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Refluxo Estima-se que 20% da população em geral sofra continuamente de refluxo – quando o esfíncter entre o estômago e o esôfago se abre e o ácido sobe – e que 40% terão os sintomas pelo menos uma vez na vida. O problema, ao contrário do que muitos pensam, não é que seu organismo esteja produzindo ácido em excesso, mas o oposto. O refluxo é a inabilidade do seu corpo em produzir ácido clorídrico para digerir os alimentos e manter o equilíbrio do seu trato digestivo. Na grande maioria dos casos, o refluxo está associado à presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori (mais conhecida como H. pylori), presente no estômago de milhões de pessoas em todo o mundo, que se não for tratada pode levar à gastrite ou até mesmo ao câncer no estômago. As paredes internas do estômago contam com uma espécie de barreira natural que faz com que o ácido gástrico não as atinja, nem as destrua. O que a H. pylori faz é destruir essa barreira natural, deixando as paredes do estômago expostas ao ácido gástrico. Soluções naturais para o refluxo MINHAS RECOMENDAÇÕES NATURAIS PARA O REFLUXO Antes de mais nada, é fundamental que você diagnostique e trate suas alergias alimentares. Se você for a alérgico a algum alimento (como leite de vaca, trigo, ovo, soja e peixes ou frutos do mar), é bem capaz que esta seja a causa do refluxo que você vem apresentando. Verifique a possibilidade da alergia com o nutrólogo ou nutricionista de sua confiança. Evite os industrializados em geral; Os alimentos processados contém elementos com alto potencial inflamatório, que podem levar a um desequilíbrio do sistema digestivo e facilitam a contaminação pela bactéria H. pylori. Evite o álcool, o leite, o glúten, a cafeína, o açúcar e as bebidas gasosas; Essas substâncias podem fazer o esfíncter entre o esôfago e o estômago relaxar, e com isso, o suco gástrico pode acabar voltando do estômago para o esôfago. Evite o consumo de líquidos durante as refeições; Se ingerimos líquido enquanto estamos fazendo nossas principais refeições, o suco gástrico fica diluído. Isso dificulta o processo digestivo, podendo ocasionar problemas como indigestão e refluxo, além da deficiência na absorção de nutrientes. O que você deve evitar: Evite deitar-se logo após as refeições; Esta pode ser a receita perfeita para o refluxo. De acordo com um estudo publicado pelo Clinical Gastroenterology and Hepatology, um cochilo logo após o almoço, por exemplo, pode aumentar significativamente as chances de refluxo. Aguarde pelo menos entre 2 e 3 horas após uma refeição para se deitar (e evite comer após as 19 horas). Evite o tabagismo; O tabagismo também pode lavar a uma redução do tônus do esfíncter esofagiano inferior, o mesmo que se encontra no limite entre o esôfago e estômago, e consequentemente predispõe à doença do refluxo. Ter ácido clorídrico suficiente no estômago é fundamental para uma boa digestão e para a saúde imunológica. Sem ele, o alimento é mal digerido, ocorre uma falha de assimilação e, com isso, deixamos de absorver as vitaminas e minerais. Assim que começamos a comer, o estômago é estimulado a produzir o ácido clorídrico, que ativa as células do estômago responsáveis por secretar uma enzima digestora de proteínas. Sem o ácido clorídrico em níveis adequados, esse processo não acontece. O ácido estomacal aumenta gradualmente durante uma refeição. Quando a quantidade de ácido do estômago é elevada – o que normalmente leva de 20 a 30 minutos após a ingestão – ajuda a matar bactérias, parasitas, vírus que entram com os alimentos, a digestão de carboidratos é reduzida e a digestão de proteínas começa. Há muitas consequências negativas quando a produção de HCL não é adequada. A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO ESTOMACAL: COMO ESTIMULAR SUA PRODUÇÃO NATURALMENTE: Sal de qualidade (Sal marinho ou sal do Himalaia) Além de fornecer o cloreto necessário para que você fabrique o ácido clorídrico, o sal ainda contém mais de 84 sais minerais necessários para que o seu corpo tenha um desempenho bioquímico adequado. Vinagre de maça orgânico O uso de vinagre de maçã com acidez de até 4% é um remédio natural muito eficaz para tratar o refluxo. Para isso, você pode tomar 1 colher das de sopa diluída em 1 copo de água, 3 vezes ao dia, antes das refeições. Ácido clorídrico Outra opção é atacar direto na fonte. Você pode tomar um suplemento de ácido clorídrico em gotas, diluído em um copo de água antes das três principais refeições. Uma dica interessante: tome a quantidade de gotas suficiente para te dar uma leve sensação de queimação e depois subtraia uma gota da dosagem que for usar dali em diante. Isto ajudará seu corpo a digerir melhor a comida e também auxiliará no extermínio do H. pylori e na normalização dos seus sintomas. SUPLEMENTAÇÃO PARA COMBATER O H. PYLORI: Vitamina D Sempre ela. Uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Virology concluiu que níveis adequados de vitamina D são o melhor e mais efetivo regulador do sistema imunológico das pessoas. A suplementação, portanto, fortalece as defesas do organismo e torna mais brandas quaisquer possibilidades de infecções por agentes patológicos. Para manter níveis adequados da substância, recomendo a suplementação de entre 7 e 10 mil UI (Unidades Internacionais) por dia. Goma da aroeira (Goma mastic) Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, no final da década de 90, revelou que a goma de aroeira (ou Goma Mastic), tem fortes implicações associadas com o tratamento da H. pylori, mesmo quando ingerida em baixas quantidades. De nome científico “Pistachia lenticus”, ela tem efeito regenerador e cicatrizante e pode ser ingerida em cápsulas de 1 grama (2 cápsulas antes de dormir). L-Carnosina + Zinco Associada ao zinco, a L-Carnosina (combinação de aminoácidos presente no corpo humano) tem efeito cicatrizante e podem inibir a resposta inflamatória da bactéria Helicobacter pylori. Minha recomendação é que você manipule 17 mg de zinco com 58 mg de L-Carnosina e divida em duas tomadas, antes do almoço e antes do jantar Astaxantina As evidências mostram que a astaxantina pode ter um efeito antimicrobiano contra o H. pylori. Além disso, em trabalho publicado na revista Phytomedicine em 2008 demonstrou que doses elevadas de astaxantina mostraram reduzir os sintomas de refluxo esofágico. Para esses casos, a dose recomendada é de 40 mg por dia. Gengibre Você pode optar pelo bicarbonato como um antiácido caso esteja em meio a uma crise de dor. crise dolorosa: 1 Colher das de chá/meio copo d’água. Antiácido. Para isso, dissolva 1 colher das de chá e meio copo de água e beba enquanto durar a efervescência. Bicarbonato de sódio Você pode optar pelo bicarbonato como um antiácido caso esteja em meio a uma crise de dor. crise dolorosa: 1 Colher das de chá/meio copo d’água. Antiácido. Para isso, dissolva 1 colher das de chá e meio copo de água e beba enquanto durar a efervescência. COMO DORMIR Para quem sofre de refluxo, é recomendado elevar a altura da cabeça no colchão colocando tijolos embaixo dos pés frontais da cama. Não é indicado o uso de mais travesseiros para este fim, já que podem gerar problemas na coluna. Se não puder fazer isso, deite-se de lado, de preferência virado para o lado esquerdo. Essa posição evita que o refluxo, caso aconteça, seja direcionado o esôfago. Garanta uma noite tranquila de sono. 2 1 Eleve a altura da cabeça no colchão colocando algum peso (tijolos, por exemplo) embaixo dos pés frontais da cama. Se não puder fazer isso, deite-se de lado, de preferência virado para o lado esquerdo, para evitar que o refluxo, caso aconteça, seja direcionado o esôfago. 1 2 Tratamento: encontre o realmente eficaz Geralmente, quem tem diagnóstico de problema gástrico queixa-se que, quando a abordagem terapêutica clássica termina, em pouco tempo, os incômodos tendem a voltar por ação da H.pylori. Isso não significa, portanto, que não adianta tratar. Como é o tratamento clássico? »um poderoso antibiótico; » inibidores de bombas de prótons, os famosos “prazóis”. Os antibióticos vão acabar não só com as bactérias H. pylori, mas vão destruir também os micro- organismos benéficos que ainda existem ali, que, quando em quantidade adequada, contribuem para um funcionamento pleno dos sistemas. Já os inibidores de bombas de prótons, os “prazóis”, reduzem a produção natural do suco gástrico, diminuindo a acidez do estômago e promovendo, consequentemente, a alcalinização do ambiente. Ou seja, o tratamento clássico por si só cria um ambiente incrivelmente favorável para a H. pylori continuar a se fixar na mucosa estomacal. Por isso, ela parece não sarar e, comumente, é relatado que ela “vai e volta”. Para acabar de vez com o deslocamento da H. pylori do piloro para o estômago, é preciso associar aos medicamentos mudanças de causas, condutas que contribuam para a acidificação do estômago. Tintura vegetal de alecrim: São preparações manipuladas que precisam de prescrição médica para serem comercializadas. Converse com o seu médico ou nutricionista, portanto, sobre essa possibilidade. Fique atento, também, às contraindicações do alecrim. Gestantes, por exemplo, não devem consumi-lo. Cloridrato de Betaína: Este composto orgânico é um excelente recurso para estimular a produção de ácido clorídrico e, portanto, também ajuda na absorção de vitamina B12, cálcio e ferro. O cloridrato de betaína está presente em alimentos como: »Quinua; »Beterraba cozida; »Amaranto; »Batata doce; »Espinafre. Caso você e o profissional de saúde que te acompanha quiserem e acharem melhor, podem optar pela suplementação da substância. Normalmente, tanto o alecrim como o cloridrato de betaína são ingeridos logo antes do almoço e do jantar com o intuito de aumentar a produção natural do ácido clorídrico e de adequar o pH do estômago Probióticos: Para cuidar da microbiota intestinal, promovendo um equilíbrio entre as bactérias boas e ruins, o uso de probióticos é indicado. Eles podem ser encontrados em farmácias, prescritos por profissionais de saúde ou você pode optar por alternativas naturais como o kefir de água, a kombucha e o kimchi.
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