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capitulo 2 do meu TCC GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E (DES) PROTEÇÃO SOCIAL E FAMILIAR
	 Como foi analisado no capítulo anterior, diversos autores refere a adolescência como uma fase desenvolvimento humano com inúmeras visões, cultural, social e histórica sendo de forma particular de cada sociedade.
Este capítulo, por sua vez, analisará a gravidez na adolescência, entendendo as questões correlacionadas, percebendo porque pode ser identificada como uma expressão da questão social. Procura-se conhecer, e identificar, quais são as situações de risco e vulnerabilidade social que fazem parte da vida dessas meninas mães, tais como a própria ocorrência da gravidez; a permanência ou saída da escola; a inserção ou saída do mercado de trabalho; as estratégias de proteção social que asseguram o seu desenvolvimento integral; os arranjos familiares que as referenciam, entre outros assuntos que fazem do tema gravidez na adolescência tão peculiar.
No âmbito das discussões sobre proteção social, busca-se entender a importância da família enquanto primeira instituição social, responsável pela garantia do bem estar dessas adolescentes. Uma vez desprotegidas, busca-se compreender o papel e a importância do Estado na garantia da proteção social individual e familiar.
Com isso, espera-se identificar quais são hoje as políticas públicas e sociais que atendem meninas grávidas. Como o setor saúde, por exemplo, pode contribuir para que a política de proteção social ligada à Assistência Social criem estratégias mais efetivas para superação das situações de risco e vulnerabilidades outras apontadas.
2.1 – GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E OS CONTEXTOS DE RISCO E VULNERABILIDADE SOCIAL
 
	Com base na literatura estudada é possível entender que a temática da(s) adolescência(s) se relacionam com temas importantes, tais como, situações de risco e vulnerabilidade social, muito próximas de áreas e profissões como o Serviço Social. Isso porque essa fase da vida humana permeia (ou se relaciona com dimensões mais amplas) ligadas às transformações históricas, biológicas, psicológicas, culturais, políticas e sociais. Para muitos autores, como Farrington (xx), ser adolescente já é, por si só, um fator preocupante para questões complexas como a prática de violências. O autor expõem em seu artigo que os fatores de riscos e violência na adolescência são vários como a : impulsividade, baixo desempenho escolar, pais criminosos, baixa renda familiar e supervisão parental deficiente e ainda alerta que a violência juvenil e definida através de atos que geram agressões física ou psicológicos relacionados a pessoas da faixa etária de 10 aos 21 anos de idade aproximadamente, que são consideradas pré-adolescentes e adolescentes. Ele descrever que existe muitas teorias para esclarecer os comportamentos delituosos e agressivos que acontecer na adolescência e geralmente os comportamentos violentos associar-se as mudanças biológicas dos adolescentes, com o aumento dos níveis de testosterona nos jovens do sexo masculino, que aumentam durante a adolescência gerada pelas transformações do corpo.
 Farrington( ) deixa bem claros ,que os fatores principais sãos os psicológicos, que levar conduzir a violência juvenil como foi citado anteriormente e com outros sintomas a seguir :hiperatividade, a impulsividade, controle comportamental deficiente e os problemas de atenção, o nervosismo e a ansiedade que esta relacionando negativamente a violência. Ele mostra este conjunto de fatores, que estão ligados ao psicológicos e em decorrência pode gera uma violência futura, incluídos a baixa inteligência e desempenho escolar deficiente.
	Para confirma a suas teorias, o autor recorreu os autores Hogh e Wolf (1983) “o vínculo entre a baixa inteligência e violência apareceu com mais força entre os meninos de classe baixa. Ou seja, esse índice ocorre devido a vulnerabilidade social, milhares de famílias sobrevivem em condições difíceis e precárias, com ausência e ineficiência e promoção das políticas públicas que garantem os direitos fundamentais básicos. Essas famílias moram em lugares bem afastados e empobrecidos pela péssima condições sanitárias e distribuição de renda. Nas famílias principalmente os filhos(a) não estudam, saem da escolar para trabalhar tornando-se uma mão de obra barata de forma escrava, pauperizada e desumana, pode ser percebido como uma estratégias de sobrevivência para aumentar a renda para o sustento familiar.
	 No Brasil com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e a Política Nacional de Assistência social (PNAS ,2004) definir vulnerabilidade e riscos de formas diferentes. A vulnerabilidades é um emaranhados de fatores, que abranger todo o território, que incluir as fragilidades dos usuários, sujeitos, as carências familiares, grupos ou indivíduos entre outros que acessam os serviços ofertados pelas políticas públicas. Já o conceito de risco refere-se situações de violação de direitos e a fragilização ou rompimentos de vínculos familiares ou comunitários. 
	E de acordo PNAS (BRASIL, 2004.p33) a Proteção Social Básica tem como principal objetivo de prevenir situações de riscos, através de desenvolvimentos de potencialidades e aquisições, juntamente com o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Assistência social é uma política destinada pincipalmente em ofertar serviços à população que vivem em situação de vulnerabilidade social, consequentemente por situação da pobreza, privações de recursos, a falta de renda, falta de acesso de políticas públicas e vários outras expressões da questão social.
 Desta forma, no momento que é identificada a situação de vulnerabilidade social, existe a demanda de atuação das Políticas de Assistência social, por via de acompanhamento da Proteção Social Básica através da rede socioassistencial, assim como outras políticas públicas, dever ser analisar e estudar as demanda apresentadas para ser criar formas e estratégias, meios de superação das vulnerabilidades e fazer procedimentos de prevenção de situações que indicam riscos. E a melhor forma de combate a pobreza e a dimensão territorial, porque essas áreas são sempre estigmatizadas e pode reproduzir ainda mais forte a pobreza. As famílias e pessoas que moram nestas áreas segregadas tem um maior grau de dificuldade de conquistar um emprego, arrumar serviços mais precarizado e arriscado de moram, em lugares mais longe e segregados onde a maior dificuldade de emancipação e superação da pobreza 
	Para Bronzo ( ) a pobreza e compreendida como carência e pauperização ,sendo pobres aquelas pessoas que necessitam de capacidades básicas que operam a sociedade , e que faltam oportunidades para realizar seus objetivos básicos e mínimos .Já a exclusão a autora argumenta ,que sua concepção abrangente com vários significados e dimensões da pobreza ,sendo de forma afirmativa da heterogeneidade das suas manifestações e a apresentações relacionadas as condições apresentadas .A autora diz que desta forma ,rompe-se com a visão estética da pobreza e passar a transmitir uma verdadeira visão coletiva da abordagem da pobreza ,compreendida claramente como questão social . 
 E para a autora a vulnerabilidade e risco, incorpora-se todos os elementos que foram citados acima, que pode ser compreendida como forma totalmente restritiva ou de forma bem ampliada, como é analisada a relações sociais em sua essência, e o foco principal ela salienta sãos os elementos comuns de estratégias de intervenção.
	 E de acordo Bronzo ( ) os elementos principais para as estratégias de intervenção são:
Os enfoques das necessidades básicas, capacidades, exclusão e vulnerabilidade reconhecem que processos de inclusão e redução da vulnerabilidade social envolvem, além da renda, o acesso a serviços públicos e sociais de qualidade; relações sociais, familiares e comunitárias de caráter mais positivo; acesso a trabalhos qualificados, que confiram aos indivíduos não apenas renda, mas também uma identidade e um “lugar social”. Além disso, a perspectiva de superação da vulnerabilidade envolve viver em territóriosdotados de adequada infraestrutura, tanto urbana quanto social, pois é bem reconhecido que a pobreza é espacialmente localizada e que o território é uma categoria central para caracterizar a pobreza quanto à sua reprodução. A partir dos elementos extraídos dos diferentes enfoques tem-se que, para uma adequada compreensão do problema e para o desenho das estratégias de superação da pobreza, é necessário considerar não apenas a dimensão mais tangível de bens e serviços oferecidos pelo Estado. É preciso levar em conta a dimensão relacional e o foco no território, porque a pobreza é também fruto de relações sociais e de processos de segregação e marginalização socioespacial. Reconhecida a multidimensionalidade e heterogeneidade das formas de privação e a centralidade do caráter relacional da pobreza,
A gravidez na adolescência e identificada com umas das expressões da questão social, que atualmente vem aumentando trazendo um emaranhado de consequências que direta e indiretamente afeta os adolescentes e suas famílias. E para confirma isso os autores Santos e Silva (2000) expõem que a gravidez na adolescência e vista como uma das expressões da questão social, devido esta relacionados a relação capital e trabalho vivenciadas pelos jovens de forma coletiva na sociedade. E para melhor compreendi mento das suas expressões recorremos o seu significado.
	 E de acordo Iamamoto (1998, p.27):
“A Questão Social é apreendida como um conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade
 Autora está transmitindo que a questão social e inseparável do sistema capitalista e da sociedade burguesa, tendo características e essência coletivas de produções contraditória da esfera privada da ação humana, trazendo em si um aglomerado de desigualdade, vulnerabilidades, riscos. E várias expressões da questão social, sendo um dela a gravidez na adolescência.
 
2.2 – ADOLESCENTES GRÁVIDAS E A PROTEÇÃO SOCIAL FAMILIAR
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2.3 – A RESPONSABILIDADE ESTATAL NA PROTEÇÃO SOCIAL INDIVIDUAL E FAMILIAR
XXXXX
2.4 – ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS DE PROTEÇÃO SOCIAL PARA ADOLESCENTES GRÁVIDAS
XXXX
	E de acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a conceituação de adolescência e um período de desenvolvimento humano compreendido de 10 a 19 anos de idade. No Brasil, com a Constituição Federal de 1998, as crianças e os adolescentes adquiriram prioridade, sendo sujeitos de direito legalmente, com a aprovação da lei. 8.069/90 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ocorrido na década de 1990, decretada em seu 2 artigo, são considerados pessoas com faixa etária de 12 a 18 anos de idade. O Eca, proporcionou as crianças e os adolescentes sejam protegidos nas políticas de forma integral de atendimentos, possibilitando a descentralização, municipalização e a participação da sociedade civil.
 Mas antes, disso na década de 80, houve acontecimentos e movimentos de grande importância que lutou em prol das crianças e adolescentes, que possibilitou os canais de democratização, com proposito de materializar e regulamenta esta política de proteção integral, transformando em sujeitos de direitos. Antes as crianças e adolescentes não era visto como um cidadão de direitos, as legislações e Estatutos eram apenas direcionados aos menores infratores, e o ECA foi implantando para a realização e efetivação destes direitos de forma legal politicamente proteção a menores de 18 anos, sendo uma lei abrangente, ampla que provocar e efetive transformações na vida destes sujeitos, garantindo o mínimo de bem estar social. E com todo esse movimento de implantação acarretou várias exigências e implantações de avanços na sociedade brasileira.
 
Refrencias 
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2004._____. Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2005

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