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Variação Linguística e Habilidades de Leitura

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Aula 6
Avaliandos
1
Leia o fragmento abaixo:
"Todo falante nativo usa a língua conforme as regras próprias de seu dialeto, espelho da comunidade lingüística a 
que está ligado". CAGLIARI, Alfabetização e Linguística.São Paulo: Editora Scipione, 1998 p. 19).
Neste sentido, cabe à Escola:
partir do abecedário para motivar as crianças a descobrirem o mistério do aprender a escrever.
 valorizar a escrita ortográfica dos alunos, através de exercícios que possibilitem o domínio das regras sobre o 
seu funcionamento.
 criar atividades que valorizarem os diferentes dialetos das comunidades lingüísticas nas quais os alunos 
estão ligados.
interpretar a realidade das crianças e ensinar o dialeto padrão, como o único meio de serem alfabetizadas.
fazer uso de exercícios de fixação para ensinar o dialeto padrão, por acreditar que já deveria ser de domínio 
das crianças.
 
 2a Questão
Em relação à variação linguística da Língua Portuguesa. estão erradas as assertivas abaixo, 
EXCETO:
 O conjunto de sotaques no Brasil se deve ao contato com outras línguas.
A variação linguística do Pará é considerada a mais correta.
A língua portuguesa é homogênea.
Existe um sotaque padrão que deve ser seguido.
Apenas no português falado no Brasil há a predominância de sotaques.
 
 3a Questão
Segundo Cagliari (2003): "Todo falante nativo usa sua língua conforme as regras próprias de
seu dialeto, espelho da comunidade linguística a que está ligado". Sendo assim, é correto 
afirmar que:
As comunidades linguísticas não refletem a fala de seus membros.
Os falantes não se identificam como pertencentes a uma comunidade linguística.
Cada falante elege a sua forma única de falar.
As mudanças ocorridas na língua não são percebidas facilmente pelos falantes.
 Cada falante constrói e segue as regras próprias de sua comunidade linguística.
 
 4a Questão
Durante as aulas de Língua Portuguesa, o professor deve priorizar uma prática pedagógica que promova o 
desenvolvimento de várias habilidades, entre elas, a da leitura.
Acerca dessa habilidade, julgue os itens que seguem e depois assinale a alternativa CORRETA.
I. Uma boa estratégia de leitura para o aluno criar expectativas sobre o texto é, antes de lê-lo, o professor analisar, 
com eles, elementos como: título, subtítulo, imagens, gráficos, tabelas etc.
II. Permitir que o aluno escolha o que ler não é uma prática recomendável, já que o estudante dos anos iniciais não 
tem condições de saber é bom ou ruim para sua faixa etária.
III. Solicitar aos alunos que busquem no texto informações específicas que possam ser relevantes é uma das 
importantes estratégias de leitura.
 Assinale
se apenas os itens II e III estiverem corretos.
se apenas o item I estiver correto.
 se apenas os itens I e III estiverem corretos.
se apenas o item III estiver correto.
se apenas os itens I e II estiverem corretos.
 
 5a Questão
Para um professor trabalhar as variedades de dialeto dos falantes da língua, é necessário que ele conheça as 
diferenças de vocabulário de cada região. Leia o trecho abaixo:
1 - Ei,bichim... este sol é da moléstia!...
2 - Ô sô, prestenção... esse trem tá quente!
3. Ô guri,... os pampas estão quentes demais!
4. Seguinte, bicho... tá mô solão hoje...
5. Ô meu rei.......que sol arretado!...
As falas apresentadas são respectivamente variantes regionais, específicas dos seguintes estados brasileiros:
Ceará - Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul - Minas Gerais - Bahia
Bahia - Minas Gerais - Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul - Ceará
Minas Gerais - Ceará- Bahia- Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul
 Ceará - Minas Gerais - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro - Bahia
Minas Gerais - Ceará -Bahia - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro
 
 6a Questão
Escreva V para verdadeiro e F para falso dentro dos parênteses e depois assinale a alternativa correspondente a sua
resposta.
( ) "Bah!, hoje fui à padaria comprar um cacetinho; mas como tá caro, tchê!" - Esta oração exemplifica a variante
linguística regional.
( ) "Data Venia, meritíssimo, há de se considerar que o réu não deve ser julgado por seus crimes-fins" - Esta
oração exemplifica uma variação linguística voltada ao regionalismo.
( ) "Mano, a fofoca da vizinha deu maió treta" - Nesta oração constam gírias, consideradas variantes linguísticas
socioculturais.
( ) "Moiçolas vestidas de branco, bailavam pelo salão de festas a comemorar suas doces primaveras de 15 anos"
- Nesta oração constam variantes linguísticas de gênero.
( ) "Esta cardiopatia parece-me grave, pois o ventríloquo esquerdo cardíaco está entupido" - Nesta oração
constata-se a variação linguística condicionada à fala técnica de um grupo profissional.
F, F, V, V, F
 V, F, V, F, V
F, V, F, V, V
V, F, V, V, F
V, V, F, V, F
 
 7a Questão
(ENADE 2008) Leia e assinale a alternativa adequada:
Numa sala de aula de terceiro ano do ensino fundamental, com crianças oriundas de várias 
regiões do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criança da turma 
chamou-lhe a atenção, corrigindo-lhe a fala. A professora aproveitou a oportunidade e pediu
a todos para que, a partir dali, falassem sempre como se escreve, ou seja: os que falassem 
[sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] deveriam sempre falar [viagem]; 
os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] deveriam 
sempre falar [cantando]. Rapidamente as crianças perceberam que ficou muito difícil falar e
que seria impossível falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou 
para explicar que ninguém fala exatamente como se escreve.
 as variações da língua falada têm significados afetivos e culturais.
as variações dialetais de origem social e regional devem ser superadas.
as relações arbitrárias e não perfeitas entre sons e letras são raras.
a correspondência entre os sons da fala e a escrita fonética é invariável.
a língua portuguesa escrita não é fonética.
 
 8a Questão
O alfabetizando traz para a escola a variedade lingüística do meio em que vive, em que aprendeu a falar. Segundo 
Cagliari (1998), no livro Alfabetização e Linguística, é preciso que a escola:
entenda que as modalidades da língua, caracterizadas por peculiaridades fonológicas, sintáticas e semânticas 
são determinadas, de um modo geral por fatores estruturais, e familiares.
 trabalhe como a homogeneidade dialetal, possibilitando que o aluno tenha consciência da importância de se 
apropriar do dialeto padrão.
valorize a norma culta e reveja toda a metodologia de ensino a fim de sanar os déficits cognitivos de alunos 
provenientes de meios socioculturais economicamente desprivilegiados.
 respeite à fala do aluno e ensine a variedade padrão como uma das possibilidades de uso da língua, 
adequada a determinadas situações.
considere as construções e formas de uma variante lingüística divergente da forma culta como erros que 
precisam ser sinalizados aos alunos.
2
Leia o texto abaixo e responda:
Unidade e variedade
Há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diversas regiões em que é falada. Basta pensar nas
evidentes diferenças entre o modo de falar de um lisboeta e de um carioca, por exemplo, ou na expressão de um 
gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas variações regionais constituem os falares e os dialetos. As 
formas regionais da língua portuguesa no Brasil vêm sendo valorizadas como parte importante da ampla diversidade
cultural do país. Além disso, o português empregado pelas pessoas que têm acesso aos meios de instrução difere 
daquele empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de
língua que goza de prestígio "a chamada norma culta" enquanto outras são vítimas de preconceito por empregarem 
formas menos prestigiadas. Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que alguns grupos 
desenvolvem a fim de evitar a compreensão por aqueles que não fazem parte desses grupos. O emprego dessas 
formas de línguaproporciona o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita, seja um grupo de 
estudantes, seja uma quadrilha de contrabandistas. Desse modo, são criadas as gírias, variantes lingüísticas sujeitas 
a contínuas transformações. Ainda: o exercício de determinadas atividades requer o domínio de certas formas de 
língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas variantes têm seu uso praticamente 
restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, médicos, químicos, biólogos, lingüistas e outros especialistas. E, em 
diferentes situações, um mesmo indivíduo emprega diferentes formas de língua. Basta pensar nas atitudes que 
assumimos em situações formais (como, por exemplo, um discurso numa solenidade de formatura) e em situações 
informais (uma conversa descontraída com amigo): em cada uma dessas situações, procuramos adequar nosso nível 
vocabular e sintático ao ambiente cultural em que nos encontramos. Ou seja, a língua é unidade na variedade. 
(Ulisses Infante. Textos: leituras e escritas. São Paulo: Editora Scipione, 2005, pp. 12-13. Adaptado)
De acordo com o texto, as variações regionais do português do Brasil:
ao contrário de outras, não estão sujeitas a transformações contínuas.
são vítimas de discriminação por adotarem formas menos prestigiadas.
são abundantes e têm seu uso vocabular bastante restrito.
 manifestam a ampla diversidade cultural do país.
dificultam a comunicação entre um lisboeta e um carioca, por exemplo.
 
 2a Questão
Assinale a alternativa cuja variante linguística é a culta.
Qué apanha, menino? Qué apanhá?
Me perco nesse mar de solidão.
Traga o prato pra mim comer.
 Dê-me outras opções e eu escolherei uma melhor.
A gente não sabemos mais o que queremos.
 
 3a Questão
O personagem Chico Bento, criação de Maurício de Souza, é encontrado em revistas e filmes. Trata-se de um 
personagem que mora em um contexto sociocultural do campo e apresenta um dialeto próprio de sua 
região. Assinale a opção que identifica o trabalho adequado a ser realizado com a linguagem desse personagem:
Realizar atividades que envolvam falares caipiras assim como gírias não devem fazer parte do planejamento do 
professor, pois não estão de acordo com os PCN´S.
 Solicitar aos alunos que analisem como o Chico Bento fala e observem se há comunicação entre ele e os 
outros personagens, identificando a realidade sociocultural dos personagens através do dialeto usado por
eles.
Solicitar aos alunos que reproduzam a fala de Chico Bento para a escrita padrão correta no caderno de 
exercícios, para perceber a diferença.
Solicitar aos alunos a dramatização de uma história de Chico Bento, reproduzindo o seu dialeto de acordo com 
a norma padrão.
 Evitar a utilização desse personagem como material didático em sala de aula por causa do seu dialeto, pois os 
alunos podem memorizar erradamente as palavras.
 
 4a Questão
Qual deve ser objetivo da escola ao ensinar português para os alunos?
 Incentivar e desenvolver o letramento dos alunos, isto é, a plena inserção desses sujeitos na cultura 
letrada em que eles vivem.
 Acabar com os erros de português que os alunos cometem na fala e na escrita, por meio de exercícios e de 
leitura.
Substituir as variantes estigmatizadas pelas prestigiosas, de modo que os alunos aprendam a se exprtessar 
corretamente.
Disseminar o preconceito linguístico entre os alunos, para que eles deixem de usar a língua como a aprenderem
antes de irem para a escola.
Fazer com que os alunos deixem de falar errado, ensinando-os a norma padrão da língua e a retórica.
 
 5a Questão
Os PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Língua Portuguesa declaram: A questão não é falar certo ou 
errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, 
saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas (p.31). A afirmativa que está de acordo com esse 
trecho é:
O ensino da gramática normativa orienta a única concepção de padrão correto de uso de uma língua.
A língua padrão é a única que pode orientar a fala da escola.
Todas as variedades da língua apresentam valores controversos.
 O uso linguístico dialetal não é por si errado, é apenas diferente do uso de um outro dialeto.
A língua escrita deve ser usada como o único caminho para orientar a língua falada.
 
 6a Questão
Leia o trecho abaixo:
"A língua portuguesa, como qualquer língua, tem o certo e o errado somente em relação à sua estrutura. Com 
relação a seu uso pelas comunidades falantes, não existe o certo e o errado linguisticamente falando, mas o 
diferente." (CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística.São Paulo: Scipione, 2008. p.35)
A afirmativa que está de acordo com esse trecho é:
A noção de certo e errado tem de persistir sempre , mesmo considerando as diferenças de dialeto.
Com relação ao dialeto existem diferentes registros de fala, que devem ser considerados errados pela escola.
 Com relação ao dialeto existem diferentes registros de fala, adequados a cada comunidade falante.
A gramática normativa da língua, que estabelece as regras de uso linguístico, não pode aceitar as diferenças de
dialeto para manter suas regras.
Para a escola, a variação linguística deve ser vista como uma questão gramatical.
 
 7a Questão
Em relação às práticas de linguagem em nosso país, podemos afirmar que:
 há uma parcela considerável da população brasileira que, embora iletrada, reconhece as regras da gramática 
normativa, fala e escreve perfeitamente;
 no Brasil, há uma enorme diversidade linguística e essas diferentes formas de falar não podem ser 
padronizadas numa única variedade que tem como referência a gramática normativa;
os ¿burocratas da língua¿ lograrão êxito, um dia, na sua tentativa de unificação da língua.
todos estão atentos e aceitam como fatos rotineiros as possibilidades de variação da língua portuguesa;
em termos linguísticos, há uma relação bastante estreita entre o que é ensinado na escola e o que se vivencia 
cotidianamente;
 
 8a Questão
O fenômeno sociolinguístico constituído pela passagem da proparoxítona "tétano" para a paroxítona "teto", na 
variedade linguística apresentada, é observado também no emprego de:
vendê em lugar de vender, e cantá em vez de cantar.
 figo em lugar de fígado, e arvre em vez de árvore.
mortandela em lugar de mortadela, ecunzinha em vez de cozinha
paia em lugar de palha, efio em lugar de filho.
bandeija em lugar de bandeja, enaiscer em lugar de nascer.
3
Como surgiram os diferentes sotaques do Brasil? Renata Costa (novaescola@fvc.org.br) 
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/como-
surgiram-diferentes-sotaques-brasil-492066.shtml Acesso em 23 mar. 2015. As origens dos 
sotaques brasileiros estão na colonização do país feita por vários povos em diferentes 
momentos históricos. O português, como se sabe, imperou sobre os outros idiomas que 
chegaram por aqui, mas sofreu influências do holandês, do espanhol, do alemão, do 
italiano, entre outros. Além disso, havia diferença no idioma português falado entre os 
colonizadores que chegavam aqui, vindos de várias regiões de Portugal e em distintas 
décadas. "Os portugueses vinham em ondas, em diferentes épocas. Por isso, o idioma 
trazido nunca foi uniforme", explica Ataliba Teixeira de Castilho, linguista e filólogo, 
consultor do Museu da Língua Portuguesa e professor da Universidade Estadual de São 
Paulo (Unesp). Os primeiros contatos linguísticos do português no Brasil foram com as 
línguas indígenas e africanas. "A partir do século XIX, os imigrantes europeus e asiáticos 
temperaram essa base portuguesa, surgindo o atual conjunto de sotaques", diz o professor 
Ataliba. É só reparar o sotaque e a região para lembrar os vários imigrantes que 
contribuíram para a história do país. No Sul, os alemães, italianos e outros povos vindos do 
leste europeu. No Rio Grande do Sul, acrescenta-se a estes a influência dos países de 
fronteira, de língua espanhola. São Paulo esua grande comunidade italiana, misturada a 
pessoas vindas de várias partes do Brasil e do mundo; Pernambuco e os holandeses dos 
tempos de Mauricio de Nassau. Os exemplos são muitos e provam que os sotaques são 
parte da história da formação do país. Por isso mesmo, não se pode dizer que haja um 
sotaque mais "correto" que outro. "Quem acha que fala um português sem sotaque, em 
geral não se dá conta de que também tem o seu próprio, já que ele caracteriza a variação 
linguística regional, comum a qualquer língua", afirma o professor. De acordo com a leitura 
do texto, pode-se depreender que:
 O conjunto de sotaques no Brasil se deve ao contato com outras línguas;
Apenas no português falado no Brasil há a predominância de sotaques.
O sotaque individual não se caracteriza como variação linguística;
A Língua Portuguesa é homogênea e faz parte da cultura de outros países;
Existe um sotaque considerado padrão e que deve ser seguido;
 
 2a Questão
( ENADE 2008) Numa sala de aula de terceiro ano do ensino fundamental, com crianças oriundas de várias regiões 
do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criança da turma chamou-lhe a atenção, 
corrigindo-lhe a fala. A professora aproveitou a oportunidade e pediu a todos para que, a partir dali, falassem 
sempre como se escreve, ou seja: os que falassem [sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] 
deveriam sempre falar [viagem]; os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] 
deveriam sempre falar [cantando]. Rapidamente as crianças perceberam que ficou muito difícil falar e que seria 
impossível falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou para explicar que ninguém fala 
exatamente como se escreve.
A postura da professora demonstra que ela sabe que:
as variações dialetais de origem social e regional devem ser superadas.
as relações arbitrárias e não perfeitas entre sons e letras são raras.
 as variações da língua falada têm significados afetivos e culturais.
a correspondência entre os sons da fala e a escrita fonética é invariável.
a língua portuguesa escrita não é fonética.
 
 3a Questão
Segundo Cagliari (2003): "Todo falante nativo usa sua língua conforme as regras próprias de
seu dialeto, espelho da comunidade linguística a que está ligado". Sendo assim, é correto 
afirmar que:
As mudanças ocorridas na língua não são percebidas facilmente pelos falantes.
As comunidades linguísticas não refletem a fala de seus membros.
Os falantes não se identificam como pertencentes a uma comunidade linguística.
 Cada falante constrói e segue as regras próprias de sua comunidade linguística.
Cada falante elege a sua forma única de falar.
 
 4a Questão
Durante as aulas de Língua Portuguesa, o professor deve priorizar uma prática pedagógica que promova o 
desenvolvimento de várias habilidades, entre elas, a da leitura.
Acerca dessa habilidade, julgue os itens que seguem e depois assinale a alternativa CORRETA.
I. Uma boa estratégia de leitura para o aluno criar expectativas sobre o texto é, antes de lê-lo, o professor analisar, 
com eles, elementos como: título, subtítulo, imagens, gráficos, tabelas etc.
II. Permitir que o aluno escolha o que ler não é uma prática recomendável, já que o estudante dos anos iniciais não 
tem condições de saber é bom ou ruim para sua faixa etária.
III. Solicitar aos alunos que busquem no texto informações específicas que possam ser relevantes é uma das 
importantes estratégias de leitura.
 Assinale
se apenas o item I estiver correto.
se apenas os itens I e II estiverem corretos.
 se apenas os itens I e III estiverem corretos.
se apenas os itens II e III estiverem corretos.
 
 5a Questão
Para um professor trabalhar as variedades de dialeto dos falantes da língua, é necessário que ele conheça as 
diferenças de vocabulário de cada região. Leia o trecho abaixo:
1 - Ei,bichim... este sol é da moléstia!...
2 - Ô sô, prestenção... esse trem tá quente!
3. Ô guri,... os pampas estão quentes demais!
4. Seguinte, bicho... tá mô solão hoje...
5. Ô meu rei.......que sol arretado!...
As falas apresentadas são respectivamente variantes regionais, específicas dos seguintes estados brasileiros:
Bahia - Minas Gerais - Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul - Ceará
Minas Gerais - Ceará- Bahia- Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul
Minas Gerais - Ceará -Bahia - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro
Ceará - Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul - Minas Gerais - Bahia
 Ceará - Minas Gerais - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro - Bahia
 
 6a Questão
Em relação à variação linguística da Língua Portuguesa. estão erradas as assertivas abaixo, 
EXCETO:
Existe um sotaque padrão que deve ser seguido.
 A variação linguística do Pará é considerada a mais correta.
 O conjunto de sotaques no Brasil se deve ao contato com outras línguas.
Apenas no português falado no Brasil há a predominância de sotaques.
A língua portuguesa é homogênea.
 
 7a Questão
Leia o fragmento abaixo:
"Todo falante nativo usa a língua conforme as regras próprias de seu dialeto, espelho da comunidade lingüística a 
que está ligado". CAGLIARI, Alfabetização e Linguística.São Paulo: Editora Scipione, 1998 p. 19).
Neste sentido, cabe à Escola:
partir do abecedário para motivar as crianças a descobrirem o mistério do aprender a escrever.
 valorizar a escrita ortográfica dos alunos, através de exercícios que possibilitem o domínio das regras sobre o 
seu funcionamento.
fazer uso de exercícios de fixação para ensinar o dialeto padrão, por acreditar que já deveria ser de domínio 
das crianças.
interpretar a realidade das crianças e ensinar o dialeto padrão, como o único meio de serem alfabetizadas.
 criar atividades que valorizarem os diferentes dialetos das comunidades lingüísticas nas quais os alunos 
estão ligados.
 
 8a Questão
Escreva V para verdadeiro e F para falso dentro dos parênteses e depois assinale a alternativa correspondente a sua
resposta.
( ) "Bah!, hoje fui à padaria comprar um cacetinho; mas como tá caro, tchê!" - Esta oração exemplifica a variante
linguística regional.
( ) "Data Venia, meritíssimo, há de se considerar que o réu não deve ser julgado por seus crimes-fins" - Esta
oração exemplifica uma variação linguística voltada ao regionalismo.
( ) "Mano, a fofoca da vizinha deu maió treta" - Nesta oração constam gírias, consideradas variantes linguísticas
socioculturais.
( ) "Moiçolas vestidas de branco, bailavam pelo salão de festas a comemorar suas doces primaveras de 15 anos"
- Nesta oração constam variantes linguísticas de gênero.
( ) "Esta cardiopatia parece-me grave, pois o ventríloquo esquerdo cardíaco está entupido" - Nesta oração
constata-se a variação linguística condicionada à fala técnica de um grupo profissional.
F, F, V, V, F
V, F, V, V, F
F, V, F, V, V
 V, F, V, F, V
V, V, F, V, F
4
 1a Questão
O alfabetizando traz para a escola a variedade lingüística do meio em que vive, em que aprendeu a falar. Segundo 
Cagliari (1998), no livro Alfabetização e Linguística, é preciso que a escola:
considere as construções e formas de uma variante lingüística divergente da forma culta como erros que 
precisam ser sinalizados aos alunos.
entenda que as modalidades da língua, caracterizadas por peculiaridades fonológicas, sintáticas e semânticas 
são determinadas, de um modo geral por fatores estruturais, e familiares.
 respeite à fala do aluno e ensine a variedade padrão como uma das possibilidades de uso da língua, 
adequada a determinadas situações.
 valorize a norma culta e reveja toda a metodologia de ensino a fim de sanar os déficits cognitivos de alunos 
provenientes de meios socioculturais economicamente desprivilegiados.
trabalhe como a homogeneidade dialetal, possibilitando que o aluno tenha consciência da importância de se 
apropriar do dialeto padrão.
 
 2a Questão
(ENADE 2008) Leia e assinale a alternativa adequada:
Numa sala de aula de terceiro ano do ensino fundamental, com crianças oriundas devárias 
regiões do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criança da turma 
chamou-lhe a atenção, corrigindo-lhe a fala. A professora aproveitou a oportunidade e pediu
a todos para que, a partir dali, falassem sempre como se escreve, ou seja: os que falassem 
[sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] deveriam sempre falar [viagem]; 
os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] deveriam 
sempre falar [cantando]. Rapidamente as crianças perceberam que ficou muito difícil falar e
que seria impossível falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou 
para explicar que ninguém fala exatamente como se escreve.
as variações dialetais de origem social e regional devem ser superadas.
as relações arbitrárias e não perfeitas entre sons e letras são raras.
a língua portuguesa escrita não é fonética.
a correspondência entre os sons da fala e a escrita fonética é invariável.
 as variações da língua falada têm significados afetivos e culturais.
 
 3a Questão
O personagem Chico Bento, criação de Maurício de Souza, é encontrado em revistas e filmes. Trata-se de um 
personagem que mora em um contexto sociocultural do campo e apresenta um dialeto próprio de sua 
região. Assinale a opção que identifica o trabalho adequado a ser realizado com a linguagem desse 
personagem:
Solicitar aos alunos a dramatização de uma história de Chico Bento, reproduzindo o seu dialeto de acordo com 
a norma padrão.
Solicitar aos alunos que reproduzam a fala de Chico Bento para a escrita padrão correta no caderno de 
exercícios, para perceber a diferença.
Realizar atividades que envolvam falares caipiras assim como gírias não devem fazer parte do planejamento do 
professor, pois não estão de acordo com os PCN´S.
 Solicitar aos alunos que analisem como o Chico Bento fala e observem se há comunicação entre ele e os 
outros personagens, identificando a realidade sociocultural dos personagens através do dialeto usado por
eles.
Evitar a utilização desse personagem como material didático em sala de aula por causa do seu dialeto, pois os 
alunos podem memorizar erradamente as palavras.
 
 4a Questão
Leia o texto abaixo e responda:
Unidade e variedade
Há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diversas regiões em que é falada. Basta pensar nas
evidentes diferenças entre o modo de falar de um lisboeta e de um carioca, por exemplo, ou na expressão de um 
gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas variações regionais constituem os falares e os dialetos. As 
formas regionais da língua portuguesa no Brasil vêm sendo valorizadas como parte importante da ampla diversidade
cultural do país. Além disso, o português empregado pelas pessoas que têm acesso aos meios de instrução difere 
daquele empregado pelas pessoas privadas de escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de
língua que goza de prestígio "a chamada norma culta" enquanto outras são vítimas de preconceito por empregarem 
formas menos prestigiadas. Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que alguns grupos 
desenvolvem a fim de evitar a compreensão por aqueles que não fazem parte desses grupos. O emprego dessas 
formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita, seja um grupo de 
estudantes, seja uma quadrilha de contrabandistas. Desse modo, são criadas as gírias, variantes lingüísticas sujeitas 
a contínuas transformações. Ainda: o exercício de determinadas atividades requer o domínio de certas formas de 
língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas variantes têm seu uso praticamente 
restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, médicos, químicos, biólogos, lingüistas e outros especialistas. E, em 
diferentes situações, um mesmo indivíduo emprega diferentes formas de língua. Basta pensar nas atitudes que 
assumimos em situações formais (como, por exemplo, um discurso numa solenidade de formatura) e em situações 
informais (uma conversa descontraída com amigo): em cada uma dessas situações, procuramos adequar nosso nível 
vocabular e sintático ao ambiente cultural em que nos encontramos. Ou seja, a língua é unidade na variedade. 
(Ulisses Infante. Textos: leituras e escritas. São Paulo: Editora Scipione, 2005, pp. 12-13. Adaptado)
De acordo com o texto, as variações regionais do português do Brasil:
dificultam a comunicação entre um lisboeta e um carioca, por exemplo.
 manifestam a ampla diversidade cultural do país.
são abundantes e têm seu uso vocabular bastante restrito.
são vítimas de discriminação por adotarem formas menos prestigiadas.
ao contrário de outras, não estão sujeitas a transformações contínuas.
 
 5a Questão
Assinale a alternativa cuja variante linguística é a culta.
Qué apanha, menino? Qué apanhá?
Me perco nesse mar de solidão.
Traga o prato pra mim comer.
A gente não sabemos mais o que queremos.
 Dê-me outras opções e eu escolherei uma melhor.
 
 6a Questão
Os PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Língua Portuguesa declaram: A questão não é falar certo ou 
errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, 
saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas (p.31). A afirmativa que está de acordo com esse 
trecho é:
 O uso linguístico dialetal não é por si errado, é apenas diferente do uso de um outro dialeto.
O ensino da gramática normativa orienta a única concepção de padrão correto de uso de uma língua.
Todas as variedades da língua apresentam valores controversos.
A língua escrita deve ser usada como o único caminho para orientar a língua falada.
A língua padrão é a única que pode orientar a fala da escola.
 
 7a Questão
Leia o trecho abaixo:
"A língua portuguesa, como qualquer língua, tem o certo e o errado somente em relação à sua estrutura. Com 
relação a seu uso pelas comunidades falantes, não existe o certo e o errado linguisticamente falando, mas o 
diferente." (CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística.São Paulo: Scipione, 2008. p.35)
A afirmativa que está de acordo com esse trecho é:
 A gramática normativa da língua, que estabelece as regras de uso linguístico, não pode aceitar as diferenças 
de dialeto para manter suas regras.
Para a escola, a variação linguística deve ser vista como uma questão gramatical.
 Com relação ao dialeto existem diferentes registros de fala, adequados a cada comunidade falante.
A noção de certo e errado tem de persistir sempre , mesmo considerando as diferenças de dialeto.
Com relação ao dialeto existem diferentes registros de fala, que devem ser considerados errados pela escola.
 
 8a Questão
Em relação às práticas de linguagem em nosso país, podemos afirmar que:
 no Brasil, há uma enorme diversidade linguística e essas diferentes formas de falar não podem ser 
padronizadas numa única variedade que tem como referência a gramática normativa;
há uma parcela considerável da população brasileira que, embora iletrada, reconhece as regras da gramática 
normativa, fala e escreve perfeitamente;
 os ¿burocratas da língua¿ lograrão êxito, um dia, na sua tentativa de unificação da língua.
em termos linguísticos, há uma relação bastante estreita entre o que é ensinado na escola e o que se vivencia 
cotidianamente;
todos estão atentos e aceitam como fatos rotineiros as possibilidades de variação da língua portuguesa;

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