Buscar

Introdução à Microbiologia: Bactérias e Antibióticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA DE ATUALIZAÇÃO UC5 
VICTORIA CHAGAS 
 
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
 É a ciência que estuda os microrganismos e suas atividades 
 A sintomatologia do paciente está intimamente relacionada ao comportamento do 
microrganismo, bem como a resposta formulada pelo sistema imune frente ao agente. 
 
❖ BACTERIOLOGIA 
 
 ARREDONDADAS – COCOS 
 ALONGADAS – BACILOS OU 
BASTONETES 
 ONDULADAS OU HELICOIDAIS 
– ESPIRILOS, ESPIROQUETAS E 
VIBRIÕES 
 
 Os COCOS isolados não têm 
tanta importância clínica (os 
mais importantes são vistos 
em agrupamentos) 
 Já os BACILOS são mais 
importantes quando isolados 
 Geralmente as bactérias GRAM – causam mais doenças perigosas (são maiores e mais 
resistentes aos antibióticos) 
 
 DIFERENÇA ENTRE ESPIRILO E ESPIROQUETA: a espiroqueta possui um filamento axial que 
garante um ‘’movimento de saca-rolha’’ que favorece a entrada de microrganismos 
ativamente! Difere também no número de ondulações. 
- Os espirilos apresentam corpo rígido e locomovem-se com ajuda de flagelos 
- As espiroquetas são mais flexíveis e locomovem-se por contrações citoplasmáticas 
 
 
 
❖ COCOS – 90% são GRAM + (coram em roxo) 
 
 COCOS GRAM NEGATIVOS (exceções): 
NEISSERIA MENINGITIDIS, NEISSERIA GONORRHORAE, HAEMOPHILUS INFLUENZAE 
 
 DIPLOCOCOS: agrupados dois a dois 
- PNEUMOCOCO: diplococo, nome científico dele é Streptococcus pneumoniae. 
- todos os diplococos possuem cápsula 
 
 
 
 ESTREPTOCOCOS: disposto em cadeia 
- Streptococcus pyogenes (principal causador de tonsilites); 
- Streptococcus agalatiae (faz infecção no recém-nato); 
- Streptococcus mutans (agente etiológico da cárie); 
- Streptococcus do grupo Viridans (microbiota normal da boca). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTAFILOCOCOS: dispostos em cacho! 
- Pode causar infecção respiratória, por ferimento, impetigo, furúnculos, 
abcessos, sepse, endocardite ... 
- Staphylococcus aureus (desde microbiota transitória da pele e causador de 
doenças de pele até pneumonias e sepse) 
- Staphylococcus epidermidis (microbiota normal da pele); 
- Staphylococcus saprophyticus (pode fazer infecção urinária em mulheres jovens). 
 
 TÉTRADES E SARCINAS: 
em geral não fazem doenças importantes em humanos 
 
 
❖ BACILOS - 90% são GRAM – (coram em rosa) 
 
 BACILOS GRAM POSITIVOS (exceções): 
CORYNEBACTERIUM DIPHTERIAE, CLOSTRIDIUM SPP, LISTERIA MONOCYTOGENES 
 
 
 
 
 
 
 
BIOLOGIA CELULAR BACTERIANA 
 
 ESTRUTURAS ESSENCIAS: parede celular, 
membrana citoplasmática, citoplasma e 
ribossomos (são constantes e invariáveis – 
sempre presentes) 
 
 
 
❖ PAREDE CELULAR 
 
 Estrutura que dá forma a bactéria 
 Rígida, inelástica, porém deformável (como um plástico) 
 
 FUNÇÕES: forma, resistência a choques, sítio de adsorção de vírus, divisão bacteriana em 
dois grupos (gram + e -) e determinação da especificidade antigênica 
 
 COMPOSIÇÃO: PEPTÍDEOGLICANO (polímero constituído de ácido murâmico, 
NAcetilglicosamina e tetrapeptídeo). 
 
 TIPOS: GRAM POSITIVO, GRAM NEGATIVO. MICOBACTÉRIAS (parede celular gordurosa, 
duas espécies principais) E ATÍPICOS (parede celular diferenciada, sem peptidioglicano) 
AS BACTÉRIAS DO GÊNERO MYCOPLASMA NÃO POSSUEM PAREDE CELULAR 
(segunda maior causa de pneumonia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LPS – LIPOSSACARÍDIOS – PIRÓGENOS EXÓGENOS – POTENTES PRODUTORES DE FEBRE (um 
dentre os vários mecanismos de como o organismo produz febre) 
 
 ESPAÇO PERIPLASMÁTICO: 
espaço entre as camadas de 
peptidioglicano nas bactérias 
gram negativas. Importante 
local de síntese de enzimas 
entre elas a β -LACTAMASE 
 
 β -LACTAMASE: enzimas 
que hidrolisam os B-lactâmicos 
(também chamada de enzima 
penicilinase) 
 
 β -LACTÂMICOS: classe de 
antibióticos na qual está 
inserida a penicilina 
- Esses antibióticos possuem um 
anel β-lactâmico em comum 
 
 As bactérias que produzem 
essa enzima inativam o 
antibiótico por HIDRÓLISE DO 
ANEL β-LACTÂMICO (não 
conseguem ligar no sítio ativo) 
❖ ANTIBIÓTICOS β-LACTÂMICOS 
 
 Penicilinas 
 Cefalosporinas 
 Monobactâmicos 
 Carbapenêmico
 
 Há INIBIDORES DE β-LACTAMASE no mercado farmacêutico (inativam as enzimas e deixam os 
β-lactâmicos agirem). 
 EXEMPLOS: clavulanato, sulbactam e tazobactam 
 Algumas formulações dos dois são usados para 
AMPLIAR ESPECTRO de ação dos antibióticos. 
 
 As bactérias gram negativas são as evidentes produtoras de β-Lactamase 
 Alguns gram positivos também podem produzir β-lactamase, como ESTAFILOCOCOS. 
 ESTREPTOCOCOS NÃO produzem β-lactamase. 
 Pneumococo não produz β-Lactamase, porém possui outros mecanismos de resistência aos 
β-lactâmicos. 
PRODUÇÃO DE β-LACTAMASES É UM DOS MECANISMOS, DENTRE VÁRIOS OUTROS, QUE 
CONFERIU ÀS BACTÉRIAS A CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA A ALGUMAS CLASSES DE 
ANTIBIÓTICOS. 
❖ COLORAÇÃO GRAM 
 
 BACTÉRIA GRAM LÁBIL: 
NÃO CORA COM 
GRAM/BACTÉRIA VELHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ MEMBRANA CITOPLASMÁTICA 
 
 É a última barreira protetora da vida no interior de uma bactéria 
 COMPOSIÇÃO: 40% de lipídios e 60% de proteínas 
 FUNÇÕES: permeabilidade seletiva, enzimas de fosforilação oxidativa e de síntese da 
parede celular (síntese de peptidioglicano) 
 Possuem P.B.P.s = Penicillin Binding Protein 
- Proteínas ligadoras de penicilina 
- Os antibióticos Beta-lactâmicos se ligam nas PBPs e as inativam: por isso o nome de 
proteínas ligadoras de penicilina 
 
❖ CITOPLASMA 
 
 Complexo sistema coloidal 
 Semi-fluido 
 Estrutura granular → ribossomos 
- GRANULAÇÕES METACROMÁTICAS 
 
❖ RIBOSSOMO 
 
 Todas as células produzem ribossomos 
 Os ribossomos bacterianos possuem dois subunidades 50S e 30S importante p/ 
prescrição de antibióticos. 
 
❖ ESTRUTURAS FACULTATIVAS 
 
 FLAGELOS: 
• Possui função de mobilidade. 
• Composição: proteína FLAGELINA. 
• Importância: ajuda na identificação de patógenos. 
• Endoflagelo (flagelo interno/filamentos axiais → espiroqueta) 
ALGUMAS BACTÉRIAS SÃO IDENTIFICADAS LABORATORALMENTE POR MEIO DE ANTÍGENOS 
FLAGELARES (ESCHERICHIA COLI, SALMONELLA...) 
 
 FÍMBRIAS OU PILI: 
• Composição: proteína PILINA. 
• Morfologia: diferem dos flagelos por serem mais curtas, finas, retas e numerosas. 
• PILIS DE ADERÊNCIA: auxiliam as células a aderirem a superfícies. 
• PILIS SEXUAIS: fazem conjugação – CODIFICADOS PELO PLASMÍDEO F → + resistentes 
 
 CÁPSULA: envoltório externo a parede celular 
• Composição: polissacarídeos (carboidratos). 
• Funções: 
- Aumenta a capacidade infecciosa → proteção contra a fagocitose. 
- Proteção contra vírus que se ligam à parede celular. 
- Impede a penetração de alguns antibióticos. 
• Classificação: 
- Cápsula verdadeira: densa, delimitada e independente da composição do meio. 
- Camada limosa: mal delimitada, fina e dependente da composição do meio. 
- Glicocálice: polímero que forma uma malha frouxa de fibrilas para fora da célula. 
 
 ESPOROS: 
• São formas de resistência: dessecação, calor, agentes químicos ou físicos. 
• A bactéria produz esporos, reduzindo seu metabolismo como forma de se proteger, 
uma vez que o esporo não é suscetível a antisséptico → a álcool 70%, por exemplo. 
• Gêneros de interesse: 
- Bacillus (aeróbio) 
- Clostridium (anaeróbio estrito) 
• Quando a pessoa ingere o esporo, a bactéria pode incorporar sua forma ativa (ou 
vegetativa) dentro do organismo, produzindo uma infecção, seja ela pela presença 
da bactéria ou de sua toxina; 
• Os esporos podem estar localizados no solo, esgoto, água e/ou lixo 
 
 GRANULAÇÕES: 
• Grânulos de reserva → reserva energética; 
• Composição diversa, polímero insolúveis; 
 
 PLASMÍDEOS: 
• Moléculas menores que o DNA cromossômico; 
• Possuem DNA circular; 
• Não são visíveis nem na microscopia eletrônica; 
• São capazes de autoduplicaçãoindependente do DNA cromossômico; 
• Importantes ferramentas de biologia molecular; 
 
 
 
SISTEMÁTICA BACTERIANA 
 
❖ COCO GRAM POSITIVO → CGP 
 
 
 
 
ESTAFILACOCO COAGULASE 
POSITIVO 
STAPHYLOCOCCUS 
AUREUS 
NEGATIVO 
NOVABIOCINA 
(ANTIBIÓTICO) 
 PELO PADRÃO DO HEMÓLISE (ESTREPTOCOCOS) 
 
 
 
 
 
 
 
• Alfa hemólise → degradação parcial 
o Prova da optoquina (antibiótico); 
- Sensível → Streptococcus pneumoniae; 
- Resistente → inconclusivo. 
 
• Beta hemólise → degradação total 
o Prova da bacitracina (antibiótico) 
- Sensível → Streptococcus pyogenes; 
- Resistente → Streptococcus agalactiae; 
 
o CAMP TEST 
- POSITIVO: S. agalactiae (grupo B de Lancefield) 
- NEGATIVO: S. pyogenes (grupo A) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Gama hemólise → ausência de degradação; 
o Estudo dos Sreptococcus do grupo Veridans; 
 
 
 CAMP TEST 
❖ BACILO GRAM NEGATIVO → BGN 
 
 Fermentação da glicose: 
- Vermelho → negativo → bacilos não 
fermentadores → colonizam plástico de 
sondas, catéteres, etc (infecções hospitalares) 
→ pseudomonas e acinetobacter. 
- Amarelo → positivo → fermentadores 
 
 Prova da oxidase 
(coloca-se fita de oxidase) 
- Azul → positiva → Helicobacter pulori, 
Vibriocholerae, Campylobacter jejuni 
- Cinza/branco → negativa → Enterobactéria 
(classificação bioquímica) 
 
❖ AERÓBIAS/ANAERÓBIAS FACULTATIVAS/AEROBIAS ESTRITAS 
• Não fermentadores; 
• Micobactérias (M. tuberculosis; M. leprae) 
 
❖ ANAERÓBIOS ESTRITOS 
• Cocos; 
• Bacilos - clostridium; 
• G+ 
• G- 
❖ NEM AERÓBICOS, NEM ANAERÓBICOS 
• MICROAERÓFILOS 
o Neisseria spp. 
o Haemoplilus ducreyi 
o Haemophilus influenzae → a cepa tipo B é a terceira maior causadora de meningite; 
 
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE BACTERIANA 
 
❖ TOXINAS BACTERIANAS 
 
 Prejudicam diretamente os tecidos ou proporcionam atividades biológicas destrutivas 
 Em alguns casos somente a toxina causa os sintomas da doença 
 EXOTOXINAS: (toxinas secretadas pelas bactérias - algumas tem especificidade celular): 
 
- Exotoxina S: bloqueia as enzimas dos 
neutrófilos; 
- Exotoxina U: bloqueia as enzimas dos 
macrófagos; 
 
 Toxina pirogênica 
❖ SISTEMA DE SECREÇÃO 
 Aparato para secretar toxinas principalmente nas enterobactérias 
 Estratégia de manipulação da célula alvo 
 
o TIPO 1 → ocorre modulação da célula-alvo sem destruí-la → ETEC 
- Na vibrio cholerea, ETEC e S. aureus ocorre a DIARREIA SECRETÓRIA por inserção de 
porinas nas células fazendo o AUMENTO DE SECREÇÃO DE ÁGUA E ELETRÓLITOS, diarreia 
muito aquosa, não dá antibiótico e sim hidratação intravenosa 
 
o TIPO 2 → a toxina mata a célula-alvo → SHIGELLA (trata com antibióticos) 
- Causa a DIARREIA INFLAMATÓRIA/INVASIVA com a destruição das vilosidades 
impedindo absorção de nutrientes 
 
o TIPO 3 → manipula a célula alvo fazendo com que ela passe a produzir a toxina 
desejada → SERINGA MOLECULAR → facilitam a secreção de fatores de adesão para 
que a toxina se ligue de forma mais eficiente → EPEC 
- Na ausência desse sistema, as bactérias perdem a sua virulência 
- relacionado ao reconhecimento da bactéria 
 Quando temos uma diarreia de intestino delgado são de menor frequência e maior volume. 
 De intestino grosso (colón), elas são de frequência maior e um volume menor. 
 
❖ CÁPSULA 
 Proteção contra fagocitose 
 Antígenos capsulares são hidrofílicos (interferem na ligação de anticorpos) 
 Atua na defesa contra o sistema complemento 
 
❖ VARIAÇÃO DA FASE ANTIGÊNICA 
 Regulação na expressão gênica - ora expressos, ora não (ora O, ora K ...) 
 Varia de acordo com situação e ambiente 
 As vezes o anticorpo formado não encontra sitio de ligação e bactéria não é atingida. 
 
❖ SEQUESTRO DE FATORES DE CRESCIMENTO 
 Extração de substrato para bem próprio como o FERRO (participa da resposta imune) → 
impedir sua destruição uma vez que a célula pode usar aquela substância para lhe 
destruir → também pode usar para seu metabolismo 
 
❖ RESISTÊNCIA AO PODER BACTERICIDA DO SORO 
 Microrganismo multirresistentes (cápsula ou inibição da ligação dos fatores do sistema 
complemento) 
 
❖ BIOFILME 
 Camada de polissacarídeos para proteger contra medicamentos e contra células do 
sistema imune. Um carboidrato componente do biofilme é o alginato. Muito comum em 
aparelhos médicos que ficam no corpo. A EAEC faz biofilme em cima dos enterócitos. 
 
❖ PIGMENTOS FENAZÍNICOS 
 Pigmentos difusíveis em água; 
 Inibem proliferação de células epiteliais e de linfócitos (ação tóxica); 
 Pode auxiliar na identificação da infecção pela cor do machucado 
 
❖ PROTEASE 
 Podem degradar o sist. Complemento e inibir quimiotaxia de neutrófilos 
 Elastase A → serina protease; 
 Elastase B → zinco metaloprotease; 
SISTEMÁTICA FÚNGICA 
 Toxina → micotoxicose 
 Possuem ergosterol (alvo de antifúngicos) 
 
 Formas de apresentação: 
• Levedura: parede dupla com núcleo não visível, formato oval e maior que as 
bactérias. Formam uma colônia cremosa, leitosa. 
- Brotamento ou fissão 
- Pseudo-hifas 
 
• Hifa (bolor): aspecto pulvurulento (seco), pode ser cotonoso (algodão). 
 
• Dimórficos → ora leveduras, ora linfa/bolor 
o 37°C → levedura; 
o 25°C → bolor 
 
 Reprodução: 
• Assexuada → conídio; 
• Sexuada → esporo → álcool 70% não mata e é mais suscetível a obter resistência; 
 
 Doenças 
 
• Superficiais: em cima da epiderme 
- não causam destruição do tecido 
- Micose de praia → ptiríase versicolor; 
 
• Cutâneas: dentro da epiderme, camada queratinizada 
- Micose cutânea → tinha ou tínea → pedis (pé), capitis (cabelo), corporis (corpo); 
- Trycophyton; 
- Epidermophyton; 
- Microsporium; 
 
• Subcutâneas: atingem o subcutâneo (derme, músculo, osso e tec. conjuntivo), 
precisam ser inoculadas; geralmente dimórficos 
- Sporothryx schencki → esporotricose; 
- Sporothryx braziliensis → esporotricose felina; 
- Cromoblastomicose → forma lesões escurecidas; 
 
• Sistêmicas: ocorre geralmente em região específica (1º começa no pulmão e se 
espalha) – geralmente dimórficos 
- Aspergilose → infecção grave em quem não tem neutrófilo; 
- Histoplasmose → presentes em fezes de animais e produzem esporos → atingem a 
medula óssea, o sistema nervoso central... 
- Paracoccidioidomicose → presente em vegetação de cana, café, etc → faz infecção 
pulmonar, com sintomas muito semelhantes aos da tuberculose; 
 
• Oportunistas; 
- Candida → apenas na forma de levedura 
- Cryptococcus → presente nas fezes dos pombos → causa meningite 
 
IMUNOLOGIA – ASPECTOS CLÍNICOS E MOLECULARES 
 
 A microbiota normal não causa patogênese devido a nossa imunidade contra eles 
(mesmo tendo fatores de virulência) 
 IMUNIDADE: propriedade que um organismo possui de reconhecer, neutralizar, 
metabolizar e eliminar um agente agressor. 
 Muitas vezes, em algumas doenças os sintomas são feitos pela resposta imunológica 
 A ‘’guerra’’ contra algum patogênico e o corpo pode ser com ou sem dano tecidual. 
 
 OBJETIVOS DO ESTUDO DA IMUNOLOGIA: 
- Prevenção de doenças 
- Causa de doenças 
- Diagnóstico de doenças (muitas vezes não encontramos as bactérias e sim os anticorpos 
que o sistema imune produz contra aquela doença) 
- Tratamento de doenças (soro – anticorpo pronto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADE INATA 
(aquela com o qual nascemos) 
 
- Não tem poder discriminatório 
- Não tem memória imunológica 
- Resposta – fagocitose 
- Sistema complemento, células NK 
(linfócito que atua na resposta inata) 
- Sem anticorpo 
 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
 
- Evolução da resposta inata 
- De forma geral ocorre de 7 a 10 
dias (demora mais de ser ativada) 
- A imunidade inata é uma ponte 
até a resposta adaptativa funcionar 
- Poder discriminatório 
- Memória imunológica 
- Resposta – linfócito B (anticorpos na 
sua membrana) e linfócito T 
(resposta celularou humoral) 
 
IMUNIDADE INATA 
 Inespecífica 
 BARREIRA E INFLAMAÇÃO 
 Com o qual nascemos – mecanismo constitucional de defesa 
 Não apresenta memória imunológica 
 Funciona como uma barreira contra todo ou qualquer agente agressor (primeiro contato) 
 Papel crítico no controle das infecções antes do aparecimento da resposta adaptativa 
 Sofre influência do meio ambiente (nutrição – exemplo falta de FERRO, saneamento, 
higiene, fatores genéticos e etários, gestação, estresse ...) 
 LISOZINA – antibiótico peptídico produzido pelo epitélio 
 
 MECANISMO – fagocitose [mediada por células] e digestão química [não mediada por 
células – físico (jato de urina), químico (acidez) e biológico (microbiota - competição)] 
 
❖ CÉLULAS DE DEFESA 
 
 GRÂNULOS PRIMÁRIOS 
– AGRANULÓCITOS 
 
 MONÓCITOS 
- único leucócito que vai 
terminar a maturação (todos 
os outros são células 
maduras) 
 
 LINFÓCITOS (B, T E NK) 
- Pouco citoplasma e núcleo 
grande e mais escurinho 
 
 GRÂNULOS SECUNDÁRIOS 
– GRALÓCITOS 
 
 NEUTRÓFILOS 
- Neutro (não cora) 
- núcleo segmentado 
 
 EOSINÓFILOS 
- Corante ácido 
- Núcleo bifurcado 
 
 BASÓFILOS 
- Afinidade por corantes básicos 
- Grânulos de heparina e histamina 
 
 
 
 
 
Leucócitos
Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Monócitos Linfócitos
B T NK
LEUCOGRAMA 
❖ NEUTRÓFILO 
 
 Central para INFLAMAÇÃO AGUDA e FAGOCITOSE 
 60% dos leucócitos de um indivíduo saudável (mais abundante) 
 Principal célula recrutada em um processo infeccioso 
 FAGOCITA: adesão, englobamento, digestão e exocitose 
 
 ERO’S → espécies reativas de oxigênio fabricadas dentro do 
neutrófilo para matar invasor fagocitado (tem o oxigênio 
dentro, preciso usar ele para matar o bicho) 
- O2- 
- H2O2 → pode virar OCL – (kiboa) ou OH- (com ferro 2+) 
- O lisossomo tem que se ligar ao fagossomo – para liberar a 
cascata de ERO’s, algumas bactérias como a da tuberculose 
descobriram isso e impedem a fusão dos dois. 
- Ferro participa da reação, indivíduo com falta de ferro pode 
ser causa de imunodeficiência (procurar caso paciente 
apresente infecções recorrentes) 
 
➔ CINÉTICA DOS NEUTRÓFILOS 
 
 PROMIELÓCITOS: todos iguais 
 MIELÓCITOS: aparecem os grânulos secundários 
 METAMIELÓCITOS: mais curvado, mas sem fio de cromatina 
 BASTÃO: sem fio de cromatina (fio de cromatina é em célula 
madura) 
 Se paciente apresentar células imaturas no sangue quer dizer que a infecção é forte e 
não do tempo de amadurecer célula (DESVIO A ESQUERDA) 
 Se tiver mieloblastos (sem grânulos) já é indicativo de câncer (leucemia) 
 
❖ EOSINÓFILO 
 
 Gosta de fazer estrago 
 Reações alérgicas 
 Reações inflamatórias associadas a parasitas 
 Inflamação crônica 
 Modula reações mediadas por mastócitos 
 Existe em quantidade pequena no sangue 1 a 2 % 
 Proteína básica principal → associada a destruição de tecidos 
 5 bichos que mais fazem eosofilia – strongyloides, ancilostoma, necator, toxocara, áscaris 
 
❖ MONÓCITO 
 
 Regula resposta inflamatória, coagulação e resposta imune 
 Completa o seu grau de maturação nos tecidos (quando vira macrófago residente) 
 FAGÓCITO profissional – no sangue é um monócito, nos tecidos um macrófago 
 
❖ CÉLULAS EXTERMINADORAS 
 
 CD8 – Resposta adaptativa – passa verificando, se houver anormalidade vai DESTRUIR 
 NK – Resposta inata – elimina alvos – observa se molécula tem proteína estranha 
- Se a célula possuir MHC, ele se liga ao KIR e inibe a morte celular; ou então se o KAR 
encontrar uma proteína não normal há a morte celular. NÃO MATA POR APOPTOSE 
UFC-5
MIELOBLASTO
PROMIELÓCITO
MIELÓCITO
METAMIELÓCITO
BASTÃO
NEUTRÓFILO MADURO 
❖ HEMATOPOIESE 
 
 Célula tronco hematopoiética – vem de célula tronco multipotencial (possui certo grau de 
compromisso) – capaz de dar origem a todas as células da medula óssea 
 Pode dar origem a linha linfoide e mieloide 
 LINFÓIDE: progenitor (B, T e NK) a partir do momento que eu já decido para qual 
subtipo eu vou já é uma célula PRECURSSORA 
 MIELÓIDE: progenitor comum – gera outros 3 progenitores (específico para neutrófilos e 
monócitos, um para eosinófilos e um para basófilos, plaquetas e eritrócitos) 
- quando já decide o subtipo (eosinófilo, monócito...) vira precursor 
 UFC – unidades formadoras de colônia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
 Acontece em tecidos vasculares (sem 
vasodilatação não há inflamação) 
 CAUSAS/ESTÍMULOS: 
- infecções, traumas, agentes químicos e 
físicos, necrose, corpos estranhos, radiação, 
temperatura, doenças autoimunes e 
isquemia 
 EVENTOS VASCULARES E CELULARES 
 
 
➔ VASCULARES 
 Primeiro há uma vasoconstrição para evitar 
perda excessiva de sangue 
 MASTÓCITO (célula do tec. conjuntivo periférico aos vasos) estimula VASODILATAÇÃO 
- Possui enzimas dentro de seus grânulos (histaminas, proteases e fatores quimiotáticos) 
 Rubor e calor e edema → importante para chegar mais 02 e nutrientes para reparação 
do tecido, diluição de toxinas e fibrinogênio chegando. 
 AFASTAMENTO DAS CELULAS ENDOTELIAIS → as células endoteliais tem proteínas (selectinas 
e integrinas) – macrófago vai indo rolando e ocorre a diapedese entre esses espaços 
 
 
Célula-tronco 
multipotente
Célula-tronco 
hematopoiética
Linfóide 
(progenitor)
B T NK
Mielóide 
(progenitora)
Granulócitos -
neutrófilo e 
monócitos
Eosinófilo
Basófilos, 
eritrócitos e 
megacariócito
INFLAMAÇÃO
CALOR
RUBOR
DOREDEMA
PERDA 
DE 
FUNÇÃO
➔ CELULARES 
 
 1º a chegar é o neutrófilo 
 1º a entrar em contato com 
patógeno é o macrófago 
 
 
 
 
 
➔ DOR NA INFECÇÃO: bradicinina (fator plasmático) e metabólitos do ác. Aracdônico 
 
 COX 
- PROSTAGLANDINAS geram dor 
- PROSTACICLINA (vasodilatação e inibe agregação plaquetária) 
- TROMBOXANO (vasoconstrição e promove agregação plaquetária) 
 LOX 
- LIPOXINAS freiam a inflamação 
(plaquetas e endotélio possuem enzima 
capaz de produzir) o toxoplasma possui 
enzima e consegue frear a inflamação 
para não iniciar resposta imune 
- LEUCOTRIENOS aumentando a 
permeabilidade vascular e favorecendo 
edema. 
 
 COX-1 é mais presente em plaquetas 
e COX-2 em leucócitos. 
 
➔ NOS FAGÓCITOS (durante PIBA – PROCESSO INFECCIOSO BACTERIANO AGUDO) 
 
 RECEPTORES DE MANOSE (abundante na parede das bactérias) 
- reconhece que não é natural (NON-SELF) 
 RECEPTORES SCAVENGER 
 RECEPTORES PARA OPSONINAS: reconhece IgG, complemento e lectinas 
 RECEPTORES TLR’s (toll like): reconhece moléculas comuns a microrganismo e tem a 
capacidade de DISTINGUIR PATÓGENOS 
- PAMP → padrões moleculares associados a patógenos 
- tipo 4 reconhece LPS 
- Em resposta ao vírus há produção de IFN-1 que induzem expressão de enzimas que 
bloqueiam replicação viral! 
 
➔ PROTEÍNAS DA FASE AGUDA (opsonizadoras) 
 
 O IL-1, TNF e IL-6 vai para o fígado e estimula produção de proteínas da fase aguda 
- PCR (proteína C reativa) – pode ser medido como prova de atividade inflamatória e 
colabora na fixação do complemento sobre microrganismo e facilita fagocitose. 
- SAA, fibrinogênio, ferritina ... 
 
➔ EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO 
 
 Febre 
 Proteínas da fase aguda 
 Leucocitose: aumento do número de leucócitos 
 
 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APC’s 
- célula que possui MHC-ll e transporta antígenos até os linfonodos 
 
 MACRÓFAGOS: 
- na resposta adaptativa serve como APC’s (apresentadores de antígenos) 
- na resposta humoral (anticorpos) o macrófago pode fazer a fagocitose caso se ligue a 
parte comum/constante do anticorpo (receptor Fc) 
- INICIA RESPOSTA ADAPTATIVA 
 
 CÉLULAS DENTRÍTICAS/LANGERHANS: 
- relacionada aos MONÓCITOS 
- presentes nos epitélios da pele, TGI e respiratório 
- Sentinelas da resposta imune 
- APC’s PROFISSIONAIS (transporta antígenos dos tecidosperiféricos para órgãos linfoides) 
- Fagocitam o microrganismo, identifica antígenos e leva a informação para deflagar 
uma resposta imune especifica para eles 
 
 MHC (HLA) 
- TCR: interage com o complexo 
MHC-peptídeo antigênico – 
receptor da célula T 
- CD3 está presente em todas 
as células com TCR 
- A ubiquitina (no citosol) marca 
antígeno para ser destruído 
pelo proteossoma para ser 
apresentado para MHC 
- TAP: receptor de membrana 
que vai transportar antígeno 
para dentro do RER onde está a 
MHC1 
 
- MHC-1: presente em todas as 
células nucleadas – IDENTIDADE 
(ninguém no mundo tem igual 
ao seu) – para doar órgãos tem que ter um MHV parecido. Normalmente em antígenos 
citosólicos. Interage com CD8+ 
 
- MHC-2: fabricado pelas APC’s. Normalmente em antígenos vesiculares. Interage com 
CD4+ 
 
 EPÍTOPOS: partes dos antígenos – parte mais diferente é a imunodominante que será 
reconhecida pela APC’s 
 
 CÉLULAS T VIRGENS (TH0): 
- podem circular por vários anos antes de morrer ou encontrar o seu antígeno 
- O encontro ocorre através de uma APC em um órgão linfoides 
 
 
 
 
RESPOSTA CELULAR 
 LINFÓCITOS T 
- Maturação no TIMO 
- Mais usado para agentes intracelulares onde anticorpo não consegue atingir (ex: vírus) 
 
 Via CD4+ → o TH0 pode diferenciar-se em TH1, TH2 e TH17 
 
- TH1: defesa contra organismos 
intracelulares (padrão pró-
inflamatório). Ativa macrófagos e 
a produção de alguns anticorpos 
 
- TH2: inflamação alérgica, 
indução da produção de 
anticorpos pelas células B 
(também em processos 
parasitários) como a IgE (IL-4), 
ativação de eosinófilos, muco e 
peristaltismo. 
Perfil anti-inflamatório 
 
- TH17: chama mais neutrófilos 
para a inflamação – reforça 
resposta inata 
 
 
 
 
 
 
 Via CD8+ (citotóxico)→ força apoptose da célula por granzinas e perfurinas 
 
 A célula APC, ao apresentar o antígeno influencia na diferenciação do TH0 a partir da 
liberação de citocinas 
 
 INTERLEUCINA 2 – IL2 (citocina) 
- serve como ‘’energético’’ dos linfócitos 
- ativação da cascata dos linfócitos – autócrina ou 
parácrina 
- PROLIFERAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS T DE 
MEMÓRIA E EFETORAS 
- Células efetoras → serão usadas na infecção atual e 
sofrem apoptose; 
- Células de memória → para contatos futuros, ficam 
armazenadas nos órgãos linfoides 
- Faz com que a célula NK fique ativada (mais ávida), 
estimula sua proliferação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leishmaniose mucosa está 
relacionada com a alta 
presença de NK, que está 
produzindo muito IL-2, 
deixando um estado 
inflamatório muito grande e 
resultando em dano tecidual. 
Leishmaniose chagasi faz 
padrão Th2, instaurando um 
padrão “anti-inflamatório” e 
permitindo que a leishmania se 
espalhe para os órgãos – 
leishmaniose visceral. 
 
RESPOSTA HUMORAL - anticorpos 
 LINFÓCITO B 
- amadurece na MEDULA ÓSSEA 
- Possui MHC-1 MHC-2 (também é uma APC) mas só apresenta antígeno para linfócito T já 
diferenciado (não virgem) 
- A célula B tem anticorpos em sua membrana que servem para identificar antígenos. 
- Quando começa a produzir anticorpos será chamado de PLASMÓCITO (célula efetora) 
 
 ANTICORPO (OPSONINAS – MARCA PARA MATAR) 
- Cadeias longas (Fc) e as curtas (Fab) 
- A região Fc serve como sinalização (marcar para matar) e será onde fagócito irá ligar 
- IgG, IgE, IgM, IgA, IgD (‘’GEMADA’’) 
 
 FUNCIONAMENTO: 
 - Célula B reconhece antígeno sem precisar de APC’s, pois possui anticorpos em sua 
membrana → produz IgM → A produção IgG é T dependente pois precisa dela para 
fornecer estímulo 
- Se o T é TH1 induz a produção de IgG e se for TH2 produz IgE 
 
 QUANDO LINFÓCITO NK FAZ ADCC RECEBE O NOME DE LINFÓCITO K (tem especificidade, 
participação de anticorpos) 
IgM - Terceira imunoglobulina mais comum no soro 
- É a primeira a ser produzida 
- maior fixadora do sistema complemento 
- alto poder de aglutinação (junta antígenos no mesmo lugar) 
- Quando na superfície celular, pode servir de receptor para antígenos (linfócito B) 
- Neutraliza venenos e toxinas 
 
IgG - mais presente no sangue (60%) 
- Principal anticorpo no meio INTRAVASCULAR 
- Atravessa a placenta 
- fixadora do complemento (menos eficiente que IgM) 
- Ligação à células: macrófagos, monócitos, neutrófilos e alguns linfócitos 
- Única que facilita fagocitose 
- S. aureus faz com que anticorpo se ligue ao contrário impedindo macrófago 
 
IgA - Segunda imunoglobulina mais comum no soro 
- principal nas secreções (lágrimas, saliva, muco...) 
- importante na imunidade local (de mucosas) 
- Pode se ligar a algumas moléculas de neutrófilos e linfócitos 
- algumas bactérias possuem proteases de IgA (como a pneumococo) 
 
IgD - Baixos níveis 
- Função não é bem conhecida 
- Na superfície do linfócito B atua como receptor de antígeno, geralmente 
associada IgM 
- IgD não fixa complemento 
 
IgE - Em menor quantidade 
- Liga-se a receptores em mastócitos e basófilos 
- Associada a reações alérgicas (hipersensibilidade do tipo 1) e infecções 
parasitárias 
- Não fixa complemento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA COMPLEMENTO 
 
 FUNÇÕES: 
- ATIVAR MAC – LISE do patógeno devido poros na membrana (necrose) 
- AMPLIFICAÇÃO DA INFLAMAÇÃO: C5a e C3a (anafilotoxinas) – recrutamento e ativação 
de leucócitos e destruição dos micróbios pelos leucócitos – mesma função das 
QUIMIOCINAS 
- POTENCIALIZAR FAGOCITOSE (fagócitos tem receptores para C3b – função de opsonina- 
que potencializa fagocitose e receptor Fc ) 
 
 IMUNOGLOBOLINAS QUE ATIVAM COMPLEMENTO QUANDO LIGADAS A ANTÍGENOS: 
- IgM (1) 
- IgG-3 (2) 
- IgG-1 (2) 
 
 Sistema multienzimático que circula no sangue na forma inativa (zimogênios – produzidos 
pelos hepatócitos, fagócitos monomorfonucleares e algumas células epiteliais) 
 Identificadas pela letra C (C1, C4, C2, C3, C5, C6, C7, C8, C9) 
 Se o C3b se ligar em superfície própria o FATOR H identifica célula, fator l aparece e 
inativa via → falha nesse fator pode causar doença autoimune 
 BIOFILME É UM FATOR DE RESISTÊNCIA POIS MAC NÃO ENTRA 
 Inflamação também ajuda na no complemento (ajuda clivar – cascata das cininas) 
 C3d → um dos produtos do C3b que liga nos microrganismos → possui receptor para 
linfócito B → reconhece antígeno e produz IgM que ativa sistema complemento 
 
 
CLÁSSICA ALTERNATIVA LECTINAS 
- ANTICORPOS 
- Resposta 
adaptativa 
- mais eficaz 
- C1 cliva C2 e 
C4 e forma C3 
convertase 
 
- Superfícies dos patógenos 
- resposta inata 
- C3a e C3b são unidos por fraca ligação 
de sulfeto no plasma → cliva naturalmente 
→ pode ser inativado em meio aquoso ou 
gruda na membrana de algum 
microrganismo → FATOR B se liga ao C3b 
→ Convertase de C3 → chama novo C3b 
para ligar → convertase de C5 da via 
alternativa 
 
- Lectinas = proteína que liga em 
carboidrato 
- resposta inata 
- Reconhece parede da bactéria 
(manose) 
- MBL → lectina que gruda na 
manose (parece com C1) 
- Cliva C2 e C4 
- Não funciona no processo 
autoimune, só em 
microrganismos 
 
CITOCINAS 
 Proteínas que medeiam a resposta imune 
 Sua secreção é um evento breve, autolimitado e sem estoque (não são armazenados) 
 PROPRIEDADES: Pleitropismo (várias funções), Redundância (várias fazendo uma função), 
Sinergismo (efeitos somados), Antagonismo (efeitos antagonizados) 
 
❖ CITOCINAS DA IMUNIDADE INATA 
 Produzidas pelos fagócitos estimuladas por produtos bacterianos (ex.: LPS) 
 Agem em células endoteliais e leucócitos 
 TNF – principal mediadora da resposta inflamatória de bactéria GRAM (-) 
- Traz complicações graves quando infecção exacerbada 
- induz apoptose dos adipócitos 
- RECRUTA NEUTRÓFILOS E LINFÓCITOS PARA INFLAMAÇÃO INICIAL (quimiotaxia e diapedese) 
-Produz IL-1 e IL-2 
- Se inflamação se manter por muito tempo causa efeitos negativos 
 IL-1 (interleucina) 
- Semelhante ao TNF, mediador da inflamação inicial, chama macrófagos 
 IL-12 
- Indutora da imunidade adaptativa 
- Principal mediador da resposta inicial a microrganismo intracelulares 
- Chama fagócitos e células dendríticas e estimula CD4+ em TH1 
- Estimula CD4+ em TH1 
 INTERFERON tipo 1 (IFN-1 alfa e beta) 
- Pode ser produzido por qualquer célula no organismo 
- Inicia a produção ao entrar em contato com vírus (1ª célula afetada inicia) 
- Segunda ação é estimular expressão de MHC1 
 
❖ CITOCINAS DA IMUNIDADE ADAPTATIVA 
 Produzidas pelos LINFÓCITOS T, induzem diferenciações das células adaptativas 
 IL-2 
- Fator de crescimento para linfócitos T 
- Realiza expansão clonal das células e diferenciação e proliferação de linfócitos B e NK 
 IL-4 
- Papel anti-inflamatório: faz inibição de macrófagos 
- CD4 → TH2 
- Estimula IgE e IgG pelo linfócito B 
 IFNgama (IFN-2) 
- Ativa macrófagos e potencializa sua atividade 
- Estimula produção de IgG e IgM pelo linfócito B 
- Aumenta expressão do MHC2 pelas células APC e induz CD4→ TH1 
ORGÃOS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE 
 ORGÃOS HEMATOPOIÉTICOS: 
- saco vitelino 
- fígado fetal 
- medula óssea 
 
 Quando há acometimento da medula óssea, fígado e baço podem produzir células 
novamente causando hepatoesplenomegalia! 
 Leishmania chagasi (visceral) e Histoplasma acomentem medula 
 
❖ ÓRGAOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS/CENTRAIS 
 
 TIMO E MEDULA ÓSSEA 
 Onde células são produzidas 
 Não ocorre apresentação de antígeno 
 Maturação das células sanguíneas 
 Onde ganham marcadores de membrana (CD4, CD8) 
 Educação e apoptose de células defeituosas 
 
 TIMO 
- Sofre atrofia ao longo da vida 
- Na medula está o corpúsculo de Hassall 
- Presença de vasos com barreira hematotímica (impede que antígenos passe) 
- Timo faz uma organização chamada citoreticulo tímico que fazem a educação das 
células em grupos (na medula e pouco no córtex) 
- CORTEX GANHA CD4 E MEDULA TCR (vasos vão e voltam entre os dois diversas vezes para 
conferir se está tudo certo) 
 
❖ ORGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS 
 
 TONSILAS, LINFONODOS, APÊNDICE, PLACAS DE PEYER TECIDO LINFOIDE ASSOCIADO, BAÇO 
 Onde ocorre captura de antígeno para interagir com linfócitos maduros 
 2º - chega pela linfa (todos menos baço) 
 3º - chega pelo sangue (só o baço – última linha de defesa) 
 Onde houve apresentação de antígenos, faz algumas células de memória que são 
lançados no sangue para ir para outros linfonodos 
 
 GRUPOS DE AGENTES QUE LINFONODO RECONHECE, MAS PRECISA DO BAÇO PRA 
PRODUZIR ANTICORPO EM GRANDE QUANTIDADE: 
- TOXOPLASMA GONDII 
- ALGUNS HERPES VÍRUS 
 
 BAÇO 
- Recebe antígenos pelo sangue 
- Polpa vermelha: destruição das hemácias velhas e de membrana dura (hemocatarese) 
- Polpa branca: corpúsculos esplênicos (áreas ricas em linfócito B) → nódulos com a 
arteríola central; e bainha periarterial (rica em células T) → difuso 
 
 
ASMA 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
 Reações imunológicas capazes de causar lesão tecidual 
 A lesão acontece em dois cenários: 
1. Contra antígenos non-self, mas quando ocorre EXACERBADAMENTE 
2. Contra antígenos self = DAI (doença autoimune) 
 
 Organizadas em tipo 1, 2, 3 e 4 (de acordo com as células que trabalham em cada tipo) 
 São em ordem alfabética: anafilática, citotóxica, complexos imunes e tardia. 
 
 
❖ TIPO 1: Reação de hipersensibilidade ANAFILÁTICA (“alergia”) 
 
 Antígeno alérgeno 
 Células que participam: mastócitos, linfócitos Th2, IgE, eosinófilos e APCs. 
 Acontece pelo reconhecimento de antígenos que não era pra reconhecer 
 1º MOMENTO: sensibilização → O alérgeno entra em contato com a APC, que apresenta 
ao Th0 pelo complexo TCR + MHC-2 (induz a virar TH2) 
- Eosinófilo e mastócito: produz IL-4. 
- Ao mesmo tempo, o linfócito B entra em contato com antígeno e produz IgM. O Th2 induz a 
mudança de produção de anticorpo (isotipo) do linfócito B pela IL-4 → passa a produzir IgE. 
 2º MOMENTO: segundo contato com o antígeno 
* O mastócito adquiriu, no 1º momento, o receptor FcRI (mastócito sensibilizado) → sempre 
que entrar em contato com o antígeno, irá degranular e produzir resposta alérgica 
* O mastócito quando entra em contato com o antígeno (reconhecido pelo FcR) irá produzir 
IL-5, que é quimioatrativo para eosinófilos. 
* Os eosinófilos possuem proteínas que fazem lesão tecidual. 
- Vancomicina pode chamar esses eosinófilos, independentemente da presença de IgE. 
 
❖ TIPO 2: citotóxica (CD8+ NÃO participa) 
 
 Participantes: IgM, IgG, sistema complemento e antígenos 
particulados (devem fazer parte da membrana de células ou da 
matriz extracelular – MEC). 
* Ex. uma pessoa com sangue tipo A possui anticorpo anti-B intrínseco (IgM). Se a pessoa 
receber sangue tipo B, a IgM irá opsonizar a molécula e ativar o sistema complemento. 
→ reação ABO (reação mais grave). 
* Ex. uma pessoa com sangue Rh negativo possui anti-Rh (IgG). Se a pessoa receber sangue 
Rh+, a IgG irá opsonizar e será destruída no sangue ou no baço. → reação Rh. (“mais light”) 
* Ex. célula da tireoide possui um receptor para TSH, que, quando reconhece o TSH, estimula 
a produção de T4. Contudo, o corpo pode produzir um anticorpo (TRAb) que tem muito 
mais afinidade com o receptor do que a TSH, e faz uma superprodução de T4. 
 
 
 
HIPERTIREOIDISMO 
❖ TIPO 3: complexos imunes. 
 
 Ocorre quando há destruição de parede de algum microrganismo. 
 A parede ficará em vários pedaços que ficam em solução 
(antígeno solúvel). 
 O anticorpo que matou esse microrganismo, fica junto com parte de anticorpo, sistema 
complemento, etc. (todos que mataram) → COMPLEXOS IMUNES 
 Esses complexos que ficam solúveis (soltos), são reconhecidos pela hemácia (receptor do 
complemento) e leva para o baço e fígado, onde serão eliminados (clearance). 
 A concentração exacerbada de complexos imunes faz com que as hemácias fiquem 
sobrecarregadas e os complexos se depositem no glomérulo, nas articulações, no SNC, etc. 
 Ex. fica depositado no glomérulo e o sistema complemento é ativado (pela presença do 
anticorpo – quem reconhece é o C1) e produz C5a e C3a, que chamam neutrófilos e 
causam lesão. 
 LES (lúpus eritematosos – renal): fatores externos estimulam apoptose de células, que terão 
uma remoção defeituosa dos corpos apoptóticos. Há aumento da carga de antígenos 
nucleares, que se ligam aos linfócitos B e T e formam complexos imunes. Os complexos têm 
grande chance de depositar nos rins e causar doenças renais. 
 
❖ TIPO 4: tardia (acontece em cerca de 72h) 
 
 Participantes: CD8, CD4 – linfócitos T (100% de células) 
* Ex. típico: o linfócito fica “neurótico” e é um caso típico do ataque às 
células beta-pancreáticas pelo CD8 → diabetes tipo 1 
* Ex. alergia à bijuteria (níquel). O CD4 reconhece e induz resposta Th1 pela liberação de 
INF-y que estimula macrófago (iNOS). (não adianta usar antialérgico. Tem que usar 
corticoide, porque é célula T e não mastócito). 
 
DIABETES TIPO 1 
LÚPUS 
ERITEMATOSO

Continue navegando