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TÉCNICAS OPERATÓRIAS RESUMO

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TÉCNICAS OPERATÓRIAS 
VICTORIA CHAGAS 
 ASSEPSIA: É um método que impede a penetração de microrganismos num local estéril 
- Eliminação de fontes potenciais de infecção → higienização preventiva 
- Preparo da equipe (aventais, luvas, máscaras) e ambiente cirúrgico (delimitação do campo). 
 
 ANTISSEPSIA: É um método utilizado em locais onde há a presença de microrganismos 
indesejados (bactérias, vírus e outros agentes patológicos) → Desinfecção 
- A antissepsia é feita através do uso de substâncias químicas que visam eliminar ou diminuir a 
proliferação do patógeno, seja num organismo vivo ou num ambiente. 
- Utilização de antissépticos para eliminar microrganismos das mãos. Iodo, iodóforos (PVPI), 
hexaclorofeno, clorexidina, álcool, detergentes. 
 
 ESTERILIZAÇÃO: São procedimentos físicos e químicos que garantem a 
eliminação/destruição de microrganismos que possam contaminar materiais e objetos. 
- A esterilização pode se dar através de vapores, temperaturas muito altas, gás, radiação... 
 
 
 
❖ LAVAGEM DAS MÃOS 
 
 É um método antisséptico, realizado de 5 a 7 minutos, com escovas, PVPI ou 
álcool/clorexidina e fricção das mãos. 
 Sempre da área mais limpa (mãos) para a mais contaminada (cotovelos). 
 
1. Abrir a torneira com o cotovelo 
2. Molhar os membros sob água corrente 
3. Colocar antisséptico, lavar as mãos (palma e dorso) em apenas uma direção (da 
extremidade para o interior). Lavar entre os dedos (espaços interdigitais), bem como as 
articulações Inter falangeanas da mão. 
4. Limpar as unhas com as cerdas 
5. Lavar o punho, antebraço e cotovelo por último (sempre em apenas uma direção para 
não trazer a sujeira de volta para as mãos) 
6. Enxaguar as mãos, punhos, antebraços e cotovelos de modo que a água escorra das mãos 
para as outras extremidades (obs: deixar a mão em forma de coxinha, mantendo-a mais 
elevada) 
7. Fechar a torneira com o cotovelo/pés/joelho 
8. Enxugar em compressas estéreis com movimentos compressivos, na sequência das mãos, 
punho, antebraço e cotovelo, alternando as dobras da toalha para membros diferentes. 
9. Manter as mãos para cima 
 
❖ COLOCAÇÃO DE AVENTAL CIRÚRGICO 
 
1. Abrir o Lap cirúrgico pelas extremidades sem encostar no seu interior 
2. Segurar o avental cirúrgico com as pontas dos dedos pelo decote 
3. Tirar do campo esterilizado e trazê-lo para fora da mesa 
4. Abrir, segurando pela parte interna do ombro, afastando para cima e para longe. 
5. Colocar as duas mangas ao mesmo tempo 
6. Solicitar ajuda da circulante para fechar as costas 
7. Abrir o laço na frente, solicitar ajuda para dar a volta no corpo, e depois amarrar na frente 
para fechar melhor 
8. As tiras laterais deverão ser fechadas por alguém que já esteja de luva 
 
 
 
 
❖ COLOCAÇÃO DE LUVAS 
 
1. Encostando apenas na parte interna, pegar na dobra da luva 
2. Com a mão esquerda, introduzir a luva direita 
3. Com a mão direita (com luva), pegar pela parte externa, em baixo da 
dobra e coloca-la na mão esquerda 
4. Ajustar as luvas 
 
 
❖ MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA (INSTRUMENTAÇÃO) 
 
1) DIÉRESE - bisturi e tesouras. 
 
 Bisturi 
- É um instrumento de diérese que realiza secção, 
divulsão e incisão. 
- O instrumentador oferece o bisturi com o cabo 
voltado para o cirurgião, estando a lâmina 
voltada para baixo e oposta ao médico 
 
 Tesouras 
- Apresenta propriedade de corte e divulsão de 
tecidos 
- Deve ser entregue segurando-se em sua ponta 
e com as argolas voltadas para a mão do 
cirurgião. 
 
• METZENBAUM 
- Tesoura que se apresenta nas versões reta e 
curva, sendo considerada menos traumática. 
- A reta geralmente utilizada para cortar fios e a 
curva (corte mais delicado) para tecidos. 
- De tamanhos variáveis, esse é o tipo mais comum para dissecção, sendo a Metzenbaum 
longa mais utilizada para dissecções profundas ou pélvicas. 
- Parte cortante é menor que parte não-cortante 
 
• MAYO 
- A tesoura de Mayo apresenta-se em versão reta e curva, sendo considerada mais traumática 
do que a tesoura de Metzenbaum. 
- Logo, sua aplicabilidade maior se dá na dissecação de tecidos mais grosseiros, 
principalmente fáscias.] 
- Parte cortante é proporcional à não-cortante 
 
3 – SÍNTESE 4 – AFASTADORES 
E ESPECIAIS 
1 – DIÉRESE 2 –PREENSÃO E 
HEMOSTASIA 
2) PREENSÃO 
 
 Instrumentos aplicados na sustentação de tecidos e órgãos 
 Pinças seguradas como lápis. 
 
• PINÇA ANATÔMICA 
 
- LISA: útil para manipulação de tecidos 
delicados (vasos, nervos e paredes viscerais) 
não devendo ser para preensão de pele (risco 
de isquemia) 
- COM DENTE DE RATO: denteada (mais 
traumática). Indicada para aproximação de 
tecidos mais grosseiros, como planos 
musculares e aponeuroses. 
 
• PINÇA DE ADSON 
 
- LISA: extremidade distal estreita (menos traumática) usada em 
tecidos mais frágeis. 
- COM DENTES: preensão de tecidos mais grosseiros 
 
 
 
 
 
 
 
2) HEMOSTASIA 
 
 Utilizados na prevenção e tamponamento 
de sangramentos (visa interromper o 
sangramento ocasionado pela diérese) 
 
• Kelly 
- Podem ser retas ou curvas. As retas (ou de 
reparo) são mais usadas para pinçamento de 
material cirúrgico como drenos e fios, enquanto 
as curvas aplicam-se mais à preensão e 
pinçamento de vasos e tecidos delicados. 
- As pinças Kelly possuem ranhuras 
(chanfraduras) de 2/3 da garra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) SÍNTESE 
- Usados para unir os bordos dos tecidos incisados e/ou 
expostos, recompor e restituir a integridade das estruturas, 
órgãos e tecidos que foram explorados. 
 
 
 
 
• Porta agulhas 
- São instrumentos com ranhaduras em sua face interna 
que evitam deslizamento da agulha de maneira que fique 
fixa à porta agulha enquanto realiza uma passagem única 
pelos tecidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Especiais 
 
 Utilizados em ressecções e ligaduras, em cirurgias específicas 
 
• Pinça de Foerster 
- Originalmente concebida para utilização na obstetrícia 
humana, é largamente empregada na antissepsia do campo 
operatório, pois as longas hastes mantêm as mãos enluvadas do 
operador afastadas dos pelos das áreas não tricotomizadas, 
evitando a contaminação. 
 
 
• Pinça de Allis 
- É considerada uma pinça de preensão pouco traumática e com 
maior poder de pressão pelo denteamento de sua superfície. Esses 
dentes auxiliam no manuseio de vísceras ocas e tecidos rígidos, mas 
segura vários tecidos. 
- Sua porção preensora possui hastes que não se tocam, com 
exceção das extremidades curvadas. 
 
 
 
• Pinça Cheron 
- Utilizada para montar o campo operatório, conduz a gaze 
para pintar o campo (principalmente em cirurgias 
ginecológicas). 
 
 
• Pinça Backhaus 
- É utilizada também para montagem do campo cirúrgico 
- É responsável pela fixação dos campos, roupas, tecidos. 
 
 
 
 
 
 
• Clamp intestinal 
- Utilizado para evitar o extravasamento de fezes. Visto 
que o intestino é um órgão muito grande, sua estrutura é 
consideravelmente maior. 
- Pode ser curvo ou reto 
 
 
 
4) EXPOSIÇÃO 
 
 Viabilizam a melhor visualização das estruturas e da cavidade 
 
• Afastador de Farabeuf 
- É um afastador dinâmico de parede, destinado a facilitar a 
exposição do campo cirúrgico, através do afastamento das 
bordas da ferida operatória, sendo utilizado no afastamento da 
pele, tecido celular subcutâneo e músculos superficiais. 
 
 
• Afastador de Roux 
- Semelhante ao Farabeuf, mas suas extremidades são rombas e 
assimétricas, sendo um dos lados maiores. 
 
 
 
• Afastador de Gosset (laparostato) 
- É um afastado estático de parede abdominal, classificado 
como instrumento auxiliar dos procedimentos cirúrgicos. 
- Função de afastar e segurar tecidos, órgãos, músculos ou 
ossos sem necessidade de tração contínua. 
- É utilizado principalmente em cirurgia geral e ortopédica 
 
 
 
 
• Afastador de Finochietto- É um afastador estático que facilita a abertura do campo visual 
sem a necessidade de tração contínua e apresenta pontos de 
apoio que sustentam os tecidos. 
- É utilizado em cirurgia torácica para a abertura de espaços 
intercostais ou mediastinal e a sua solicitação é verbal 
 
 
 
 
 
 
❖ FIOS DE SUTURA 
 
o Suturas absorvíveis: são aquelas que depois de 
algum tempo após a implantação, por ação 
mecânica, são absorvidas. 
o Suturas não absorvíveis: são aquelas que ficam 
permanentemente no organismo, mesmo 
sofrendo ação dos elementos de defesa orgânica 
não se desfazem, são envolvidos, depois de um 
tempo, por tecidos fibrosos. 
 
 
 Multifilamentar: vários fios trançados, mais resistentes, não tem muita memória, mais risco de 
infecção por ser trançado e absorver o sangue (meio de cultura para bactéria) , rugoso. 
 Monofilamentar: mais liso, tem mais memória. 
 
 
 
❖ AGULHAS CIRÚRGICAS 
 
 Participam da operação fundamental 
de síntese, penetrando os tecidos e 
levando consigo o fio de sutura. 
 
 
 As cilíndricas penetram nos tecidos por divulsão 
de forma atraumática, usados em suturas mais 
delicadas como no tubo digestório e vasos sanguíneos 
 As agulhas triangulares são empregas em 
estruturas mais resistentes, como aponeurose e pele . 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ FERIDAS 
 
 CAUSAS 
 
• Química 
- Iodo, H2SO4 (ácidos) 
• Física 
- Frio, calor, radiação. 
• Biológicos 
- Infecções de pele (bactérias) que podem 
levar a um ferimento. 
• Mecânica 
- Abrasão/escoriação: superficial 
(atrito/ralado) 
- Cortante: se chegar ao subcutâneo 
- Contusa: com força, ferida fechada 
(soco) – edema em volta 
- Corto-contusa: com força, ferida aberta 
(soco que pode cortar, como na face). 
- Perfurante: mais profunda e menor área 
de superfície (tiro, agulha, facada) 
- Penetrante: atinge/penetra cavidades do 
corpo (abdominal, torácica, SNC) 
- Transfixante: tem orifício de entrada e de 
saída em determinado órgão ou corpo 
(atravessa a cavidade). Exemplo, pode ser 
transfixante do pulmão, mas somente 
penetrante no tórax. 
- Laceração: bordos irregulares 
(ex: mordedura) 
- Hematoma: extravasamento de sangue 
para o subcutâneo, com aumento de 
volume. 
- Equimose: extravasamento de sangue, 
sem aumento de volume (roxo de batida) 
- Ulceração: desgaste do tecido por um 
agente contínuo, pode ser por falta de 
circulação, pode levar uma isquemia por 
pressão (úlcera de decúbito). 
- FAF: ferimentos por arma de fogo – 
ferimentos podem ser penetrantes ou não – 
de entrada tem os bordos delimitados e o 
de saída aspecto de explosão 
- FAB: ferimentos por arma branca - 
ferimentos podem ser penetrantes ou não 
 
 GRAU DE ABERTURA 
 
• Abertas 
- Rompe a integridade da pele, expondo 
tecidos internos (cortes) 
• Fechadas 
- As bordas da pele estão justapostas, não 
ocorre rompimento de pele. 
 
 
 GRAU DE CONTAMINAÇÃO 
 
• Limpas 
- Em condições assépticas (centro cirúrgico 
• Limpas contaminadas 
- Ferida cirúrgica que pode entrar em 
contato com contaminantes (intestino, 
estômago...) 
- Como é considerada potencialmente 
contaminada, utiliza-se um antibiótico 
profilático. 
• Contaminada 
- Presença de corpo estranho na ferida, 
tem sujidade visível 
- Ainda é utilizado um antibiótico 
profilático. 
- A diferença entre a limpa contaminada e 
contaminada é quantidade de sujeira 
(sujidade). - O que também muda entre os 
dois é o tempo de contaminação (mais de 
6 horas é contaminada) 
• Infectada 
- Presença de agente infeccioso + reação 
inflamatória + destruição 
- Calor, rubor, febre, dor, pus (sinais de 
infecção) 
- Utiliza-se então um antibiótico 
terapêutico. 
 
 DURAÇÃO 
• Agudas 
- Podem ser mínimas (joelho ralado) ou 
complexas (bisturi de cirurgião, 
queimadura) 
- Respeita o tempo de cicatrização (tempo 
adequado) 
• Crônicas 
- Passa o tempo de cicatrização esperado 
(tempo lento de cicatrização). 
- Partes do processo de reparo continuam, 
mesmo sem haver resultado anatômico 
funcional. 
- Úlceras, feridas arteriais ou venosas, 
feridas de pressão (decúbito - isquemia) e 
as diabéticas. 
 
 PROFUNDIDADE 
 
• Superficial 
- Epiderme, tela subcutânea. 
• Profunda 
- Passa a tela subcutânea 
- Pode atingir músculos, atinge planos mais 
profundos (vasos, ossos, nervos, tendões, 
fáscias). 
❖ CICATRIZAÇÃO 
 Principal célula: MACRÓFAGO (responsável pela mudança da fase inflamatória para a 
proliferativa) 
 O NEUTRÓFILO (fagocitose) é a primeira célula 
que chega no local do ferimento. 
 A cicatrização é prejudicada pela infecção 
(macrófagos aumenta a fase inflamatória e 
diminui a proliferativa), diabetes mellitus, 
hipóxia, corticosteroides, quimioterápicos, 
irradiação ou por conta de nutrientes. 
 
1) FASE INFLAMATÓRIA (0-5 dias) 
- Tem início no momento da lesão, fase de 
limpeza da ferida antes que ela feche. 
• Agregação plaquetária 
• Vasoconstrição 
- Tem início imediato e cessa 10-15 minutos após a lesão. 
- A vasoconstrição ocorre para tentar parar o sangramento 
• Depósito de fibrina e cascata de coagulação 
• Migração de leucócitos 
- Destroem bactérias e eliminam resíduos de células mortas e matriz lesada 
- A vasodilatação ocorre depois da vasoconstrição para promover a migração dos leucócitos 
• Ativação celular 
- As principais células durante a fase inflamatória são os neutrófilos, macrófagos e linfócitos. 
- Fatores provenientes da plaqueta, IL-2, IFN-y, IL-1, TGF são responsáveis pela ativação dos 
macrófagos e neutrófilos que promovem fagocitose e morte do microrganismo. 
 
2) FASE PROLIFERATIVA OU FIBROPLASIA (3-14 dias) 
• Reepitelização 
• Migração de fibroblastos 
- Os fibroblastos produzem colágeno III (e também pode ser elastina), mas o colágeno é mais 
firme, no final da cicatrização esse colágeno III é substituído por colágeno I (mais firme ainda). 
• Formação de tecido de granulação 
- Tecido consiste na combinação de células inflamatórias, fibroblastos, capilares novos 
envoltos por matriz extracelular de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. 
- É avermelhado e bem vascularizado. 
• Angiogênese (neoangiogênese) 
- Processo ativo a partir do 2º dia de lesão 
- É um processo regulado por citocinas, principalmente fator de crescimento básico de 
fibroblastos (FGF-2) e o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). 
• Síntese proteica 
- Ocorre 4 a 5 dias após a lesão 
- Síntese e deposição de proteínas para restauração → colágeno (50% do tecido cicatricial) 
• Contração da ferida 
- Tem início 4 a 5 dias após a lesão e continua por 2 semanas. 
- Já inicia a produção de fibras de colágeno tipo I 
 
3) FASE DE REMODELAGEM OU MATURAÇÃO (7 dias a 1 ano) 
- Organização do colágeno: colágeno III → colágeno I (mais resistente) 
- A natureza da cicatriz muda. Cicatriz imatura contém conjunto desorganizado de finas fibras 
de colágeno, que é gradualmente substituído por fibras mais grossas, organizadas em 
orientação paralela à tensão da pele. 
- Resistência da ferida 1 dia após a lesão corresponde a 3% da derme normal. 
- Após 3 semanas, quando a remodelagem começa, 20% da resistência. 
- Após 3 meses, 80% da resistência da derme normal 
- Esse aumento continuará por mais 12 meses, embora nunca retornem à resistência normal. 
Inflamatória 
0 a 5 dias
• VASOCONTRIÇÃO, PLAQUETAS, FIBRINA E 
COAGULAÇÃO
• ATIVAÇÃO CELULAR
Proliferativa
1 a 3 semanas
• ANGIOGÊNESE + PRODUÇÃO DE COLÁGENO III
• INICIO DO FECHAMENTO DA FERIDA (TECIDO DE 
GRANULAÇÃO) 
• EPIDERME → CÉLULAS EPITELIAIS; DERME → COLÁGENO + 
ÁCIDO HIALURÔNICO. 
Maturação 
1 a 2 anos
• EQUILÍBRIO ENTRE A PRODUÇÃO E DEGRADAÇÃO DE 
COLÁGENO
• COLÁGENO III É CONVERTIDO EM COLÁGENO I (LIGAÇÃO E 
REORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS - MAIS RESISTÊNCIA).
• ATUAÇÃO DA VITA, VITC, VITK, ZINCO, FERRO E OXIGÊNIO
 TIPOS DE FECHAMENTO 
(intenção) 
 
o Fechamento primário ou 
por 1ª intenção- Em feridas agudas, as bordas 
podem ser colocadas em 
contato direto ou aposição, 
por meio de suturas, 
dispositivos, substâncias. 
- Diminui a distância que as 
células migram, diminuindo o 
risco de infecção. 
 
o Fechamento secundário ou 
por 2ª intenção 
- Feridas agudas estimuladas a 
cicatrizar sem a aposição de 
suas bordas 
- Tempo de reepitelização é 
variável 
- ex: Mordedura de cachorro, 
ferida contaminada deixa meio 
aberto. 
 
o Fechamento terciário ou por 3ª 
intenção ou primário retardado 
- Ferida aberta que é fechada após 
a lesão inicial, geralmente por 
contaminação durante o trauma. 
- Ex: manuseio da ferida após 
apendicite aguda rota supurativa, 
opta-se pelo fechamento do 
peritônio e fáscia, deixando-se 
abertos pele e tecido subcutâneo, 
com a realização de curativos 
diários. Quando há redução da 
contaminação ou se não ocorreu 
contaminação, realiza-se o fechamento cutâneo. 
 
 QUELOIDE 
- O queloide é uma cicatriz que ultrapassa os 
limites do corte ou ferimento inicial, tende a 
crescer, expandir e só aumentar com o 
passar dos anos. 
- Isso porque há uma produção excessiva de 
colágeno pelo organismo, que interfere no 
funcionamento normal da cicatrização. 
- A aparição dessa cicatriz está relacionada, 
principalmente, à condição genética. 
 
 CICATRIZ HIPERTRÓFICA 
- A cicatriz hipertrófica é menos intensa que o queloide e o seu surgimento acontecem em 
torno de 2 semanas após a cirurgia. 
- Geralmente essa cicatriz é restrita no local do ferimento inicial. 
- Essa cicatriz por regredir naturalmente com o tempo, esse processo dura de 6-16 meses após 
a cirurgia, mas varia dependendo do organismo de cada pessoa. 
❖ NÓS CIRÚRGICOS 
 
 Usado pelos médicos para atar os pontos de uma incisão 
 
 
 
❖ SUTURAS 
 
• Sutura interrompida simples 
- Também chamado de ponto simples descontínuo, sutura mais utilizada. 
 
 
 
 
• Sutura vertical em “U” (Donatti) 
- Pode ser usado como um ponto de reforço em feridas que não respeitam 
as linhas de força da pele e é resistente à tensão porque possui dois pontos 
no mesmo local. 
- “Longe, longe, perto, perto”. 
 
 
 
 
• Sutura contínua/chuleio simples (Kurchner) 
- São indicadas para fechamento de tecido subcutâneo e fáscia 
desde que não haja planos de tensão 
 
 
• Sutura contínua (chuleio) ancorada 
- É útil em suturas longas, sendo amplamente empregado para o 
fechamento de parede abdominal 
- A ancoragem garante firmeza à sutura e evita o deslizamento 
 
 
 
• Sutura barra grega 
- É uma sutura em “U” sem interromper 
 
 
 
 
 
• Sutura intradérmica 
- Estética, não deixa cicatriz grande 
NÓ DE SAPATEIRO (NORMAL) NÓ DE CIRURGIÃO 
❖ TORACOCENTESE 
 
 Toracocentese pode ser usado para diagnostico (biópsia) ou 
para tratamento (terapêutica) 
 Devem ser observados sintomas como: falta de ar, perda de 
consciência, desvio da traqueia e do mediastino, 
ingurgitamento jugular, abafamento dos sons (pode ser 
timpânico ou maciço dependendo do conteúdo) 
 Higienização e anestesia adequadas 
 
• Drenagem 
 Incisão no 5º espaço intercostal (localizar ângulo de Louis), na 
linha axilar anterior (ou média) do tórax. 
 
• Toracocentese (drenagem por punção, líquido) 
 Incisão no 6º espaço intercostal (bordo superior da costela 
inferior, mais ou menos no espaço costofrênico), abaixo da 
escápula 
 O paciente deve estar sentado e com braços levantados. 
Localizar ângulo inferior da escápula (5/6º EI) 
 
 
➔ TIPOS DE DERRAMES PLEURAIS 
tórax fica mais maciço no exame físico e a expansibilidade torna-se prejudicada. 
• Hemotórax → sangue 
• Quilotórax → linfa, gordura 
• Empiema ou piotórax → pus 
• Pneumotórax → ar 
• Hidrotórax → água, líquido 
 
 No transudativo/transudato, os fatores sistêmicos que influenciam a produção e a absorção 
do líquido pleural estão alterados. Aqui o líquido é considerado mais claro. 
 Já o exsudativo acumula-se quando os fatores locais que regulam a formação e a 
absorção do líquido pleural estão alterados por causas como: pneumonias, neoplasias, 
infecções virais e embolia pulmonar. Aqui o líquido é considerado mais “forte”, mais escuro 
evidenciando que há mais proteínas (presença de pus). 
 
 
❖ PERICARDIOCENTESE 
 
 É realizado para alivio, pois não se pode colocar um dreno no coração. A partir 15/20 mL 
no espaço pericárdico já é indicado a pericardiocentese. 
 
 O paciente deve ser colocado de barriga para 
cima (decúbito dorsal) ou inclinado a 45 graus 
(pode deslocar a cavidade pericárdica para mais 
perto da parede torácica) 
 A região a ser puncionada deve ser higienizada 
com antissépticos e devidamente anestesiada. 
 Agulha deve entrar abaixo do apêndice xifoide 
 Entrar a 45º graus em direção a escapula esquerda 
 Deve ser realizado por pessoal especializado que 
utilize um registro eletrocardiográfico durante o 
exame, para não causar uma laceração pleural e 
não atingir o miocárdio (músculo cardíaco). 
 Após o procedimento, deve ser feita uma radiografia do tórax para descartar a 
possibilidade de um pneumotórax e os sinais vitais devem ser regularmente checados nas 
primeiras horas. 
 
A tríade de Beck é um conjunto de três 
sinais médicos associados ao 
tamponamento cardíaco (acúmulo de 
fluido no espaço pericárdico ao redor 
do coração, limitando a capacidade 
cardíaca de bombear o sangue) 
→ abafamento das bulhas/sons 
cardíacos 
→ Hipotensão arterial 
→ Ingurgitamento jugular 
 
http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/338024/como+e+feito+o+eletrocardiograma+para+que+serve.htm
http://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/347409/radiografia+como+e+feita+para+que+serve+quais+sao+as+vantagens+e+as+desvantagens+medicas.htm
http://www.abc.med.br/p/346209/pneumotorax+voce+sabe+o+que+e+e+como+ele+acontece.htm
❖ PARACENTESE (PUNÇÃO ABDOMINAL) 
 
 A drenagem de abdômen pode ser realizada em casos de extravasamento de líquido 
(ascite), acúmulo de sangue, de conteúdo intestinal (perfuração), pus. 
 Um abdome muito estendido (acúmulo de líquido) pode prejudicar a respiração. 
 O intestino delgado é móvel, o cólon ascendente e descendente é fixo, e o cólon transverso 
e sigmoide é móvel. Dessa forma, é melhor puncionar onde as alças são móveis (quando a 
agulha é inserida, a víscera tende a mudar de lugar), pois na região das alças fixas há maior 
chance de atingir o órgão. 
 Por luvas estéril, higienizar local, por campo, inserir agulha, colocar dreno, fazer curativo 
 
 Inserir agulha no terço mais próximo da crista ilíaca esquerda (igual ponto de McBurney só 
que no lado esquerdo) 
 Agulha entra a 90º 
 A paracentese também pode ser realizada abaixo do umbigo para ter menos chance de 
pegar a vísceras e também porque o líquido se acumula em baixo. 
 
 
❖ ACESSOS VENOSOS 
 Depende da quantidade e tempo do medicamento 
 No periférico demora mais para chegar ao coração e ir para resto do corpo 
 Não usar lado dominante nem membro que vai fazer cirurgia 
 Prova de allen: pressiona a artéria radial e ulnar até mão ficar branca, solta uma e olha o 
retorno sanguíneo – pois caso o paciente tenha um problema de retorno de alguma não 
puncionara única que funciona (evita necrose da mão 
 Pode ser por punção (agulha) ou dissecação (incisão - paciente perde a veia) 
 Primeira opção é o periférico, depois central e por último a dissecção. 
 
 PERIFÉRICOS 
 Veia periférica: qualquer veia dos membros ou que não esteja no tronco 
 Faz-se curativo para fixação 
 COMPLICAÇÕES → rompimento do vaso ou infecção do local (flebite) 
 TÉCNICA: 
- Colocar luva e fazer garrote, palpar veia e fazer assepsia do local 
- Colocar abocate em 45º graus direcionada ao fluxo da veia 
- Assim que agulha entrar (saiu sangue) diminuir ângulo (mesmo patamar) da veia 
- empurrar somente parte plástica do abocate 
- retirar garrote 
 
 CENTRAIS 
 O acesso que é centralestá intimamente relacionado com a área cardíaca. 
 Utilizam vasos de maior calibre, porque tem medicações muito venotóxicas, então não vai 
se concentrar no local (porque vai pra o coração) e faz menos lesão. 
 Indicado para quimioterapia, tratamento prolongado, necessidade de acesso venoso 
frequente, hemodiálise... 
 
 VEIA SUBCLÁVIA: mais confortável pro paciente, exige experiencia do cirurgião, risco de 
complicações graves (pneumotórax e hemotórax), até 42% de estenose 
- Na angulação da clavícula, inserir a 45 graus em direção ao manúbrio esternal 
 VEIA JUGULAR INTERNA: risco menor de complicações graves, posição desconfortável 
para paciente, 10% de estenose 
 VEIA FEMORAL: fácil inserção, baixa incidência de complicações, maior risco de infecção 
devido proximidade com urina e fezes. Até 5 dias

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