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9/23/2019 1 MERCADO FINANCEIRO – GST0187 Arquivo 2 2º Semestre - 2019 Prof. Marcelo Rodrigues Pereira Sistema Financeiro NacionalSistema Financeiro Nacional ESTRUTURA DO SFN SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SUBSISTEMA NORMATIVO SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO SU B SI ST EM A D E IN TE R M ED IA Ç Ã O 9/23/2019 2 SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO SSUBSISTEMAUBSISTEMA DEDE IINTERMEDIAÇÃONTERMEDIAÇÃO Composto pelas instituições bancárias e não bancárias que atuam em operações de intermediação financeira. Instituições Financeiras Bancárias Instituições Financeiras não Bancárias Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) Instituições Auxiliares Instituições não Financeiras 6 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS 7 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS • Bancos Comerciais: – Constituídos em forma de S.A. – Capacidade de criar moeda escritural Depósito Ativo e Passivo Empréstimo Juros (direito a receber) – Tendência a concentração via fusões – Prestação de serviços: pagamento de cheques, cobranças, transferências, ordens de paga- mentos, aluguel de cofres, custódia de valores, operações de câmbio 8 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS – Classificação: • Bancos de varejo: trabalham com muitos clientes • Bancos de negócios: voltados a grandes operações • Private bank: atende pessoas físicas de renda/patrimônio elevado • Personal bank: para pessoas físicas de renda elevada e pequenas e médias empresas • Corporate bank: para pessoas jurídicas de grande porte 9/23/2019 3 9 Instituições Financeiras Não Bancárias Não têm capacidade de criação de moeda. • Bancos de Investimento: grandes fornecedores de créditos de médio e longo prazo, lease-back, repasse de recursos do exterior • Bancos de Desenvolvimento: instituições públicas estaduais que visam promover o desenvolvimento econômico e social da região de atuação. • Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento: conhecidas como financeiras, dedicam-se a financiar bens duráveis às pessoas físicas por meio do mecanismo de crédito direto ao consumidor (CDC). • Sociedades de Arrendamento Mercantil: realizam operações de leasing de bens nacionais, adquiridos de terceiros e destinados ao uso dos arrendatários. 10 Instituições Financeiras Não Bancárias • Cooperativas de Crédito: voltadas a viabilizar créditos a seus associados, além de prestar determinados serviços. • Sociedades de Crédito Imobiliário: voltam-se ao financiamento de operações imobiliárias, que envolvem compra e venda de imóveis. Os recursos são levantados por meio de letras imobiliárias e cadernetas de poupança. 11 CEF Sociedades de Crédito Imobiliário Associações de Poupança e Empréstimo Bancos Múltiplos A CAPTAÇÃO DE RECURSOS DESTAS INSTITUIÇÕES É FEITA ATRAVÉS DAS A CAPTAÇÃO DE RECURSOS DESTAS INSTITUIÇÕES É FEITA ATRAVÉS DAS CADERNETAS DE POUPANÇA E DOS FUNDOS PROVENIENTES DO FGTS.CADERNETAS DE POUPANÇA E DOS FUNDOS PROVENIENTES DO FGTS. SBPE SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO SBPE 12 INSTITUIÇÕES AUXILIARES Bolsas de Valores Sociedades Corretoras de Valores Mobiliários Sociedades Distribuidoras de Valores Mobiliários Agentes Autônomos de Investimento Instituições Auxiliares 9/23/2019 4 13 Bolsa de Valores 14 Bolsa de Valores • É uma associação civil sem fins lucrativos. • Proporcionam liquidez aos títulos negociados, atuando por meio de pregões contínuos. • Têm responsabilidade pela fixação de preços justos, formados pelo mecanismo da oferta e da procura. • Obrigam-se a divulgar todas as operações realizadas no menor tempo possível. 15 Bolsa de Valores • Local onde são efetuadas as operações de compra e venda de ações. • Tipos de ações ON (ordinárias nominativas) PN (preferenciais nominativas) UNITS 16 Bolsa de Valores – Tipos de Ações ON (ordinárias nominativas) A grande característica desta classe de ação é o direito a voto dos detentores da ação nas assembleias das empresas. Porém, para do pequeno investidor, esse direito é bastante limitado, já que seu voto pode ser bastante insignificante perto dos grandes investidores. Se o acionista tiver um lote de 100 ações, por exemplo, seu voto será irrelevante quando comparado aos demais sócios. É importante destacar que, apesar de ser um acionista e ter direito a voto, o possuidor de ações ordinárias não é responsável pelas dívidas da empresa. 9/23/2019 5 17 Bolsa de Valores – Tipos de Ações ON (ordinárias nominativas) Outra característica bastante interessante de quem possui esse tipo de ação é o “tag along”. Esse benefício se faz presente em caso de uma eventual mudança no controle acionário da empresa. Com o “tag along”, a companhia que está comprando a parte pertencente ao bloco controlador é obrigada a fazer uma oferta pública de aquisição das ações ordinárias pertencentes aos minoritários de, no mínimo, 80% do valor pago pela aquisição das ações do grupo controlador. A Lei das Sociedades Anônimas garante que todo acionista com ações ordinárias tenha direito de participação no prêmio de controle. Geralmente, por este motivo, em casos de mudança de controle acionário, acontece das ações ON se valorizarem muito em cima das Preferenciais (PN). Para finalizar, a codificação das ordinárias é sempre quatro letras mais o número 3. Ex.: PETR3 – Ação ordinária da Petrobras. 18 Bolsa de Valores – Tipos de Ações PN (preferenciais nominativas) No Brasil diversas empresas possuem ações preferenciais nominativas, também chamadas de “Ações PN”. Esse tipo de ação não dá direito de voto ao acionista, contudo, são “preferenciais” no recebimento de dividendos e em caso de liquidação da empresa, ou seja, no caso de falência ou outro motivo de fechamento da companhia, os possuidores de preferenciais têm maiores chances de recuperar parte de seus investimentos. No Brasil, em geral, as ações preferenciais possuem melhor liquidez em bolsa que as ordinárias. Há quem diga que as preferenciais protegem menos o acionista minoritário, pois não lhe dão o direito de votar em assembleia e ainda, em caso de venda da empresa, não lhe garantem o “tag along”, ou seja, o direito de participar do prêmio de controle. Em contrapartida, muitos consideram que as ações preferenciais são melhores para os pequenos investidores, já que são mais fáceis de serem negociadas (liquidez) e dão preferência no recebimento de dividendos, caso a empresa tenha lucro. 19 Bolsa de Valores – Tipos de Ações PN (preferenciais nominativas) As ações preferenciais podem estar divididas em classes diferentes, o que gera códigos como PNA e PNB, por exemplo, para determinados conjuntos de características específicas. Isso varia de empresa para empresa. Vale ressaltar que se a empresa não pagar dividendos por três anos consecutivos, os detentores de ações PN adquirem direito a voto nas assembleias. Geralmente, a codificação das preferenciais apresenta 4 letras mais um número, que pode ser 4, 5, 6, 7 ou 8. Ex.: ITUB4 – Ação preferencial – Itaú Unibanco. Bolsa de Valores – Tipos de Ações • UNITS Menos comuns no mercado brasileiro, as Units são ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários como, por exemplo, um conjunto de ações ordinárias e preferenciais. Em outras palavras, uma Unit, ou certificado de depósito de ações, não é uma ação, mas sim um “pacote” de classes de ativos, que pode ser formado por ações ordinárias, preferenciais e bônus de subscrição. 9/23/2019 6 Bolsa de Valores – Tipos de Ações • Units Normalmente, quem procura esse tipo de investimento adquire alguns benefícios semelhantes à ações ordinárias e preferenciais, como potencial de boa rentabilidade no longo prazo, recebimento de dividendos periodicamente, quantidade de dinheiro não muito alta para começar a investir, e poder comprar ou vender suas UNITS no momento em que desejar. O mais comum no mercado são Units formados por mais de uma classe de ações, como por exemplo: 1 ação ordinária (ON) + 2 ações preferenciais(PN). A codificação das Units possui quatro letras e mais o número 11. Ex.: SANB11 – Unit – Santander BR 22 Bolsa de Valores 23 Sociedades Corretoras • Instituições que efetuam, com exclusividade, a intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, das quais são associadas, por meio da compra de um título patrimonial. – Promovem ou participam de lançamentos públicos de ações. – Administram e custodiam carteiras de títulos e valores. – Organizam e administram fundos e clubes de investimento. – Efetuam a intermediação em títulos e valores mobiliários. – Efetuam compra/venda de metais preciosos. – Operam em bolsas de mercadorias e futuros. – Operam em câmbio. – Prestam assessoria técnica em assuntos inerentes ao mercado financeiro. • Sociedades de Fomento Comercial (Factoring): são empresas comerciais que operam por meio da compra de duplicatas, cheques e outros títulos, de forma similar ao desconto bancário. Fórmula de cálculo do Desconto Bancário Simples DBS = Vn . id . nd • Companhias Seguradoras: são consideradas no sistema financeiro porque têm a obrigação de aplicar parte de suas reservas no mercado de capitais. 24 Instituições Não Financeiras 9/23/2019 7 25 COMPOSIÇÃO DO SFN - (PROPOSTA PELO BACEN) Órgãos Normativos Entidades Supervisoras Operadores Conselho Monetário Nacional - CMN Banco Central do Brasil Bacen Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista Demais instituições financeiras Bancos de Câmbio Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros Comissão de Valores Mobiliários - CVM Bolsas de mercadorias e futuros Bolsas de valores Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP Superintendência de Seguros Privados - Susep Resseguradores Sociedades seguradoras Sociedades de capitalização Entidades abertas de previdência complementa r Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC Superintendência Nacional de Previdência Complementar PREVIC Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) 26 Títulos Públicos Negociados no Mercado Financeiro • São títulos federais, estaduais e municipais. • Os títulos federais são adquiridos no mercado primário por meio de leilões promovidos pelo BC e podem, posteriormente, ser negociados no mercado secundário para outras instituições financeiras ou não financeiras. • Exemplos: LTN (Letras do Tesouro Nacional - pré-fixado), LFT (Letras Financeiras do Tesouro - pós-fixado), NTN (Notas do Tesouro Nacional - indexado pelo IPCA). 27 INSTITUIÇÕES DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA • Grande parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário são escriturais, ou seja, não são emitidos fisicamente, exigindo maior organização em sua liquidação e transferência. • Desta maneira, todas as negociações referentes a estes valores são controladas e custodiadas por dois sistemas especiais, denominados de Selic e Cetip. SELIC • O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), criado em 14 de novembro de 1979, é umsistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional (Brasil). 9/23/2019 8 SELIC • o Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. Reforçando, todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. • Tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em parceria com a ANBIMA. AMBIMA Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais • Foi criada em outubro de 2009 como resultado da união da ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento com a ANDIMA – Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro e representa 325 associados, entre bancos comerciais, multiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. CETIP A Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados é a instituição responsável por processar, registrar guardar e liquidar os títulos financeiros privados do mercado. Parte essencial do Sistema Brasileiro de Pagamentos, a CETIP executa o papel de clearing (câmara de liquidação e custódia) do mercado brasileiro de títulos. Criada em conjunto pelas instituições financeiras do país em 1986, a CETIP é a maior câmara de ativos privados do Brasil. Também é a depositária de títulos de renda fixa priavada com maior volume da América Latina, movimentando mais de R$ 2 trilhões por ano. CETIP A finalidade da CETIP é garantir que os títulos e ativos privados sejam negociados com total confiabilidade e eficiência. Ela executa o papel de centralizador de operações, atuando para que a emissão e compra desses títulos funcione da forma mais prática e segura possível. Ao efetuar um TED para uma conta bancária, por exemplo, a operação é toda é processada pela CETIP. Com isso, se tem a garantia que o dinheiro irá de um correntista para outro com total segurança, sem que a quantia seja “perdida” no caminho. 9/23/2019 9 CETIP A CETIP é plataforma que abriga praticamente todos os ativos de renda fixa privada do mercado brasileiro. Entre os papéis e títulos que são de sua responsabilidade, estão os: CDBs; RDBs; letras hipotecárias; debêntures; swaps; TEDs; DOCs; Títulos estaduais e municipais; Créditos securitizados da União; Títulos de dívida agrícola; Certificados financeiros do tesouro. CETIP A importância de ter ativos registrados na CETIP É muito importante conferir se o título de renda fixa adquirido foi registrado na CETIP com o nome do comprador. Essa medida certifica que a operação foi mesmo efetuada, transmitindo segurança e credibilidade para os investidores. Se a instituição que emitiu o título quebrar, por exemplo, é a identificação da CETIP que assegura o ressarcimento do valor ao dono do título pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 35 Organismos Financeiros Internacionais • Fundo Monetário Internacional (FMI) • Banco Mundial • Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) • Grupo dos 20 (G-20) • Blocos Econômicos • União Européia • NAFTA • MERCOSUL • ASEAN • Pacto Andino • APEC G20 – Países Membros Argentina Australia Brazil Canada China France Germany India Indonesia Italy Japan Mexico Republic of Korea Republic of South Africa Russia Saudi Arabia Turkey United Kingdom United States of America European Union (EU) 9/23/2019 10 37 G-20 •O Grupo dos 20 foi proposto como um fórum para cooperação e consulta nas matérias pertinentes ao sistema financeiro internacional. Estuda, revisa e promove a discussão entre os principais países desenvolvidos e os emergentes. •É integrado pelos ministros de finanças e presidentes dos Bancos Centrais ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E PAÍSES CONVIDADOS Netherlands; Singapore; Spain; Vietnam; ASEAN President (Thailand); AU President (Egypt); Chile (APEC President); Senegal (NEPAD President); United Nations (UN); International Monetary Fund (IMF); World Bank; World Trade Organization (WTO); International Labour Organization (ILO); Financial Stability Board (FSB); Organization for Economic Cooperation and Development (OECD); Asian Development Bank (ADB); World Health Organization (WHO) 39 Blocos Econômicos EU - União Européia (28 países) NAFTA - North American Free Trade Agreement (Estados Unidos da América, Canadá e México) MERCOSUL - Mercado Comum do Sul (Efetivos: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela; Associados: Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname; Observadores: México e Nova Zelândia) ASEAN - Associação de Nações do Sudeste Asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia,Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã , Mianmar, Laos, Camboja) Pacto Andino - Comunidade Andina de Nações (Bolívia, Peru, Equador , Colômbia; Associados: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai; Observadores: México e Panamá. APEC - Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Austrália, Brunei Darussalam, Canadá, Chile, China, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova-Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Tailândia, Vietnã e Estados Unidos, além de Taiwan e Hong Kong [China]) Até a próxima aula!
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