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Historia da Educação

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Atividade – História da Educação
Prof. Dr. Gilmar Lima Caetano
1 - Selecione um dentre os quatro capítulos da disciplina História da Educação e faça uma análise crítica a respeito do tema que ele aborda. Tente trazer ao texto suas impressões a respeito do assunto, enfatizando aquilo que esse conhecimento histórico pode recomendar à compreensão da nossa sociedade. Seu texto deverá ter, no mínimo, duas laudas e, no máximo, três. Lembre-se de utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, respeitando as regras básicas da ABNT quanto à formatação de trabalhos acadêmicos (FONTE Times New Roman, TAMANHO 12, ESPAÇAMENTO 1,5, JUSTIFICADO). Bons estudos!
Educação e capital cultural
Para falar sobre capital cultural, preciso mencionar o nome de Pierre Bourdieu, um dos mais importantes pensadores franceses da segunda metade do século XX.
O capital cultural é o que pode designar o sucesso ou o fracasso de cada aluno. Afinal, algumas evidências apontam que as limitações do conceito de capital econômico explicam a ligação entre o nível socioeconômico e os bons resultados educacionais. Isso nos faz considerar que outras formas de capital, como o social e o cultural, contribuem diretamente e interagem com o capital econômico para fortalecer as relações sociais.
Não há dúvida de que os julgamentos que pretendem aplicar-se a pessoas em seu todo levam em conta não somente a aparência física propriamente dita, que é sempre socialmente marcada (através de índices como corpulência, cor, forma do rosto), mas também o corpo socialmente tratado (com a roupa, os adereços, a cosmética e, principalmente, as maneiras e a conduta) (1998, p. 193).
O processo inicial de acumulação do capital cultural tem inicio, ainda que inconscientemente, desde a origem, pelos membros das famílias que possuem capital cultural. Isso permite pensar que um filho de família de classe média terá mais sucesso do que o filho de um operário, que por sua vez terá mais que um filho de um trabalhador do campo. Desse modo, a posse de capital cultural favoreceria o desempenho escolar na medida em que facilita a aprendizagem dos conteúdos e códigos escolares.
 As referências culturais, a erudição e o domínio maior ou menor da língua culta, trazidos de casa por certas crianças, facilitam o aprendizado escolar à medida que funcionariam como ponte entre o mundo familiar e a cultura escolar. A educação escolar, no caso de crianças oriundas de meios culturalmente favorecidos, seria uma espécie de continuação da educação familiar, enquanto para as outras crianças significaria algo estranho, distante ou mesmo ameaçador.
De acordo com o que foi dito, para Bourdieu, é a família que realiza os investimentos educativos que transmitem para a criança um determinado quantum de capital cultural durante seu processo de socialização, que inclui saberes, valores, práticas, expectativas quanto ao futuro profissional e a atitude da família em relação à escola. Bourdieu observa também que o grau de investimento na carreira escolar está vinculado ao retorno provável que se pode obter com o título escolar, não apenas no mercado de trabalho, mas também nos diferentes mercados simbólicos, como o matrimonial, por exemplo.
Os indivíduos que ao longo da vida, conseguirem acesso aos conhecimentos que a própria sociedade valoriza, acesso a uma educação de melhor qualidade, terão maiores chances de se estabelecerem aos cargos mais prestigiados e, consequentemente, receberão salários maiores que a média.
Não vai muito longe, analisando o perfil das crianças com as quais convivo diariamente em sala de aula, é perceptível a bagagem que a maioria traz consigo, como o testemunho de viagens feitas para diferentes lugares até para outros paises, acesso ao cinema, aulas de inglês, ballet, judô, personal trainer, acompanhamento com nutricionistas, visita aos shoppings, restaurantes, parques, etc... Possuem um vocabulário rico, roupas, calçados, acesso às tecnologias, outros idiomas…Com certeza tudo isso fará a diferença na hora de conquistarem vaga em universidades, ou um espaço no mercado de trabalho.
O capital cultural ao meu ver, está ligado quase na sua totalidade ao capital econômico. As chances de uma pessoa com baixo capital econômico e alto capital cultural não são as mesmas de uma com alto poder econômico.
Vivemos num mundo capitalista, que a pessoa é muito mais valorizada pela aparência, seja ela física ou pelos bens que possui. Uma sociedade que vive na sede pelo imediatismo, que não sabe lidar com frustrações e extremamente consumista.
O capital cultural contribui, assim, para a formação da ética, da responsabilidade coletiva, para o fortalecimento da subjetividade, e em uma estratégia de recomposição da cidadania perdida pelo aumento da desigualdade, a partir de práticas democráticas baseadas no voluntariado, na ajuda mútua e na concertação social.

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