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Língua Portuguesa III(2)

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Língua Portuguesa 
Fase III
Vanguarda Instituto 
de Educação
3ª FASE – ENSINO MÉDIO
Língua Portuguesa
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Alaides Alves Mendieta – Pedagoga Especialista
COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EAD
Alaides Alves Mendieta – Pedagoga Especialista
Veneranda Alice Quezada – Especialista em EaD e Tutoria Online
Joilson Ventura – Geógrafo Especialista
COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO
Joilson Ventura – Geógrafo Especialista
CAPA E DIAGRAMAÇÃO
Bruno Luis Duarte Vieira Fernandes
Emanuela Amaral
1
Língua Portuguesa - Fase III
Caro estudante:
“Ler é interpretar, é caminhar em muitas direções, é somar 
à nossa experiência, o sonho e as vivências de outras pessoas”.
Somos companheiros nessa caminhada, portanto, nossa 
proposta é levar a você o conhecimento sistematizado através 
da analise e reflexão, o acesso ao mundo dos conhecimentos 
cientificamente acumulados, e ainda a construção de novos 
conceitos com vistas a uma melhor qualidade de vida.
Enfim esta apostila foi escrita pra você que deseja aprimo-
rar sua capacidade de interagir no campo profissional, com as 
pessoas e com o mundo em que vive.
Sucesso nas atividades.
UNIDADE I
CONCORDÂNCIA VERBAL
Concordância Verbal é o princípio gramatical que 
determina como o verbo deve flexionar-se (variar de forma) 
para se ajustar ao sujeito da oração. 
Regra geral
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
Exemplos:
O técnico escalou o time...
Os técnicos escalaram os times.
Casos especiais
Sujeito composto
a) anteposto ao verbo: verbo no plural.
O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo.
b) posposto ao verbo: verbo concorda com o mais próximo 
ou fica no plural.
Chegou (aram) ontem o técnico e os jogadores.
c) de pessoas diferentes: verbo no plural da pessoa 
predominante.
Eu, você e os alunos iremos ao museu.
e) ligado por COM: verbo concorda com o antecedente do 
COM ou vai para o plural.
O cientista assim como o médico pesquisa(m) a causa do 
mal.
f) ligado por NEM: verbo no plural e, às vezes, no singular.
Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana.
g) ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo 
do valor do OU.
Valdir ou Leão será o goleiro titular.
João ou Maria resolveram o problema.
O policial ou os policiais prenderam o perigoso assassino.
Sujeito constituído por:
a) expressões partitivas seguidas de nome plural: verbo 
no singular ou plural.
A maioria dos candidatos conseguiu (iram) aprovação.
Mais de um jogador foi elogiado pela crônica esportiva.
Cerca de dez jogadores participaram da briga.
b) coletivo geral: verbo no singular.
O povo escolherá seu governante em 15 de novembro.
c) pronomes (indefinidos ou interrogativos) seguidos de 
pronome: verbo no singular ou plural.
Alguns de nós seremos eleitos.
d) palavra QUE: verbo concorda com o antecedente.
Hoje sou eu que faço o discurso.
e) palavra QUEM: verbo na 3ª pessoa do singular.
Amanhã serão eles quem resolverá o problema.
f) um dos que: verbo no singular ou plural.
Foi um dos alunos desta classe que resolveu o problema.
Seu filho foi um dos que chegaram tarde.
g) palavras sinônimas: verbo concorda com o mais 
próximo ou fica no plural..
A Ética ou a Moral preocupa-se com o comportamento 
humano.
Verbo acompanhado da palavra SE
a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o 
sujeito paciente.
Exemplos:
Viam-se ao longe as primeiras casas.
Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida.
b) SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo 
sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Necessitava-se naqueles dias de novas ideias .
Estava-se muito feliz com o resultado dos jogos.
Morria-se de tédio durante o inverno.
Verbos impessoais
Verbos que indicam fenômenos; verbo haver indicando 
existência ou tempo; verbo fazer, ir, indicando tempo: ficam 
sempre na 3ª pessoa do singular.
2
Língua Portuguesa - Fase III
Exemplos:
Durante o inverno, nevava muito.
Ainda havia muitos candidatos para a Universidade.
Ontem fez dez anos que ela se foi.
Vai para dez meses que tudo terminou.
Verbo SER
a) indicando tempo, distância: concorda com o predicativo.
Exemplos:
Hoje é dia três de outubro, pois ontem foram dois e o 
amanhã serão quatro.
Daqui até o centro são dez quilômetros.
b) com sujeito que indica quantidade e predicativo que 
indica suficiência, excesso: concorda com o predicativo. 
Exemplos:
Dez feijoadas era muito para ela.
Vinte milhões era muito por aquela casa. 
c) com sujeito e predicativo do sujeito: concorda com o 
que prevalecer.
Exemplos:
O homem sempre foi suas ideias.
Santo Antônio era a esperança da solteirona.
O problema eram os móveis.
Hoje, tudo são alegrias eternas.
Mulheres discretas é coisa rara.
A Pátria não é ninguém; somos todos nós.
ALGUNS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 
Concordância Nominal é o princípio de acordo com 
o qual toda palavra variável refere-se ao substantivo deve se 
flexionar para se adaptar a ele. 
Ex: As nossas duas amigas italianas nos visitarão em 
dezembro. 
As palavras “as”, “nossas”, ”duas” e “italianas” se referem 
ao substantivo amigas, por isso concordam com ele em gênero 
(feminino) e número (plural). 
1. É bom, é necessário, é proibido. 
Essas expressões concordam obrigatoriamente com o 
substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. 
Caso contrário são invariáveis. 
Exemplo: Vitamina C é bom para saúde. 
É necessária muita paciência. 
2. Um e outro (num e noutro) 
Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai 
para o plural. 
Exemplo: Numa e noutra questões complicadas ela se 
confundia. 
3. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado.
Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que 
se referem. 
Exemplo: Seguem anexos os acórdãos. 
A procuração está apensa aos autos. 
Os documentos estão inclusos no processo. 
Obrigado, disse o rapaz. 
Elas próprias resolveram os exercícios. 
Observação 
A expressão em anexo é invariável. 
Exemplo: Em anexo segue a procuração 
Em anexo segue o despacho. 
4. Mesmo, bastante 
Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for 
advérbio permanece invariável. Quando é pronome concorda 
com a palavra a que se refere. 
Exemplo: Os alunos mesmos resolveram o problema. 
Pronome 
Os alunos resolveram mesmo o problema. Nesse caso 
mesmo = realmente 
Advérbio 
Haviam bastantes razões para ela reclamar. 
Pronome 
Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto. 
Advérbio 
3
Língua Portuguesa - Fase III
5. Menos, alerta 
São palavras invariáveis. 
Exemplo: O Amazonas é o Estado menos populoso do 
Brasil. 
Havia menos alunas na sala hoje. 
Os soldados estavam alerta. 
Observação 
Atualmente alerta vem sendo utilizada no plural. 
Exemplo: Nossos chefes estão alertas. 
6. Meio 
Essa palavra pode ser numeral ou advérbio. 
a) Quando for numeral é variável e concorda com a palavra 
a que se refere. 
Exemplo: Tomou meia garrafa de champanhe. 
numeral 
Isso pesa meio quilo. 
b) Se for advérbio é invariável. 
Exemplo: A porta estava meio aberta. 
Advérbio 
Ele anda meio cabisbaixo. 
7. Muito, pouco, longe, caro. 
Quando essas palavras funcionam como adjetivo, variam 
de acordo com a palavra a que se referem. Se funcionarem 
como advérbio são invariáveis. 
Exemplo: Muitos alunos compareceram à formatura. 
Adjetivo 
Os perfumes eram caros. 
As mensalidades escolares aumentaram muito.
Advérbio 
Vocês moram longe.
8. Só
a) Quando tem o significado de sozinho (s) ou sozinha(s) 
essa palavra vai para o plural. 
Exemplo: Joana ficou só em casa. (sozinha) 
Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas) 
b) Ela é invariável quando significa apenas/somente. 
Exemplo: Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas) 
Eles queriam ficar só na sala. (apenas) 
Observação 
A locução adverbial a sós é invariável. 
REGÊNCIA 
Regência é a relação sintática que se estabelece entre um 
termo principal (termo regente) e o seu complemento (termo 
regido). 
Existem dois tipos de regência: 
■ Regência Nominal – quando o termo regente é um nome. 
■ Regência verbal - quando o termo regente é um verbo.(verbo) Ex: Poucos torcedores gostaram do jogo. 
 ↓ ↓ 
 Termo regente Termo regido 
REGÊNCIA VERBAL 
A regência verbal analisa as relações sintáticas que se 
estabelecem entre os verbos e seus complementos. Para esse 
estudo, é conveniente relembrar a classificação dos verbos 
quanto à transitividade. 
CLASSIFICA-
ÇÃO 
CARACTERÍSTI-
CAS EXEMPLO 
Verbo Transitivo 
direto (VTD) 
Exige objeto direto 
(complemento sem 
preposição) 
Nós discutimos 
o assunto. 
VTD OD 
Verbo Transitivo 
Indireto (VTI) 
Exige objeto indireto 
(complemento com 
preposição obrigatória) 
Concordamos 
com você.
VTI OI 
Verbo Transitivo 
Direto e Indireto 
(VTDI) 
Exige dois objetos: um 
direto e um indireto. 
Entreguei o 
livro ao aluno. 
VTDI OD OI 
Verbo Intransitivo 
(VI) Não exige objeto 
A velha igreja 
desabou. 
VI 
É importante lembrar que a classificação de um verbo pode 
variar. 
4
Língua Portuguesa - Fase III
Compare: 
O bebê ainda não fala. Ele só fala mentiras. Quero falar com você. 
 VI VTD VTI
REGÊNCIAS DE ALGUNS VERBOS 
O quadro a seguir apresenta alguns verbos com seus sentidos e suas respectivas regências. 
VERBO SENTIDO REGÊNCIA EXEMPLO 
agradar Fazer carinho satisfazer 
VTD 
VTI 
O garoto agrada o cãozinho. 
O prêmio agradou ao aluno. 
Aspirar Respirar desejar 
VTD 
VTI 
Nós aspiramos um ar poluído. 
Quem não aspira ao sucesso. 
Assistir 
Ver/presenciar 
Ajudar/socorrer 
Caber/pertencer 
VTI 
VTD 
VTI 
Poucos assistiram ao jogo. 
O médio assiste os doentes. 
Esse direito assiste ao povo. 
Visar 
Pretender 
Mirar 
Vistar/assinar 
VTI 
VTD 
VTD 
Ele visa ao cargo de diretor. 
O atirador visava o alvo. 
O gerente não visou o cheque. 
 
REGÊNCIA DE MAIS ALGUNS VERBOS 
VERBO REGÊNCIA EXEMPLO 
Esquecer 
Lembrar 
VTI (se pronominais) 
VTD (se não-pronominais) 
Eles se esquecem de tudo. 
Eu me lembrei do fato. 
Eu lembrei o fato 
Informar 
Avisar 
Prevenir 
VTDI (“alguma coisa a alguém” ou 
“alguém de/sobre alguma coisa”) 
Informe o erro ao banco. 
Informe o erro do banco 
Avise o banco sobre o erro. 
Obedecer 
Desobedecer VTI 
Ele obedece ao regulamento. 
Desobedecia a o pai. 
Preferir VTI (“alguma coisa a outra”) Prefiro o futebol ao vôlei. 
 
UNIDADE II
Uso da crase
O emprego da crase está sujeito a duas condições: 
o o termo anterior deve exigir a preposição a; 
o o termo seguinte deve ser: 
	 palavra feminina que admita o artigo a(s), 
	 pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo. 
Ex.: Vou à escola. Esta bolsa é igual à que você usava. Nunca mais fui àquele cinema.
5
Língua Portuguesa - Fase III
Nunca se usa crase antes de: Exemplos:
Masculino Entreguei o bilhete a João.
Verbo Não estava disposto a reagir.
expressões formadas por 
palavras repetidas gota a gota, face a face.
nomes de cidades sem 
determinação 
(exceção: haverá crase, 
se o nome da cidade vier 
determinado)
Vou a Santos. 
Vou à poluída Santos.
palavras no plural precedidas 
de a (no singular)
Assisti a demonstrações 
de carinho.
Sempre ocorre crase: Exemplos:
na indicação do número de 
horas à uma e meia, às nove.
quando há ou se pode 
subentender a palavra moda
chapéu à gaúcha (à moda 
gaúcha), 
sopa à calabresa (à moda 
calabresa).
nas locuções adverbiais, 
prepositivas e conjuntivas
Às vezes choro. Acabou 
devido à falta de luz. 
Saímos à medida que 
recebíamos.
Algumas dicas:
1) Quando quisermos saber se o lugar admite ou não crase, 
devemos imaginar que viemos daquele lugar. Se não aparece o 
artigo, não temos crase.
Ex.: Vou a Paris. (Vim de Paris). Como eu vim DE Paris, e 
não DA Paris, não temos crase.
Vou à Alemanha. (Vim da Alemanha). Como eu vim DA 
Alemanha, e não DE Alemanha, temos crase.
2) Se estamos na dúvida se antes da palavra feminina há 
ou não crase, devemos pensar em uma palavra masculina. Se 
aparece o artigo masculino O, na forma feminina temos crase. 
Se o artigo O não aparece, não temos crase.
Ex.: Agradecemos à secretária pela rapidez. (Agradecemos 
ao secretário pela rapidez). Como na forma feminina o O 
aparece, na feminina temos crase.
Comprei aquela TV a vista. (Comprei aquela TV a prazo). 
Como na forma masculina o O não aparece, não temos crase.
Termos Relacionados a nomes
Os termos relacionados ao nome são:
- Adjunto Adnominal;
- Predicativo do sujeito;
- Predicativo do objeto;
-Complemento Nominal;
- Aposto;
- Vocativo.
I. Adjunto adnominal: Termo (palavra ou expressão) que 
se junta a um nome para especificar o sentido desse nome, 
atribuindo-lhe uma característica, qualidade ou modo de ser.
Observe:
Chuvas destruíram plantações.
Essa oração, embora tenha sentido completo, não traz 
nenhuma informação a respeito dos nomes chuvas e plantações. 
Para melhor especificá-los, poderíamos acrescentar outros 
nomes. Por exemplo:
As fortes chuvas de verão destruíram nossas plantações de 
milho.
Os termos que se juntaram aos nomes chuvas e plantações 
são adjuntos adnominais.
a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se 
refere.
b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, 
objeto, etc.)
Exemplo: As três árvores pequenas secaram. 
II. Predicativo do sujeito: termo que, através de um 
verbo de ligação, se relaciona ao sujeito, atribuindo-lhe uma 
qualidade, uma característica ou um estado.
a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao 
sujeito ou ao objeto.
b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de 
ligação (claro ou subtendido)
Exemplo:
Toda a cidade estava silenciosa.
Elegeram José representante de turma.
Eu sou um homem fechado.
III. Predicativo do Objeto:
Além de caracterizar o sujeito, o predicativo pode também 
atribuir uma característica ao objeto. 
Ex: O mundo me tornou egoísta e mau.
As palavras egoísta e mau referem-se ao objeto me, por 
isso, são chamadas de predicativo do objeto.
Em orações com predicativo do objeto, o verbo de ligação 
fica subtendido. Por isso, para identificá-lo e facilitar a análise, 
é conveniente desdobrar a oração. Observe:
Os policiais encontraram vazia a casa.
Desdobramento: 
Os policiais encontraram a casa (e ela estava) vazia.
IV. Complemento nominal: termo que, através de 
preposição, se relaciona a nomes de sentido incompleto, para 
completar-lhes a significação.
Compare:
1. Esta avenida é paralela [???]
2. Esta avenida é paralela ao rio.
O sentido de 1 não está completo, porque o nome paralela 
tem sentido incompleto. Em 2, o sentido passou a estar 
completo, pois o nome paralela foi complementado pelo termo 
ao rio, que funciona como adjunto adnominal.
6
Língua Portuguesa - Fase III
a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, 
advérbios) de sentido incompleto.
b) Sempre com preposição (a, de, em, com, etc.).
Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele. 
As críticas ao candidato prejudicaram sua campanha.
Você agiu contrariamente aos nossos interesses.
V. Aposto: termo que explica, esclarece, especifica ou 
resume o sentido do nome ao qual se refere.
a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome 
a que se refere.
Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.
Chico Buarque, grande músico brasileiro, nasceu no Rio de 
Janeiro, capital fluminense.
VI. Vocativo: termo usado para chamar, pelo nome, 
apelido, ou característica, o ser (pessoa ou coisa personificada) 
com quem se fala.
Leia o diálogo, as palavras sublinhadas são vocativos:
“ - Mãe, taqui seus chocolates!
- Que chocolates, meu anjo?
- A senhora não sabe que, no Dia das Mães, dê chocolate 
pra ela? [...]
- Alfredinho,o médico me proibiu de comer chocolate.
- E daí? Esquece o médico. Não é Dia dos Médicos, é Dia 
das Mães, dia da senhora”. (Carlos Drummond de Andrade)
a) Usado para “chamar” o ser com quem se fala.
b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)
Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a 
encontrava.
Principais diferenças entre complemento nominal e adjuntoadnominal
O complemento nominal é sempre iniciado por uma 
preposição e o adjunto adnominal às vezes inicia-se por 
preposição. Por esse motivo, se houver dúvida, você pode usar 
os seguintes critérios diferenciadores: 
Adjunto adnominal Complemento nominal
I. Só se refere a substantivos 
(concretos e abstratos). 
II. Quando o nome se refere, 
exprime uma ação; o adjunto 
adnominal é o agente dessa 
ação. 
III. Pode em certas frases 
indicar posse.
I. Pode se referir 
a substantivos 
abstratos,adjetivos e a 
advérbio. 
II. Quando o nome a que se 
refere exprime uma ação, o 
complemento nominal é o 
paciente (alvo) dessa ação. 
III. Nunca indica posse.
Exemplos: 
I. Ele comprou alguns livros de literatura.
O termo destacado (de literatura) refere-se ao nome livros, 
que é um substantivo concreto. Observando o primeiro critério 
do quadro, conclui-se que de literatura só pode ser adjunto 
adnominal, uma vez que o complemento nominal só se refere a 
substantivos abstratos, nunca a concreto. 
II. Seu amigo está descontente com nossa atitude.
Observe que com nossa atitude refere-se a descontente, que 
é um adjetivo. Portanto, o tempo com nossa amizade só pode 
ser complemento nominal, uma vez que o adjunto adnominal 
nunca se refere a adjetivo. 
III. A ofensa do torcedor irritou o juiz.
Nesse exemplo, a ofensa, é uma ação e o torcedor é o 
agente da ação. Portanto pelo segundo critério do quadro, do 
torcedor é adjunto adnominal. Você poderia chegar a essa 
conclusão usando também o terceiro critério do quadro (do 
torcedor exprime posse).
Orações Subordinadas Adjetivas 
Observe: 
Meu vizinho cultiva árvores frutíferas. 
A palavra é destaque é um adjetivo que na frase exerce a 
função sintática de adjunto adnominal. 
Podemos trocar o adjetivo frutíferas por uma oração 
equivalente e, assim, transformar o período simples em período 
composto: 
Meu vizinho cultiva árvores que dão frutos. 
Ao substituir o adjetivo frutíferas, a oração que dão frutos 
passou a exercer, no período composto a função de adjunto 
adnominal, além de caracterizar o substantivo, equivalendo 
portanto, ao adjetivo; por isso denominamos essa oração de 
subordinada adjetiva.
As orações subordinadas adjetivas sempre se referem a um 
substantivo ou pronome da oração principal além de sempre 
iniciarem por um pronome relativo (que, qual, quem, cujo, 
onde, quanto). São duas as orações subordinadas adjetivas: 
A) Restritiva : é aquela que limita, restringe o sentido do 
substantivo ou pronome a que se refere. A restritiva funciona 
como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não 
pode ser isolada por vírgulas. 
Ex. A garota com quem simpatizei está à sua procura. 
B) Explicativa : serve para esclarecer melhor o sentido 
de um substantivo, explicando mais detalhadamente uma 
característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona 
como aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas. 
Ex. Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do 
país, está muito bem cuidada. 
Orações Subordinadas Adverbiais 
Observe: 
1.As notícias do acidente chegaram de manhã. 
2.As noticias do acidente chegaram quando amanhecia. 
Na 1ª oração, o termo de manhã, por relacionar-se ao 
verbo e indicar uma circunstância de tempo, exerce a função de 
adjunto adverbial de tempo. 
No segundo enunciado, temos um período composto, onde 
quando amanhecia é uma oração subordinada, já que funciona 
como termo da outra; e como exerce função de adjunto 
adverbial de tempo, denomina-se oração adverbial temporal. 
São nove as orações subordinadas adverbiais, que são 
iniciadas por uma conjunção subordinativa 
7
Língua Portuguesa - Fase III
A) Causal : funciona como adjunto adverbial de causa. 
Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez 
que, como, que. 
Ex. Saímos rapidamente, visto que estava armando um 
tremendo temporal.
B) Comparativa : funciona como adjunto adverbial de 
comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido 
Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, 
como. 
Ex. Diocresildo era mais esforçado que o irmão(era). 
C) Concessiva : funciona como adjunto adverbial de 
concessão. Exprime um fato que poderia impedir o fato da 
oração principal, mas não o impede. 
Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, 
apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, 
em que pese. 
Ex. Todos se retiraram, apesar de não terem terminado 
a prova. 
D) Condicional : funciona como adjunto adverbial de 
condição. Exprime a condição necessária para a ocorrência do 
fato referido na oração principal. 
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto 
que. 
Ex. Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. 
E) Conformativa : funciona como adjunto adverbial de 
conformidade. 
Conjunções: como, conforme, segundo. 
Ex. Construímos nossa casa, conforme as especificações 
dadas pela Prefeitura. 
F) Consecutiva : funciona como adjunto adverbial de 
consequência. 
Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. 
Ex. Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.
G) Temporal : funciona como adjunto adverbial de tempo. 
Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, 
desde que, logo que, mal. 
Ex. Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo. 
H) Final : funciona como adjunto adverbial de finalidade. 
Conjunções: a fim de que, para que, porque. 
Ex. Ele não precisa do microfone, para que todos o 
ouçam. 
I) Proporcional : funciona como adjunto adverbial de 
proporção. 
Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais. 
À medida que o tempo passa , mais experientes ficamos. 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
Orações Coordenadas 
Considere estes dois períodos simples: 
1. À tarde, o tempoescureceu. 
 ↓ ↓ ↓ 
Adj.adv. Sujeito V. Intran. 
2. Uma forte chuva castigou a cidade. 
 ↓ ↓ ↓ 
 Sujeito VTD OD 
Vamos reuní-las em um só período composto: 
 Oração 1 Oração 2 
À tarde, o tempo escureceu e uma forte chuva castigou a 
cidade. 
Note que as duas orações continuam apresentando suas 
estruturas sintáticas originais. Elas apenas foram ordenadas de 
maneira a constituir um período composto no qual cada uma 
manteve sua independência sintática: a oração 1não funciona 
como termo da 2, nem a 2 funciona como termo da 1. Esse tipo 
de oração denomina-se oração coordenada.
Oração Coordenada - Oração que, num período composto, 
não funciona, como termo de outra nem tem outra funcionando 
como termo dela. 
Um período constituído por duas (ou mais) orações 
coordenadas denomina-se composto por coordenação.
Tipos de Oração Coordenada 
Duas orações coordenadas podem ligar-se por meio de uma 
conjunção ou sem ela. Dependendo desse fato, essas orações 
subdividem-se em sindéticas (quando apresentam conjunção) 
e assindéticas (quando não apresentam conjunção). 
No período anteriormente apresentado, temos, então:` 
À tarde, o tempo escureceu e uma forte chuva castigou a 
cidade.
 ↓ ↓ 
Oração Coordenada Assindética Oração Coordenada 
Sindética 
 ANOTAÇÕES
—————————————————————————
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8
Língua Portuguesa - Fase III
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
Oração 
Coordenada 
Sindética 
Principais Conjunções Sentido no texto Exemplo 
Aditiva E, nem (e não), não só ... mas também 
Estabelece uma adição 
(soma) com a ideia da 
oração anterior 
Não viajei, nem estudei para 
o exame.
Adversativa 
Mas, porém, todavia, 
contudo, no entanto, 
entretanto, não obstante 
Indica uma ideia 
contrária (uma 
oposição) à da outraoração 
Ela se indignou com o fato, 
porém manteve a calma.
Alternativa Ou... ou, ora... ora, quer... quer 
Exprime uma outra 
opção, uma alternância 
em relação ao fato da 
outra oração. 
Oriente seu irmão, ou ele terá 
prejuízos nos negócios.
Conclusiva 
Logo, pois (colocada após 
o verbo), por isso, portanto, 
de modo que 
Indica uma conclusão 
lógica relativamente ao 
fato da outra oração 
Ele pediu demissão, portanto 
estamos sem chefe.
Explicativa Que, pois (colocada antes do verbo), porque 
Contém uma 
justificativa ao que 
está expresso na outra 
oração 
Não fume, porque o cigarro é 
um veneno.
UNIDADE III
Escolas Literárias
Pré -Modernismo
O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e o movimento modernista se-
guinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo.
O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os “escritores contemporâneos do neo-
-parnasianismo, entre 1910 e 1920”. Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de ideias, sem se fixar a 
nenhuma delas).
Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a 
forte individualidade de suas obras, mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:
Conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas; 
Renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período. 
Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esses autores não avançaram o bastante para serem considera-
dos modernos. Notando-se, até, em alguns casos, resistência às novas estéticas.
9
Língua Portuguesa - Fase III
Principais autores 
•	 Augusto dos Anjos
•	 Coelho Neto
•	 Euclides da Cunha
•	 Graça Aranha
•	 Lima Barreto
•	 Monteiro Lobato
•	 Raul de Leoni
•	
Monteiro Lobato e sua autenticidade pré-modernista
Monteiro Lobato - “um país se faz com homens 
grandes”
Conhecer o contexto histórico referente à determinada 
época é fator determinante para o estudo e a compreensão das 
estéticas que permearam a Literatura Brasileira. 
O panorama social e político são fios condutores no 
que se refere à construção do perfil ideológico referente aos 
grandes artistas de uma forma geral, pois os mesmos se sentem 
influenciados por este “contexto” e manifestam sua visão por 
meio de suas obras. 
Tal visão pode ter um caráter tanto negativo quanto 
positivo, podendo funcionar como uma espécie de adesão aos 
moldes, ou como forma de criticá-los. 
Tão logo se deu a proclamação da República, o Brasil 
teve dois presidentes militares: Deodoro da Fonseca e Floriano 
Peixoto. Este período, compreendido entre 1889 e 1894, ficou 
conhecido como a República da Espada, fase na qual ocorreram 
a Revolta da Armada e a Revolução Federalista. 
A partir de 1894, com a posse do presidente Prudente 
de Morais, iniciou-se uma nova fase no cenário brasileiro: a 
República Café com Leite, na qual o poder concentrava-se 
nas mãos dos grandes fazendeiros, mais precisamente dos 
cafeicultores. 
Desta feita, implantou-se uma enorme disparidade 
econômica, ou seja, enquanto o Sul e Sudeste desenvolviam de 
forma contundente, o Nordeste entrava em declínio em razão 
da crise da cana-de-açúcar. 
O pior de tudo isso era reconhecer que o regime chamado 
“republicano” em nada contribuía para mudar este patamar, 
pois o poder se concentrava nas mãos da elite, enquanto as 
demais camadas sociais ansiavam por transformações. 
Todo esse clima de insatisfação foi absorvido pelos artistas 
daquela época, e não obstante , Monteiro Lobato, através de seu 
livro de contos - “Urupês”, faz uma denúncia com referência 
a toda problemática que marcava a vida dos brasileiros, 
principalmente da região do Vale do Paraíba. 
A criação do personagem Jeca Tatu, o qual revela o 
protótipo do caipira brasileiro, foi alvo de críticas por pessoas 
influentes e médicos sanitaristas, mas para a literatura, revelava 
um personagem totalmente alienado à sociedade corrompida, 
que por falta de recursos financeiros vivia de maneira medíocre 
e marginalizada. 
As obras infantis por ele criadas sagraram-lhe como um 
dos melhores escritores de todos os tempos, que de forma 
transcendente conquistou seu público, fazendo com que suas 
criações se tornassem imortais. Entre elas destacam-se: O 
Sítio do Pica-Pau Amarelo, Emília no país da Gramática, 
Histórias da Tia Anastácia, entre outras. 
MODERNISMO
O Modernismo teve início em meio à fortalecida economia 
do café e suas oligarquias rurais. A política do “café com leite” 
ditava o cenário econômico, ilustrado pelo eixo São Paulo - 
Minas Gerais. Contudo, a industrialização chegava ao Brasil 
em consequência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) 
e ocasionou o processo de urbanização e o surgimento da 
burguesia.
O número de imigrantes europeus crescia nas zonas rurais 
para o cultivo do café e nas zonas urbanas na mão de obra 
operária
Nessa época, São Paulo passava por diversas greves feitas 
pelos movimentos operários de fundamentação anarquista.
Com a Revolução Russa, em 1917, o partido comunista foi 
fundado e as influências do anarquismo na sociedade ficavam 
cada vez menos visíveis. A sociedade paulistana estava bastante 
diversificada, formada por “barões do café”, comerciantes, 
anarquistas, comunistas, burgueses e nordestinos refugiados na 
capital.
10
Língua Portuguesa - Fase III
O Modernismo tem seu marco inicial com a realização 
da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, no Teatro 
Municipal de São Paulo. O grupo de artistas formado por 
pintores, músicos e escritores pretendia trazer as influências 
das vanguardas europeias à cultura brasileira. Essas correntes 
europeias expunham na literatura as reflexões dos artistas 
sobre a realidade social e política vivida. Por este motivo, o 
movimento artístico “Semana de Arte Moderna” quis trazer a 
reflexão sobre a realidade brasileira sociopolítica do início do 
século XX.
O Modernismo no Brasil
A Semana de Arte Moderna (1922) é considerada o marco 
inicial do Modernismo brasileiro.
A Semana ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no 
Teatro Municipal de São Paulo, com participação de artistas 
de São Paulo e do Rio de Janeiro. O evento contou com 
apresentação de conferências, leitura de poemas, dança e 
música. O Grupo dos Cinco, integrado pelas pintoras Tarsila do 
Amaral e Anita Malfatti e pelos escritores Mário de Andrade, 
Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, liderou o movimento 
que contou com a participação de dezenas de intelectuais e 
artistas, como Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha, 
Guilherme de Almeida, entre muitos outros.
Os modernistas ridicularizavam o parnasianismo, 
movimento artístico em voga na época que cultivava uma poesia 
formal. Propunham uma renovação radical na linguagem e nos 
formatos, marcando a ruptura definitiva com a arte tradicional. 
Cansados da mesmice na arte brasileira e empolgados com 
inovações que conheceram em suas viagens à Europa, os 
artistas romperam as regras preestabelecidas na cultura.
Na Semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, 
obras literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda 
europeia, como o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o 
surrealismo, misturados a temas brasileiros.
Os participantes da Semana de 1922 causaram enorme 
polêmica na época. Sua influência sobre as artes atravessou 
todo o século XX e pode ser entendida até hoje.
A primeira fase do Modernismo
O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: 
a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. a 
primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação 
do movimento renovador e pela divulgação de obras e ideias 
modernistas.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam 
estas propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases 
nacionais; promoçãode uma revisão crítica de nosso passado 
histórico e de nossas tradições culturais; eliminação definitiva 
do nosso complexo de colonizados, apegados a valores 
estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a 
visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos 
ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação 
profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas 
formas de expressão
Entre os fatos mais importantes, destacam-se a publicação 
da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo 
de divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro 
movimentos culturais: o Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo, a 
Antropofagia e a Anta.
Esses movimentos representavam duas tendências 
ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o 
nacionalismo.
O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma poesia 
primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso 
passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das 
riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras.
A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos dos 
índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para 
lhes extrair força, Oswald propõe a devoração simbólica da 
cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa 
identidade cultural.
Em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-
Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com 
evidente inclinação para o nazifascismo.
Dentre os muitos escritores que fizeram parte da primeira 
geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário 
de Andrade, Manuel Bandeira, Alcântara Machado, Menotti 
del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de 
Almeida.
O Modernismo no Brasil – 2ª fase
A literatura quase sempre privilegia o romance quando 
quer retratar a realidade, analisando ou denunciando-a.
O Brasil e o mundo viveram profundas crises nas décadas 
de 1930 e 40, nesse momento o romance brasileiro se destaca, 
pois se coloca a serviço da análise crítica da realidade.
O quadro social, econômico e político que se verificava no 
Brasil e no mundo no início da década de 1930 – o nazifascismo, 
a crise da Bolsa de Nova Iorque, a crise cafeeira, o combate 
ao socialismo – exigia dos artistas uma nova postura diante da 
realidade, nova posição ideológica.
Na prosa, foi evidente o interesse por temas nacionais, uma 
linguagem mais brasileira, com um enfoque mais direto dos 
fatos marcados pelo Realismo – Naturalismo do século XIX.
O romance focou o regionalismo, principalmente o 
nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os 
problemas do trabalhador rural, a miséria, a ignorância foram 
ressaltados.
Além do regionalismo, destacaram-se também outras 
temáticas, surgiu o romance urbano e psicológico, o romance 
poético-metafísico e a narrativa surrealista.
A poesia da 2ª fase modernista percorreu um caminho 
de amadurecimento. No aspecto formal, o verso livre foi o 
melhor recurso para exprimir sensibilidade do novo tempo, se 
caracteriza como uma poesia de questionamento: da existência 
humana, do sentimento de “estar-no-mundo”, inquietação 
social, religiosa, filosófica e amorosa.
11
Língua Portuguesa - Fase III
Dentre os muitos poetas e escritores dessa fase destacamos:
Na prosa:
- Graciliano Ramos
- Rachel de Queiros
- Jorge Amado
- José Lins do Rego
- Érico Veríssimo
- Dionélio Machado
Na poesia
- Carlos Drummond de Andrade
- Murilo Mendes
- Jorge de Lima
- Cecília Meireles
- Vinícius de Morais. 
Oswald de Andrade e a era Modernista
Fazendo parte do Modernismo brasileiro, está José Oswald 
Nogueira de Andrade, nascido em São Paulo e filho de uma 
rica família, frequentou a Escola Modelo Caetano de Campos, 
o Ginásio Nossa Senhora do Carmo e o Colégio de São Bento, 
o qual se formou em humanidades em 1908, ano em que 
conheceu o poeta Guilherme de Almeida.
Em 1922, ano em que eclodiu a Semana de Arte Moderna, 
estreou com o romance “Os Condenados”, época também em 
que se casou com Tarsila do Amaral, sua aliada na fundação 
do Movimento Antropofágico, um dos manifestos da era 
modernista que consistia na ideia de “deglutir” toda literatura 
que não fosse autenticamente brasileira.
Seu segundo romance foi Memórias Sentimentais de João 
Miramar, estruturado em 163 episódios e construído em forma 
de flashes, com uma técnica de composição cinematográfica, 
mesclando poesia, prosa, cartas, diários, trechos de crônicas 
jornalísticas. Esta técnica era inovadora para a época.
Sua obra foi a única que englobou todas as características 
modernistas, pois ele conseguiu com sua arte, transgredir, 
polemizar, quebrar parâmetros preestabelecidos por outros 
movimentos literários. Foi autor também de poesias, peças 
teatrais e crítico literário.
Dentre o seu espírito inovador, estava a capacidade de 
transformar textos da época colonial em poemas críticos e 
irônicos, justamente para denunciar o repúdio aos portugueses, 
como forma de negação ao passado, retratando desta forma o 
lado “social” que se encontrava o país daquela época. 
Podemos notar que o autor utiliza dos recursos gramaticais 
para denunciar uma situação social, na qual a desigualdade 
social já se fazia presente naquela época- “Eu empobreço de 
repente, Tu enriquece por minha causa”.
Como fator determinante também está a questão da 
linguagem coloquial, traço característico do período moderno, 
bem como o predomínio de versos livres.
Sinais de pontuação
Muitas pessoas não dão o devido valor à acentuação, acham 
que não há problemas em se esquecer uma vírgula, um ponto 
final ou um parênteses ou simplesmente ignoram os sinais.
No entanto, uma vírgula ou um ponto pode mudar todo o 
sentido de uma única oração. Observe: Eu ir lá claro que não.
Agora veja: Eu, ir lá? Claro que não!
Como se pode observar na última oração acima, a acen-
tuação acompanha nossa fala, nossa entonação. Dessa forma, 
fica possível perceber as pausas feitas pelo falante, a fim de de-
monstrar com clareza o que e como quer dizer algo. Por exem-
plo: você dá parabéns a uma pessoa dessa forma: Parabéns. 
Desejo felicidades. , com o uso de ponto final na entonação, 
igual um robô?
Creio que não, pois queremos transmitir alegria nas felici-
tações, e o mais certo nessa ocasião é abusar do sinal gráfico 
que representa esse sentimento de euforia: o ponto de exclama-
ção (!). Assim: Parabéns! Muitas felicidades! Fica bem melhor, 
não é?
Logo, a acentuação faz parte da nossa linguagem falada 
e escrita, e é imprescindível saber como usá-la corretamente!
Nesta seção você vai ficar sabendo como e quando usar 
cada um dos sinais de pontuação: vírgula, ponto-final, ponto 
de interrogação, ponto de exclamação, ponto e vírgula, dois-
-pontos, aspas, reticências, parênteses e travessão. É só clicar!
Aspas
Usam-se aspas: 
a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, 
neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos. 
Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “ba-
tendo carteira” o tempo todo, mas não há providências. 
Por favor, antes de sair, faça um “backup”!
b) Ele mora lá nos “cafundó do Judas”
c) Antes ou depois de citações. (*) 
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Língua Portuguesa - Fase III
Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho 
disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para 
R$ 460,00: “Esse aumento representa beneficiar mais de 45 mi-
lhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas”.
d) “É importante que os países ricos não esqueçam nunca 
que foram eles que inventaram essa história de que o comércio 
poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, 
que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre co-
mércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de 
ser”, disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém. 
e) * textos retirados ou baseadas em reportagens da Fo-
lha Online. 
f) Para assinalar palavras ou expressões irônicas. 
Exemplos: Eles se comportaram “super” bem. 
Sim, porque são uns “anjinhos”.Dois-pontos
Os dois-pontos são usados: 
Em enumerações 
Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma 
sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma 
luva? 
Antes de uma citação 
Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio 
disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.” 
Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, 
Nietzshie disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não 
tenha sido acompanhada por uma gargalhada”. 
Quando se quer esclarecer algo 
Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga 
no TRT de Brasília.
Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi 
recompensado por isso
No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou 
vírgulas) 
Exemplo: Querida amiga: (ou ,) 
Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te 
contar. (...) 
Após as palavras: exemplo, observação, nota, 
importante, etc. 
Exemplos: 
a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra 
ponto-e-vírgula. 
b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar 
surpresa: Mesmo?
Ponto e vírgula
O ponto e vírgula não tem função nem de ponto final e 
nem de vírgula, mas é um intermediário entre eles. Ou seja, 
não há pausa total, nem breve, mas uma moderação entre 
as duas.
É usado:
Para separar itens em uma enumeração (comuns em leis):
Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo 
disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código 
Civil e pelas leis especiais:
a) as locações:
1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos 
Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;
2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para 
estacionamento de veículos;
3. de espaços destinados à publicidade
Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já 
possuam vírgula:
“Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que 
alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se 
reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um 
pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem 
Braga)
Pode vir ainda substituindo a vírgula, a fim de se ter 
uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das 
conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, 
todavia):
1. Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter 
boas amizades.
2. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar 
ainda.
Pontos
Ponto-Final (.)
Empregamos o ponto-final quando pretendemos 
encerrar uma frase declarativa
1. Não quero saber de conversa.
2. Estou esperando você e nem ao menos sei o porquê.
Também para finalizar frases imperativas
1. Pegue esse papel para mim
2. Vamos acordar mais cedo.
E nas abreviaturas:
1. Sr. (Senhor), num. (numeral), obs. (observação), Av. 
(Avenida), pág. (página), Lab. (laboratório), Med
 (Medicina), Mat. (Matemática), Port. (Português), etc
Ponto de exclamação (!)
Se apontarmos o significado de exclamar, saberemos 
quando utilizar o ponto de exclamação. Veja: exclamar é o 
ato de pronunciar em voz alta; bradar, clamar; gritar
13
Língua Portuguesa - Fase III
Então, de acordo com a significação acima, é fácil 
identificar o uso do ponto de exclamação: está nas frases 
que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, 
susto. E, portanto, está:
Nas frases exclamativas:
1. Isso é muito interessante!
2. Não podemos continuar assim!
Após imperativos
1. Deixe-me
2. Vá embora!
Depois das interjeições:
1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza!
Após locuções interjetivas
1. Minha nossa! Que bom! Que pena! Sei demais!
Ponto de interrogação (?)
Assim como o ponto de exclamação, o de interrogação 
também se caracteriza pelo nome. Afinal, o que é interrogar? 
É o ato de perguntar, questionar.
Logo, sempre quando há uma indagação, um 
questionamento, há um ponto de interrogação. Observe:
1. Você não quer jantar?
2. Por que o país não enxerga os miseráveis?
3. Não vou não, por quê?
Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação 
para indicar um questionamento unido à admiração ou 
surpresa:
1. Eu?! Tem certeza?
2. - Quem vai ao supermercado para a mamãe?
- Eu vou!
- Você, Maria?! Muito bom!
Travessão
Usamos o travessão nos seguintes casos:
1. Iniciar a fala de uma personagem:
Exemplo: A menina enfim disse:
- Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar 
nosso melhor hoje!
2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:
- Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde
- Farei o mesmo.
3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto 
ou em substituição à vírgula:
a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava 
deixando o hotel esta manhã.
b) Luiz Inácio – presidente da república – não pode se 
candidatar para uma nova eleição!
Uso da Vírgula
Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem 
na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do 
verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou 
intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. 
Assim:
1. Não se usa vírgula:
Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista 
sintático, ligam-se diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos. 
 Sujeito predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. 
 V.T.D.I. O.D. O.I.
Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto 
adnominal.
2. Usa-se a vírgula:
Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun-
dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão pro-
duzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias 
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem 
abrir mão dos lucros altos.
Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): De-
pois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pes-
quisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio 
de 1982.
Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados 
(dispostos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:
14
Língua Portuguesa - Fase III
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
Usa-se a vírgula para isolar:
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.
- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.
Acordo Ortográfico
Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil 
e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas 
que se finaliza em 31 de dezembro de 2015.
Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua 
oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além disso, há um 
prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança!
Para tanto, o Brasil Escola apoiará as novas regras e irá promover a atualização dos textos para que os internautas possam se 
sentir mais confortados e ambientados com esse novo jeito de escrever algumas palavras!
A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar www.academia.
org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as repostas sejam enviadas, já que 
cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia. 
Visite esta seção e tire todas as suasdúvidas de maneira rápida e objetiva, proporcionada por uma linguagem simples e prazerosa. 
Fique sabendo de todas as mudanças ortográficas significativas para o Brasil! É só clicar e informar-se!
Veja abaixo tabela, com as mudanças na prática.
Alfabeto
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O alfabeto é agora formado por 26 
letras
O ‘k’, ‘w’ e ‘y’ não eram consideradas letras 
do nosso alfabeto.
Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, 
nomes próprios, palavras estrangeiras e 
seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, 
byroniano
 
Trema
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não existe mais o trema em língua 
portuguesa. Apenas em casos de nomes 
próprios e seus derivados, por exemplo: 
Müller, mülleriano
agüentar, conseqüência, cinqüenta, 
qüinqüênio, frqüência, freqüente, 
eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, 
pingüim, tranqüilo, lingüiça
aguentar, consequência, cinquenta, 
quinquênio, frequência, frequente, 
eloquência, eloquente, arguição, delinquir, 
pinguim, tranquilo, linguiça.
 
Acentuação
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Ditongos abertos (ei, oi) não são mais 
acentuados em palavras paroxítonas
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, 
panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, 
jibóia, apóio, heróico, paranóico
assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, 
panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, 
jiboia, apoio, heroico, paranoico
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Língua Portuguesa - Fase III
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.
obs2: o acento no ditongo aberto ‘eu’ continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hiato ‘oo’ não é mais acentuado enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, 
abençoo, povoo
O hiato ‘ee’ não é mais acentuado crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
creem, deem, leem, veem, descreem, releem, 
reveem
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não existe mais o acento diferencial em 
palavras homógrafas
pára (verbo), péla (substantivo e verbo), 
pêlo (substantivo) , pêra (substantivo) , péra 
(substantivo) , pólo (substantivo)
para (verbo), pela (substantivo e verbo), 
pelo (substantivo) , pera (substantivo) , pera 
(substantivo) , polo (substantivo)
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo ‘poder’ (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - ‘pôde’) e no verbo 
‘pôr’ para diferenciar da preposição ‘por’
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não se acentua mais a letra ‘u’ nas 
formas verbais rizotônicas, quando 
precedido de ‘g’ ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou 
‘i’ (gue, que, gui, qui)
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, 
enxagúemos, obliqúe
argui, apazigue,averigue, enxague, 
ensaguemos, oblique
Não se acentua mais ‘i’ e ‘u’ tônicos 
em paroxítonas quando precedidos de 
ditongo
baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, 
feiúme
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, 
feiume
 
Hífen
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hífen não é mais utilizado em 
palavras formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) terminados em vogal + 
palavras iniciadas por ‘r’ ou ‘s’, sendo 
que essas devem ser dobradas
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, 
anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, 
arqui-rivalidae, auto-regulamentaçã o, auto-
sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-
senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-
seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, 
semi-sintético, supra-renal, supra-sensível
antessala, antessacristia, autorretrato, 
antissocial, antirrugas, arquirromântico, 
arquirrivalidade, autorregulamentaçã o, 
contrassenha, extrarregimento, extrassístole, 
extrasseco, infrassom, inrarrenal, 
ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, 
suprassensível
obs: em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-
requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.
 
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Língua Portuguesa - Fase III
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hífen não é mais utilizado em 
palavras formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) terminados em vogal + 
palavras iniciadas por outra vogal
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-
aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, 
auto-instrução, contra-exemplo, contra-
indicação,contra-ordem, extra-escolar, extra-
oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-
uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, 
semi-aberto, semi-árido, semi-automático, 
semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-
ocular, ultra-elevado
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, 
autoescola, autoestrada, autoinstrução, 
contraexemplo, contraindicaçã o, 
contraordem, extraescolar, extraoficial, 
infraestrutura, intraocular, intrauterino, 
neoexpressionista, neoimperialista, 
semiaberto, semiautomático, semiárido, 
semiembriagado, semiobscuridade, 
supraocular, ultraelevado.
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por ‘h’: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo 
etc.
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Agora utiliza-se hífen quando a palavra 
é formada por um prefixo (ou falso 
prefixo) terminado em vogal + palavra 
iniciada pela mesma vogal.
antiibérico, antiinflamató rio, antiinflacioná 
rio, antiimperialista, arquiinimigo, 
arquiirmandade, microondas, microônibus, 
microorgânico
anti-ibérico, anti-inflamató rio, anti-inflacioná 
rio, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-
irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, 
micro-orgânico
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem 
hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo ‘co’. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal ‘o’, NÃO utliza-se hífen.
 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não usamos mais hífen em compostos 
que, pelo uso, perdeu-se a noção de 
composição
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, 
pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-
vento
mandachuva, paraquedas, paraquedista, 
paralama, parabrisa, pára-choque, paravento
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e 
semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, 
médico-cirurgiã o, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-
te-vi etc.
 
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Língua Portuguesa - Fase III
Observações Gerais
O uso do hífen permanece Exemplos
Em palavras formadas por prefixos 
‘ex’, ‘vice’, ‘soto’ ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
Em palavras formadas por prefixos 
‘circum’ e ‘pan’ + palavras iniciadas 
em vogal, M ou N
pan-americano, circum-navegaçã o
Em palavras formadas com prefixos 
‘pré’, ‘pró’ e ‘pós’ + palavras que tem 
significado próprio
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas palavras 
‘além’, ‘aquém’, ‘recém’, ‘sem’
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, 
sem-teto
 
Não existe mais hífen Exemplos Exceções
Em locuções de qualquer tipo 
(substantivas, adjetivas, pronominais, 
verbais, adverbiais, prepositivas ou 
conjuncionais)
cão de guarda, fim de semana, café com 
leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de 
visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, 
acerca de etc.
água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, 
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, 
à queima-roupa
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.portalescolar.net/2011/03/periodos-da-literatura-simbolismo.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_liter%C3%A1r http://www.portalescolar.net/2011/03/periodos-da-literatura-simbolismo.html
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http://www.slideshare.net/larose/variao-lingustica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura
http://www.brasilescola.com/literatura/para-que-serve-a-literatura.htm
http://contaqueeureconto.blogspot.com/2011/04/para-que-serve-literatura.html
http://www.sempretops.com/wp-content/uploads/Imagem_livro_1.jpg
http://literaturaprender.blogspot.com/2011/04/generos-literarios.html
http://momentotiquatira.blogspot.com/2010/03/figuras-de-linguagem.html
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php
http://centraldamorfologia.blogspot.com/2010/11/interjeicao_20.html
http://aulasdeportuguesalfredoaveline.blogspot.com/2010/06/importancia-de-escrever-corretamente.html
http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php
http://www.reformaortografica.net/tag/acordo-ortografico/
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