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Língua Portuguesa Fase III Vanguarda Instituto de Educação 3ª FASE – ENSINO MÉDIO Língua Portuguesa COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Alaides Alves Mendieta – Pedagoga Especialista COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EAD Alaides Alves Mendieta – Pedagoga Especialista Veneranda Alice Quezada – Especialista em EaD e Tutoria Online Joilson Ventura – Geógrafo Especialista COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO Joilson Ventura – Geógrafo Especialista CAPA E DIAGRAMAÇÃO Bruno Luis Duarte Vieira Fernandes Emanuela Amaral 1 Língua Portuguesa - Fase III Caro estudante: “Ler é interpretar, é caminhar em muitas direções, é somar à nossa experiência, o sonho e as vivências de outras pessoas”. Somos companheiros nessa caminhada, portanto, nossa proposta é levar a você o conhecimento sistematizado através da analise e reflexão, o acesso ao mundo dos conhecimentos cientificamente acumulados, e ainda a construção de novos conceitos com vistas a uma melhor qualidade de vida. Enfim esta apostila foi escrita pra você que deseja aprimo- rar sua capacidade de interagir no campo profissional, com as pessoas e com o mundo em que vive. Sucesso nas atividades. UNIDADE I CONCORDÂNCIA VERBAL Concordância Verbal é o princípio gramatical que determina como o verbo deve flexionar-se (variar de forma) para se ajustar ao sujeito da oração. Regra geral O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Exemplos: O técnico escalou o time... Os técnicos escalaram os times. Casos especiais Sujeito composto a) anteposto ao verbo: verbo no plural. O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo. b) posposto ao verbo: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural. Chegou (aram) ontem o técnico e os jogadores. c) de pessoas diferentes: verbo no plural da pessoa predominante. Eu, você e os alunos iremos ao museu. e) ligado por COM: verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural. O cientista assim como o médico pesquisa(m) a causa do mal. f) ligado por NEM: verbo no plural e, às vezes, no singular. Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana. g) ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU. Valdir ou Leão será o goleiro titular. João ou Maria resolveram o problema. O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino. Sujeito constituído por: a) expressões partitivas seguidas de nome plural: verbo no singular ou plural. A maioria dos candidatos conseguiu (iram) aprovação. Mais de um jogador foi elogiado pela crônica esportiva. Cerca de dez jogadores participaram da briga. b) coletivo geral: verbo no singular. O povo escolherá seu governante em 15 de novembro. c) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de pronome: verbo no singular ou plural. Alguns de nós seremos eleitos. d) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente. Hoje sou eu que faço o discurso. e) palavra QUEM: verbo na 3ª pessoa do singular. Amanhã serão eles quem resolverá o problema. f) um dos que: verbo no singular ou plural. Foi um dos alunos desta classe que resolveu o problema. Seu filho foi um dos que chegaram tarde. g) palavras sinônimas: verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural.. A Ética ou a Moral preocupa-se com o comportamento humano. Verbo acompanhado da palavra SE a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. Exemplos: Viam-se ao longe as primeiras casas. Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida. b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular. Exemplos: Necessitava-se naqueles dias de novas ideias . Estava-se muito feliz com o resultado dos jogos. Morria-se de tédio durante o inverno. Verbos impessoais Verbos que indicam fenômenos; verbo haver indicando existência ou tempo; verbo fazer, ir, indicando tempo: ficam sempre na 3ª pessoa do singular. 2 Língua Portuguesa - Fase III Exemplos: Durante o inverno, nevava muito. Ainda havia muitos candidatos para a Universidade. Ontem fez dez anos que ela se foi. Vai para dez meses que tudo terminou. Verbo SER a) indicando tempo, distância: concorda com o predicativo. Exemplos: Hoje é dia três de outubro, pois ontem foram dois e o amanhã serão quatro. Daqui até o centro são dez quilômetros. b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso: concorda com o predicativo. Exemplos: Dez feijoadas era muito para ela. Vinte milhões era muito por aquela casa. c) com sujeito e predicativo do sujeito: concorda com o que prevalecer. Exemplos: O homem sempre foi suas ideias. Santo Antônio era a esperança da solteirona. O problema eram os móveis. Hoje, tudo são alegrias eternas. Mulheres discretas é coisa rara. A Pátria não é ninguém; somos todos nós. ALGUNS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL Concordância Nominal é o princípio de acordo com o qual toda palavra variável refere-se ao substantivo deve se flexionar para se adaptar a ele. Ex: As nossas duas amigas italianas nos visitarão em dezembro. As palavras “as”, “nossas”, ”duas” e “italianas” se referem ao substantivo amigas, por isso concordam com ele em gênero (feminino) e número (plural). 1. É bom, é necessário, é proibido. Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. Caso contrário são invariáveis. Exemplo: Vitamina C é bom para saúde. É necessária muita paciência. 2. Um e outro (num e noutro) Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural. Exemplo: Numa e noutra questões complicadas ela se confundia. 3. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado. Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem. Exemplo: Seguem anexos os acórdãos. A procuração está apensa aos autos. Os documentos estão inclusos no processo. Obrigado, disse o rapaz. Elas próprias resolveram os exercícios. Observação A expressão em anexo é invariável. Exemplo: Em anexo segue a procuração Em anexo segue o despacho. 4. Mesmo, bastante Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável. Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere. Exemplo: Os alunos mesmos resolveram o problema. Pronome Os alunos resolveram mesmo o problema. Nesse caso mesmo = realmente Advérbio Haviam bastantes razões para ela reclamar. Pronome Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto. Advérbio 3 Língua Portuguesa - Fase III 5. Menos, alerta São palavras invariáveis. Exemplo: O Amazonas é o Estado menos populoso do Brasil. Havia menos alunas na sala hoje. Os soldados estavam alerta. Observação Atualmente alerta vem sendo utilizada no plural. Exemplo: Nossos chefes estão alertas. 6. Meio Essa palavra pode ser numeral ou advérbio. a) Quando for numeral é variável e concorda com a palavra a que se refere. Exemplo: Tomou meia garrafa de champanhe. numeral Isso pesa meio quilo. b) Se for advérbio é invariável. Exemplo: A porta estava meio aberta. Advérbio Ele anda meio cabisbaixo. 7. Muito, pouco, longe, caro. Quando essas palavras funcionam como adjetivo, variam de acordo com a palavra a que se referem. Se funcionarem como advérbio são invariáveis. Exemplo: Muitos alunos compareceram à formatura. Adjetivo Os perfumes eram caros. As mensalidades escolares aumentaram muito. Advérbio Vocês moram longe. 8. Só a) Quando tem o significado de sozinho (s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural. Exemplo: Joana ficou só em casa. (sozinha) Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas) b) Ela é invariável quando significa apenas/somente. Exemplo: Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas) Eles queriam ficar só na sala. (apenas) Observação A locução adverbial a sós é invariável. REGÊNCIA Regência é a relação sintática que se estabelece entre um termo principal (termo regente) e o seu complemento (termo regido). Existem dois tipos de regência: ■ Regência Nominal – quando o termo regente é um nome. ■ Regência verbal - quando o termo regente é um verbo.(verbo) Ex: Poucos torcedores gostaram do jogo. ↓ ↓ Termo regente Termo regido REGÊNCIA VERBAL A regência verbal analisa as relações sintáticas que se estabelecem entre os verbos e seus complementos. Para esse estudo, é conveniente relembrar a classificação dos verbos quanto à transitividade. CLASSIFICA- ÇÃO CARACTERÍSTI- CAS EXEMPLO Verbo Transitivo direto (VTD) Exige objeto direto (complemento sem preposição) Nós discutimos o assunto. VTD OD Verbo Transitivo Indireto (VTI) Exige objeto indireto (complemento com preposição obrigatória) Concordamos com você. VTI OI Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) Exige dois objetos: um direto e um indireto. Entreguei o livro ao aluno. VTDI OD OI Verbo Intransitivo (VI) Não exige objeto A velha igreja desabou. VI É importante lembrar que a classificação de um verbo pode variar. 4 Língua Portuguesa - Fase III Compare: O bebê ainda não fala. Ele só fala mentiras. Quero falar com você. VI VTD VTI REGÊNCIAS DE ALGUNS VERBOS O quadro a seguir apresenta alguns verbos com seus sentidos e suas respectivas regências. VERBO SENTIDO REGÊNCIA EXEMPLO agradar Fazer carinho satisfazer VTD VTI O garoto agrada o cãozinho. O prêmio agradou ao aluno. Aspirar Respirar desejar VTD VTI Nós aspiramos um ar poluído. Quem não aspira ao sucesso. Assistir Ver/presenciar Ajudar/socorrer Caber/pertencer VTI VTD VTI Poucos assistiram ao jogo. O médio assiste os doentes. Esse direito assiste ao povo. Visar Pretender Mirar Vistar/assinar VTI VTD VTD Ele visa ao cargo de diretor. O atirador visava o alvo. O gerente não visou o cheque. REGÊNCIA DE MAIS ALGUNS VERBOS VERBO REGÊNCIA EXEMPLO Esquecer Lembrar VTI (se pronominais) VTD (se não-pronominais) Eles se esquecem de tudo. Eu me lembrei do fato. Eu lembrei o fato Informar Avisar Prevenir VTDI (“alguma coisa a alguém” ou “alguém de/sobre alguma coisa”) Informe o erro ao banco. Informe o erro do banco Avise o banco sobre o erro. Obedecer Desobedecer VTI Ele obedece ao regulamento. Desobedecia a o pai. Preferir VTI (“alguma coisa a outra”) Prefiro o futebol ao vôlei. UNIDADE II Uso da crase O emprego da crase está sujeito a duas condições: o o termo anterior deve exigir a preposição a; o o termo seguinte deve ser: palavra feminina que admita o artigo a(s), pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo. Ex.: Vou à escola. Esta bolsa é igual à que você usava. Nunca mais fui àquele cinema. 5 Língua Portuguesa - Fase III Nunca se usa crase antes de: Exemplos: Masculino Entreguei o bilhete a João. Verbo Não estava disposto a reagir. expressões formadas por palavras repetidas gota a gota, face a face. nomes de cidades sem determinação (exceção: haverá crase, se o nome da cidade vier determinado) Vou a Santos. Vou à poluída Santos. palavras no plural precedidas de a (no singular) Assisti a demonstrações de carinho. Sempre ocorre crase: Exemplos: na indicação do número de horas à uma e meia, às nove. quando há ou se pode subentender a palavra moda chapéu à gaúcha (à moda gaúcha), sopa à calabresa (à moda calabresa). nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas Às vezes choro. Acabou devido à falta de luz. Saímos à medida que recebíamos. Algumas dicas: 1) Quando quisermos saber se o lugar admite ou não crase, devemos imaginar que viemos daquele lugar. Se não aparece o artigo, não temos crase. Ex.: Vou a Paris. (Vim de Paris). Como eu vim DE Paris, e não DA Paris, não temos crase. Vou à Alemanha. (Vim da Alemanha). Como eu vim DA Alemanha, e não DE Alemanha, temos crase. 2) Se estamos na dúvida se antes da palavra feminina há ou não crase, devemos pensar em uma palavra masculina. Se aparece o artigo masculino O, na forma feminina temos crase. Se o artigo O não aparece, não temos crase. Ex.: Agradecemos à secretária pela rapidez. (Agradecemos ao secretário pela rapidez). Como na forma feminina o O aparece, na feminina temos crase. Comprei aquela TV a vista. (Comprei aquela TV a prazo). Como na forma masculina o O não aparece, não temos crase. Termos Relacionados a nomes Os termos relacionados ao nome são: - Adjunto Adnominal; - Predicativo do sujeito; - Predicativo do objeto; -Complemento Nominal; - Aposto; - Vocativo. I. Adjunto adnominal: Termo (palavra ou expressão) que se junta a um nome para especificar o sentido desse nome, atribuindo-lhe uma característica, qualidade ou modo de ser. Observe: Chuvas destruíram plantações. Essa oração, embora tenha sentido completo, não traz nenhuma informação a respeito dos nomes chuvas e plantações. Para melhor especificá-los, poderíamos acrescentar outros nomes. Por exemplo: As fortes chuvas de verão destruíram nossas plantações de milho. Os termos que se juntaram aos nomes chuvas e plantações são adjuntos adnominais. a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se refere. b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, objeto, etc.) Exemplo: As três árvores pequenas secaram. II. Predicativo do sujeito: termo que, através de um verbo de ligação, se relaciona ao sujeito, atribuindo-lhe uma qualidade, uma característica ou um estado. a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao sujeito ou ao objeto. b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de ligação (claro ou subtendido) Exemplo: Toda a cidade estava silenciosa. Elegeram José representante de turma. Eu sou um homem fechado. III. Predicativo do Objeto: Além de caracterizar o sujeito, o predicativo pode também atribuir uma característica ao objeto. Ex: O mundo me tornou egoísta e mau. As palavras egoísta e mau referem-se ao objeto me, por isso, são chamadas de predicativo do objeto. Em orações com predicativo do objeto, o verbo de ligação fica subtendido. Por isso, para identificá-lo e facilitar a análise, é conveniente desdobrar a oração. Observe: Os policiais encontraram vazia a casa. Desdobramento: Os policiais encontraram a casa (e ela estava) vazia. IV. Complemento nominal: termo que, através de preposição, se relaciona a nomes de sentido incompleto, para completar-lhes a significação. Compare: 1. Esta avenida é paralela [???] 2. Esta avenida é paralela ao rio. O sentido de 1 não está completo, porque o nome paralela tem sentido incompleto. Em 2, o sentido passou a estar completo, pois o nome paralela foi complementado pelo termo ao rio, que funciona como adjunto adnominal. 6 Língua Portuguesa - Fase III a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, advérbios) de sentido incompleto. b) Sempre com preposição (a, de, em, com, etc.). Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele. As críticas ao candidato prejudicaram sua campanha. Você agiu contrariamente aos nossos interesses. V. Aposto: termo que explica, esclarece, especifica ou resume o sentido do nome ao qual se refere. a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere. Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem. Chico Buarque, grande músico brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro, capital fluminense. VI. Vocativo: termo usado para chamar, pelo nome, apelido, ou característica, o ser (pessoa ou coisa personificada) com quem se fala. Leia o diálogo, as palavras sublinhadas são vocativos: “ - Mãe, taqui seus chocolates! - Que chocolates, meu anjo? - A senhora não sabe que, no Dia das Mães, dê chocolate pra ela? [...] - Alfredinho,o médico me proibiu de comer chocolate. - E daí? Esquece o médico. Não é Dia dos Médicos, é Dia das Mães, dia da senhora”. (Carlos Drummond de Andrade) a) Usado para “chamar” o ser com quem se fala. b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s) Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava. Principais diferenças entre complemento nominal e adjuntoadnominal O complemento nominal é sempre iniciado por uma preposição e o adjunto adnominal às vezes inicia-se por preposição. Por esse motivo, se houver dúvida, você pode usar os seguintes critérios diferenciadores: Adjunto adnominal Complemento nominal I. Só se refere a substantivos (concretos e abstratos). II. Quando o nome se refere, exprime uma ação; o adjunto adnominal é o agente dessa ação. III. Pode em certas frases indicar posse. I. Pode se referir a substantivos abstratos,adjetivos e a advérbio. II. Quando o nome a que se refere exprime uma ação, o complemento nominal é o paciente (alvo) dessa ação. III. Nunca indica posse. Exemplos: I. Ele comprou alguns livros de literatura. O termo destacado (de literatura) refere-se ao nome livros, que é um substantivo concreto. Observando o primeiro critério do quadro, conclui-se que de literatura só pode ser adjunto adnominal, uma vez que o complemento nominal só se refere a substantivos abstratos, nunca a concreto. II. Seu amigo está descontente com nossa atitude. Observe que com nossa atitude refere-se a descontente, que é um adjetivo. Portanto, o tempo com nossa amizade só pode ser complemento nominal, uma vez que o adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo. III. A ofensa do torcedor irritou o juiz. Nesse exemplo, a ofensa, é uma ação e o torcedor é o agente da ação. Portanto pelo segundo critério do quadro, do torcedor é adjunto adnominal. Você poderia chegar a essa conclusão usando também o terceiro critério do quadro (do torcedor exprime posse). Orações Subordinadas Adjetivas Observe: Meu vizinho cultiva árvores frutíferas. A palavra é destaque é um adjetivo que na frase exerce a função sintática de adjunto adnominal. Podemos trocar o adjetivo frutíferas por uma oração equivalente e, assim, transformar o período simples em período composto: Meu vizinho cultiva árvores que dão frutos. Ao substituir o adjetivo frutíferas, a oração que dão frutos passou a exercer, no período composto a função de adjunto adnominal, além de caracterizar o substantivo, equivalendo portanto, ao adjetivo; por isso denominamos essa oração de subordinada adjetiva. As orações subordinadas adjetivas sempre se referem a um substantivo ou pronome da oração principal além de sempre iniciarem por um pronome relativo (que, qual, quem, cujo, onde, quanto). São duas as orações subordinadas adjetivas: A) Restritiva : é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser isolada por vírgulas. Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura. B) Explicativa : serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas. Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem cuidada. Orações Subordinadas Adverbiais Observe: 1.As notícias do acidente chegaram de manhã. 2.As noticias do acidente chegaram quando amanhecia. Na 1ª oração, o termo de manhã, por relacionar-se ao verbo e indicar uma circunstância de tempo, exerce a função de adjunto adverbial de tempo. No segundo enunciado, temos um período composto, onde quando amanhecia é uma oração subordinada, já que funciona como termo da outra; e como exerce função de adjunto adverbial de tempo, denomina-se oração adverbial temporal. São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa 7 Língua Portuguesa - Fase III A) Causal : funciona como adjunto adverbial de causa. Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que. Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal. B) Comparativa : funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como. Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era). C) Concessiva : funciona como adjunto adverbial de concessão. Exprime um fato que poderia impedir o fato da oração principal, mas não o impede. Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova. D) Condicional : funciona como adjunto adverbial de condição. Exprime a condição necessária para a ocorrência do fato referido na oração principal. Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que. Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. E) Conformativa : funciona como adjunto adverbial de conformidade. Conjunções: como, conforme, segundo. Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. F) Consecutiva : funciona como adjunto adverbial de consequência. Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone. G) Temporal : funciona como adjunto adverbial de tempo. Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo. H) Final : funciona como adjunto adverbial de finalidade. Conjunções: a fim de que, para que, porque. Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam. I) Proporcional : funciona como adjunto adverbial de proporção. Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. À medida que o tempo passa , mais experientes ficamos. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO Orações Coordenadas Considere estes dois períodos simples: 1. À tarde, o tempoescureceu. ↓ ↓ ↓ Adj.adv. Sujeito V. Intran. 2. Uma forte chuva castigou a cidade. ↓ ↓ ↓ Sujeito VTD OD Vamos reuní-las em um só período composto: Oração 1 Oração 2 À tarde, o tempo escureceu e uma forte chuva castigou a cidade. Note que as duas orações continuam apresentando suas estruturas sintáticas originais. Elas apenas foram ordenadas de maneira a constituir um período composto no qual cada uma manteve sua independência sintática: a oração 1não funciona como termo da 2, nem a 2 funciona como termo da 1. Esse tipo de oração denomina-se oração coordenada. Oração Coordenada - Oração que, num período composto, não funciona, como termo de outra nem tem outra funcionando como termo dela. Um período constituído por duas (ou mais) orações coordenadas denomina-se composto por coordenação. Tipos de Oração Coordenada Duas orações coordenadas podem ligar-se por meio de uma conjunção ou sem ela. Dependendo desse fato, essas orações subdividem-se em sindéticas (quando apresentam conjunção) e assindéticas (quando não apresentam conjunção). No período anteriormente apresentado, temos, então:` À tarde, o tempo escureceu e uma forte chuva castigou a cidade. ↓ ↓ Oração Coordenada Assindética Oração Coordenada Sindética ANOTAÇÕES ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— 8 Língua Portuguesa - Fase III CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS Oração Coordenada Sindética Principais Conjunções Sentido no texto Exemplo Aditiva E, nem (e não), não só ... mas também Estabelece uma adição (soma) com a ideia da oração anterior Não viajei, nem estudei para o exame. Adversativa Mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante Indica uma ideia contrária (uma oposição) à da outraoração Ela se indignou com o fato, porém manteve a calma. Alternativa Ou... ou, ora... ora, quer... quer Exprime uma outra opção, uma alternância em relação ao fato da outra oração. Oriente seu irmão, ou ele terá prejuízos nos negócios. Conclusiva Logo, pois (colocada após o verbo), por isso, portanto, de modo que Indica uma conclusão lógica relativamente ao fato da outra oração Ele pediu demissão, portanto estamos sem chefe. Explicativa Que, pois (colocada antes do verbo), porque Contém uma justificativa ao que está expresso na outra oração Não fume, porque o cigarro é um veneno. UNIDADE III Escolas Literárias Pré -Modernismo O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e o movimento modernista se- guinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo. O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os “escritores contemporâneos do neo- -parnasianismo, entre 1910 e 1920”. Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de ideias, sem se fixar a nenhuma delas). Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras, mas essencialmente eram marcados por duas características comuns: Conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas; Renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período. Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esses autores não avançaram o bastante para serem considera- dos modernos. Notando-se, até, em alguns casos, resistência às novas estéticas. 9 Língua Portuguesa - Fase III Principais autores • Augusto dos Anjos • Coelho Neto • Euclides da Cunha • Graça Aranha • Lima Barreto • Monteiro Lobato • Raul de Leoni • Monteiro Lobato e sua autenticidade pré-modernista Monteiro Lobato - “um país se faz com homens grandes” Conhecer o contexto histórico referente à determinada época é fator determinante para o estudo e a compreensão das estéticas que permearam a Literatura Brasileira. O panorama social e político são fios condutores no que se refere à construção do perfil ideológico referente aos grandes artistas de uma forma geral, pois os mesmos se sentem influenciados por este “contexto” e manifestam sua visão por meio de suas obras. Tal visão pode ter um caráter tanto negativo quanto positivo, podendo funcionar como uma espécie de adesão aos moldes, ou como forma de criticá-los. Tão logo se deu a proclamação da República, o Brasil teve dois presidentes militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Este período, compreendido entre 1889 e 1894, ficou conhecido como a República da Espada, fase na qual ocorreram a Revolta da Armada e a Revolução Federalista. A partir de 1894, com a posse do presidente Prudente de Morais, iniciou-se uma nova fase no cenário brasileiro: a República Café com Leite, na qual o poder concentrava-se nas mãos dos grandes fazendeiros, mais precisamente dos cafeicultores. Desta feita, implantou-se uma enorme disparidade econômica, ou seja, enquanto o Sul e Sudeste desenvolviam de forma contundente, o Nordeste entrava em declínio em razão da crise da cana-de-açúcar. O pior de tudo isso era reconhecer que o regime chamado “republicano” em nada contribuía para mudar este patamar, pois o poder se concentrava nas mãos da elite, enquanto as demais camadas sociais ansiavam por transformações. Todo esse clima de insatisfação foi absorvido pelos artistas daquela época, e não obstante , Monteiro Lobato, através de seu livro de contos - “Urupês”, faz uma denúncia com referência a toda problemática que marcava a vida dos brasileiros, principalmente da região do Vale do Paraíba. A criação do personagem Jeca Tatu, o qual revela o protótipo do caipira brasileiro, foi alvo de críticas por pessoas influentes e médicos sanitaristas, mas para a literatura, revelava um personagem totalmente alienado à sociedade corrompida, que por falta de recursos financeiros vivia de maneira medíocre e marginalizada. As obras infantis por ele criadas sagraram-lhe como um dos melhores escritores de todos os tempos, que de forma transcendente conquistou seu público, fazendo com que suas criações se tornassem imortais. Entre elas destacam-se: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, Emília no país da Gramática, Histórias da Tia Anastácia, entre outras. MODERNISMO O Modernismo teve início em meio à fortalecida economia do café e suas oligarquias rurais. A política do “café com leite” ditava o cenário econômico, ilustrado pelo eixo São Paulo - Minas Gerais. Contudo, a industrialização chegava ao Brasil em consequência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e ocasionou o processo de urbanização e o surgimento da burguesia. O número de imigrantes europeus crescia nas zonas rurais para o cultivo do café e nas zonas urbanas na mão de obra operária Nessa época, São Paulo passava por diversas greves feitas pelos movimentos operários de fundamentação anarquista. Com a Revolução Russa, em 1917, o partido comunista foi fundado e as influências do anarquismo na sociedade ficavam cada vez menos visíveis. A sociedade paulistana estava bastante diversificada, formada por “barões do café”, comerciantes, anarquistas, comunistas, burgueses e nordestinos refugiados na capital. 10 Língua Portuguesa - Fase III O Modernismo tem seu marco inicial com a realização da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. O grupo de artistas formado por pintores, músicos e escritores pretendia trazer as influências das vanguardas europeias à cultura brasileira. Essas correntes europeias expunham na literatura as reflexões dos artistas sobre a realidade social e política vivida. Por este motivo, o movimento artístico “Semana de Arte Moderna” quis trazer a reflexão sobre a realidade brasileira sociopolítica do início do século XX. O Modernismo no Brasil A Semana de Arte Moderna (1922) é considerada o marco inicial do Modernismo brasileiro. A Semana ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, com participação de artistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O evento contou com apresentação de conferências, leitura de poemas, dança e música. O Grupo dos Cinco, integrado pelas pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti e pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, liderou o movimento que contou com a participação de dezenas de intelectuais e artistas, como Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, entre muitos outros. Os modernistas ridicularizavam o parnasianismo, movimento artístico em voga na época que cultivava uma poesia formal. Propunham uma renovação radical na linguagem e nos formatos, marcando a ruptura definitiva com a arte tradicional. Cansados da mesmice na arte brasileira e empolgados com inovações que conheceram em suas viagens à Europa, os artistas romperam as regras preestabelecidas na cultura. Na Semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, obras literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda europeia, como o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o surrealismo, misturados a temas brasileiros. Os participantes da Semana de 1922 causaram enorme polêmica na época. Sua influência sobre as artes atravessou todo o século XX e pode ser entendida até hoje. A primeira fase do Modernismo O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. a primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e ideias modernistas. Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoçãode uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira. Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a Antropofagia e a Anta. Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo. O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras. A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural. Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde- Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para o nazifascismo. Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida. O Modernismo no Brasil – 2ª fase A literatura quase sempre privilegia o romance quando quer retratar a realidade, analisando ou denunciando-a. O Brasil e o mundo viveram profundas crises nas décadas de 1930 e 40, nesse momento o romance brasileiro se destaca, pois se coloca a serviço da análise crítica da realidade. O quadro social, econômico e político que se verificava no Brasil e no mundo no início da década de 1930 – o nazifascismo, a crise da Bolsa de Nova Iorque, a crise cafeeira, o combate ao socialismo – exigia dos artistas uma nova postura diante da realidade, nova posição ideológica. Na prosa, foi evidente o interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira, com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo – Naturalismo do século XIX. O romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os problemas do trabalhador rural, a miséria, a ignorância foram ressaltados. Além do regionalismo, destacaram-se também outras temáticas, surgiu o romance urbano e psicológico, o romance poético-metafísico e a narrativa surrealista. A poesia da 2ª fase modernista percorreu um caminho de amadurecimento. No aspecto formal, o verso livre foi o melhor recurso para exprimir sensibilidade do novo tempo, se caracteriza como uma poesia de questionamento: da existência humana, do sentimento de “estar-no-mundo”, inquietação social, religiosa, filosófica e amorosa. 11 Língua Portuguesa - Fase III Dentre os muitos poetas e escritores dessa fase destacamos: Na prosa: - Graciliano Ramos - Rachel de Queiros - Jorge Amado - José Lins do Rego - Érico Veríssimo - Dionélio Machado Na poesia - Carlos Drummond de Andrade - Murilo Mendes - Jorge de Lima - Cecília Meireles - Vinícius de Morais. Oswald de Andrade e a era Modernista Fazendo parte do Modernismo brasileiro, está José Oswald Nogueira de Andrade, nascido em São Paulo e filho de uma rica família, frequentou a Escola Modelo Caetano de Campos, o Ginásio Nossa Senhora do Carmo e o Colégio de São Bento, o qual se formou em humanidades em 1908, ano em que conheceu o poeta Guilherme de Almeida. Em 1922, ano em que eclodiu a Semana de Arte Moderna, estreou com o romance “Os Condenados”, época também em que se casou com Tarsila do Amaral, sua aliada na fundação do Movimento Antropofágico, um dos manifestos da era modernista que consistia na ideia de “deglutir” toda literatura que não fosse autenticamente brasileira. Seu segundo romance foi Memórias Sentimentais de João Miramar, estruturado em 163 episódios e construído em forma de flashes, com uma técnica de composição cinematográfica, mesclando poesia, prosa, cartas, diários, trechos de crônicas jornalísticas. Esta técnica era inovadora para a época. Sua obra foi a única que englobou todas as características modernistas, pois ele conseguiu com sua arte, transgredir, polemizar, quebrar parâmetros preestabelecidos por outros movimentos literários. Foi autor também de poesias, peças teatrais e crítico literário. Dentre o seu espírito inovador, estava a capacidade de transformar textos da época colonial em poemas críticos e irônicos, justamente para denunciar o repúdio aos portugueses, como forma de negação ao passado, retratando desta forma o lado “social” que se encontrava o país daquela época. Podemos notar que o autor utiliza dos recursos gramaticais para denunciar uma situação social, na qual a desigualdade social já se fazia presente naquela época- “Eu empobreço de repente, Tu enriquece por minha causa”. Como fator determinante também está a questão da linguagem coloquial, traço característico do período moderno, bem como o predomínio de versos livres. Sinais de pontuação Muitas pessoas não dão o devido valor à acentuação, acham que não há problemas em se esquecer uma vírgula, um ponto final ou um parênteses ou simplesmente ignoram os sinais. No entanto, uma vírgula ou um ponto pode mudar todo o sentido de uma única oração. Observe: Eu ir lá claro que não. Agora veja: Eu, ir lá? Claro que não! Como se pode observar na última oração acima, a acen- tuação acompanha nossa fala, nossa entonação. Dessa forma, fica possível perceber as pausas feitas pelo falante, a fim de de- monstrar com clareza o que e como quer dizer algo. Por exem- plo: você dá parabéns a uma pessoa dessa forma: Parabéns. Desejo felicidades. , com o uso de ponto final na entonação, igual um robô? Creio que não, pois queremos transmitir alegria nas felici- tações, e o mais certo nessa ocasião é abusar do sinal gráfico que representa esse sentimento de euforia: o ponto de exclama- ção (!). Assim: Parabéns! Muitas felicidades! Fica bem melhor, não é? Logo, a acentuação faz parte da nossa linguagem falada e escrita, e é imprescindível saber como usá-la corretamente! Nesta seção você vai ficar sabendo como e quando usar cada um dos sinais de pontuação: vírgula, ponto-final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, ponto e vírgula, dois- -pontos, aspas, reticências, parênteses e travessão. É só clicar! Aspas Usam-se aspas: a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos. Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “ba- tendo carteira” o tempo todo, mas não há providências. Por favor, antes de sair, faça um “backup”! b) Ele mora lá nos “cafundó do Judas” c) Antes ou depois de citações. (*) 12 Língua Portuguesa - Fase III Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: “Esse aumento representa beneficiar mais de 45 mi- lhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas”. d) “É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre co- mércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser”, disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém. e) * textos retirados ou baseadas em reportagens da Fo- lha Online. f) Para assinalar palavras ou expressões irônicas. Exemplos: Eles se comportaram “super” bem. Sim, porque são uns “anjinhos”.Dois-pontos Os dois-pontos são usados: Em enumerações Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva? Antes de uma citação Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.” Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzshie disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”. Quando se quer esclarecer algo Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília. Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas) Exemplo: Querida amiga: (ou ,) Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...) Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante, etc. Exemplos: a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula. b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo? Ponto e vírgula O ponto e vírgula não tem função nem de ponto final e nem de vírgula, mas é um intermediário entre eles. Ou seja, não há pausa total, nem breve, mas uma moderação entre as duas. É usado: Para separar itens em uma enumeração (comuns em leis): Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei. Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais: a) as locações: 1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas; 2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos; 3. de espaços destinados à publicidade Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já possuam vírgula: “Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga) Pode vir ainda substituindo a vírgula, a fim de se ter uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, todavia): 1. Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter boas amizades. 2. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda. Pontos Ponto-Final (.) Empregamos o ponto-final quando pretendemos encerrar uma frase declarativa 1. Não quero saber de conversa. 2. Estou esperando você e nem ao menos sei o porquê. Também para finalizar frases imperativas 1. Pegue esse papel para mim 2. Vamos acordar mais cedo. E nas abreviaturas: 1. Sr. (Senhor), num. (numeral), obs. (observação), Av. (Avenida), pág. (página), Lab. (laboratório), Med (Medicina), Mat. (Matemática), Port. (Português), etc Ponto de exclamação (!) Se apontarmos o significado de exclamar, saberemos quando utilizar o ponto de exclamação. Veja: exclamar é o ato de pronunciar em voz alta; bradar, clamar; gritar 13 Língua Portuguesa - Fase III Então, de acordo com a significação acima, é fácil identificar o uso do ponto de exclamação: está nas frases que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, susto. E, portanto, está: Nas frases exclamativas: 1. Isso é muito interessante! 2. Não podemos continuar assim! Após imperativos 1. Deixe-me 2. Vá embora! Depois das interjeições: 1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza! Após locuções interjetivas 1. Minha nossa! Que bom! Que pena! Sei demais! Ponto de interrogação (?) Assim como o ponto de exclamação, o de interrogação também se caracteriza pelo nome. Afinal, o que é interrogar? É o ato de perguntar, questionar. Logo, sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação. Observe: 1. Você não quer jantar? 2. Por que o país não enxerga os miseráveis? 3. Não vou não, por quê? Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação para indicar um questionamento unido à admiração ou surpresa: 1. Eu?! Tem certeza? 2. - Quem vai ao supermercado para a mamãe? - Eu vou! - Você, Maria?! Muito bom! Travessão Usamos o travessão nos seguintes casos: 1. Iniciar a fala de uma personagem: Exemplo: A menina enfim disse: - Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje! 2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo: - Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde - Farei o mesmo. 3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula: a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã. b) Luiz Inácio – presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição! Uso da Vírgula Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim: 1. Não se usa vírgula: Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si: a) entre sujeito e predicado. Todos os alunos da sala foram advertidos. Sujeito predicado b) entre o verbo e seus objetos. O trabalho custou sacrifício aos realizadores. V.T.D.I. O.D. O.I. Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal. 2. Usa-se a vírgula: Para marcar intercalação: a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- dância, vem caindo de preço. b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão pro- duzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. Para marcar inversão: a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): De- pois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pes- quisadores, não lhes destinaram verba alguma. c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo: 14 Língua Portuguesa - Fase III Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. Usa-se a vírgula para isolar: - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. Acordo Ortográfico Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2015. Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal. No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além disso, há um prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança! Para tanto, o Brasil Escola apoiará as novas regras e irá promover a atualização dos textos para que os internautas possam se sentir mais confortados e ambientados com esse novo jeito de escrever algumas palavras! A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar www.academia. org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as repostas sejam enviadas, já que cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia. Visite esta seção e tire todas as suasdúvidas de maneira rápida e objetiva, proporcionada por uma linguagem simples e prazerosa. Fique sabendo de todas as mudanças ortográficas significativas para o Brasil! É só clicar e informar-se! Veja abaixo tabela, com as mudanças na prática. Alfabeto Nova Regra Regra Antiga Como Será O alfabeto é agora formado por 26 letras O ‘k’, ‘w’ e ‘y’ não eram consideradas letras do nosso alfabeto. Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano Trema Nova Regra Regra Antiga Como Será Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça. Acentuação Nova Regra Regra Antiga Como Será Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico 15 Língua Portuguesa - Fase III obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. obs2: o acento no ditongo aberto ‘eu’ continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. Nova Regra Regra Antiga Como Será O hiato ‘oo’ não é mais acentuado enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo O hiato ‘ee’ não é mais acentuado crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem Nova Regra Regra Antiga Como Será Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo) , pêra (substantivo) , péra (substantivo) , pólo (substantivo) para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo) , pera (substantivo) , pera (substantivo) , polo (substantivo) Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo ‘poder’ (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - ‘pôde’) e no verbo ‘pôr’ para diferenciar da preposição ‘por’ Nova Regra Regra Antiga Como Será Não se acentua mais a letra ‘u’ nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de ‘g’ ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui) argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique Não se acentua mais ‘i’ e ‘u’ tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume Hífen Nova Regra Regra Antiga Como Será O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por ‘r’ ou ‘s’, sendo que essas devem ser dobradas ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentaçã o, auto- sugestão, contra-senso, contra-regra, contra- senha, extra-regimento, extra-sístole, extra- seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentaçã o, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível obs: em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper- requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc. 16 Língua Portuguesa - Fase III Nova Regra Regra Antiga Como Será O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal auto-afirmação, auto-ajuda, auto- aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra- indicação,contra-ordem, extra-escolar, extra- oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra- uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra- ocular, ultra-elevado autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicaçã o, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado. Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc. Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por ‘h’: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc. Nova Regra Regra Antiga Como Será Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. antiibérico, antiinflamató rio, antiinflacioná rio, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico anti-ibérico, anti-inflamató rio, anti-inflacioná rio, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui- irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen obs2: uma exceção é o prefixo ‘co’. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal ‘o’, NÃO utliza-se hífen. Nova Regra Regra Antiga Como Será Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára- vento mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque, paravento Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgiã o, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem- te-vi etc. 17 Língua Portuguesa - Fase III Observações Gerais O uso do hífen permanece Exemplos Em palavras formadas por prefixos ‘ex’, ‘vice’, ‘soto’ ex-marido, vice-presidente, soto-mestre Em palavras formadas por prefixos ‘circum’ e ‘pan’ + palavras iniciadas em vogal, M ou N pan-americano, circum-navegaçã o Em palavras formadas com prefixos ‘pré’, ‘pró’ e ‘pós’ + palavras que tem significado próprio pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação Em palavras formadas pelas palavras ‘além’, ‘aquém’, ‘recém’, ‘sem’ além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto Não existe mais hífen Exemplos Exceções Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais) cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.portalescolar.net/2011/03/periodos-da-literatura-simbolismo.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_liter%C3%A1r http://www.portalescolar.net/2011/03/periodos-da-literatura-simbolismo.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_liter%C3%A1riashttp://cafecomsucralose.blogspot.com/2010/07/denuncia-social.html http://www.slideshare.net/larose/variao-lingustica http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura http://www.brasilescola.com/literatura/para-que-serve-a-literatura.htm http://contaqueeureconto.blogspot.com/2011/04/para-que-serve-literatura.html http://www.sempretops.com/wp-content/uploads/Imagem_livro_1.jpg http://literaturaprender.blogspot.com/2011/04/generos-literarios.html http://momentotiquatira.blogspot.com/2010/03/figuras-de-linguagem.html http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php http://centraldamorfologia.blogspot.com/2010/11/interjeicao_20.html http://aulasdeportuguesalfredoaveline.blogspot.com/2010/06/importancia-de-escrever-corretamente.html http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php http://www.reformaortografica.net/tag/acordo-ortografico/ 18 Língua Portuguesa - Fase III ANOTAÇÕES ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— 19 Língua Portuguesa - Fase III ANOTAÇÕES ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— 20 Língua Portuguesa - Fase III ANOTAÇÕES ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— 21 Língua Portuguesa - Fase III ANOTAÇÕES ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— 22 Língua Portuguesa - Fase III ANOTAÇÕES ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ————————————————————————————————————————————————————
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