, queimadura) - Respeita o tempo de cicatrização (tempo adequado) • Crônicas - Passa o tempo de cicatrização esperado (tempo lento de cicatrização). - Partes do processo de reparo continuam, mesmo sem haver resultado anatômico funcional. - Úlceras, feridas arteriais ou venosas, feridas de pressão (decúbito - isquemia) e as diabéticas. PROFUNDIDADE • Superficial - Epiderme, tela subcutânea. • Profunda - Passa a tela subcutânea - Pode atingir músculos, atinge planos mais profundos (vasos, ossos, nervos, tendões, fáscias). ❖ CICATRIZAÇÃO Principal célula: MACRÓFAGO (responsável pela mudança da fase inflamatória para a proliferativa) O NEUTRÓFILO (fagocitose) é a primeira célula que chega no local do ferimento. A cicatrização é prejudicada pela infecção (macrófagos aumenta a fase inflamatória e diminui a proliferativa), diabetes mellitus, hipóxia, corticosteroides, quimioterápicos, irradiação ou por conta de nutrientes. 1) FASE INFLAMATÓRIA (0-5 dias) - Tem início no momento da lesão, fase de limpeza da ferida antes que ela feche. • Agregação plaquetária • Vasoconstrição - Tem início imediato e cessa 10-15 minutos após a lesão. - A vasoconstrição ocorre para tentar parar o sangramento • Depósito de fibrina e cascata de coagulação • Migração de leucócitos - Destroem bactérias e eliminam resíduos de células mortas e matriz lesada - A vasodilatação ocorre depois da vasoconstrição para promover a migração dos leucócitos • Ativação celular - As principais células durante a fase inflamatória são os neutrófilos, macrófagos e linfócitos. - Fatores provenientes da plaqueta, IL-2, IFN-y, IL-1, TGF são responsáveis pela ativação dos macrófagos e neutrófilos que promovem fagocitose e morte do microrganismo. 2) FASE PROLIFERATIVA OU FIBROPLASIA (3-14 dias) • Reepitelização • Migração de fibroblastos - Os fibroblastos produzem colágeno III (e também pode ser elastina), mas o colágeno é mais firme, no final da cicatrização esse colágeno III é substituído por colágeno I (mais firme ainda). • Formação de tecido de granulação - Tecido consiste na combinação de células inflamatórias, fibroblastos, capilares novos envoltos por matriz extracelular de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. - É avermelhado e bem vascularizado. • Angiogênese (neoangiogênese) - Processo ativo a partir do 2º dia de lesão - É um processo regulado por citocinas, principalmente fator de crescimento básico de fibroblastos (FGF-2) e o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). • Síntese proteica - Ocorre 4 a 5 dias após a lesão - Síntese e deposição de proteínas para restauração → colágeno (50% do tecido cicatricial) • Contração da ferida - Tem início 4 a 5 dias após a lesão e continua por 2 semanas. - Já inicia a produção de fibras de colágeno tipo I 3) FASE DE REMODELAGEM OU MATURAÇÃO (7 dias a 1 ano) - Organização do colágeno: colágeno III → colágeno I (mais resistente) - A natureza da cicatriz muda. Cicatriz imatura contém conjunto desorganizado de finas fibras de colágeno, que é gradualmente substituído por fibras mais grossas, organizadas em orientação paralela à tensão da pele. - Resistência da ferida 1 dia após a lesão corresponde a 3% da derme normal. - Após 3 semanas, quando a remodelagem começa, 20% da resistência. - Após 3 meses, 80% da resistência da derme normal - Esse aumento continuará por mais 12 meses, embora nunca retornem à resistência normal. Inflamatória 0 a 5 dias • VASOCONTRIÇÃO, PLAQUETAS, FIBRINA E COAGULAÇÃO • ATIVAÇÃO CELULAR Proliferativa 1 a 3 semanas • ANGIOGÊNESE + PRODUÇÃO DE COLÁGENO III • INICIO DO FECHAMENTO DA FERIDA (TECIDO DE GRANULAÇÃO) • EPIDERME → CÉLULAS EPITELIAIS; DERME → COLÁGENO + ÁCIDO HIALURÔNICO. Maturação 1 a 2 anos • EQUILÍBRIO ENTRE A PRODUÇÃO E DEGRADAÇÃO DE COLÁGENO • COLÁGENO III É CONVERTIDO EM COLÁGENO I (LIGAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS - MAIS RESISTÊNCIA). • ATUAÇÃO DA VITA, VITC, VITK, ZINCO, FERRO E OXIGÊNIO TIPOS DE FECHAMENTO (intenção) o Fechamento primário ou por 1ª intenção- Em feridas agudas, as bordas podem ser colocadas em contato direto ou aposição, por meio de suturas, dispositivos, substâncias. - Diminui a distância que as células migram, diminuindo o risco de infecção. o Fechamento secundário ou por 2ª intenção - Feridas agudas estimuladas a cicatrizar sem a aposição de suas bordas - Tempo de reepitelização é variável - ex: Mordedura de cachorro, ferida contaminada deixa meio aberto. o Fechamento terciário ou por 3ª intenção ou primário retardado - Ferida aberta que é fechada após a lesão inicial, geralmente por contaminação durante o trauma. - Ex: manuseio da ferida após apendicite aguda rota supurativa, opta-se pelo fechamento do peritônio e fáscia, deixando-se abertos pele e tecido subcutâneo, com a realização de curativos diários. Quando há redução da contaminação ou se não ocorreu contaminação, realiza-se o fechamento cutâneo. QUELOIDE - O queloide é uma cicatriz que ultrapassa os limites do corte ou ferimento inicial, tende a crescer, expandir e só aumentar com o passar dos anos. - Isso porque há uma produção excessiva de colágeno pelo organismo, que interfere no funcionamento normal da cicatrização. - A aparição dessa cicatriz está relacionada, principalmente, à condição genética. CICATRIZ HIPERTRÓFICA - A cicatriz hipertrófica é menos intensa que o queloide e o seu surgimento acontecem em torno de 2 semanas após a cirurgia. - Geralmente essa cicatriz é restrita no local do ferimento inicial. - Essa cicatriz por regredir naturalmente com o tempo, esse processo dura de 6-16 meses após a cirurgia, mas varia dependendo do organismo de cada pessoa. ❖ NÓS CIRÚRGICOS Usado pelos médicos para atar os pontos de uma incisão ❖ SUTURAS • Sutura interrompida simples - Também chamado de ponto simples descontínuo, sutura mais utilizada. • Sutura vertical em “U” (Donatti) - Pode ser usado como um ponto de reforço em feridas que não respeitam as linhas de força da pele e é resistente à tensão porque possui dois pontos no mesmo local. - “Longe, longe, perto, perto”. • Sutura contínua/chuleio simples (Kurchner) - São indicadas para fechamento de tecido subcutâneo e fáscia desde que não haja planos de tensão • Sutura contínua (chuleio) ancorada - É útil em suturas longas, sendo amplamente empregado para o fechamento de parede abdominal - A ancoragem garante firmeza à sutura e evita o deslizamento • Sutura barra grega - É uma sutura em “U” sem interromper • Sutura intradérmica - Estética, não deixa cicatriz grande NÓ DE SAPATEIRO (NORMAL) NÓ DE CIRURGIÃO ❖ TORACOCENTESE Toracocentese pode ser usado para diagnostico (biópsia) ou para tratamento (terapêutica) Devem ser observados sintomas como: falta de ar, perda de consciência, desvio da traqueia e do mediastino, ingurgitamento jugular, abafamento dos sons (pode ser timpânico ou maciço dependendo do conteúdo) Higienização e anestesia adequadas • Drenagem Incisão no 5º espaço intercostal (localizar ângulo de Louis), na linha axilar anterior (ou média) do tórax. • Toracocentese (drenagem por punção, líquido) Incisão no 6º espaço intercostal (bordo superior da costela inferior, mais ou menos no espaço costofrênico), abaixo da escápula O paciente deve estar sentado e com braços levantados. Localizar ângulo inferior da escápula (5/6º EI) ➔ TIPOS DE DERRAMES PLEURAIS tórax fica mais maciço no exame físico e a expansibilidade torna-se prejudicada. • Hemotórax → sangue • Quilotórax → linfa, gordura • Empiema ou piotórax → pus • Pneumotórax → ar • Hidrotórax → água, líquido No transudativo/transudato, os fatores sistêmicos que influenciam a produção e a absorção do líquido pleural estão alterados. Aqui o líquido é considerado mais claro. Já o exsudativo acumula-se quando os fatores locais que regulam a formação e a absorção do líquido pleural estão alterados por causas como: pneumonias, neoplasias, infecções virais e embolia pulmonar. Aqui o líquido é considerado mais “forte”, mais escuro evidenciando que há mais proteínas (presença de pus). ❖ PERICARDIOCENTESE É realizado para alivio, pois não se pode colocar um dreno no coração. A partir 15/20 mL no espaço pericárdico já é indicado a pericardiocentese. O paciente deve ser colocado de barriga para cima (decúbito dorsal) ou inclinado a 45 graus (pode deslocar a cavidade pericárdica para mais perto da parede torácica) A região a ser puncionada deve ser higienizada com antissépticos e devidamente anestesiada. Agulha deve entrar abaixo do apêndice xifoide Entrar a 45º graus em direção a escapula esquerda Deve ser realizado por pessoal especializado que utilize um registro eletrocardiográfico durante o exame, para não causar uma laceração pleural e não atingir o miocárdio (músculo cardíaco). Após o procedimento, deve ser feita uma radiografia do tórax para descartar a possibilidade de um pneumotórax e os sinais vitais devem ser regularmente checados nas primeiras horas. A tríade de Beck é um conjunto de três sinais médicos associados ao tamponamento cardíaco (acúmulo de fluido no espaço pericárdico ao redor do coração, limitando a capacidade cardíaca de bombear o sangue) → abafamento das bulhas/sons cardíacos → Hipotensão arterial → Ingurgitamento jugular http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/338024/como+e+feito+o+eletrocardiograma+para+que+serve.htm http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/347409/radiografia+como+e+feita+para+que+serve+quais+sao+as+vantagens+e+as+desvantagens+medicas.htm http://www.abc.med.br/p/346209/pneumotorax+voce+sabe+o+que+e+e+como+ele+acontece.htm ❖ PARACENTESE (PUNÇÃO ABDOMINAL) A drenagem de abdômen pode ser realizada em casos de extravasamento de líquido (ascite), acúmulo de sangue, de conteúdo intestinal (perfuração), pus. Um abdome muito estendido (acúmulo de líquido) pode prejudicar a respiração. O intestino delgado é móvel, o cólon ascendente e descendente é fixo, e o cólon transverso e sigmoide é móvel. Dessa forma, é melhor puncionar onde as alças são móveis (quando a agulha é inserida, a víscera tende a mudar de lugar), pois na região das alças fixas há maior chance de atingir o órgão. Por luvas estéril, higienizar local, por campo, inserir agulha, colocar dreno, fazer curativo Inserir agulha no terço mais próximo da crista ilíaca esquerda (igual ponto de McBurney só que no lado esquerdo) Agulha entra a 90º A paracentese também pode ser realizada abaixo do umbigo para ter menos chance de pegar a vísceras e também porque o líquido se acumula em baixo. ❖ ACESSOS VENOSOS Depende da quantidade e tempo do medicamento No periférico demora mais para chegar ao coração e ir para resto do corpo Não usar lado dominante nem membro que vai fazer cirurgia Prova de allen: pressiona a artéria radial e ulnar até mão ficar branca, solta uma e olha o retorno sanguíneo – pois caso o paciente tenha um problema de retorno de alguma não puncionara única que funciona (evita necrose da mão Pode ser por punção (agulha) ou dissecação (incisão - paciente perde a veia) Primeira opção é o periférico, depois central e por último a dissecção. PERIFÉRICOS Veia periférica: qualquer veia dos membros ou que não esteja no tronco Faz-se curativo para fixação COMPLICAÇÕES → rompimento do vaso ou infecção do local (flebite) TÉCNICA: - Colocar luva e fazer garrote, palpar veia e fazer assepsia do local - Colocar abocate em 45º graus direcionada ao fluxo da veia - Assim que agulha entrar (saiu sangue) diminuir ângulo (mesmo patamar) da veia - empurrar somente parte plástica do abocate - retirar garrote CENTRAIS O acesso que é centralestá intimamente relacionado com a área cardíaca. Utilizam vasos de maior calibre, porque tem medicações muito venotóxicas, então não vai se concentrar no local (porque vai pra o coração) e faz menos lesão. Indicado para quimioterapia, tratamento prolongado, necessidade de acesso venoso frequente, hemodiálise... VEIA SUBCLÁVIA: mais confortável pro paciente, exige experiencia do cirurgião, risco de complicações graves (pneumotórax e hemotórax), até 42% de estenose - Na angulação da clavícula, inserir a 45 graus em direção ao manúbrio esternal VEIA JUGULAR INTERNA: risco menor de complicações graves, posição desconfortável para paciente, 10% de estenose VEIA FEMORAL: fácil inserção, baixa incidência de complicações, maior risco de infecção devido proximidade com urina e fezes. Até 5 dias
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