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CRIAÇÃO E PRODUÇÃO I N2 - SUB Bovinocultura Leiteira COMPOSIÇÃO DE REBANHO Definir uma meta: 1. O que vou produzir? 2. Quanto vou produzir? 3. Como vou produzir? • Regras, rebanho, manejo, ... 4. De quem vou comprar os insumos? • Fornecedores 5. Para quem vou vender? • Clientes • Potencial produtivo da fazenda, pressão de seleção, composição do rebanho (manutenção ou aumento) Potencial produtivo (qualidade e quantitativo) Estratégia ESTRATÉGIA EXECUTAR AJUSTAR MONITORAR - Para concluir sobre a composição do rebanho, precisa-se saber sobre seu menejo. Dimensionar o tamanho do meu rebanho /sistema A quanto mais ajustes, maior o erro no planejamento e/ou execução Execução está de acordo com o planejado? Vacas Leiteras: Vacas Leiteras: • Baixa % de vacas em lactação em relação ao número total de bovinos de diferentes categorias → REFLEXO NEGATIVO NA PRODUTIVIDADE • Parâmetro ainda pouco utilizada → tanto na avaliação inicial quanto no planejamento para programa de assistência técnica • I.E.P. (intervalo entre partos): cálculos são pensados para esse período, sendo ele cíclico entre 12-14 meses. • Pico de Lactação: pico de produção de leite naquela gestação (+- em 60 dias após o parto). Vacas Leiteras: • Período de Transição: interrompe-se a lactação 2 meses antes do novo parto, para a vaca ajustar seu metabolismo para um novo parto. • VACA PERMITE LACTAÇÃO E GESTAÇÃO AO MESMO TEMPO (fertilização ocorre no 3º mês pós-parto) • Condição Corporal: durante o balanço energético negativo, a vaca não entra em cio, precisando de estratégias para tirá-la rapidamente desse estado. • Prática: na inseminação a vaca ainda está em balanço energético negativo, porém seu consumo de matéria seca (MS) está alto, não gastando e nem guardando energia (cal, esse estado é chamado de balanço energético nulo). • Definir quantos animais estarão em cada categoria → ESCALONAMENTO. Vacas Leiteiras: • Separar o rebanho em fases: 1. CRIA: bezerras que nascem até aleitamento. 2. RECRIA: desmame até o 1º parto • 2/3 – 6 meses: bezerras desaleitadas • 6 -12 meses: bezerras antes e na puberdade • 12 – 18 meses: novilhas, maturidade sexual • 24 meses: 1ª gestação Objetivos da Fase de Cria: • Garantir altos índices de sobrevivência (menores mortalidades); • Um ritmo de crescimento adequado (meta de idade ao desaleitamento); • Desmame com maior peso corporal (mínimo dobro do peso do nascimento); • Adaptação à dieta pós-desaleitamento (sólida). Objetivos da Fase de Recria: • Garantir idade precoce ao 1º parto; • Ritmo de crescimento adequado; • Máximo desenvolvimento da glândula mamária; • Garantir melhoramento genético. • Raça é importante para definir a meta (raças leiteiras: Jersey, Holandesa e Gir) • Definir I.E.P. que será usado: quantas produzindo leite e quantas em período seco (transição, novo parto) • Estimativa dos índices de mortalidade (depende do manejo adotado) • Vacas em lactação, vacas secas, bezerras 0 – 2 meses, bezerras 2 – 6 meses, bezerras 6 -12 meses, novilhas 12 – 18 meses e novilhas 18 – 24 meses Composição do rebanho e sua importância no manejo: • Nº total de vacas no rebanho: VL= meta produção média/vaca/dia • Vacas em Lactação • Número de vacas que devem ser ordenhadas por dia para atingir a meta %VL= período de lactação (PL) x 100 I.E.P. • Porcentagem de vacas em lactação %VS= 100% - % VL • Porcentagem de vacas na fase seca Composição do rebanho e sua importância no manejo: Nº VS= %VS x Nº VL %VL VT = VL + VS • Vacas totais • Nº partos médios por mês: NP = VT ESCALONAMENTO DO REBANHO I.E.P. 50% F 50% M (descartados) • Bezerras 0 – 2 meses: 5 bezerras x 2 meses = 10 • Mortalidade 4% e sobrevivência 96% • 10 x 0,96 = 9,76 ≅ 9 animais • Bezerras 2 – 6 meses: 9,76 em 2 meses, em 1 mês 4,88 animais • 4,88 x 4 = 19,52 • 19,52 x 0,98 = 19,12 ≅ 19 animais • Bezerras de 6 – 12 meses: 19,12 em 4 meses, em 1 mês 4,78 animais • 4,78 x 6 = 28,68 • 28,68 x 0,99 = 28,39 ≅ 28 animais • Novilhas de 12 – 18 meses: 28,39 em 6 meses, em 1 mês 4,73 animais • 4,73 x 6 = 28,39 • 28,39 x 0,99 = 28,10 ≅ 28 animais • Novilhas de 18 – 24 meses: 28,10 em 6 meses, em 1 mês 4,68 animais • 4,68 x 6 = 28,10 • 28,10 x 0,99 = 27,82 ≅ 28 animais Composição do rebanho e sua importância no manejo: Fase de Cria Manejo – Fase de Cria • Fase de cria e recria (≅ 22 – 24 meses): animal não produz lucro, apenas consome • Desafios a serem vencidos: doenças infecto-contagiosas, ecto e endoparasitas, ambiente e instalações inadequados, utilização inadequada de colostro e alimento líquido, baixa qualidade de alimento sólido, subnutrição e ebaixa qualidade de mão-de-obra. • Em geral usa-se mão-de-obra familiar e/ou analfabeto funcional, essa mão-de-obra precisa de treinamento para poder ser adequada e garantir o menor índice de mortalidade possível • Anallisar a quantidade e qualidade do colostro e estipular uma alimentação sólida (quantidade, qualidade, volumoso, concentrado → quais os benefícios?) Manejo – Fase de Cria • 2 maiores causas de mortes: • 1ª DIARRÉIA (podendo ser infecciosa ou não): • Ocasionada pela falta de higiene. A dieta sólida estimula a criação de uma microbiota ruminal, favorecendo a fisiologia e evitando/dificultando quadros de diarreia. • 2ª PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS (PNEUMONIA): • Favorecido em ambientes úmidos e gelados sendo a pneumonia o mais comum. • Gastos com medicamentos nessa fase, buscando menores índices de mortalidade • Trabalhar evitando que o animal adoeça (maior parte por doenças infecto-contagiosas) • 10 -15 dias antes do parto manter animal sobre OBSERVAÇÃO CONSTANTE • Piquete maternidade (baia): em um local de fácil observação, sendo limpo, seco e com sombra. Deve possuir fácil acesso a água e alimento, ambos de alta qualidade. • Importante contato inicial entre cria e mãe (nem sempre realizado) 5 C’s da Criação: • Colostro, concentrados, consistência, cuidados com a higiene e conforto. • Protocolos fundamentais para o bem-estar do animal • Dieta líquida: colostragem, aleitamento e água • Dieta sólida: concentrado x volumoso • Instalações: higiene e conforto • Rotina: consistência de manejo Manejo – Fase de Cria Cuidados Pós-Nascimento • Inspecionar o animal: cria sem problemas motores, vias aéreas não obstruídas, secar o animal e FORNECER O COLOSTRO • Recolher o animal para local protegido: bezerro no bezerreiro ou com a mãe. • Corte e desinfecção do umbigo: esterilizar com tintura de iodo a 3% com álcool durante 2 – 3 dias para secar o coto umbilical até esse cair, evitando uma porta de entrada para infecções. Em conjunto pode-se utilizar uma pomada larvicida para evitar moscas depositando ovos e causando miíases. • Identificação: brinco e/ou tatuagem Manejo – Fase de Cria Manejo de Colostragem • Colostro não é leite, é uma secreção rica em imunoglobulina e outras proteínas séricas. • Não tem valor comercial • Placenta dos ruminantes não permite uma imunização efetiva → TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA PELO COLOSTRO PÓS-NASCIMENTO (10g Ig/L) • 24 – 48 horas pós-nascimento: alças intestinais se encontram com maior permeabilidade, permitindo a passagem das Ig’s de forma facilitada. • Obs: bezerra precisa de colostro, mas não é necessário ser da mãe. Manejo – Fase de Cria Manejo de Colostragem • Fornecimento precoce do colostro • Fatores ligados á vaca (qualidade e quantidade do colostro) analisar se o colostro materno é a melhor opção para a bezerra • Fatores ligados à bezerra (atitude de mamar e capacidade de absorção intestinal) • Fatores ligados ao criador (modalidade de administração do colostro) • Qualidade do colostro: • Depende da nutrição, saúde, número de partosc(melhores após 3º parto) e ORDENHA NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO (com ordenhas nesse período o colostro perde qualidade). • Quanto menor a qualidade, maior deverá ser o volume fornecido • REVITALIZAÇÃO: a partir do 3º dia pós-parto, a mucosa das microvilosidades começam a mudar, tornando a absorçãode Ig’s (IgG) pelo colostro ineficaz (falha na transferência passiva). • Em 12h bezerra deve ingerir um mínimo de 8 hg de colostro. O recomendado é 14 kg em 24h, com a ingestão de 2,5 kg de colostro a cada mamada sendo o ideal (bubalinos: 7 – 8 kg em 24h; caprinos e ovinos: 2,5 – 3 L em 24h) Manejo – Fase de Cria Manejo de Colostragem • Administração do colostro direto com a mãe, por balde (mais indicado para leite e não para colostro) e/ou por mamadeira (posição favorece a abertura da goteira esofágica, guiando o leite direto para o abomasso) • Mensurar o consumo de colostro: • Bezerra saliva mais, acumulando leite no carto da boca • Movimentos de deglutição • Bezerra bem alimentada → ATIVA • Bezerra não alimentada → PROSTRADA • Oferecer mamadeira com colostro para verificar se bezerra mamou o suficiente ou não Manejo – Fase de Cria Manejo de Colostragem • Colostrômetro: avalia a densidade do colostro (por 6 meses), podendo ofertar esse colostro bom para outras bezerras (obviamente para quando há muito) • Outra opção para armazenamento é a SILAGEM DO COLOSTRO, no qual esse é mantido em um recipiente (geralmente garrafa pet) à temperatura ambiente. O colostro acidifica e não cresce patógenos. • Tipos de colostro para cabras: • Colostro tratado → tratamento térmico à 56°C (banho Maria), eliminando agentes infecciosos sem desnaturar proteínas. • Sucedâneo → à base de soro sanguíneo, uma fórmula comprada. Indicados para casos em que a mãe morre e não há onde obter colostro (não terá um resultado tão bom quanto o colostro e nada é melhor do que o colostro tratado da própria espécia) • Colostro de outra espécie (mais comum bovinos, usando também bubalinos) → efeitos nutricionais e laxativos são similares, porém a transmissão de imunidade é menos eficiente (especificidade das Ig’s) • COLOSTRO DE CABRAS SADIAS → obrigatório aleitamento artificial, visando cortar a transmissão da CAE (artrite encefalite caprina → transmitida pelo colostro e sem cura) → tratamento de 56°C a 60°C por 30 min. Manejo – Fase de Cria TÉRMINO DO COLOSTRO → FÊMEA ENTRA NA PRODUÇÃO DE LEITE PROPRIAMENTE DITA • Enquanto colostro é melhor administrado na mamadeira o leite é recomendado ser ofertado em balde (sistema artificial → sabe-se a quanto o animal está ingerindo, no sistema direto consegue–se apenas estimar), por seu longo período e o balde ser mais facilmente higienizado, que a mamadeira. Outra opção é o sistema direto, na própria mãe. • Genética/raça interfere no modo de aleitamento: raça Gir precisa das crias aos pés para estimulação e descida do leite, não sendo possível um aleitamento artificial. Manejo – Fase de Cria ALEITAMENTO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADO AO TIPO DE MANEJO ALEITAMENTO NATURAL: • Para vacas que dependem da presença do bezerro com estímulo para a ejeção do leite. • Na ausência da cria na ordenha causa secagem imediata das vacas, menor persistência de lactação (menor resistência quando pico de lactação acaba, a produção diminui muito rapidamente ) e menor produção diária de leite (menor que 8L/dia-vacas, 3L/d- bubalinos e 1L/d-caprinos e ovinos) • Animais que produzem pouco leite são ordenhados 1 vez pela manhã, depois a cria fica, aproximadamente, 2 horas com a mãe se alimentando. Ao final do dia a bezerra recebe leite novamente, não necessariamente direto da mãe. Manejo – Fase de Cria ALEITAMENTO NATURAL • VACA e BÚFALA: produzem mais leite nas tetas caudais (60%), por isso ordenha-se as 2 caudais e 1 cranial, deixando 1 teta cranial para a bezerra (20% → 1,6 L) • CAPRINOS e OVINOS: ordenha empírica, possuem apenas 2 tetos. Com uma produção total de 2,5L/d ordenha-se em torno de 2L e deixa 0,5L de leite residual. PROBLEMA: não há um controle certo sobre o quanto o animal está ingerindo • Não sabe o quanto a cria consome • Riscos para a qualidade do leite (coloca em risco a qualidade microbiológica do leite) • Ordenha (pode) demorar mais • Vaca necessita da cria (permanência de machos e fêmeas) • Após 60 dias somente é levada à presença da vaca para estímulo na ordenha. Manejo – Fase de Cria ALEITAMENTO ARTIFICIAL • Bezerra separada da vaca, recebendo a dieta líquida em balde e/ou mamadeira • Vacas não precisam da presença da cria para o leite descer • Maior produção de leite da vaca • Higiene dos baldes e demais utensílios → DIARREIA é causada pela falta de higiene • Permite: racionalizar o manejo dos animais (oferta de leite em quantidade e qualidade), ordenha mais higiênica, controle da quantidade de leite ingerida pela bezerra, possibilita a venda de animais jovens (mas não é comum, teoricamente os mais jovens serão melhores produtores) –mais comum venda de vacas mais velhas após o 1º partp das mais jovens-, torna possível criar filhotes de fêmeas que não possam aleitar e prevenção da CAE. • Bezerros: 1º mês – 6 a 7 L/d; 2º mês – 4 L/d; 3º mês para desmame – 1 a 2 L/d • Bubalinos: 1º mês – 4 L/d; 2º mês – 2 L/d; 3º mês para desmame – 1 L/d • Caprinos e Ovinos: 1º mês – 2 a 2,5 L/d; 2º mês para desmame – 1 L/d Manejo – Fase de Cria PAROU COM O COLOSTRO E COMEÇOU COM LEITE DEVE-SE COMEÇAR A OFERTAR RAÇÃO SÓLIDA • Objetivo da fase de aleitamento: suprir nutrientes com dieta líquida restrita, estimulando o consumo de alimento sólido rapidamente para tornar o bezerro um ruminante o mais cedo possível • Leite • Colostro ou leite de transição (animal não absorve Ig’s, porém absorve os outros nutrientes – quando banco está cheio e há excedente de colostro) • Sucedâneo • Leite de descarte – mastite clínica (pode gerar problemas no desenvolvimento, facilitando o desenvolvimento de mastite) • Quantidade: 8 – 10% PV • Temperatura ideal: 36 – 17°C (nunca abaixo de 10°C) Manejo – Fase de Cria • Objetivo da fase de aleitamento: • Frequência de fornecimento: 1, 2 (mais utilizado), 4 ou 6 vezes ao dia • Capacidade do estômago (abomaso): 1 a 2 L – entre 3ª e 8 ª semana a goteira esofágica fecha-se, assim o alimento começa a ir para o rúmen – retículo • Aleitamento coletivo: cuidado com muito animais para pouco bico,não podendo ter certeza do quanto for ingerido por cada um – cuidado para não deixar conformações diferentes no mesmo espaço, ANIMAIS MAIORES TERÃO MAIOR CAPACIDADE DE SUCÇÃO, INGERINDO MAIS QUE OS MENORES. • Não oferecer excesso de leite, evitando os riscos de fermentação ruminal • Limpar utensílios de uma vaca para a outra (evitar contaminação) – diarreia Manejo – Fase de Cria ÁGUA • Consumo muito importante, auxiliando no desmame • Consumo de água aumenta a ingestão de alimentos concentrados e diminui dias com diarreia (aumenta ganho de peso) • Deve ser fresco e limpo, oferecida à vontade (quantidade e qualidade são fundamentais) • A disposição desde a 1ª semana de vida (oferecida na mesma fase que o leite) • Higienização: não gerar quadros de fermentação e de contaminação Manejo – Fase de Cria CONCENTRADO (alimento sólido) • Necessário introduzir alimentação sólida • Livros: 3ª/4ª semana da bezerra • Sugestão: o mais cedo possível (1ª semana) – no meio selvagem a bezerra imitaria a mãe comendo • Alimento volumoso: >20% de fibra bruta • Alimento concentrado: <20% de fibra bruta • Concentrado pode estar: • Extrusado: melhor forma para os filhotes, porém é cara. Ração sofre um tratamento térmico intenso, ficando pré-gelatinatizado/quebrado para pré- disponibilização de nutrientes • Peletizada: mais indicado por causa da relação custo – benefício. Estilo alimento/ração de alimento/ração de roedores, não precisando de tratamento térmico e sendo compressado/aglutinado. • Farelado: não muito recomendado, pois animal pode inalar os farelos. Outro ponto é a passagem rápida pelo rúmen, não gerando o objetivo desejado. • Pode-se deixar a ração mais pastosa misturando essa com leite, evitando a inalação dos farelos pelos animais , PORÉM a ração estraga mais rapidamente Manejo – Fase de Cria Desencadeiam respostas diferentes no animal – essencial ofertar concentrado CONCENTRADO (alimento sólido) • Objetivo: desenvolvimentoda papilação ruminal (desenvolver o rúmen – microbiota e papilas ruminais – para favorecer a absorção de AGV’s) – fermentação de carboidratos proteínas - principalmente os ácidos (butírico e propiônico) • Características desejáveis: palatabilidade (sabor adocicado para lembrar do leite, o qual animal já está acostumado. O sabor precisa ser atraente pois animal tentará por curiosidade. Recomendo colocar leite, também lembrando o cheiro, ou ainda derivados – em pó, soro de leite, melaço, melaço de cana e polpa cítrica), textura grosseira (permanecer mais tempo no rúmen), nível baixo em fibras, alto teor de energia, níveis adequados de proteínas (18 – 20%) e minerais. Restrição do uso de uréia (NNP – nitrogênio não proteíco, para microbiota produzir sua proteína) para ruminantes menores de 3 meses (INTOXICAÇÃO) • NESSA FASE, A FIBRA AINDA NÃO É NECESSÁRIA, apesar de não fazer mal para as bezerras resulta no aumento do volume do rúmen, o qual não é o objetivo. Manejo – Fase de Cria CONCENTRADO (alimento sólido) • Alimento concentrado: desenvolve as papilas ruminais, aumenta a ingestão de água, melhora o desenvolvimento do animal e permite um DESALEITAMENTO PRECOCE • Alimentos fermentados (silagens – volumoso): não recomendado antes do desmame por ser ácido. Cana-de-açúcar, também não é recomendada por ser fonte de fibras ruins. Caso opte por dar alimentos volumosos, escolher pastagem e fino. Manejo – Fase de Cria INSTALAÇOES PARA FASE DE ALEITA ▪ CONFORTO: AMBIENTE • Quanto melhor o conforto, melhor o desempenho e maior será o retorno econômico durante as lactações. • Local seco com abrigo adequado, boa ventilação (essenciaç e, bezerreiros fechados) e bom programa nutricional. ▪ CUIDADOS COM A HIGIENE: em utensílios e em instalações • Esterco, sangue e resíduo de leite são meios para crescimento de bactérias. • Limpeza dos utensílios utilizados para a alimentação de bezerros: baldes (água e sabão neutro) e cochos. Manejo – Fase de Cria INSTALAÇOES PARA FASE DE ALEITA ▪ INSTALAÇÕES: relação entre conforto e higiene • Bezerreiros coleteiros: comum serem de alvenaria ou de madeira. Construções que necessitam de investimentos elevados nem sempre são construídas adequadamente. • Maior risco, possuíndo interações comportamentais (contato entre animais) facilitando a disseminação de doenças – se houver um animal doente, separá-lo. • Atentar para conformidade do rebanho (animais maiores e mais pesados são mais resistentes, podendo disseminar doenças para animais menores. Além disso, os animais maiores comem mais, deixando menos para os animais menores) Manejo – Fase de Cria INSTALAÇOES PARA FASE DE ALEITA ▪ INSTALAÇÕES: relação entre conforto e higiene • Abrigos individuais: mais fácil de controlar o desenvolvimento e mais eficaz para tratamento de doenças • Vantagens: facilidade de limpeza e desinfecção, proteção e mobilidade • Cuidados: cocho para concentrados (ou volumosos) e bebedouro (balde), entrada de sol e proteção e proteção contra ventos, localização em terrenos drenados (gramínea de porte rasteiro) e com declividade, cama limpa e seca (retirada das fezes e substituição ou reposição com material seco), contenção (coleira, cabresto e corrente) e realizar limpeza, desinfecção e se necessário, colocar abrigo em novo local após a saúde de cada animal. • À pasto: desde a 1ª semana, logo após o período de colostro, reduz custos (mão-de-obra e instalações). Cuidados intempereis (clima) Manejo – Fase de Cria ▪ SISTEMA ARGENTINO: animais com guias e sem contato físico entre si, possuindo apenas sinais auditivos, visuais e olfativos. Mesmo com a bezerra em pasto há oferta de alimento concentrado e bebida (água e leite). Há ’sombrite’, protegendo do calor e da chuva (baixo custo) → animal já acostumado ao ambiente que passará as próximas fases (perde a guia). ▪ Instalações devem garantir: ambiente seco, ventilado, protegido de ventos gelado e com proteção de radiação solar. Com fácil acesso a água e alimento, facilidade de limpeza, desinfecção e contenção. CONSISTÊNCIA (ROTINA) • Estabelecer uma rotina, evitando mudanças bruscas • Manter bem-estar animal, evitando estresse (quanto menor o estresse, maior o desempenho, menor o tempo com atenção individual e menor os gastos com sanidade) – não é apenas para bizerras • Animal reconhece o tratador e o ambiente Manejo – Fase de Cria FASE DE DESALEITAMENTO • Obs: cortar o leite não significa necessariamente separar da mãe. • Momento de estresse nutricional (todos os nutrientes devem ser obtidos da matéria seca) • Vantagens: redução nos custos de alimentação e mão-de-obra e menores ocorrências de distúrbios gastrointestinais • Método mais comum: DESMAME ABRUPTO – animal sente, porém é um método mais fácil de ser trabalhado. Ocorre manutenção dos animais por mais 5 a 7 dias em suas instalações, recebendo o mesmo tipo de concentrado inicial para a formação de grupos à serem introduzidos nos lotes de animais desmamados. • DESMAME PROGRESSIVO: aumenta a matéria seca e diminui a quantidade de leite ao longo dos meses. Dessa forma, animal já está acostumado com alimento sólido e não sente falta do leite. • Obs: em animais com problema de adaptação deve-se retornar o leite por 2-3 dias, depois retirá-lo novamente, até animal se acostumar com o alimento sólido. Manejo – Fase de Cria FASE DE DESALEITAMENTO • Momento do desmame: • Para bezerra e búfala: desmame ocorre quando animal está com duas vezes o peso ao nascimento e consumindo entre 400 – 800 g de alimento concentrado por 4 dias consecutivos • Para cabritas e borregas (ovelhas): aleitamento por 60-70 dias, desmamando com 2,5xPN (mais de 10kg) e animal comendo um número mínimo de 150 e 250g de alimento concentrado por 4 dias consecutivos. • Fisiologicamente o rúmen é funcional a partir da 3ª semana de vida, dependendo do estímulo de alimentação seca • Na prática um desmame precoce ocorre na 5ª semana e um desmame ardio entre 81-90 dias • Preferencia por um desmame gradual e não brusco (CONTROLAR FORNECIMENTO DE ALIMENTO LÍQUIDO –LEITE- SEM LIMITAR O CRESCIMENTO DO ANIMAL) Manejo – Fase de Cria Fase de Recria Fase de Recria • Desmama ao 1º parto • Geralmente é uma fase mais tranquila, na qual os animais já estão mais resistentes, diminuindo as taxas de mortalidade • 2 objetivos principais: 1. ANTECIPAR IDADE AO PRIMEIRO PARTO: sem forçar o metabolismo do animal, antecipar a prenhez (tempo da gravidez não muda) disponibilizando métedos para isso (controlar taxa de ganho de peso) 2. MÁXIMO DESENVOLVIMENTO DA GLÂNDULA MAMÁRIA: tecido adiposo + tecido secretor • T.A.: não produz leite • T.S.: FAVORÁVEL (produz leite) Fase de Recria • Maturidade fisiológica: animal começa a ovular, mas não significa que já deve reproduzir/inseminar. Mesmo animal estando apto para reprodução deve-se esperar 2-3 cios – animal deve atingir a maturidade zootécnica/puberdade para pode ser inseminado: o critério usado para permitir a reprodução é peso, não idade • 1ª inseminação: animal com 55% do peso de um adulto (14-16 meses) • 1º parto: 80% do peso de um adulto • 2º parto: 90% do peso de um adulto • 3ºparto (melhor colostro): 100% peso de um adulto Fase de Recria SISTEMAS DE METAS DE CRESCIMENTO: 1. Determinar o peso corporal adulto as vacas do rebanho por raça 2. Multiplicar o peso adulto por 0,82 para determinar a meta de peso ao primeiro parto 3. Estabelecer uma meta de idade 4. Multiplicar o peso adulto por 0,55 para determinar a meta de peso para inseminação 5. Estabelecer idade para inseminação (9 meses antes da idade de parir) 6. Desenvolvimento de um programa de manejo e nutrição para alcançar as metas de idade e peso no parto. Fase de Recria TAXAS DE GANHO DE PESO • Planeja no período de recria de novilhas leiteiras – maiores índices de retorno econômico futuros. • Redução nos dias não produtivos e antecipação no retorno econômico • Quanto (desenvolvimento) e como (qual a melhor fonte alimentar) e animal deveráganhar peso (deve ser compatível com a genética/raça) desenvolvimento ponderal crescimento. • Obs: deve-se obter o peso corporal ideal o mais rápido possível, porém de maneira/velocidade adequada. Caso ganhe muito rápido, cria tecido adiposo, atrasando ovulação e danificando a gl. Mamária • Fêmea continua crescimento até depois do 2º parto • Taxa de crescimento deve ser mantida durante 1ª lactação para que a novilha atinja 80% do peso adulto ao 1º parto e 90% durante o 2º parto, atingindo o peso adulto apenas no 3º parto Fase de Recria TAXAS DE GANHO DE PESO • Durante 1º e 2 º parto alimento precisa suprir necessidade de crescimento do feto e da produção de leite para o pós-parto. Enquanto no 3º parto as necessidades estão mais concentradas no feto e na produção de leite (melhor colostro no 3º parto – maior volume e maior quantidade) • Peso desmame: 100kg ( 3 meses) – muda de acordo com a espécie • Peso cobertura: 250kg (15 meses) • GP = 250 -100 = 150 kg • GPM = 12,5 kg/mês • GPD = 420 g/dia (0,42kg) • Taxa de crescimento grandes animais (bovinos e bubalinos): ideal é um ganho de peso entre 350 – 900 g por dia. Ideal é pesar animal toda semana ou utilizar uma fita métrica Fase de Recria EXTREMOS NÃO SÃO BONS • Mais magros: puberdade atrasada (18-20 meses – crescimento lento, demorando a entrar em reprodução), produz menos leite ao longo da vida (estrutura corporal mais sofrida) • Mais gordas: muito tecido adiposo no corpo todo, dificultando a ovulação (parição e prenhez também) e diminuindo a produção de leite. • Taxa de ganho de peso está diretamente relacionada ao tipo de dieta • Uso de pasto na recria – ALTA PARTICIPAÇÃO DE VOLUMOSOS • Pastagens verdes são as principais fontes de vitamina A • Pasto é a maneira mais barata para o animal engordar. Deve-se avaliar a qualidade do pasto • Época das chuvas: um bom pasto permite que o animal ganhe +- 550g de peso por dia + uma suplementação de minerais e vitaminas e o peso está no ideal (se pasto não tiver ótima qualidade – suplementar com concentrado) • Época das secas (maior até +- outubro): não há pasto bom, havendo necessidade de suplementação com alimento concentrado e/ou volumoso no cocho → assegurar que o animal continue ganhando o peso planejado – suplementação não pode atrasar a idade do 1º parto e sua quantidade é em função a qualidade do pasto Fase de Recria • Obs: pode-se aumentar o GP no pasto e diminuí-lo nas secas, para isso relacionar com o quanto a fazenda pode gastar. • Taxa de crescimento de pequenos animais (caprinos e ovinos): maturidade reprodutiva e zootécnica são mais rápidas, entre 6-8 meses, quando animal está com 50-70% do PV de um adulto. Ideal nessa fase é ganhar entre 100 até 350 g de peso por dia • Peso desmame: 10kg ( 2 meses) • Peso cobertura: 35kg (7 meses) • GP = 35 -10 = 25 kg • GPM = 6 kg/mês • GPD = 200 g/dia (0,2kg) Fase de Recria COBERTURA AO 1º PARTO • 2 maneiras de monitorar o ganho de peso do animal 1. Pesagem é o melhor instrumento e o mais preciso, porém pode-se ter dificuldade para conduzir os animais de 10 em 10 dias. 2. E.C.C./C.C./E.C. (escore de condição corporal): método visual e intuitivo. Usado para medida subjetiva da quantidade de gordura (energia reservada) – animal com escore ideal possui boa cobertura de carne gordura, não precisando pesar toda semana. • E.C.C. ideal muda ao longo da lactação Fase de Recria • Período seco adequado: promoveu condições para a fêmea parir bem • Pós-parto: fêmea em balanço energético negativo, perde um pouco de peso por mobilizar as reservas de gordura obtidas, no período seco para aumentar a produção de leite • 20-30 dias pós-parto (balanço energético negativo): útero muito grande, precisando ainda diminuir, ocupa muito espaço na cavidade visceral e resulta em uma fêmea que não consegue comer muito • Depois dos 30 dias pós-parto: vaca começa a comer mais, entrando em balanço energético neutro e caminhando para o balanço energético positivo. • Balanço energético neutro – balanço energético positivo: fêmea retorna ao cio (ciclicidade) e pode ser inseminada novamente (3º mês) Fase de Recria • Balanço energético neutro fisiológico (lactação): aceitável perder até 75 kg (considerando que no começo da fase estava com 500 kg, é uma perda aceitável) • Para produzir 7 kg de leite perde 1 kg de peso corporal (não deve perder mais de 1 kg por dia) • Condição mediada ideal = 2,5 (escala 1-5) • E.C.C. é uma ferramenta usada para ajustar a nutrição e as práticas de manejo para a maximização do potencial produtivo e minimizar as desordens reprodutivas Fase de Recria • Escore 1: costelas à mostra, garupa em formato triangular (mostra-se pontos de anca e de garupa), inserção da cauda profunda/afundada • Escore ruim – dificuldade em ovular e emprenhar, produz menos leite e suas crias são mais leves. • Escore 2: certa abaulamento na garupa e não há costelas evidenciadas, pode ser encontrado no pico de lactação (animal mobilizou reservas, encontrando-se mais magro) • Escore 3: costelas não evidenciadas, inserção da cauda não afundada e garupa menos pronunciada, pode ser encontrado no período seco (final da gestação), animal armazenamento gordura, sendo aceitável um escore um pouco mais alto VACA DEVE SE ENCONTRAR ENTRE OS ESCORES 2 E 3 Fase de Recria • Escore 4: garupa quase redonda, fêmea em sobrepeso, dificultando a ovulação e prenhez, além de ter menor espaço de cavidade visceral (grande parte dominada por gordura) • Escore 5: garupa em tamburete (redonda), fêmea obesa, piora as consequências já expostas no escore 4 e ainda produz menos lute (estocando gordura) Manejo Reprodutivo Manejo Reprodutivo • Monitorar mensalmente o desenvolvimento dos animais • Separar as fêmeas em grupos homogêneos • Otimização da eficiência reprodutiva é melhorar o desempenho e lucratividade dos rebanhos (I.E.P. = 12-24 meses) • O desempenho reprodutivo é responsável devido pela produção de leite por dia devida útil da vaca, número de animais de reposição, redução de custos e aumento de ganho de ganho genético • Escolher sistema de acasalamento: • Monta natural: não sabe-se quando a vaca emprenhou, nem quantas vacas foram cobertas – falta de controle • Monta controlado: ao invés de deixar o touro livre com as outras vacas ele fica separado, quando a vaca está no cio levam ela até o local que o touro está. – permite o escalonamento (controle e definição dos grupos e categorias pelo I.E.P) - problema é a identificação do cio, se identificado erroneamente a taxa de prenhez cai. Manejo Reprodutivo • Escolher sistema de acasalamento: • I.A.: permite compra de sêmen de alto valor genético e redução nos custos por poder descartar os machos — Mais utilizado atualmente — Problema é a identificação do cio, se identificado erroneamente a taxa de prenhez cai. • I.A.T.F. (inseminação artificial em tempo fixo): protocolar, sincronizar em cios da vaca por meio de estímulos hormonais (injetando hormônio para manter ciclicidade) – vantagem, junto com I.A., para evolução genética • Identificação do estro – RUFIÕES • Lateralização do prepúcio • Touros castrados ( injeta-se testosterona, para comportar-se como um touro completo) • Fêmeas androgenizadas (injenta-se testosterona, para comportar-se como um macho) Manejo Reprodutivo • Critérios de classificação: perímetro escrotal, capacidade de serviço, características genéticas e teste andrológico (macho deve realizar todo ano) • Classificação de matrizes: • Multíparas (já teve o 1º parto): potencial genético através da produção de leite, I.C.P. (12-14 meses), período de serviço ( não demora entrar novamente no cio e nem para emprenhar novamente), idade ao 1º parto e sem sinais de mastite (SANIDADE) – AVALIAR APARELHO REPRODUTOR DA FÊMEA ANTES DA REPRODUÇÃO • Primíparas (novilhas): depende do peso e idade (depende do manejo e alimentação) – varia de raça em raça • Estro: • Ciclo estral: média de 21 dias • ESTRO: é o cio em si, período em que estão aceitandoa cobertura, em média dura 18h ( 1 dia e meio) • Ovulação: 12h após o fim do cio • Sintomas mais comuns do cio: corrimento muco vulvar cristalino/translúcido (caso tenha coloração é sinal de infecção uterina e precisa ser tratada, não deixando de ser fecundada) aumento no tamanho, vermelhidão e intumescimento da vulva, inquietude, redução do consumo voluntário, reflexo de tolerância e urina várias vezes ao longo do dia em pequenas quantidades (liberação de feromônios para atrair touro) • Muitas fêmeas possuem ‘cio silencioso’ (não há sintomas clínicos), apenas conseguindo ser identificado pelos outros animais da própria espécie, nesses casos recomenda-se I.A.T.F. Manejo Reprodutivo • Estro: • Detecção do cio: primordial para o manejo de cobertura (momento ótimo) ou I.A. → falhas: maior período seco com um maior I.E.P., diminuindo a eficiência reprodutiva (anestro e repetição de estro) e produtiva. • Descarte: problemas reprodutivos (não – concepção) + doenças podais (pernas e pés) +mastite (C.C.S.) – 70% das causas: problema na conformação do úbere e baixa produção de leite • Outros países: causas de descarte mais frequentes são: baixa produção de leite, inadequado desempenho reprodutivo e/ou problemas de úbere Manejo Reprodutivo • Obs: período seco – lactação demanda muito do animal, por isso os 60 dias no período de transição/seco é para o descanso da gl. Mamária (úbere começa a produzir colostro), para a fêmea recompor suas reservas (estocar gordura), para melhorar lactação (diminui impacto do balanço energético negativo pós-parto) e para nutrir bem o feto (maior crescimento de mamíferos no último trimestre) Manejo Alimentar Manejo Alimentar • De que maneira (condições, horários e cuidados) será ofertado o alimento para o animal. • Corresponde à 50% ou mais dos custos de produção de leite • Se para produzir 1L de leite e produtos gasta 1 real, significa que, no mínimo, 50 centavos foram gastos em alimento. • Quanto menos eficiente o produtor, maiores serão os gastos alimentares e mais impactos serão gerados nos protocolos de manejo (positivo ou não) • Quanto maior o potencial produtivo, mais complexos serão os ajustes necessários no manejo e alimentação Manejo Alimentar • Separação em lotes homogêneos 1. Volume de leite produzido – pela própria genética e vacas em momentos de lactação diferentes, produzindo volumes de leite diferentes e com requerimentos alimentares diferentes, esforços diferentes (não desperdiçar alimento e dinheiro com os que produzem menos em lotes com os que produzem mais. Além de evitar sobrepeso e obesidade) 2. Separação de lotes PP e MP (prímparas e multíparas) – principal preocupação com as novilhas (1º parto), pois estão com 80% do peso de um adulto, precisando de uma maior quantidade de nutrientes + comportamento de grupo diferente, possuem um comportamento de grupo diferente, possuem um comportamento mais submisso, ficando mais afastadas que as outras, estranhas na ordenha (1ª vez) e geralmente são as últimas a irem comer (ainda gostam 10 a 15% de tempo no cocho é são mantidas durante toda a lactação em dieta de vacas de alta produção) – PP precisam de maior atenção Manejo Alimentar • Obs: as misturar PP e MP há interferência no tempo de pastejo e no comportamento social do grupo – queda de produção de leite • Cuidado para não extrapolar o número de animais por lote – em geral o ideal são grupos com 40-100 animais. Facilita o deslocamento/locomoção do grupo, a identificação dos animais e de formular uma dieta que atenda de maneira eficiente as exigências dos grupos (lactando, lactando + gestando ou secas) – ainda em quanto então lactando • Tamanho máximo do grupo é de acordo com a CAPACIDADE INSTALADA DE ORDENHA POR HORA, ou seja, as vacas no grupo não devem esperar mais de 1h para serem ordenhadas. O estímulo hormonal para a descida do leite não é mãis pela presença e lambida do bezerro, mas sim pelo local (sala de espera0 e barulho das máquinas de ordenha, quando a vaca espera mais de 1h o preparo leite e não obtendo a melhor ordenha possível – grupo deve ser, no máximo, 4,5x o tamanho da ordenha (fator fixo) – ex: ordenha do tipo DUPLO 10 – 10x2x4,5=90 animais por grupo. Manejo Alimentar • Fatores que interferem no tamanho do grupo: espaço de cocho (competição por água e alimento), as interações sociais que existem no rebanho, espaço disponível para os animais, tamanho dos animais (conformidade) e idade, condição corporal dos animais, ingestão de matéria seca, presença ou não de sistemas de ventilação. Manejo Alimentar VOLUMOSOS • Base da alimentação – é barato (um bom pasto diminui os custos com alimentos) • Importante para manter o teor de gordura no leite (ácido acético e butírico) • Importante para a microbiota, a qual se nutre do alimento e produz nutrientes para a vaca. • Manter a melhor pastagem possível, se for necessário, realizar suplementação em cocho • Podem comer até 3,5% do seu peso vivo em pastp (90kg) – depende da quantidade e qualidade do pasto • Melhores pastagens podem atender exigência nutricional para produção de 12-15kg de leite Manejo Alimentar VOLUMOSOS • Época das secas: pasto perde qualidade, sendo opções para obtenção de fibras: • Pastos vedados: área separada e mantido crescendo durante a época das chuvas e nas secas animais comem dessa área. Recomendado apenas para as primeiras semanas da seca, pois as gramíneas ficam lignificadas (proteína estrutura) gerada pelo pasto seco, a microbiota ruminal não consegue degradar, diminuindo a digestão e o aproveitamento de fibras) – ruim, pastagem secas • Capineiras: criação de pasto em pequena área, na seca é cortado e oferecido no cocho. É uma opção viável, porém ainda ocorre lignificação • Pastos de inverno: em locais com invernos úmidos (há garoa), comum no RS • Cana-de-açúcar: possui um grande volume de material, o problema é o colmo. Possui muito caldo, com muita sacarose (bom) e muita fibra de qualidade ruim (não é digerid0) – enche o rúmen muito rapidamente e com baixa quantidade de nutrientes, animal consegue comer apenas até 1,5% do seu peso vivo (necessita de suplementação com concentrado) Manejo Alimentar VOLUMOSOS • Época das secas: pasto perde qualidade, sendo opções para obtenção de fibras: • Silagem: alimento volumoso armazenado/concentrado em pH baixo (microrganismos não crescem), podem durar até 5 anos armazenado (ao abrir deve ser consumido) e possui cheiro e cor características. Pode ser feito com milho, capim seco, girassol, milheto e sorgo. Pasto > Feno > Silagem > Cana-de-Açúcar Pode pro- 12-15kg 8-9kg 4-5kg de leite duzir até Manejo Alimentar CONCENTRADOS • Mais caro, porém possui maior aporte de nutrientes – grãos são mais caros • Deve ser bem distribuído para os diferentes animais – a mesma quantidade para todas as vacas • Necessidade de grupos homogêneos (critério e revista de 30 em 30 dias) • ‘ração total’ = mistura do concentrado e do volumoso • Volume de leite produzido = 25 kg/dia • Pastagem ótima = 12 kg/dia • 25 – 12 = 13 kg/dia – provém do concentrado • Suplementação para bancar o que volumoso não está conseguindo Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • 90 dias pré-parto é necessário observação diária do E.C.C. • Feto ganha Τ1 2 do seu peso no terço final da gestão – prioridade passa a ser utilização dos nutrientes da dieta para garantir o desenvolvimento normal da bezerra • Τ1 3 final da gestão há elevação das exigências nutricionais • Recomenda-se que vacas ganhem 600-800 g por dia, se necessário utilizar suplementação • Em casos de dieta deficiente: possibilidade de reservas mobilizarem, prejudicando o desenvolvimento fetal e afetando a qualidade e a quantidade do colostro a ser produzido Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • 60 a 30/21 dias pré-parto a vaca pode permanecer no pasto, se esse for bom, mesmo em período seco • 21 dias pré-parto = período de transição, deve-se levar a vaca para o piquete maternidadee começar alimentação concentrada • Feto cresce no útero, comprimindo o rúmen-retículo e diminuindo o consumo de matéria seca em até 30% - animal precisa continuar ganhando peso, por isso é necessário melhorar a qualidade do alimento (melhor estratégia é introduzir alimento concentrado) → capacidade alimentar diminui, porém demanda energética líquida é a mesma, se não maior. • Secagem do leite 60 dias pré-parto • Objetivos: Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • Secagem do leite 60 dias pré-parto • Objetivos: 1. Vaca acumular reservas corporais 2. Maior quantidade de nutrientes para o feto 3. Descanso para as gl. Mamárias – começa a produzir colostro. O leite não ordenhado gera uma pressão negativa dentro da gl. Mamária, sinalizando para as gl. Secretoras pararem de produzir leite e o já produzido é reabsorvido → mínima de 30-40 dias para a formação do colostro Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • Período seco não significa o fim de um período de lactação, mas o início da próxima • Tendência atual é reduzir o período seco de vacas com 2 ou mais pastos para 40-45 dias pré-parto Divisão do período seco • Lote 1 • Vacas secas entre 60 a 21 dias pré-parto • Exigências nutricionais facilmente atendidas • Pastagem de boa qualidade, feno, silagem e/ou combinação desses • Lote 2 • Vacas secas no período de transição (21 dias pré-parto) • Aumento no crescimento fetal – maior pressão interna sobre os órgãos digestivos, diminuindo o espaço ocupado pelos alimentos Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • Nutrição de vacas no período de transição • C.M.S. pode diminuir para 1,5% PV durante as 2 últimas semanas • Proteína: aumentar os teores de proteína bruta da dieta (por causa da queda de consumo), evitar excesso de NNP (amônia é tóxica para o feto), proteína de baixa qualidade induz à produção de colostro de menor qualidade. Deficiência proteica afeta o desenvolvimento do feto e pode causar aborto. • Energia: evitar extremos no fornecimento – vacas obesas apresentam partos difíceis e NÃO produzem bezerros maiores. - restrições sociais ocasionam em bezerros com peso reduzido ao nascer e aumento na taxa de mortalidade Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • Medida básica: elevação da densidade energética da dieta, aumentando a relação concentrado : volumoso e, compensando a redução no consumo dos alimentos. • Secagem do Leite • Objetivo: atender necessidade de descanso fisiológico do tecido secretor de leite para a próxima lactação e reposição das reservas orgânicas – produção de colostro de alta qualidade e maior produção de leite na lactação seguinte • Se naão respeitada ocorre diminuição na produção de colostro e de leite. • Secagem Brusca (imediata): maneira mais simples e barata, para animais que estão no término produzindo entre 15-20L de leite - 2-3 dias antes da secagem retira-se o alimento concentrado e deixa apenas o volumoso, piorando a qualidade da dieta - já diminui a produção – no dia da secagem para de ordenhar o animal (NÃO RESTRINGIR O CONSUMO DE ÁGUA) - o fim abrupto da ordenha deve ser seguido de tratamento intramamário com produto específico para vacas secas – selantes para reduzir a incidência de mastite Manejo Alimentar VACAS GRÁVIDAS • Secagem do Leite • Secagem Lenta (gradativa): para vacas que, mesmo no período final de lactação, ainda estão produzindo muito leite • 2-3 dias antes do início da secagem retira-se o alimento concentrado – volume de leite diminui, porém ainda é alto • Ideia é bagunçar ciclo de ordenha, distanciando-as (sem horários fixos) e não completas para acumular leite e gerando pressão negativa no úbere. Geralmente em 5 dias a produção é interrompida • Se mesmo assim ainda não parar utiliza-se injeção com uma substância secante - CARO Bovinocultura de Corte Mercado Produção Brasileira • Atividade de grande importância econômica: produção de alimento nobre para o mercado interno, elemento na captação de divisas = inserção nacional no mercado mundial; • Índices zootécnicos e econômicos: limitados para maximização da competitividade; • Mudanças no comportamento dos consumidores; • Mudanças no requerimento de nível gerenciais e qualidade da mão-de-obra; • Bovino ou bubalino no abate tem mais de 4 anos e maio, carne dura, com gordura e palatabilidade (FORA DO IDEAL) • Baixo valor agregado; • Qualidade baixa; • Obstáculos: genético (base zebuína) Produção Brasileira • Para se trabalhar com gado de corte é importante ter um alto índice de fertilidade, alto índice de natalidade, baixo índice de mortalidade, boa habilidade materna (para desmamar mais cedo) e índice elevado de kg de bezerro por vaca ao ano (elevada quantidade de bezerro por mãe/ao ano). • Os ciclos dentro de gado de corte, são ciclos parciais (trabalha com uma fase ou duas) • Ex: só cria e recria, ou engorda, ou terminação. • O setor de cria (até o período de desmame), trabalha a seleção, manejo, cuidado da gestante e aleitamento natural. Comparação Produção Mundial • EUA - maior produtor mundial, porém mercado interno consome quase tudo... • Brasil crescimento, mas com problemas: • Barreiras sanitárias: aftosa; • Produtivas: sistemas ruins; • Ambientais: degradação pastagens e desmatamento; • Qualidade da carne!! (baixa) Estruturação • Em transformação = ainda caracterizada como desorganizada, carente de coordenação e por não possuir diretrizes ou estratégias bem definidas. • Desafios: • Agregar valor aos produtos; • Pagamento diferenciado por qualidade; • Ações de marketing institucional para estimular o consumo interno; • Controle sanitário eficiente em propriedades e indústrias; Padrão Genético • Animal produzido a pasto (custo baixo); • Parte do tempo do animal na pastagem e parte do tempo do animal num sistema mais intensivo, como semiconfinamento ou até confinamento. • Permite terminar o animal mais rapidamente • Animais que utilizamos (zebuínos) possui uma qualidade de carne menor, comparados aos taurinos. • Zebuíno • Extensivo • Grandes rebanhos e propriedades Fases da Criação 1. Cria = Venda de bezerros desmamados e vacas de corte (descarte); 2. Cria e Recria = Venda de bezerros e animais de 1,5 a 2 anos, além de vacas de descarte. 3. Recria = Compra do bezerro à desmama e revenda do garrote de 2 anos (ou +, 350-400 kg = boi magro); 4. Recria e Engorda = Compra de bezerros ou do garrote de 2 anos para terminação (peso de abate); 5. Engorda = Compra do boi magro de 11 a 12 arrobas ou de vaca descarte e engorda em pastagem extensiva, pastagem de inverno (azevém aveia), suplementação a pasto (intensivo), semi-confinamento ou confinamento. Fases da Criação Ovinos Ovinos Disponibilidade = Produção x Importação(carne ovina) Ovinos Caprinos • Nordeste • 93% do rebanho caprino nacional • 26% da produção nacional de leite de cabra • 17% do total produzido no NE é comercializado no mercado interno • Sul e Sudeste • 4,5% do rebanho caprino nacional • 68% da produção nacional de leite de cabra • 78% do total produzido no S e SE é comercializado no mercado interno Caprinos • Contribui com 1,28% da produção mundial de leite de cabra, sendo: • 95% de leite fluido • 3% de queijo • 2% de leite em pó • O Brasil é o maior produtor de leite de cabra da América do Sul, com 26.000.000 litros/ano, faturando em média R$ 62 milhões/ano. Produção Bovino de Corte Definição e Considerações • Sistema de produção = conjunto de tecnologias e práticas de manejo, bem como o tipo de animal, o propósito da criação, grupamento genético que caracterizam a atividade; • Aspectos sociais, econômicos e culturais; • objetivo: atender ao mercado e a demanda a ser atendida; • O estabelecimento e/ou a adequação = não depende unicamente do desejo do produtor = relacionado com as condições socioeconômicas e culturais da região e da sua possibilidade e/ou capacidade de promover investimentos; • Brasil = diversidade em todos esses aspectos mencionados; • Dificilmente existirá um único sistema de produção de bovinosde corte; Definição e Considerações Cenário Nacional • Apesar dos obstáculos: conjuntura externa favorável = mudanças tecnológicas; Tecnologias capazes de aumentar a produtividade • Agrupadas: I. Tecnologias que elevam a produção de carne por animal: • Melhoramento genético, sanidade, mineralização, intensificação do sistema de produção; II. Tecnologias que elevam a produção por área: • Correção e adubação do solo, irrigação, pastejo rotacionado e integração lavoura-pecuária; • Entre as tecnologias mais difundidas: • Reprodução: IA, IATF, TE e FIV; • Sanidade: controle de vacinação e vermifugação; • Nutrição: suplementação à pasto e terminação intensiva; Fase de Cria Cria • Fase que envolve a reprodução e os cuidados com os bezerros(as) até a desmama, além das novilhas de reposição; • Objetivo: investir recursos financeiros suficientes para aplicar tecnologias que garantam o desmame de um bezerro pesado e saudável por ano, de cada vaca do rebanho; • Busca – se eleva do índice em kg de bezerro desmamado por vaca/ano • Perdas = 15%; • Cuidados de 15 a 30 dias pré-parto = transferência das matrizes ao piquete maternidade; • Desmame de bezerros saudáveis e pesados • O peso do bezerro depende da mãe (habilidade materna) e do pai (genética). Cria • Uma vaca bem qualificada: • Emprenha na primeira tentativa • Pari um bezerro saudável na primeira gestação • Consegue lactar para alimentar o bezerro • Tem habilidade maternal • Emprenha enquanto estiver lactando (É muito difícil. É mais fácil para as vacas mais velhas que já emprenharam mais vezes) • Fatores que afetam a fertilidade: • Temperatura muito alta • Amamentação (pois quando a vaca esta amamentando ela libera endorfina, que causa atraso no cio da vaca ) • Escore abaixo 4 e acima de 7 (o escore ideal garante uma taxa maior de sucesso na fertilidade). Eficiência Reprodutiva • Uma das mais importantes características econômicas da bovinocultura de corte; Efic. reprodutiva + Efic. produtiva = Taxa de desfrute (número de animais prontos para o abate anualmente na propriedade) • Índice de produtividade do rebanho bovino brasileiro é bastante baixo; • Zebuína x Taurina = Bezerro meio sangue é mais exigente, fazendo com o que escore da vaca caia e ela não consiga atingir uma condição corpórea para emprenhar novamente. Eficiência Reprodutiva • Eficiência na produção depende: • Da taxa reprodutiva do rebanho; • Do crescimento dos bezerros do nascimento à desmama; • Da taxa de mortalidade; • Do crescimento pós-desmama; • Da eficiência na utilização dos alimentos; • Maior E.C.C. • Fase de Cria: • 1º passo na produção de carne; • -criação de fêmeas de reposição; Deve-se considerar o consumo de energia da vaca e do bezerro em relação aos kg de bezerro produzido para se avaliar a eficiência. Eficiência Reprodutiva • 1º) Taxa de crescimento da fêmeas que vão entrar em 1º serviço: • Recria: à pasto; • Desenvolvimento corporal dependente das condições climáticas => idade à 1ªcria. • Parto: 4 anos de idade; • Objetivo: fazer com que a recria seja o mais curta possível = fêmeas estejam aptas à reprodução precocemente. • Componente genético: raças mais precoces e outras mais tardias sexualmente = frame-size e eficiência produtiva; • Fêmeas zebuínas são de 6 a 12 meses mais tardias que as taurinas; • Peso ótimo para reprodução: 55 a 65% do peso adulto (HESS, 2003); • Novilhas taurinas = 60% do peso adulto; • Novilhas taurinas de raças de dupla aptidão = 55%; • Novilhas zebuínas = 65% do peso adulto; Eficiência Reprodutiva • Sistemas de Acasalamento: • Monta Natural; • Touros ficam junto com as fêmeas durante 40 dias • Mais montas = menos capacidade espermática • 1 touro para 40 fêmeas • Monta Controlada; • IA; • É colocado o rufião (animal infértil) para marcar as vacas que es tão no cio e serem inseminadas • Seleção e descarte • IATF; • Com hormônio • Protocolar grupos de vacas para apresentarem cio ao mesmo tempo Eficiência Reprodutiva Tamanho dos lotes em reprodução • Os lotes de novilhas ou vacas em monta natural não devem ser grandes = por comprometer o resultado final de prenhes; • Melhor recomendação = lotes de cerca de 150 matrizes (monta natural); Manejo Reprodutivo Características reprodutivas do touro • Avaliação andrológica: • Exame clínico geral: • Sistema locomotor; • Defeitos físicos congênitos; • Pontuação de estado nutricional (1 a 9 = para os extremos muito magro e muito gordo); • Exame do sistema genital: • Cordão espermático, bolsa escrotal, testículos, epidídimo, prepúcio e pênis. Manejo Reprodutivo Características reprodutivas do touro • Avaliação andrológica: • Circunferência Escrotal (melhoramento genético): • Técnica prática e econômica; • Alta repetibilidade (r=0,98); • Alta correlação com a produção diária de espermatozoides (PDE); • Associação positiva com crescimento; • Idade à puberdade das filhas; • Alta herdabilidade; • Correlação positiva com a libido. Manejo Reprodutivo Características reprodutivas do touro • Avaliação andrológica: • Aspectos físicos e morfológicos do sêmen: • motilidade, vigor espermático e turbilhonamento; • Defeitos espermáticos. • Capacidade de serviço: • Maturidade Sexual: • Macho: • PV 10 a 15% > que o das novilhas da mesma raça = 18 a 24 meses; Fatores que afetam: genótipo, estado nutricional, clima, enfermidades; Manejo Reprodutivo Fatores que afetam a reprodução: • Presença do touro: “feromônios” • ECC da vaca: • Efeito da amamentação: “opioides endógenos” (endorfinas)– sucção, cabeçadas, lambedura de região perineal. • Ambiente: temperatura e umidade, fertilidade. • Idade da vaca: Escore de Condição Corpórea Monitorar o programa nutricional das vacas: - entre 5 e 7 ao parto = desempenho reprodutivo satisfatório na EM; - > 7 = implica em desperdício de recursos (severa restrição alimentar seja espera da após o parto); - < 5 = baixo desempenho reprodutivo (alta disponibilidade de nutrientes após o parto); - é possível evitar perda de escore pré-parto, já pós-parto não é possível evitar • Pré-parto (terço final) = necessitam ganhar peso para apresentar boa condição corporal ao parto: - 40 a 50 kg = crescimento do feto, das membranas e do acúmulo de líquidos fetais, bem como do aumento do próprio útero. - vaca deve apresentar aumento de pesos em aumento na condição corporal = ciclar o mais rapidamente possível após o parto. Escore de Condição Corpórea • O tempo certo de avaliação do escore de uma vaca gestante é no terço final da gestação, pois se a vaca estiver com escore 4 (que é o limite) ainda é possível recuperar para o escore ideal, para que ela possa parir de forma saudável. • O escore alto, significa muita gordura corporal e isso pode causar cetogenese e distocia (dificuldade no parto) . • Quando a vaca pari ela esta com balanço energético negativo, e se o escore está inferior a 5- 7 demora mais para normalizar. Escore Corporal Estação de Monta • Período em se concentram os trabalhos de monta natural e/ou IA. • Implantação gradativa • Objetivos: • Favorece a seleção de vacas de maior habilidade maternal. • Concentra a estação de nascimento; • Concentra a desmama; • Concentra a faixa etária dos lotes de novilhas e garrotes destinados ao abate; • Permite a utilização de touros de alta capacidade reprodutiva com > número de vacas; Estação de Monta • A vaca tem que emprenhar • Estação concentrada: vacas entram em cio, engravidam e par em no mesmo período, facilitando o manejo e possibilitando um melhor controle. Por ser setores específicos facilitam a estação concentrada. • A estação de monta mais utilizada no Brasil, é de novembro a janeiro. • Período das aguas é de: setembro e termina em março. • Período das secas é de: março e termina em setembro. • Período de desmame 6-8 meses. Estação de Monta I) Manejo das vacas (prioridade à matriz): • EM: época de melhor qualidade e > disponibilidade de forragem = condições adequadaspara o restabelecimento da atividade reprodutiva de fêmeas e reprodutores (> índices de prenhez). • Diagnóstico de gestação (abril ou maio = antes do início da seca) = descarte de vacas vazias e de baixo potencial produtivo (bezerros leves à desmama) = além de liberar o pasto para as fêmeas prenhes, possibilita a seleção de matrizes com melhor eficiência reprodutiva. • EN: baixa incidência de doenças: pneumonia, endo e ectoparasitos; • Clima ameno para o bezerro • Final de gestação ocorre no período das secas, onde o pasto é ruim • Vacas não mantém escore, portanto, é necessário priorizar o manejo para manutenção do escore • Meses de inicio da primavera: bom para a imunidade do bezerro • inicio da época das aguas ao pé da mãe, ajudando a ter familiaridade com outro alimento. • DESM: 6-7 meses de idade = elimina o estresse da amamentação durante a seca = < prod. leite; • elevado peso ao desmame, pois comeram pasto de qualidade EM EN DESM Nov/Dez/Jan Ago/Set/Out Fev/Mar/Abr Estação de Monta I) Manejo das vacas (prioridade à matriz): Estação de Monta II) Manejo de bezerros (prioridade à cria): • deve-se buscar a manutenção de ganho de peso dos mesmos antes e pós-desmama = 1ªseca. • -E.M. no período seco = e o índice de fertilidade? • Entre o nascimento e a desmama: problema de disponibilidade de pastagens que pode afetar o retorno ao cio = suplementação das vacas e dos bezerros; • Os bezerros desmamariam em época muito favorável de pastagens. EM EN DESM Maio/Jun/Jul Fev/Mar/Abr Ago/Set/Out Estação de Monta Época e Duração da Estação de Monta • E.M. tradicional no Brasil Central = entre outubro a dezembro; • Nascimentos: final do inverno (agosto); • Desmama: em março/abril; • Nesse caso: • 1º - 3 meses de lactação: período de baixa disponibilidade de pasto = aumento da duração do PS = < taxas de refertilização Estação de Monta Época e Duração da Estação de Monta • E.M. no inverno seco (jun/jul/ago): • Nascimento sem mar/abr/mai = período de redução da disponibilidade de MS (embora ainda com certa viabilidade); • Desmama em out/nov/dez = época favorável aos bezerros = porém necessidade de suplementação às matrizes no período da E.M. e no pós-parto. Devem sempre ser observados os índices de fertilidade pós parto na propriedade = ajustes necessários. Estação de Monta Duração da Estação de Monta • Recomenda-se: de 90 a 120dias; • Com concentração de nascimentos na 1ª metade da Estação de nascimentos = para que na próxima E.M. as vacas aproveitem > tempo para o retorno ao cio; • Dois caminhos: • Se as vacas chegarem à parição com condição corporal ruim (1-4) = promover suplementação energética no pós-parto; • Se chegarem à parição com boa condição corporal (5-7) = manutenção do ECC até a cobrição através do manejo da lotação da pastagem; Estação de Monta Época da Estação de Monta • Implantação da E.M.: analisar cada propriedade em particular; • Recomenda-se: • 1º ano os touros fiquem separados das vacas somente 4ª 6 meses; • 2º ano pode-se restringir ainda mais; • 3º ano E.M. de 90 a 120 dias; Cuidados com a Cria Gestação: • Vacas: aproximadamente 9 meses • Ovinos e caprinos: aproximadamente 5 meses Peso ao nascer = influenciado: a) Raça b) Sexo c) Condição ambiental (sanidade, alientação) d) Estação de nascimento e) Idade e peso da matriz Cuidados com a Cria Principais recomendações: a)Sempre que possível, colocar a matriz num pasto maternidade no último mês de gestação = receber assistência adequada por ocasião do parto; b)Corte e cura do umbigo com solução iodada (álcool iodado 5% a 10%); c)O recém nascido deverá mamar o colostro o mais cedo possível = fonte de imunoglobulinas e nutrientes, além do efeito laxativo; d)Identificação do animal; e)Evitar movimentação de animais novos junto com animais adultos em porteiras e bretes. Cuidados com a Cria Habilidade Maternal: capacidade que a matriz tem de cuidar do filhote do nascimento ao desmame, de modo a influenciar na sua sobrevivência e principalmente no seu peso ao desmame. Atitudes: a)Lambimento: -1ª atitude de estabelecimento de ligação da mãe com a cria; -libera o feto da umidade dos líquidos amniótico e coriônico; -incentiva o filhote a tentar ficar em pé = habilidade materna protetiva. b)Mamada de colostro: 1ª horas após o nascimento = imunidade passiva. c)Fenômeno de “imprinting”: registro de impressões do neonato –vocalizações durante a limpeza; Cuidados com a Cria Hábitos de Amamentação: -Com o passar do tempo, as mamadas diminuem e a distância mantida entre a matriz e o filhote aumenta = > nos 1º meses de vida. Consumo de leite: -1ª semanas devida = 10 a 12% PV. -o ganho de peso cada vez mais dependente do pasto ingerido. Correlações entre a produção de leite e o ganho de peso diário Após o 4º mês de lactação = correlações entre GPD do bezerro e a produção de leite das vacas ficam cada vez <. -GPD = devem estar ao redor de 500g diárias; -Bezerras = correlação entre o crescimento pré-desmame da bezerra e sua futura habilidade maternal (produção de leite na 1ª lactação) = ganho de peso nessa fase deve ser controlado (acúmulo de tecido adiposos na glândula mamária = compromete fisicamente o tecido secretor) = 600 a 700g/dia, para raças grandes (até a puberdade) e 400g/dia, para as raças pequenas; Cuidados com a Cria Atraso na manifestação do 1º estro pós-parto (anestro) = é uma das principais causas do baixo desempenho reprodutivo da pecuária de corte: • Relacionado à deficiência nutricional, e à intensidade e frequência de amamentação; • A participação do leite na dieta dos animais vai diminuindo com o passar das semanas, importante estimular o consumo de alimento sólido o mais rápido possível. • Animal tem plena condição de utilizar forragem sólida como fonte de energia e de nutrientes de que necessita, porém deve suplementar para elevar índice de ganho de peso Cuidados com a Cria Época de desmame: • Bovinos animais nascidos entre agosto e outubro (E.M. de novembro a janeiro) = fevereiro e abril; • Ovinos e Caprinos: em média 60 a 70 dias após o nascimento (ou 2 vezes o peso de nascimento) • Após a separação, IDEAL: • Animais devem ser mantidos em pastagens adequadas (forrageiras de alto valor nutritivo, com porte baixo e elevada disponibilidade de M.S.), afastados das matrizes. • Pastos adjacentes com matrizes: cuidados especiais com cerca; • “amadrinhamento”: redução do estresse da desmama; • Separação por sexo; Cuidados com a Cria SISTEMAS DE DESMAMA BOVINOS: I)Desmama Tradicional = animais permanecem com a mãe durante todo o aleitamento e, então são separados; II)Desmama Precoce = consiste em separar os animais antes do tradicional; Para que não ocorram problemas, recomenda-se: a)Desmamar animais com mínimo 2 vezes o peso nascimento; b)Consumindo pelo menos alimentação concentrada por 5 dias consecutivos Bovinos: 1,5%PV Caprinos e Ovinos: 2 a 3,5%PV c) E uso de “creepfeeding” ou “creepgrazing”, na fase pré-desmama. Cuidados com a Cria SISTEMAS DE DESMAMA BOVINOS: III) Desmama Temporária ou Interrompida (Método Shang) = consiste em separar o bezerro da vaca, por um período de 48 a 96hs (72), a partir de 30 a 40 dias pós-parto; IV) Desmama Controlada (Amamentação Controlada) = consiste em permitir a permanência do bezerro com a mãe durante dois curtos períodos do dia, entre 6 e 8 horas e das 16 às 18 horas, a partir do 30º dia de vida; Cuidados com a Cria Creep Feeding: • Suplementação especificamente para o bezerro entre o nascimento e a desmama; • Bezerros meio sangue são mais exigentes • Objetivo principal: fazer o animal chegar à desmama com peso superior àquele que chegaria caso contasse apenas com o leite materno e a pastagem; • Associado a isso: a frequência de amamentação é reduzida promovendo menor desgaste das vacas de cria com possibilidade de ganho em condição corporal e retorno ao cio; • CMS = 0,5 a 1,0% do peso vivo do bezerro em concentrado • 0,6 a 1,2kg de concentrado/animal/dia;• 75 a 80% de NDT e de 18 a 20% de PB = pode variar em função da taxa de ganho, da quantidade de leite produzida pelas mãe se, principalmente, da quantidade e qualidade da forragem disponível; Cuidados com a Cria Creep Feeding: Indicações: • Durante períodos de seca = quando os pastos são pobres e a produção de leite é baixa; • Redução da intensidade de pastejo; • Aumento na disponibilidade de pasto e consequentemente a taxa de Lotação; • Adaptação do bezerro ao consumo de alimentos secos = 3 a 4 semanas pré-desmama; • Quando o preço do bezerro desmama do está alto e dos grãos baixo; • Quando bezerros são abatidos logo após o desmame = produção de babybeef; • Mantença de altos índices de fertilidade das matrizes; • Produção de superprecoces e precoces; • Produção de animais puros de origem; • Melhoria dos índices reprodutivos de prímiparas; Cuidados com a Cria Creep Feeding: Vantagens: • Aumentos de peso a desmama de 2 a 45kg, com média de 18kg; • Menor intensidade de uso da pastagem, com menor possibilidade de ocorrer super pastejo; • Acostumar os bezerros a receber em alimento sólido e grãos no pós-desmame; • Desenvolvimento mais uniforme dos bezerros; • Diminuir o estresse da desmama; • Aumento da taxa de prenhez, principalmente de prímiparas; • Redução da mortalidade de bezerros; • Redução da idade ao abate; • Redução da idade a primeira cobertura; • Redução do ciclo de produção; • Aumento do giro de capital; Cuidados com a Cria Creep Feeding: Uso limitado: • Quando o potencial leiteiro das vacas é alto; • Quando a pastagem se apresenta com alta qualidade e em abundância; • Quando o preço do suplemento está alto em relação ao preço do bezerro; • Quando os animais não apresentam potencial genético para responder ao maior aporte de nutrientes; • Quando o nível tecnológico da propriedade não comportar essa tecnologia; • Pode haver subutilização da forragem por concentrado; • Podem ocorrer variações com consumo; • Pasto ao redor do cocho é super pastejados e não movê-lo constantemente; • Distorce determinação de habilidade e maternal; • Aumento do custo de produção; • Maior exigência de maquinários e insumos. Cuidados com a Cria Creep Grazing: • Dois empregos: • Área de pasto de acesso exclusivo dos bezerros; • Sistema de pastejo rotacionado = bezerros antes das vacas. • 5% da área do pasto de cria = recomenda-se espécies forrageiras com alto valor nutritivo; • Acesso ao piquete primeiro que as mães • Pastejam Fase de Recria Novilhas RECRIA • A partir dos 7 meses • Período da desmama à 1ª E.M. Categoria levada menos a sério pelos produtores: • As melhores pastagens são destinadas aos animais de retorno econômico mais imediato = vacas adultas com cria ao pé ou bovinos de engorda; • Manejo destas novilhas: é de extrema importância = futuras responsáveis pelos índices reprodutivos e produtivos do rebanho de cria; • Da desmama ao início da monta; • Do primeiro parto ao período de monta seguinte; • Recebe os bezerros e a saída é marcada por peso (não mais por idade) Seleção e o preparo de novilhas para a reposição são alguns dos itens mais importantes do manejo reprodutivo (Valle etal., 1998). Recria de Novilhas > Idade a puberdade e manifestação do 1º cio fértil + longo I.E.P. Responsáveis pela baixa eficiência reprodutiva do rebanho • Brasil: recria realizada à pasto; • Desenvolvimento corporal intermitente = dependente de condições climáticas; • > maioridade à 1ª cria = 4 anos de idade no Brasil; • Idade à 1ª cria = parâmetro zootécnico de grande importância; • Medida de eficiência produtiva e reprodutiva de um rebanho; • Objetivo da Recria = seja mais curta possível; • Até atingir o peso de maturidade sexual (350-400kg) (mesmo peso da saída da recria) Recria de Novilhas Fatores determinantes: 1) Manejo nutricional = fator modificador tanto da idade como o peso; -níveis nutricionais baixos = peso à puberdade será <e a idade>; -níveis nutricionais altos = peso maior e idade menor; 2) Componente genético = determinadas raças são mais precoces sexualmente e outras mais tardias; *≠ entre raças na idade ao 1º estro: -fêmeas zebuínas = 6 a 12 meses mais tardias que as taurinas -as novilhas possuem uma idade mínima geneticamente pré-determinada em que atingem a puberdade; Recria de Novilhas Peso ótimo para reprodução = quando apresenta 60 a 65% do peso adulto (HESS,2003); -obter em índices de concepção acima de 85% (Mossmann & Hanly.,1977) -Novilhas taurinas (Angus, Charolês, Hereford, Limousin, etc.) = 60% do peso adulto; -Novilhas taurinas de raças de dupla aptidão (Pardo Suíça) = 55%; -Novilhas zebuínas = 65% do peso adulto; • Suplementação • Sal proteinado para ganhos de 300g/dia: 0,1% do PV de MS/dia • Mistura múltipla (energético e proteico)para ganhos maiores que 500g/dia: 0,5% do PV de MS/dia Recria de Novilhas • No sistema extensivo: o boi que vai para o abate é mais velho (diminuindo a qualidade de carcaça junto com o @) e quando é vaca ela entra no primeiro parto velha (tendo um período curto de vida, não sendo rentável ) • No sistema intensivo é o oposto Estratégias para atingir peso entrar em reprodução • 1º parto aos 2 anos = suplementação proteico–energética na 1ª seca (desmama - puberdade) = consumo de 0,5% do peso vivo (em torno de 1kg de suplemento/dia); -GP acima de 500g/dia = melhor manejo e esquemas de suplementação com > oferta de [ ]; • Vantagem da fêmea cruzada = precocidade sexual (12 – 13 meses há manifestação de estro, reduzindo substancialmente o período de recria; • Limitação = maior gasto com suplementação (maior exigência); Estratégias para atingir peso entrar em reprodução SECA • Principal ingrediente suplementado é proteína: Lignina cria complexos e não deixa ser aproveitado • Concentrado proteico (sal proteinado): Bactérias produzem o mínimo necessário de AGV’s • Concentrado proteico e energético (mistura múltipla): Bactérias produzem muito mais; desempenho diferenciado; maior custo; Consumo Médio Bovino de Corte • 2,5% do PV adulto/dia Parto com 36 meses • 1ª EM 27 meses = taxa de GMD de 283g/dia ((330 - 160)/600 dias); • Manejo adequado da pastagem e sal proteinado (0,1% PV) na seca = possível alcançar este objetivo; • Seleção de fêmeas Nelore = aptas à reprodução aos 14 meses de idade; • Razoáveis taxas de concepção e reconcepção na 2ª cria = atenuara < precocidade sexual Novilhas ECC à EM: novilhas apresentem escore de 5,0 a 6,0; Planejamento: -Evitar: estresse nutricional ou sanitário em qualquer estádio de desenvolvimento -redução da idade a concepção; Fundamental: monitoramento do GPD do desmame à puberdade; -evitar ganhos de peso muito elevados ou acúmulo de gordura excessivo = má formação da glândula mamária (deposição de gordura e menor quantidade de tecido secretor); -cios pouco evidentes, aumento de mortalidade embrionária, menores taxas de prenhez e menor desenvolvimento da glândula mamária (<produção de leite para o bezerro e, consequentemente, menor desempenho de sua progênie); Novilhas Normalmente os rebanhos de cria produzem suas próprias novilhas de reposição; -traçar programas de manejo (alimentar e sanitário) e seleção que aumente a eficiência do rebanho ao longo das gerações de novilhas de reposição; Metas do manejo e seleção: -redução da idade à concepção (redução para 2 anos ou menos = impactos econômicos mais significativos sobre a produtividade do setor pecuário) (PereiraNetoetal.,1999); características indicadoras de precocidade sexual (perímetro escrotal em machos) = variabilidade genética, mensuração fácil e econômica, correlação genética favorável com idade à puberdade e outras características economicamente importantes. Seleção de Fêmeas de Reposição • Para que os animais possam ser comparados e distinguidos = necessário que os efeitos de fatores ambientais sobre as características de interesse sejam minimizados; a) Propiciar condições nutricionais e sanitárias adequadas para a reduçãoda idade à puberdade; b) Colocar em monta uma quantidade superior de novilhas à necessária para a reposição das vacas descartadas = 25% a mais. c) Iniciar e terminar a estação de monta, pelo menos um mês antes da estação de monta das vacas; d) Selecionar para a reposição aquelas que conceber em ao início da estação de monta; e) Efetuar o diagnóstico de gestação de 45 a 60 dias após o final da monta (descartar vazias); f) Proporcionar condições nutricionais adequadas para que as novilhas apresentem condições corporais de moderada a boa ao parto. Seleção de Fêmeas de Reposição • Animais PV adulto elevado = devem apresentar > peso antes da estação de monta; • As novilhas precisam atingir a puberdade 1 a 3 meses antes da 1ª E.M. (estros podem não ser férteis) = para melhorarem suas chances de concepção; • Adota-se o principio = desenvolvimento das novilhas até um peso ótimo como método para garantir que atinjam a puberdade até a estação de monta; Recria de Novilhos • Fase em que o animal desmamado tem rápido crescimento e GPD = desmama até peso de boi magro (350-400kg); • Curva de crescimento = cuidado para não prejudicar ou interromper a fase de aceleração; • Normalmente passam esta fase no pasto à espera de alcançar em a maturidade e com ela o PV de abate e terminação (“tecido adiposo”). • É a fase intermediária à comercialização. • Desempenho relacionado a idade de abate: Média = 3,5-4 anos Sazonalidade da Forragem • Quanliquantitativo: Concentrado + Volumoso • Qualitativo: Suplemento Concentrado • Quantitativo: Suplemento Volumoso Peso ao Sobreano • Deve ser determinado 1 ano após o desmame = medida real do desempenho em exclusivo regime de pasto • 1 estação chuvosa + 1 estação seca = ajustado para 550 dias. Engorda Fase de Terminação • Atingir peso e acabamento de carcaça adequados = agregando valor a todo o trabalho desenvolvido na cria e recria. • Do ponto de vista biológico = animais em terminação se encontram numa fase em que o crescimento já não é tão eficiente como na cria e recria; • À medida que o animal se aproxima de seu peso maduro = a intensidade do crescimento (GPD) e a eficiência alimentar diminuem; • Composição do ganho de peso = tecido adiposo; • Para atender as exigências nutricionais e buscar maior eficiência: • Dietas com maior densidade energética; Fase de Engorda • Fase da engorda (machos): • O preparo do animal para o abate (450- 520kg) • Se for no sistema intensivo (a pasto) a fase de engorda dura 8 meses, se for confinamento o período de engorda dura 3 meses. • Quando é pequeno ruminante, tem o ciclo completo, porque não tem produtor suficiente para partilhar as funções. Sistemas de Engorda • Escolha = respeitar as diferenças regionais e/ou particularidades de microrregiões. • Em muitos casos = manter níveis de produção mais baixos, porém compatíveis com os recursos naturais (principalmente solos); • Adequação do nível tecnológico aos potenciais ecorregionais = sustentabilidade do sistema de produção; • Diferenças socioculturais e econômicas existentes entre regiões; Alimentação é um componente fundamental de qualquer sistema que busque eficiência Sistemas de Engorda • Frigorifico: um dos processos requeridos na produção de carne é a padronização e a qualidade, isso se consegue nas aves a suínos. Já nos bovinos é mais complicado, pois não tem padrão na produção. • O mercado requer mais essa padronização e qualidade e para conseguir precisa manter a organização e especificidade de todas as fases/setores. A maioria dos produtores que conseguem manter essa padronização são produtores que tem a marca própria de carne, eles tem parceria com frigoríficos para o abate dos animais. Sistemas de Engorda • Condições brasileiras = pastagem (elemento mais importante); • Manejo adequado = resulta em benefícios para o sistema = > ganhos por área. • Taxas de lotação ajustadas à quantidade de matéria seca produzida nos períodos de águas e seca; • Espécies de gramíneas; • Manejo de solo; uso de animais de potencial genético compatível com a alimentação que será fornecida Idade Média de Abate de bovinos Sazonalidade da Produção Forrageira Sazonalidade: • Forrageiras tropicais (mesmo no período das chuvas) = não são capazes de produzir, por muito tempo, alimento com qualidade que possibilite o atendimento das exigências para crescimento dos animais (alto potencial genético); • No restante da época chuvosa + período seco = redução na quantidade de matéria seca produzida e decréscimo acentuado em sua qualidade. Terminação em confinamento e semiconfinamento Expansão: • Valorização crescente nos preços das terras; • Aumentos das monoculturas em grandes áreas; • Preço da carne bovina; • Incentivos governamentais para engorda de bovinos na entre safra. Terminação em confinamento e semiconfinamento Semiconfinamento ou Confinamento • Lugares onde a terra é cara • DT no coxo = Maior ganho de peso do que a pasto • 2 a 3 tratos diários • DT = Produção de volumoso na época das águas (silagem) • 1kg de ganho diário • 50:50 relação entre concentrado e volumoso • Dura em média 90 dias para chegar no peso • Semiconfinamento vem pesado da recria, seria só para finalizar rápido (60 dias) • Confinamento de super precoce: Animal comercial para exportação Terminação em Semiconfinamento • Destinar animais com pesos acima de 400kg, com baixa condição corporal, para que o período de suplementação seja de 60 a 70 dias. -Períodos maiores podem comprometer a eficiência econômica; • Menores investimentos e dispensa áreas para a produção e corte de volumoso suplementar; Terminação em Confinamento • Apesar dos custos adicionais envolvidos = possibilita que animais apartir de 12@ (RC 50%= 360kg) ganhem peso rapidamente e cheguem ao abate em curto espaço de tempo; • Possibilita bom acabamento de carcaça = > densidade energética das dietas; -permite liberar áreas de pastagem para outras categorias da propriedade; • Valorização da @ de boi magro para boi gordo e do aumento do rendimento de carcaça; Terminação em Confinamento Instalação e infra-estrutura: simples e funcional: 1) Curral a céu aberto: -serie de piquetes = área de 10 a 15m2/animal; -cocho para alimentação e bebedouro; -utilizada somente na época da seca; Terminação em Confinamento Instalação e infra-estrutura: simples e funcional: 2) Curral parcialmente coberto: -cobertura ao longo dos cochos de alimentações; -área coberta dos cochos e a proximidade dos bebedouros devem receber calçamento de concreto ou pedra = 2,50 a 3,50m de largura; Terminação em Confinamento Instalação e infra-estrutura: simples e funcional: 3) Curral totalmente coberto: -Aproveitamento de instalações pré-existentes (galpões); -Possibilidade de confinamentos ao longo do ano todo; -Custo mais elevado = área = 5–7m2 por animal; Instalações e Equipamentos Cochos • Ao longo das cercas = 0,70m/animal; • Dentro da área do curral = 0,35m/animal. • Profundidade = 0,35 a 0,40m; • Altura do solo = 0,65 a 0,70m. • Cocho para minerais: Largura0,30m, profundidade0,30m, altura 0,65 a 0,70m do solo e comprimento de 3m. Bebedouros: animal adulto (300 a 450kg de PV), pode ingerir até 60 litros de água por dia (prever reserva de 15 a 20litros/animal/dia); • Altura: 0,70m, largura: 0,40 a 0,80m; profundidade: 0,50m; Instalações e Equipamentos • Galpões para guardar e misturar alimentos volumosos e concentrados; • Balança para rações e gado; • Curral de manejo: tronco de contenção, seringa, embarcadouro, apartador, etc; • Farmácia; • Galpão de máquinas (ensiladeira, conjunto de fenação, trator, carretas, etc); • Silos(grãos e forragens); • Esterqueira; Confinamento • Observação sobrea aparência e comportamento = constante; • Animais doentes imediatamente separados; • Manejo de arraçoamento: 2 ou 3 tratos diários = TMR; • Horário de fornecimento respeitado durante todo o período do confinamento. • Distúrbios gastrointestinais: acidose e
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