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Diferenças entre sexo x gêner

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Diferenças entre sexo x gênero 
As discussões teóricas sobre a diferença entre sexo e gênero entram na pauta a partir do momento em que a voz das feministas e das minorias começam a ecoar da sociedade. Partindo do princípio que essa diferença acontece em função de uma construção social, faz-se necessário definir o que estamos entendendo por cada um desses termos.
Sexo aqui se refere ao biológico (binário) que, por sua vez, associa-se à imagem corporal. Até bem pouco tempo era identificado no nascimento, mas com o desenvolvimento tecnológico já pode ser determinado ainda no útero materno, com base nas genitálias do feto.
Por muito tempo, gênero e sexo foram vistos como sinônimos. No entanto, na visão das ciências sociais, gênero se refere à diferença entre atributos culturais determinados a cada um dos sexos e à própria dimensão biológica entre os seres.
Em síntese, o termo gênero expressa todo um sistema de relações que inclui sexo, mas que transcende a diferença biológica, enquanto o termo sexo designa somente a caracterização genética e anátomo-fisiológica dos seres humanos.
No que diz respeito à diferença binária e hierarquizada a fim de justificar o papel do homem e da mulher na sociedade, esta acontece na maioria das culturas, ou seja, há uma classificação do sexo e do gênero em duas formas distintas, opostas e desconectadas de masculino ou feminino (linguagem binária), onde o masculino se sobrepõe ao feminino por conta de uma suposta superioridade. Este assunto será retomado e aprofundado nas próximas aulas.
Será que é possível articular o conceito de gênero com o conceito de sexualidade?
Alguns pesquisadores acreditam que sim pelo fato de que esses dois conceitos se constituem a partir de normas estabelecidas social e culturalmente, as quais definem o que é ser homem ou mulher, bem como os papéis sociais que devem ser assumidos.
Atualmente, gênero também pode ser entendido como uma questão de autopercepção e não se prende a fatores externos. Segundo essa proposição, uma pessoa pode ser cisgênera (identifica-se com o gênero designado ao nascer) ou trans (transexual ou transgênera). Sendo trans, pode identificar-se com um gênero binário (homem ou mulher) ou não.
Olhando para as diferentes instituições sociais, entre elas a escola, é possível perceber padrões comportamentais atribuídos a meninos e meninas que, se não são seguidos, levam à discriminação e exclusão. No entanto, normatizar as questões de gênero e sexualidade a partir de um padrão em prejuízo das outras formas existentes é reforçar preconceitos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a sexualidade como um aspecto fundamental na qualidade de vida de qualquer ser humano. Essa dimensão é fundamental em tudo o que somos, sentimos e fazemos e é mais abrangente do que o simples ato sexual. Ela faz parte da personalidade do sujeito, constitui-se de elementos físicos, afetivos, culturais. A OMS considera, ainda, a saúde sexual como uma condição necessária para o bem-estar físico, psíquico e sociocultural.
O caderno Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos, elaborado em 2007 pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), colocou em destaque as relações de gênero que envolvem tanto a ideia de construção social e cultural como de sexo biológico. Assim, acabam refletindo nas relações de poder, no sexismo, no machismo e na homofobia.
Falar de gênero envolve falar do masculino e do feminino em diferentes dinâmicas de masculinidade e feminilidade. Portanto, gênero diz respeito a disputas materiais e simbólicas. Essas disputas envolvem processos de configuração de identidades, definições de papéis e funções sociais, estabelecendo e alterando hierarquias entre aqueles que são reconhecidos socialmente como homens e mulheres, bem como os que não são, nas diferentes sociedades ao longo do tempo.
No que diz respeito à sexualidade, é possível perceber que ainda há uma espécie de tabu sobre o tema. No entanto, deixar de falar no assunto só faz com que surjam mais dúvidas, medos e preconceitos.
São os imites e proibições impostos à sexualidade que determinam os significados a ela atribuídos.
Identidade de gênero
Para falarmos de identidade de gênero, é preciso entender que cada um de nós é uma pessoa única que, no entanto, tem características comuns a toda a humanidade.
Nossas peculiaridades nos identificam com alguns e nos diferenciam de outros:
· A região em que nascemos e crescemos;
· Nossa raça;
· Classe social;
· Se temos ou não uma religião;
· Idade;
· Habilidades físicas etc.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a identidade de gênero é a maneira como um indivíduo se reconhece, como ele percebe sua própria identidade. Quando falamos em identidade de gênero, estamos fazendo referência ao sujeito que transpõe ao binarismo macho/fêmea.
Cisgênero ou não cisgênero? Eis a questão.
Em termos de gênero, todos os seres humanos podem ser enquadrados (com todas as limitações comuns a qualquer classificação) como:
Cisgênero (ou cis)
Pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento;
Não cisgênero
As que não se identificam com o gênero que lhes foi determinado (transgênero, ou trans).
No Brasil, até bem pouco tempo não havia quem considerasse transgênero como uma categoria à parte das pessoas travestis e transexuais. Porém, com os estudos que se seguiram após 2012, já é possível entender que alguém pode nascer biologicamente em um sexo, mas identificar-se com outro e vivenciar uma identidade diversa. Compreender e respeitar essas possibilidades ultrapassa os limites de um conservadorismo aprisionado em verdades absolutas e inquestionáveis.
De qualquer forma, antes de emitir um julgamento de valor é sempre bom saber um pouco mais sobre o assunto e compreender a lógica e o direito do outro.
Ainda que possa parecer confuso e fora do padrão heteronormativo que estamos acostumados a vivenciar na sociedade, isso não quer dizer que não seja uma realidade possível. É fato que cada um de nós possui convicções seja no campo ideológico ou religioso sobre esta questão. No entanto, é importante que estejamos preparados para lidar com as diferenças, sempre com respeito e empatia. É o único caminho para o diálogo e para o combate à violência de gênero. Além disso, a criminalização da LGBTfobia já foi aprovada no Brasil.
Cabe destacar que, nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), o termo orientação sexual refere-se ao ato de propor um espaço de discussão sobre a sexualidade nas escolas e não está relacionado com o direcionamento da escolha de parceiros ou parceiras.
Outra nomenclatura que muitas vezes é confundida com identidade de gênero ou orientação sexual é a expressão de gênero, a qual está relacionada à forma como a pessoa se apresenta, sua aparência e seu comportamento.
É como a pessoa manifesta publicamente a sua identidade de gênero, por meio de:
· Nome;
· Vestimenta;
· Corte de cabelo;
· Comportamentos;
· Voz e/ou características corporais;
· Forma como interage com as demais pessoas.
Ideologia de gênero
Ideologia de gênero é um termo relativamente novo, mas que vem criando polêmica e muita discussão desde as Eleições de 2018, ainda que nem sempre aqueles que passaram a utilizá-lo entendam seu real significado.
Acredita-se que o termo apareceu pela primeira vez em 1998, em uma nota emitida pela Conferência Episcopal do Peru intitulada Ideologia de gênero: seus perigos e alcances. O evento nacional que reúne bispos de todo o país é uma tradição da Igreja Católica no mundo inteiro.
No Brasil, o debate sobre a ideologia de gênero (termo incorreto para se referir às discussões sobre gênero) se intensificou com a estruturação do Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era incluir temas relacionados com identidade de gênero e sexualidade nos planos de educação de todo o país. Se por um lado os que defendiam a chamada ideologia de gênero alegavam que o projeto tinha por objetivoreforçar a necessidade de discutir nas escolas as diferentes identidades de gênero existentes, com mais igualdade e respeito às diferenças, os que eram contra a proposta acusavam-na de servir para doutrinação das crianças, desconstruindo os tradicionais conceitos.
Mapa conceitual

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