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Diagnóstico clínico e laboratorial da Estrongiloidose e Ancilostomose

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DIAGNÓSTICO CLÍNICO E 
LABORATORIAL DA 
ESTRONGILOIDOSE E 
ANCILOSTOMOSE 
STRONGYLOIDES STERCORALIS 
 
 
PATOLOGIA, PATOGENIA E 
SINTOMATOLOGIA 
Pequeno número de parasitos: assintomáticos 
Virulência: carga parasitária, alimentação pobre em 
proteínas, diarréia e vômito (auto-infecção), alcoolismo 
crônico, infecções parasitárias e bacterianas associadas, 
intervenções cirúrgicas... 
 Ação mecânica, traumática, irritativa, tóxica e antigênica 
ESTRONGILOIDÍASE CUTÂNEA 
 Discreta 
 Pontos de penetração das larvas infectantes 
 Pele ou mucosas 
 Reação celular em torno das larvas mortas (não atingem o 
sistema circulatório) 
 Reinfecção: reação de hipersensibilidade (edema, 
eritrema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticária) 
 Larva currens: tronco, nádegas, períneo, virilha e coxa 
ESTRONGILOIDÍASE PULMONAR 
 Tosse com ou sem expectoração, febre, dispnéia e 
crises asmatiformes 
 Hemorragias, infiltrado inflamatório (linfócitos e 
eosinófilos), broncopneumonia, edema pulmonar, 
insuficiência respiratória: travessia de larvas nos alvéolos 
ESTRONGILOIDÍASE INTESTINAL 
 Presença de fêmeas, ovos e larvas no intestino delgado 
e grosso 
 Enterite catarral: 
 reação inflamatória leve 
aumento de secreção mucóide (reversível) 
 Enterite edematosa: 
 edema de submucosa 
 síndrome de má absorção intestinal 
(desaparecimento do relevo mucoso) 
 grave mas reversível 
 Enterite ulcerosa: 
 eosinofilia intensa 
 ulcerações e fibrose 
 irreversível 
 dor epigástrica antes das refeições, diarréia em 
surtos, náusea, vômito, esteatorréia, desidratação, 
emagrecimento 
ESTRONGILOIDÍASE DISSEMINADA 
 Pacientes imunocomprometidos 
 Larvas encontradas nos rins (urina com larvas, hematúria 
e proteinúria), fígado, vesícula biliar, coração, cérebro, 
pâncreas, tireóide, adrenais, próstata, linfonodo, glandulas 
mamárias. 
 Dor abdominal, vômito, diarréia intensa, pneumonia 
hemorrágica, broncopneumonia bacteriana, insuficiência 
respiratória... Óbito 
 Anemia, eosinofilia, sudorese, incontinência urinária, 
palpitações tontura, alterações no ECG, irritabilidade, 
depressão, insônia, emagrecimento 
DIAGNÓSTICO 
 Clínico: diarréia, dor abdominal e urticária 
 Laboratorial: 
 eliminação irregular e pequena de larvas nas fezes 
 Baermann-Moraes e Rugai 
 hidro e termotropismo 
 3 a 5 amostras alternadas 
 Coprocultura: 
desenvolvimento do ciclo 
 indicado em exames negativos e amostra fecal 
escassa 
 limitações: demorado e risco de infecção 
 Pesquisa de larvas em escarro, lavado broncopulmonar, 
urina, líquor, líquido ascítico... 
 Endoscopia, biópsia intestinal, necropsia, esfregaços 
citológicos 
 Métodos indiretos: 
 hemograma: eosinofilia (82%) seguida de 
eosinopenia (8 a 15%) 
 radiografias, ultrasonografia e tomografia 
 métodos imunológicos 
 diagnóstico molecular 
Ancylostomidae 
Ancylostoma duodenale 
A. ceylanicum 
Necator americanus 
1. Ovos eliminados pelas fezes. 
Embrionia com a 
formação da larva L1 
(rabditóide) e a eclosão 
da mesma. 
 2. A larva rabditóide troca a 
cutícula externa por uma 
nova (larva L2 - 
rabditóide) 
3. Produção de uma nova 
cutícula interna (larva L3 
infectante - filarióide). 
4. Penetração de L3 na pele, 
mucosas, conjuntiva. 
Vasos 
sanguíneos/linfáticos 
chegando ao coração e 
ao pulmão onde se 
transformam em larvas L4 
e migram dos alvéolos 
para os bronquíolos, 
sobem toda a árvore 
brônquica atingem 
faringe, laringe e são 
deglutidas alcançando o 
intestino delgado. 
5. Muda de L4 para L5 e 
origem dos vermes adutos. 
As larvas L3 podem ser 
deglutidas, passam pelo 
estômago (perdem a 
cutícula) atingem o 
intestino delgado, sofrem 
muda de L3 para L4. As 
larvas L4 voltam para a luz 
intestinal onde se fixam na 
mucosa e sofrem uma 
muda para L5 e 
formação de vermes 
adultos. 
PATOGENIA 
 Causas primárias: migração das larvas e implantação dos 
parasitos adultos no intestino delgado adulto. 
 Causas secundárias: permanência do parasito no intestino 
delgado (cronicidade). 
 Penetração: sensação de picada, hiperemia, prurido e 
edema (dermatite urticariforme – 10 dias). 
 Reinfecção: severas pápulas, vesículas, edema. 
 Infecções secundárias. 
 Alterações pulmonares (raras): tosse febre baixa. 
 Parasitismo intestinal: dor epigástrica, diminuição do 
apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, 
flatulências, diarréia. 
 Sintomas se agravam no início da oviposição. 
 Anemia e hipoproteinemia: hematofagismo 
 Geofagismo 
Poderão ocorrer algumas complicações, tais como: caquexia 
(desnutrição profunda), amenorréia (ausência de menstruação), 
partos com feto morto e, em crianças, transtornos no crescimento. 
http://www.grupoescolar.com/materia/ancilostomose_%5Bancilostomiase%5D.html
DIAGNÓSTICO 
 Clínico: anamnese e associação de sintomas cutâneos, 
pulmonares e intestinais (anemia). 
 Parasitológico de fezes (não identifica a espécie). 
EPIDEMIOLOGIA 
 A. duodenale: regiões temperadas (Velho Mundo). 
 N. americanus: regiões tropicais (Novo Mundo). 
 Coexistência (um sobrepuja o outro). 
 Crianças com mais de 6 anos, adolescentes e idosos. 
 O parasito pode sobreviver por até 18 anos. 
 22.000 e 9.000 ovos por dia. 
 Ovo: umidade, solo arenoso. 
 Brasil: N. americanus

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