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A Importância da Empatia na Relação Médico-Paciente

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EMPATIA
 A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entendê-lo, de tentar compreender o que se passa em sua mente, como e por que se sente assim, porém não a partir de sua perspectiva, mas tentando pensar como ele, com suas crenças e valores. A empatia parte da aceitação, de compreender que os sentimentos de uma pessoa são possíveis na situação em que ela se encontra. A pessoa empática colocaria de lado a sua “escala de importância” para entender o sofrimento do outro a partir da “escala de importância” dele.
 A empatia tem a reputação de ser uma emoção vaga, agradável. É equiparada à bondade e sensibilidade emocional e à atitude afetuosa e atenciosa para com os outros, é de fato, um ideal que tem o poder tanto de transformar a vida do próximo quanto de promover profundas mudanças sociais. A presença da empatia pode gerar uma revolução, não daquelas revoluções antiquadas, baseadas em novas leis, instituições ou governos, mas algo muito mais importante: uma revolução das relações humanas. (O poder da empatia).
 Ademais, um dos principais momentos para se colocar em pratica a empatia é na relação médico-paciente. Pois nela é fundamental a credibilidade, confiabilidade e responsabilidade, de modo a aumentar as chances de se obter sucesso diagnóstico e terapêutico. A capacidade de se estabelecer uma adequada comunicação entre as partes é de inquestionável importância, tornando-se alicerce para a construção da confiança e da credibilidade. Assim sendo, a empatia torna-se componente essencial para que haja a completa conquista da competência comunicativa por parte do médico. 
 A empatia tem surgido associada a efeitos positivos sobre os resultados clínicos, pois diminui as queixas dos pacientes e aumenta a satisfação com os médicos e com a qualidade de vida, o que em potência representa uma melhor adesão terapêutica e motivação para a mudança de comportamentos. É de notar que a empatia recorre, entre outras técnicas, à utilização de frases reflexivas, o que resulta num maior suporte e autonomia para os pacientes.
 É importante ressalvar que a relação empática resulta positivamente, não só para o paciente, mas também para o médico, conduzindo a um maior sentido de realização profissional, menores níveis de stress, menor taxa de erros, facilitando ainda a comunicação com doentes à partida mais difíceis.
 Além disso, empatia exige treino e esforço para não se cair na prática da simpatia ou do paternalismo. Desde logo, ela requer do médico concentração, dependendo de dois elementos não verbais que o clínico deve treinar: por um lado, a descodificação da linguagem não verbal do paciente e, por outro, a expressividade, codificando, por assim dizer, de um modo não verbal as suas próprias emoções.
 Algumas das estratégias para a comunicação empática passam pelo recurso a frases e questões abertas por exemplo (Conte-me um pouco mais sobre isso… ou Como se sente em relação a isso?) bem como expressões que validem os sentimentos do doente e lhe abram uma possibilidade de continuidade discursiva. É importante recordar que as pausas no discurso, a escuta terapêutica e a oferta de suporte se constituem também como fulcrais para a empatia na relação clínica.
 Ademais, barreiras à empatia tantas vezes presentes, como um local inadequado para a consulta, pouca disponibilidade de tempo ou linguagem contendo muitos termos técnicos, deverão ser prontamente identificadas e evitadas.
 Em suma, a empatia, enquanto demonstração de entendimento por parte do médico das perspectivas do doente, revela-se uma ferramenta poderosa, que constitui um reforço da relação terapêutica e facilita a gestão de emoções. (A empatia na intersubjetividade da relação clínica).

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