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CRIAÇÃO DE BOVINOS DE LEITE DO NASCIMENTO A RECRIA

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CRIAÇÃO DE BOVINOS DE LEITE DO NASCIMENTO A RECRIA
Geraldo Tadeu dos Santos
1
PLANO DE AULA
Objetivos da criação de bezerras e novilhas;
Metas;
Cuidados com a vaca gestante;
Cuidados com o recém-nascido;
Modalidade de transmissão da imunidade passiva colostral;
Composição e qualidade do Colostro;
Banco de colostro;
Absorção das imunoglobulinas do colostro pelo recém-nascido;
Período de transformação do trato gástrico-intestinal;
2
PLANO DE AULA
Sistema de aleitamento, concentrado e feno;
Desmame;
Exigências nutricionais e alimentação das bezerras e novilhas;
Instalações para bezerras e novilhas de recria;
Manejo sanitário de bezerras e novilhas de recria;
Crescimento das bezerras e novilhas – curva de crescimento;
Considerações Finais;
Referências bibliográficas.
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Objetivos da Criação de Bezerras e novilhas
Renovação do plantel:
Possibilitar descarte de vacas da ordem de 20-25% ao ano;
Promover o melhoramento genético do rebanho.
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Metas
Escolher fêmea filhas das melhores vacas - alto mérito genético;
Trabalhar para ter baixa taxa de mortalidade de bezerras;
Adotar um sistema de criação com o menor custo possível.
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Cuidados com a vaca gestante
No inicio da gestação, nos 1ºs. 6 meses o crescimento fetal é de apenas 30%;
últimos 3 meses da gestação:
70% do crescimento fetal,
> exigência nutricional, 
queda no IMS da vaca,
deficiência nutricional,
Vacinação das vacas no pré-parto, 8º. Mês, contra a Pneumoenterite e Leptospirose.
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Piquete ou baia maternidade;
Cuidados com a recém nascida
Acompanhamento do parto:
7
Colostro
Primeiro leite, produzido nas últimas 3 semanas de gestação;
Cuidados com a recém nascida
Importante na Imunidade passiva do recém-nascido;
Deve ser fornecido nas primeiras horas de vida;
Quantidade mínima de 5% do PV / refeição.
8
Modalidade de transmissão da imunidade passiva colostral
FONTE: Levieux (1984).
Nesta figura o autor mostra que os ruminantes recém nascidos são dependentes do colostro materno para ter uma boa imunidade passiva colostral.
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Composição do colostro
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Qualidade de transmissão da imunidade passiva colostral
Depende de vários fatores:
1. Fatores ligados à vaca:
Qualidade do colostro.
2. Fatores ligados ao bezerro: 
atitude de mamar;
capacidade de absorção intestinal de imunoglobulinas.
3. Fatores ligados ao criador:
modalidade de administração do colostro.
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Qualidade do Colostro
Nível de IgG:
<22 mg/mL: baixa;
22-50 mg/mL: moderada;
>50 mg/mL: alta.
As vacas primíparas tem colostro mais pobres em imunoglobulinas que as multíparas;
Colostro das vacas Jersey são mais ricos em IgG do que o colostro de vacas da raça Holandesa.
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Banco de Colostro
Controle de qualidade:
Colostrômetro/Lactodensímetro;
vacas x novilhas (vacas melhor 
 colostro);
sangue e/ou mastite, colostro
 comprometido.
Forma de armazenamento
garrafas x bandejas;
Identificação.
Qdo o Lactodensímetro
Não penetra muito dentro da proveta e aparece o verde
Qdo o Lactodensímetro
 penetra muito dentro da proveta e o verde não aparece
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Banco de Colostro
Somente colostro da 1ª. Ordenha após o parto
Garrafa pet é mais prático, porém é mais difícil descongelar;
Em saco plástico dentro de uma bandeja facilita o descongelamento;
A temperatura não deve ultrapassar 60oC.
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Efeito do tempo após o nascimento na eficiência de absorção de IgG1 no plasma
Fonte: Levieux (1984).
No início até 2 horas do nascimento e eficácia de absorção é máxima
Por volta de 13 horas do nascimento e eficácia de absorção cai para 50% e as 24/36h a absorção é praticamente zerada !!!
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Fornecimento de Colostro
Sim	
Deve-se fornecer 1a alimentação dentro de 3-6h; 
Na quantidade de 5% do peso vivo / refeição;
Dar o colostro da mãe se for de boa qualidade;
Fornecer de 2 a 3 L na 1a alimentação e depois a cada 12h;
Quando o bezerro não tiver força para mamar, usar tubo esofágico e forçar a ingestão de pelo menos 1,5 a 2 litros de colostro.
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Fornecimento de Colostro
Não 	
Não fornecer colostro de animais que apresentaram secreção antes ou durante o parto; 
Não fornecer colostro com sangue ou mastite;
Não esperar que o bezerro mame sozinho;
Não permitir que o bezerro mame na vaca ou tenha consumo inferior que 2 L/refeição;
Não usar tubo esofágico sujo ou quebrado.
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Tubo ou Sonda Esofágica (SE)
A passagem da SE facilita a administração do colostro aos recém-nascidos com pouca força para ingestão normal do colostro.
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Eliminação de tetas extras;
Cuidados com a recém nascida
Cura do umbigo:
Solução iodo 5-7%;
Durante 2-3 primeiros dias.
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Identificação e pesagem:
Cuidados com a recém nascida
Acompanhamento do crescimento: 
Facilita a execução de tarefas. previamente planejadas.
Medição de altura.
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Brincos
Colares
Identificação e pesagem
Pesagem
Tatuagem
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Outros cuidados com a bezerra 
Descorna
Ferro quente
Pasta cáustica
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Sistemas de aleitamento
1. Natural 
Rodízio de 1 quarto deixado para o bezerro;
No Final o bezerro mama nos 4 quartos. É suficiente deixar 30 a 40 min. para o bezerro mamar.
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Sistemas de aleitamento
2. Aleitamento sem a presença do bezerro:
Mamadeira x balde x bibeirão
Bicos: 
secreção de saliva e enzimas digestivas;
Necessidade de mamar;
Dificuldade de limpeza; 
Tempo para alimentação.
Balde: 
Requer treinamento do funcionário.
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Goteira esofageana
Do ponto de vista de funcionamento da goteira esofagica é melhor os dois exemplos acima.
Fechamento mais adequado da Goteira Esofágica
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Aleitamento coletivo para grandes Rebanhos
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Dieta Líquida
Leite;
Sucedâneo ou substituto do leite;
Leite descarte:
Colostro excedente, 
leite transição,
leite mastite/carência de antibiótico.
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Dieta Líquida
Sucedâneo ou substituto do leite
custo por litro diluído;
oferta de leite descarte; 
composição:
 proteína animal/vegetal: soro de leite, proteínas do soja
 carboidrato: resíduos do processamento do leite,
 lipídeos de alta digestibilidade: homogeneizados,
 possibilidade de inclusão de medicamentos. 
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Desmama 
Objetivo;
Critérios:
Idade – 6 a 8 semanas,
Consumo concentrado no momento da desmama:
900 a 1.000 g de concentrado/dia (Holandês),
450 g de concentrado/dia (Jersey),
900 a 1.000 g de concentrado/dia (P. Suíço),
600 a 700g de concentrado/dia (Girolando).
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Desmama 
Concentrado: 
Até 3 a 4 meses:
granulometria grosseira ou de preferência Peletizado, 
18 a 19% de proteína bruta, 78% de NDT, FDA (6 - 20%); FDN (15 - 25%). 
Após 4 meses até 6-8 meses:
16% de proteína bruta, 72% de NDT, FDA (12 - 28%); FDN (20 - 30%).
Volumoso: feno de boa qualidade
desenvolvimento da musculatura do rúmen X diminuição do consumo de concentrado.
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Vida do Bezerro e Desenvolvimento do Rúmen
			Linha do tempo ==== 
Dieta		Líquida		
Órgão	Abomaso
Energia	Glicose					 
Proteína	Dieta		.	 
						 				
No começo da vida da bezerra a Dieta é o leite/líquida:
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Vida do Bezerro e Desenvolvimento do Rúmen
			Linha do tempo ==== 
Dieta		Líquida	Líquida + Sólida		
Órgão	Abomaso	Abomaso + Rúmen	
Energia	Glicose	Glicose/AGV		
Proteína	Dieta		Dieta/Bact.	
										
Fase em que se começa a fornecer concentrado e feno33
Vida do Bezerro e Desenvolvimento do Rúmen
			Linha do tempo ==== 
Dieta		Líquida	Líquida + Sólida		Sólida
Órgão	Abomaso	Abomaso + Rúmen	Rúmen
Energia	Glicose	Glicose/AGV		AGV
Proteína	Dieta		Dieta/Bact.	 Bact./Bypass
						Desmama ===				
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Impacto da Desmama
Fonte primária de nutrientes muda da líquida para sólida;
Quantidade de MS é aumentada drasticamente; 
Adaptação ao tipo de digestão característico de ruminantes;
Mudanças de instalação e manejo.
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Fornecendo somente Leite: 6 semanas de vida
 Efeito da dieta sobre as papilas do rúmen e retículo 
Fonte: Foto da PennState University
Abomaso é o maior órgão
Retículo e o rumen mantém uma mucosa esbranquiçada enquanto a dieta for líquida.
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Leite e Concentrado - 6 semanas de vida
Fonte: Foto da PennState University
Leite, Feno e Concentrado 
6 semanas

Desenvolvimento das papilas ruminais 
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Leite, Feno, Concentrado - 12 semanas
Fonte: Foto da PennState University
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	Ao nascer: retículo-rúmen pouco desenvolvido e não funcional = 30% do total 
	Maiores mudanças: colonização de bactérias, musculatura e parede interna (papilas) desenvolvidas
	3 a 4 semanas: retículo-rúmen 60% do total 
	12 semanas: sistema digestório próprio de um ruminante.
	Retículo-rúmen: 85% do total
	Abomaso: 7% do total 
Fonte: Church – Nutrição de Ruminantes.
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Água
Consumo total regulado pelo animal;
A ingestão de água estimula o consumo de concentrado;
Qualidade da água / acesso adequados.
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Exigências Nutricionais
Fase de aleitamento: atendidas pelo leite ou sucedâneo;
Fase de transição: atendidas pelo leite e por grãos;
Fase ruminante: atendidas por alimentos sólidos (farelo de soja, f. Linhaça, torta de girassol, f. Canola, milho, sorgo, casquinha de soja, resíduos de mandioca, f. Trigo e outros).
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Desenvolvimento da novilha conforme o plano alimentar e o peso vivo – Raças Pequenas - JERSEY
Fonte: NRC (2001)
PARA AS NOVILHAS JERSEY O GMD (ADG) DEVE COMEÇAR EM 300 g e ir aumentando o GMD até 500 a 600 g até atingir 250 kg.
Quando as bezerras atingem 100 kg de PV, por volta de 30 a 40 dias após o desmame elas devem ganhar de 300 a 350 g de peso vivo diário.
Por volta de 150 kg, as bezerras devem ganhar de 350 a 400 g de peso vivo diário.
Por volta de 200 kg, as bezerras devem ganhar de 450 a 500 g de peso vivo diário.
Por volta de 250 a 300 kg, as bezerras devem estar ganhando de 500 a 600 g de peso vivo diário.
ADG = Average Day Gain (Ganho Médio Diário) (kg/dia);
TDN = Nutrientes Digestíveis Totais, sigla em português NDT;
Nem = Energia Líquida de Mantença;
Nec = Energia Líquida de Crescimento;
ME = Energia Metabolizável;
RDP = Proteína Degradável no Rumen;
RUP = Proteína não Degradável no rúmen;
CP = Proteína Bruta;
Ca = Cálcio;
P = Fósforo.
O ideal para as raças pequenas, como a JERSEY é ter um ADG entre 0,4 a 0,6 kg/dia (400 a 600 g/dia). Pois, se a bezerra nasce com 25 kg de PV no desmame aos 60 dias aproximadamente ele deve estar com, no mínimo, o dobro do peso vivo, isto é, com o mínimo de 50 a 55 kg de P.V. O peso ideal de cobertura da Jersey é 240 kg para a 1ª. Inseminação ou Monta Natural. 
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Usuário do Microsoft Office (UdMO) - 
Usuário do Microsoft Office (UdMO [2]) - 
Desenvolvimento da novilha conforme o plano alimentar e o peso vivo – Raças Grandes - Holandês
Fonte: NRC (2001)
PARA AS NOVILHAS DA RAÇA HOLANDESA O GMD (ADG) DEVE COMEÇAR EM 500 g e ir aumentando o GMD até 750 g. quando atingem 350 kg.
Quando as bezerras atingem 150 kg de PV, por volta de 30 a 40 dias após o desmame elas devem ganhar de 500 g de peso vivo diário.
Por volta de 200 kg, as bezerras devem ganhar de 550 a 600 g de peso vivo diário.
Por volta de 250 kg, as bezerras devem ganhar de 650 a 700 g de peso vivo diário.
Por volta de 300 kg, as bezerras devem estar ganhando de 750 g de peso vivo diário.
Considerações práticas
Consumo de concentrado é inversamente proporcional ao consumo de leite;
Fornecimento restrito de leite estimula consumo de concentrado, permite desmama precoce e menor custo/kg ganho;
Disponibilidade de água;
Concentrados palatáveis (melaço em pó, levedura, secos, livres de mofo, etc.
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Instalações
Ambiente deve ser: ventilado, seco e limpo;
Deve garantir: sombra, alimento, água de boa qlde.
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Outros tipos de Bezerreiro Individuais
Instalações com 15 a 20 metros de comprimento, 3,0 a 3,5 m de altura, lanternin na parte central, aberturas laterais com cortinas para proteção das chuvas, piso ripado para escoamento das fezes e urina.
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Bezerreiros individuais tipo casinhas 
47
Alternativa de alojamento do bezerreiro
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Manejo sanitário
Vacinas
Brucelose: Só fêmeas de 3 a 8 meses de idade – 1 só vez (requer acompanhamento veterinário);
Aftosa: Calendário oficial, duas vezes ao ano;
IBR – Rinotraqueíte Infecciosa Bovina: Novilhas a partir do 1º. Ano, vacinação anual;
BVD – Diarréia Viral Bovina: Idem a IBR
Clostridioses: 1ª. Vacina aos 3-4 meses e anualmente até a novilha completar 2 anos
Leptospirose: 1ª. Vacina aos 4 meses e de 6 em 6 m, independentemente da idade.
Raiva: Em regiões endêmicas, vacinação anual, a partir dos 4 meses, independentemente da idade.
49
49
Manejo sanitário
Vermifugação: 1x/mês até 6 meses, depois a cada 3 ou 4 meses até 16 m.;
50
Outras doenças importantes:
Diarréias: colibacilose, coccidiose: não tem vacinas eficientes, solução boa colostragem;
Pneumonia (Pneumoenterite): Vacina da mãe no 8º. Mês e dos bezerros com 7 e repetir 14 dias após o nascimento;
Tristeza Parasitária: Babesiose e Anaplasmose: estas doenças são as transmitidas pelos carrapatos e não há vacina eficiente. Observar focinho seco, temperatura acima de 39,5oC, pelos arripiados, mucosas anêmicas.
50
Susceptibilidade a doenças em bezerras
As bezerras requerem maiores cuidados entre 4 e 6 semanas de vida, quando a imunidade passiva está em queda e a imunidade ativa ainda não atingiu seu nível adequado.
51
Desenvolvimento da Glândula Mamária (GM)
Fetal:
Todas as estruturas estão formadas ao nascimento.
52
Do nascimento à concepção:
Nascimento até os 3 meses:
Crescimento isométrico.
3 meses até a puberdade:
Crescimento alométrico - A GM cresce 3,5 x a mais do que o resto do corpo;
Puberdade até a concepção:
Crescimento isométrico.
52
Desenvolvimento da Glândula Mamária
Gestação
Maior crescimento;
Crescimento dos alvéolos.
53
Lactação 
Até o pico de lactação.
53
Manejo de Novilhas
Alimentação
Após o desmame
54
Máximo de 2 a 3 kg de concentrado/cabeça/dia;
Forragem de alta qualidade, de preferencia na forma de feno;
Avaliação mensal do escore de condição corporal;
Sal mineral à disposição;
Água limpa, fresca e abundante.
Após a puberdade:
Silagem de milho pode ser fornecida junto com o feno de qualidade.
54
Crescimento de Novilhas
55
	RAÇA	IDADE (meses)	Peso (kg)
	Porte Grande	Nascimento	40 - 45
	(Holandês, Pardo Suiça)	2 meses	81 - 95
		6 meses	167 - 195
		Puberdade	270 - 280
		15 meses - Cobrição	360 - 390
		24 meses - Parição	510 - 589
Fonte: HEINRICHS e HARGROVE (1987); CAMPOS e LIZIEIRE (1999); NRC (2001); DOS SANTOS et al. (2010).
55
Crescimento de Novilhas
56
	RAÇA	IDADE (meses)	Peso (kg)
	Pequeno Porte 	Nascimento	25
	(Jersey)	2 meses	41
		6 meses	104
		Puberdade	205
		15 meses - Cobrição	250
		24 meses - Parição	360
Fonte: CAMPOS e LIZIEIRE (1999); NRC (2001); DOS SANTOS et al. (2010).
56
Crescimento de Novilhas
57
	RAÇA	IDADE (meses)	Peso (kg)
	Holandês- Zebu	Nascimento	30 - 35(Girolanda e Mestiças)	2 meses	55
		6 meses	120
		Puberdade	260 - 270
		 15 meses - Cobrição	 330
		24 meses - Parição	450 - 460
Fonte: CAMPOS e LIZIEIRE (1999); NRC (2001); DOS SANTOS et al. (2010).
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Peso recomendado para fêmeas da raça Holandesa
58
Altura recomendada para fêmeas da raça Holandesa
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IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE VERMÍFUGO SOBRE O GANHO PV DE NOVILHAS NO VERÃO
	Tratamentos	Ganho de Peso 	Vivo (Kg/dia)
	1. Uso de um só piquete todo verão	Média do verão	Média do meio ao fim do verão
	1.1 Sem aplicação	0,31	0,25
	1.2 Com duas aplicações	0,42	0,32
			
			
			
Fonte: FARIAS, V.P. citado por DOS SANTOS et al. (2011).
IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE VERMÍFUGO SOBRE O GANHO PV DE NOVILHAS NO VERÃO
	Tratamentos	Ganho de Peso 	Vivo (Kg/dia)
	1. Uso de um só piquete todo verão	Média do verão	Média do meio ao fim do verão
	1.1 Sem aplicação	0,31	0,25
	1.2 Com duas aplicações	0,42	0,32
	2. Na metade do verão mudança de piquete	Média do Verão	Média do meio ao fim do verão
	1.1 Sem aplicação	0,63	0,64
	1.2 Com duas aplicações	0,75	0,83
Fonte: FARIAS, V.P. citado por DOS SANTOS et al. (2011).
Instalações para Novilhas
Ambiente:
Ventilado,
Seco,
Limpo.
Deve garantir:
Sombra,
Alimento,
Água de boa qualidade.
Fácil acesso ao alimento e a água;
Piquetes (+ utilizado);
Lotes homogêneos de 8 a 15 novilhas (adequado ganho de peso).
62
62
63
Cocho para alimentação volumosa e concentrada; 
Bebedouro, distante do cocho; 
Arborização do piquete ou sombrite 70; 
Área coberta para colocação de sal mineral e feno a vontade. 
Para a criação de novilhas do desmame até o parto é suficiente ter dois piquetes como este para cada grupo de novilhas: Deve-se alternar a cada 21 a 28 dias.
63
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sucesso do rebanho depende do melhoramento genético proporcionado pela excelência da criação de bezerras para termos novilhas aptas a reprodução o mais cedo possível;
Deve-se garantir as bezerras um desenvolvimento satisfatório, sem ganhos de peso exagerados, principalmente, na puberdade entre 8 e 12 meses de vida;
Para alcançar estes objetivos, deve-se lançar mãos das tecnologias existentes, mas que não vem sendo adotadas por grande parte dos produtores.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
CAMPOS, O.F.; LIZIEIRE, R.S. Alimentação e manejo de novilhas. 1999, 14p. In: http://www.agencia.cnptia.br Acesso em 03 de março de 2018.
DOS SANTOS, G.T.; DAMASCENO, J.C.; DA SILVA, D.C. Criação e manejo de bezerras. In: SANTOS, G.T. et al. (Organizadores) 2010. Bovinocultura Leiteira – Bases Zootécnicas, Fisiológicas e de Produção. Eduem, p.47-77, 2010.
DOS SANTOS, G.T.; DAMASCENO, J.C.; DA SILVA, D.C. Manejo de novilhas leiteiras, em busca da eficiência técnica. In: SANTOS, G.T. et al. (Organizadores) 2010. Bovinocultura Leiteira – Bases Zootécnicas, Fisiológicas e de Produção. Eduem, p.79-107, 2010.
LUCCI, C.S. Nutrição e manejo de bovinos leiteiros. São Paulo: Manole, 1997. 169p.
DEGASPERI, S.A.R. E PIEKARSKI, PR.B. Bovinocultura leiteira: Planejamento, manejo e instalações. Curitiba: Livraria do Chain, 1988. 
LOPES, M.A.A e VIEIRA, P.F. Criação de bezerros Leiteiros. Jabotical: Funep, 1988. 69p.
HOLMES C.W.; WILSON, G.F. Produção de leite a pasto. Campinas – SP: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1990. 708p.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
MICHELETTI, J.V. E CRUZ, J.T. da. Bovinocultura leiteira: instalações. 4ª. Ed. Curitiba: Litero-técnica, 1985.
MONTARDO, O.V. Alimentos e alimentação do rebanho leiteiro. Guaíba: Agropecuária, 1998. 209p.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC. Nutrient requirements of dairy cattle. 7ed. Washington, D.C.: National Academy Press, 2001, 381p.
NEIVA, R.S. Produção de bovinos leiteiros: planejamento, criação e manejo. 1ed. Lavras: UFLA, 1998. 534p.
PEIXOTO, A.M. et al. (Ed.) Bovinocultura de leite: fundamentos da exploração racional. 2.ed. Piracicaba, FEALQ, 1993, 581p.
PEREIRA, E.S.; PIMENTEL, P.G.; QUEIROZ, A.G.; MIZUBUTI, I.Y. Novilhas leiteiras. Fortaleza – BR: Graphiti Gráfica e Editora Ltda, 2010. 632p.
MUITO OBRIGADO!
E-mail: gtsantos50@gmail.com
 Ordenha pós-parto 
Parâmetro 1 2 3 Leite 
Gravidade específica 1,056 1,040 1,035 1,032 
Sólidos, % 23,9 17,9 14,1 12,9 
Proteína, % 14,0 8,4 5,1 3,1 
Caseína, % 4,8 4,3 3,8 2,5 
IgG, mg/mL 48,0 25,0 15,0 0,6 
Gordura, % 6,7 5,4 3,9 3,7 
Lactose, % 2,7 3,9 4,4 5,0 
 
 
 
 
 Ordenha pós-parto 
Parâmetro 1 2 3 Leite 
Gravidade específica 1,056 1,040 1,035 1,032 
Sólidos, % 23,9 17,9 14,1 12,9 
Proteína, % 14,0 8,4 5,1 3,1 
Caseína, % 4,8 4,3 3,8 2,5 
IgG, mg/mL 48,0 25,0 15,0 0,6 
Gordura, % 6,7 5,4 3,9 3,7 
Lactose, % 2,7 3,9 4,4 5,0 
 
 
 
 
	
	Ordenha pós-parto
	
	Parâmetro
	1
	2
	3
	Leite
	Gravidade específica
	1,056
	1,040
	1,035
	1,032
	Sólidos, %
	23,9
	17,9
	14,1
	12,9
	Proteína, %
	14,0
	8,4
	5,1
	3,1
	Caseína, %
	4,8
	4,3
	3,8
	2,5
	IgG, mg/mL
	48,0
	25,0
	15,0
	0,6
	Gordura, %
	6,7
	5,4
	3,9
	3,7
	Lactose, %
	2,7
	3,9
	4,4
	5,0
Alta qualidade
Baixa qualidade
Abomaso
(Estômago verdadeiro)
Omaso
Rúmen
Retículo
Esôfago
Goteira 
Esofagiana
Fase 1: Não ruminante (nascimento até 21 
dias). 
Abomaso 
perfaz 70% do total. O rúmen 
não está desenvolvido e portanto, não é 
funcional. O consumo de dieta sólida 
estimulará seu desenvolvimento
Omaso
Abomaso
Rúmen
Retículo
Fase 2: Rúmen em desenvolvimento (22 aos 
56
-
84 dias). O consumo de dieta sólida, 
principalmente concentrado, estimula o 
crescimento de microrganismos que produzem 
ácidos graxos voláteis. Estes ácidos 
promovem o desenvolvimento 
ruminal
.
Retículo
Rúmen
Omaso
Abomaso
Fase 3: após 84 dias. Neste ponto o 
animal pode ser considerado como 
ruminante.
Imunidade 
passiva 
(colostro)
Imunidade ativa 
(
sist
. imune do 
bezerro)
Resistência à doenças
Período de maior 
susceptibilidade a 
pneumonia
Idade do bezerro (semanas)
0
100
200
300
400
500
600
1357911131517192123
Idade (mês)
Peso (kg)
Chart1
	54.026	4.994
	73.094	8.172
	95.794	6.81
	117.132	7.718
	141.194	8.172
	167.526	15.89
	191.588	13.62
	212.472	18.16
	240.62	19.522
	261.05	23.154
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	521.192	25.878
	521.192	38.59
	531.18	38.59
Idade (mês)
Peso (kg)
Plan1
		Peso - HPB					Altura - HPB
	Idade em		67 th		67 th			67 th		67 th
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Plan2
	
Plan2
	54.026	4.994
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	521.192	38.59
	531.18	38.59
Idade (mês)
Peso (kg)
Plan3
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	83.82	2.54
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	109.22	2.54
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	119.38	2.54
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	127	2.54
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	129.54	2.54
	129.54	2.54
	132.08	2.54
	132.08	2.54
	134.62	2.54
	134.62	2.54
Idade (mês)
Altura (cm)
	
	54.026	4.994
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	531.18	38.59
Idade (mês)
Peso (kg)
70
80
90
100
110
120
130
140
1357911131517192123
Idade (mês)
Altura (cm)
Chart3
	78.74	2.54
	83.82	2.54
	88.9	2.54
	91.44	2.54
	96.52	2.54
	101.6	2.54
	104.14	2.54
	109.22	2.54
	109.22	2.54
	114.3	2.54
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	119.38	2.54
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	127	2.54
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	129.54	2.54
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	132.08	2.54
	134.62	2.54
	134.62	2.54
Idade (mês)
Altura (cm)
Plan1
		Peso - HPB					Altura - HPB
	Idade em		67 th		67 th			67 th		67 th
	Meses	Mediana (#)	percentil	Mediana (kg)	percentil (kg)		Mediana	percentil	Mediana (cm)	percentil (cm)
	1	119	130	54	59		31	32	79	81		54	5	59		79	3	81
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Plan2
	
Plan2
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Idade (mês)
Peso (kg)
Plan3
	78.74	2.54
	83.82	2.54
	88.9	2.54
	91.44	2.54
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	101.6	2.54
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	109.22	2.54
	114.3	2.54
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	119.38	2.54
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	132.08	2.54
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	134.62	2.54
Idade (mês)
Altura (cm)
	
	54.026	4.994
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	521.192	38.59
	531.18	38.59
Idade (mês)
Peso (kg)

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