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Doenças do Envelhecimento e a Nutrição PROF. MILENA MAFFEI VOLPINI Apresentação da Aula ✓ Presbifagia; ✓ Sarcopenia e Obesidade Sarcopênica; ✓ Suplementos; ✓ Fragilidade no Idoso; ✓ Demências ✓ Cuidados Paliativos Envelhecimento Cerebral Presbifagia Processo de Deglutição Padrão 1.0 Fase Preparatória Função da Mastigação (3 etapas) - Elevação da mandíbula e apreensão do alimento; - - Aumento da intensidade da contração muscular (até o alimentos ser cortado); - - Posicionamento do alimentos entre pré molares e molares pelos movimentos coordenados até língua e bochechas- - Moenda dos alimentos em partículas menores Idosos (Processo de Envelhecimento): - Falta de mobilidade e redução na sensação dos músculos - na capacidade de controlar o bolo alimentar; - da sensação gustativa; - Falta de dentes e próteses mal adaptadas (CARDOSO, ACOSTA, 2012) Presbifagia Processo de Deglutição Padrão 2.0 Fase Oral - Caracteriza-se pela propulsão do bolo para a porção posterior da cavidade bucal (através dos movimentos da língua) 3.0 Fase Faríngea - Inicia-se pela elevação do palato mole para o fechamento da nasofaringe e passagem do bolo através da faringe (feito por contrações peristálticas concomitantes ao fechamento da laringe para a proteção das vias aéreas) (CARDOSO, ACOSTA, 2012) Presbifagia Processo de Deglutição Padrão 4.0 Fase Esofágica - Bolo passa para o estômago, por uma onda peristáltica - Idosos (Fase Oral, Faríngea e Esofágica) Capacidade de deglutição reduzida, em virtude da lentificação inerente a todo organismo Alterações próprias do envelhecimento senescente; Deixa o idoso mais vulnerável a disfagia (CARDOSO, ACOSTA, 2012) ➢ Caracteriza-se por transtornos na realização da função da deglutição, devido perda de tecidos ou estruturas e/ou ocorrência de doenças de origem neurológica. Disfagia do Tipo Orofaríngea é a mais frequente, associada a um aumento da fase orofaríngea. Disfagia Redução dos movimentos e da sensibilidade orofacial e maior predisposição de perda do reflexo e proteção das vias aéreas possibilitando a penetração e aspiração de corpos estranhos, e consequentemente, à ocorrência de pneumonias Exames ➢ Nasofibroscopia e Videofluroscopia da deglutição (ou deglutograma); ➢ Exames considerados padrão ouro; ➢ Fornecem dados qualitativos e quantitativos sobre o funcionamento das estruturas durante as várias fases da deglutição Nasofibroscopia – consiste na introdução de um nasofaringolaringoscópio pela narina, e inicia-se então o estudo da deglutição. Videodeglutograma – Permite a visualização de todos o processo da deglutição (identifica melhor quantidade, consistência e temperatura) Modificações de Consistência ➢ Atenção para condições mastigatórias e Deglutição; ➢ Consumo de líquidos nas refeições; ➢ Uso de espessantes Consistência Branda Leve Pastosa Liquidificada Disfagia ✓Deve ser abordado interdisciplinarmente; ✓Disfagia pode levar a desnutrição e desidratação Características da Dieta por Graus de disfagia Fracionamento e Volume Sarcopenia Termo: grego (sarkos) = carne (penia) = deficiência Definição: Progressiva e acentuada perda de força e massa muscular, especialmente esquelética, com consequente redução da capacidade funcional. (↓tec. Musc + de 2 desvios do adulto típico e saudável); ➢ PREVALÊNCIA: 6-12% ˃ 60 anos; > 50% nos muito idosos ✓ Principal causa da redução de força muscular em idosos ✓ Afetam a funcionalidade qualidade de vida dos idosos ✓ Considerada uma das variáveis pela definição da Síndrome de Fragilidade Marmorização Muscular Perda Muscular com o Envelhecimento 5 anos 90 anos Fatores relacionadas à Sarcopenia Fatores relacionadas à Sarcopenia ➢ Hormonais: de estímulos católicos também tem sido aventado como redução na massa muscular; ➢ na produção de citocinas pró inflamatórias (IL6, TNF – α, IL – 1) = podem estimular a perda de aa e incrementar a quebra de proteínas nas fibras musculares ➢ Nutricionais ➢ Redução na ingestão alimentar (devido perda de apetite, redução do paladar e olfato, saúde oral prejudicada, saciedade precoce, fatores psicossociais, econômicos e medicamentos); ➢ Ingestão reduzida de proteínas (leva a redução de massa e força muscular em mulheres na pós menopausa) ➢ Inatividade Física ➢ Prática regular desde jovem lentifica a perda; ➢ A intervenção mais eficaz para a prevenção e recuperação de perda muscular são os exercícios de resistência Tipos de Sarcopenia EWGSOP Europen Working Group on Sarcopenia on Older People 2016 CID 10 para Sarcopenia M62 – 84 Sarcopenia relacionada á idade Repouso do Leito e Perda MuscularRepouso do Leito e Perda Muscular Sarcopenia Risco para dependência: a) Homens: sarcopênicos magros= 3,8 vezes sarcopênicos obesos= 8,5 vezes b) Mulheres: sarcopênicas magras: 8,96 vezes sarcopênicas obesas: 12 vezes CRUZ-JENTOFT et al., 2010 Consequências da Sarcopenia ✓ Aumenta riscos para deficiências físicas ✓Problemas mobilidade; ✓Maior risco para quedas e fraturas; ✓Diminuição habilidade para realizar ABVD’s; ✓Perda de independência; ✓Piora na qualidade de vida; ✓Aumenta risco para morte. Diagnóstico de perda de massa magra CRUZ-JENTOFT et al., 2010 Absormetria radiológica de dupla energia (DEXA); Ressonância magnética. Diagnóstico de perda de força... Força de preensão palmar; Bateria curta de performance física (SPPB); Velocidade usual de marcha; Teste do tempo de levantar e ir; Teste de capacidade para subir escadas. The Foundation for the National Institutes of Health _CLASSIFICAÇÃO PARA FPP em idosos USA, 2011; STUDENSKI et al., 2014; MCLEAN et al., 2014 critérios segundo sexo e força de preensão palmar, para diagnosticar graus de força muscular entre idosos: Mulheres Homens Força muscular fraca <16Kg <26Kg Força muscular intermediária 16Kg a 19,9Kg 26Kg a 31,9Kg Força muscular normal >/= a 20Kg >/= 32Kg ▪ baixa velocidade de marcha ▪ ↓ na mobilidade + Estudo Centers for Disease Control do National Center for Health Statistics (NCHS) em 2011-2012: CRUZ-JENTOFT et al., 2010 9.338 idosos americanos não-institucionalizados Força muscular fraca 60 anos: 5% >/= 80 anos: 19% Fonte: Lee et al., 2000 Onde: CB2=circunferência do braço ao quadrado; CC2=circunferência da coxa ao quadrado e CP2=circunferência da panturrilha ao quadrado Sexo: homens =1 mulheres=0 Raça: asiáticos= 1,2 negros=1,4 brancos=0 Equação para estimativa do Índice de Massa Muscular (IMM) IMM (kg)=Altura x (0,00744 x CB2 + 0,00088 x CC2 + 0,00441 xCP2)+ 2,4 x (Sexo- 0,048) x Idade + Raça +7,8 Para achar o Índice de massa magra utiliza-se a seguinte fórmula: IMM=MM(kg)/estatura 2 Classificação (Lee et al., 2000): Mulheres MM>6,76kg/m2 = normal MM <6,75kg/m2 = sarcopenia moderada MM<5,75kg/m2 = sarcopenia severa Homens MM>10,76kg/m2 = normal MM<10,75kg/m2 = sarcopenia moderada Mm<8,50kg/m2 = sarcopenia severa Exemplo Equação Índice de Massa Magra Idosa, 88 anos Branca Altura: 1,50m² CB = 20,5 cm CP = 20,7cm Ccoxa = 40cm IMM (kg)=Altura x (0,00744 x CB2 + 0,00088 x CC2 + 0,00441 xCP2)+ 2,4 x (Sexo-0,048) x Idade + Raça +7,8 = 1,5*(0,00744*(20,5*20,5)+ 0,00088*(40*40)+0,00441*(20,7*20,7))+2,4*(0-0,048)*88+0+7,8 = 1,5*(0,00744*420,25+ 0,00088*1600+0,00441*428,49)+2,4*(-0,048)*88+0+7,8 = 1,5*(3,10+ 1,40+1,88)-0,11*88+0+7,8 = 1,5*6,38-9,68+0+7,8 = 9,57-9,68+0+7,8 = 9,57-9,68+0+7,8 = IMM = 7,69Km/m² IMM=MM(kg)/estatura 2 IMM = 7,69/2,25 IMM = 3,41Km/m² Classificaçao: Sarcopenia Severa EQUAÇÃO PREDITIVA PARA RISCO DE SARCOPENIA: ( LEE et al. 2000; RECH et al. , 2012) MME (kg) = EST x (0,244 x MC) + (7,8 x EST) + (6,6 x sexo) – (0,098 x idade) + (etnia – 3,3) EST= estatura (m) MC= Peso (Kg) Para a variável sexo: 0 = mulheres; homem=1 Etnia: 0 = branco (branco, mestiço e indígena), -1,2 = asiático 1,4 = afro-descendente (negro e mulato). IMM (índice de Massa Magra)=MMT/ Estatura2 CLASSIFICAÇÃO (JANSSEN et al., 2004): IMM ≤ 5,75 kg/m² = alto risco; 5,76 < IMM ≤ 6,75 kg/m² = risco moderado; IMM > 6,75 = baixo risco. Exemplo: Equação preditiva para risco de Sarcopenia Idosa, 88 anos Branca Altura: 1,50m² Peso: 33,5Kg CB = 20,5 cm CP = 20,7cm Ccoxa = 40cm MME (kg) = EST x (0,244 x MC) + (7,8 x EST) + (6,6 x sexo) – (0,098 x idade) + (etnia – 3,3) = 1,50* (0,244*33,5) + (7,8*1,5) + (6,6*0) – (0,098*88) + (0-3,3) = 1,5* 8,17+11,7+0-8,62+ (-3,3) = 12,25+11,7-8,62-3,3 = MME = 12,03kg IMM=MM(kg)/estatura 2 IMM = 12,03/2,25 IMM = 5,36 Km/m² Classificação: Alto Risco http://www.jamda.com/article/S1525- 8610(13)00303-4/fulltext Sarcopenia: 11 – 20 pontos Obesidade Sarcopênica ➢ Definição: É uma redução significativa de MLG (massa livre de gordura), combinada com aumento excessivo da qtd de gordura corporal geral ou localizada. Como Identificar Sarcopenia ? Obesidade Sarcopênica ➢ DEXA – padrão ouro para análise da OB; ➢ Ainda sem consenso para classificação; Parâmetros sugeridos para avaliação em idosos a) IMC: 27 a 31 Kg/m²= sobrepeso ≥ 31 kg/m²: obesidade b) BIA, DEXA, TOMO, RM avaliam massa magra corrigida, considerando a estatura e a massa gorda Gordura estimada para mulheres= 40% e para homens= 28% FUNCIONALIDADE COMPROMETIDA Obesos antecipam incapacidade por ± 3 anos : pela permeação da gordura na massa magra que proporciona efeitos deletérios à musculatura Obesidade Sarcopênica Prevalência AUTOR LOCAL RESULTADOS Baungartner (1998) Novo México 2% de OB em idosos 60 – 69ª 10% acima de 80a Waters e Baumgartner (2011) EUA 10% homens 7 – 12 % em mulheres Newmann et al (2003) Pennsylvania. 15,4% Homens 21,7% Mulheres Kim et al (2009) Coreia 5,1% em Homens 12,1% em Mulheres Oliveira et al (2011) Idosas Brasileiras 19,8% Obesidade Sarcopênica Fatores de Risco ✓ Sedentarismo ✓ Nutrição Inadequada ✓ Resistência à insulina ✓ redução do GH e testosterona ✓ Inflamação (por meio da produção das citocinas) ✓ ↓ FPP + obesidade abdominal (independentemente de gênero , idade e IMC) • risco de queda e fratura • dependência • Prejuízo nas AVDs (2x homens e 3x mulheres; • Risco de mortalidade Desfecho clínico ROLLAND, 2009; CRUZ, 2010; ROUBENOFF, 2000; JANSSEN et al., 2000; HUGHES et al., 2002; SILVA et al., 2006 Obesidade Sarcopênica Inflamação no Processo de Sarcopenia In fl am aç ão Resultante dos diferentes mecanismos da resposta imunológica na tentativa de manter a homeostase C it o ci n as Componentes de sinalização celular; Atuam na própria célula ou em células distantes Fu n çõ es Regulação da resposta Imunológica Podem ter seus efeitos inibidos ou exarcebados por outras citocinas Ex em p lo d e ci to ci n as I IL 6 e TNF α; Quando produzidas pelas células no tecido adiposo podem acelerar o processo de envelhecimento ( MG e MLG) Obesidade Sarcopênica Obesidade (acúmulo da gordura visceral) Liberação de substâncias inflamatórias Alteração da síntese protéica Piora da Sarcopenia Incapacidade Funcional Sedentarismo Tratamento Nutricional Proteína Estudo Local: EUA, General Clinical Research Center - The Pennsylvania State University; Ano: 2001; Amostra: 10 pacientes saudáveis Idades: 55 a 77 anos Ingestão de 0,8g/kg/dia de proteína durante 14 semanas Balanço nitrogenado negativo e perda de massa magra em ± 90% dos participantes CAMPBELL et al., 2001 Tratamento Nutricional ProteínaEstudo Local: UI de curta duração e reabilitação geriátrica; Ano: 2008; Amostra: 36 pacientes hospitalizados com idades de 65 a 99 anos Ingestão de 1,06g/kg/di a de proteína Balanço nitrogenado neutro GAILLARD et al., 2008 Conclusão Prescrição de 0,8g/kg/dia de proteína não é suficiente para manutenção da MM de idosos saudáveis e 1,06g/kg/dia de proteína evita a perda de MM em idosos hospitalizados, porém, não garante o ganho da mesma. Proteína para idosos com sarcopenia=????? CAMPBELL et al., 2001; GAILLARD et al., 2008 Conclusão Estudo PROT AGE (2013) – Sociedade Europeia Recomendação: 1.0 – 1.2g/kg/dia (manter) Recomendação: 1.2 – 1.5g/kg/dia – se DCNT http://www.nutrirltda.com.br/documentos/evidencias -para-consumo-de-proteinas-na-populacao-idosa-um- estudo-do-grupo.pdf Distribuição de Proteínas nas Refeições Total de proteínas por alimento EPA (Ácido Graxo Eicosapentaenóico) e DHA (Ácido Graxo Docosahexaenóico): derivados de óleo de peixe de águas frias e profundas Ômega 3 Função Cognitiva Inibe a síntese hepática da TG Benefícios no Sistema Cardiovascular Resposta Imunológica Saúde Óssea Tônus Muscular Melhora na Qualidade de Vida e redução da mortalidade UBEDA et al., 2012 EPA (Ácido Graxo Eicosapentaenóico) e DHA (Ácido Graxo Docosahexaenóico): derivados de óleo de peixe de águas frias e profundas Farina et al., 2011 Coorte 854 Idosos 67-91 a 48 meses Consumo de peixe em + de 3 porções por semana protege da perda óssea Robison et al., 2008 Retrospectivo 2983 idosos 59 – 73 anos 72 meses Consumo de 1 porção de peixe/sem teve influência na função muscular Smith et al., 2010 Randomizado 16 idosos 69 – 73 a 2 meses Suplementação de Ómega 3; Observado aumento de elementos envolvidos na regulação da síntese proteica muscular Ubeda., et al, 2012 Coorte Idosas com média de idade de 75 anos 4 anos Indivíduos com maior ingestão de peixes (+ 3 porções/sem) foram associados a manutenção da densidade óssea Leucina HMB ▪ Tem seus efeitos estudados há cerca de 35 anos; ▪ Encontrada em pequenas quantidades na natureza e comercialmente na forma monohidratada ligada ao cálcio (fórmulas em pó ou cápsulas); ▪ Fontes: 100 g de soja ou feijão= 3 g leucina ▪ Em condições normais: só 5% de leucina é metabolizado em HMB (consumo de 60g de leucina resulta em 3g de HMB). No organismo: convertida parcialmente em metabolitos como a beta-hidroxi-metilbutirato (HMB) no citosol, pela enzima alfa-cetoisocaproatodioxigenase. Resumo das Ações do HMB HMB: Consumo seguro? LEUCINA KATSANOS et al., 2006 Estudo 2006 Amostra: 20 idosos independentes (apox. 66 anos), saudáveis segundo histórico médico, exame físico, eletrocardiograma, exames de sangue e urina. Grupo 1: 6,7g aa essenciais (1,7g de leucina) em 250mL de bebida não- calórica e não- cafeinada, via oral. Grupo 2: 6,7g aa essenciais (2,8g de leucina) em 250mL da mesma bebida. Grupo 2: aumento de ± 0,045% para 0,055% por hora na síntese de proteína muscular (ANOVA) LEUCINA BERTON et al., 2015 Estudo 2015 Amostra: 80 idosas independentes , praticantes de atividades físicas (composto por exercícios aeróbios e pequena parte com exercícios de resistência Grupo 1: HMB + cálco (1.5g) , via oral, por 8 sem Grupo 2: placebo Não perceberam diferença nos parâmetros testados (aumento de performance, força muscular e massa magra). - Pouco tempo de estudo; - Atividade física regular; - dosagem baixa de HMB HMB: Idosos e Atividade Física Desenho: Estudo ramificado duplo cego; Duração: 8 semana (atividade física: 5x semana) N= 31 idosos (15H e 16 M; ± 70,1 anos 1 cápsula = 250mg CaHMB) Grupo HMB – 4 cápsulas dia – 3x dia Grupo Placebo – 4 cápsulas dias 3x dia Avaliação: composição corporal (DEXA, adipometria) Objetivo: avaliar a resposta da suplementação HMB em idosos submetidos ou não a programa progressivo de treino de resistência Vukovich et al., 2001 Resultados HMB diminuiu a gordura corporal total (DEXA e Antropometria) HMB: Idosos e Vitamina D Idosos 76± 1,6 anos Duplo Cego Placebo (n=37) e grupo suplementar (n=40) Duração: 1 ano Dose: 2-3g HMB 6 – 7,5g Arginina 1-5 – 2,25g Lisina Aumento de força muscular Conclusão: suplementar HMB e vit D em idosos praticantes de atividade física aumenta a força muscular DEFICIÊNCIA VIT D= MAIOR RISCO DE QUEDAS E ↓ DESEMPENHO FÍSICOVITAMINA D Recomendação acima 70 anos 800IU’s/dia ou 20 microgramas Desenvolvimento e crescimento normal de fibras musculares INSTITUTE OF MEDICINE, 2010SARCOPENIA Estudos com Suplementação de Vit D AUTOR METODOLOGIA TEMPO RESULTADO PFEIFER, 2000 Suplementação de Cálcio + Vit D em 148 idosos 8 semanas Melhora do equilíbrio em 9% BISCHOFF, 2003 Vit D e Cálcio (800UI e 1200mg) Por 3 meses Redução de 49% do risco de queda quando comparado somente a suplementação de Cálcio FLICKER et al, 2005 Vit D – 10.000UI por semana seguido de 1000UI e 600mg/dia de Cálcio 2 anos 30% da redução do risco de queda quando comparado somente ao cálcio HMB: Idosos acamado com TNE N=39 M=18 F=21 2g/d – 1x dia (via SNE) Grupo HMB N=40 M= 25 F=15 Sem alterações Grupo Controle Objetivo: Investigar o efeito da suplementação de HMB na composição corporal e no metabolismo proteicos de idosos acamados em uso de TNE HMB: Conclusões Dose Diretrizes IdososPacientes Atletas 3g/dia Sem consenso ✓ Consumo seguro ✓ Acamados e praticantes de AF ✓ Associação com vit D sérica Mais estudos: - Câncer; - HIV; - Dislipidemias Menos eficazes em atletas e praticantes de AF HMB E SARCOPENIA ➢ 3 gramas HMB-Ca (1,5 g 2 vezes/dia) = ↑ CP e MM também em função e força e ↓ colesterol Nesta quantidade: considerado seguro ➢ Recomenda-se associá-lo a 700 a 1000 UI de Vitamina D= ↓ risco de queda e atividade muscular (treino de resistência e com peso) ➢Tratamento envolve individualização e monitoramento Suplementos com HMB Farmácia de Manipulação HMB-CA (beta- hidroxi-beta- metilbutirato) - 3 g - 30 SACHES não deixam claro em sua composição nutricional fornece 3,0g de β- hidroxi-β- metilbutiratopor porção + cálcio Suplementos com HMB Cada frasco fornece 330 kcal (1,5 kcal / ml), 20 g de proteínas, 1,5 gramas de HMB e 12,5 mcg de vitamina D (500 UI). Cuidados na seleção do Suplementos HMB o Composição isolada ou com cálcio; o Vitamina D o Quantidades o Verificar registro junto ao Mistério da Saúde o Isolado ou com outros nutrientes Papel da Nutrição na Sarcopenia ❖ Adequação calórica da dieta; ❖ Redução da velocidade de perda de massa muscular e distribuição proteica na dieta; ❖ Utilização de aminoácidos que sejam de fácil absorção; ❖ Adequação da Vitamina D; ❖ Prática de Atividade Física. Síndrome da Fragilidade Síndrome onde idoso frágil, ou em situação de fragilidade: ✓ vive em ILPI; ✓encontra-se acamado; ✓ esteve hospitalizado recentemente por qualquer razão; ✓ apresenta doenças sabidamente causadoras de incapacidade funcional (AVE, demências e outras doenças neurodegenerativas, etilismo, neoplasia terminal, amputações de membros, entre outras); ✓ ou com, pelo menos, uma incapacidade funcional básica ou viva situações de violência doméstica Síndrome Clínica, de natureza multifatorial, caracterizada por diminuição da reserva homeostática e de redução da capacidade do organismo de resistir as intempéries, resultando em declínios cumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos, causando vulnerabilidade e efeitos adversos. (OLIVEIRA, MENEZES, 2011). Principais Causas ➢ efeito de medicações; ➢ depressão; ➢ alterações cognitivas; ➢ distúrbios de deglutição, alterações da cavidade oral; ➢ hiper ou hipotireoidismo; ➢ hiperparatireoidismo; ➢ insuficiência adrenal; ➢ síndromes de má-absorção; ➢ problemas socioeconômicos. (Richinho e Kikuchi, 2014) Prevalência da Síndrome da Fragilidade Estudo em 10 países europeus Prevalência entre 7% - 17% Menor prevalência entre menores de 65a, vivem na comunidade Belo Horizonte Prevalência 13,2% na comunidade Maior prevalência maior que 80anos, renda e nível educacional, viúvos e com maior número de morbidades São Paulo Aplicação da EFE 39,1% dos idosos frágeis, sendo: 18.1% fragilidade leve 9,6% fragilidade severa Prevalência da Síndrome da Fragilidade ✓ Estudos de diversos países ✓ Variação de fragilidade 6,9 – 21% ✓ Variação no estágio pré frágil 33 – 55% ✓ Sexo Masculino 4 – 19,2% ✓ Masculino pré – 33 – 55% ✓ Sexo Feminino – 6,8 – 22 % ✓ Feminino pré – 23,3 – 54,1% Prevalência da Síndrome da Fragilidade ▪ Alta prevalência na comunidade: 10 a 25% > 65 anos 46% > 85 anos ▪ Representa alto risco para: mortalidade, institucionalização, quedas, hospitalizações ▪Maior prevalência: Mulheres negras Baixa escolaridade Menor renda Desnutridos Co – morbidade crônicas Incapacitação Maior prevalência em estudos brasileiros Síndrome da Fragilidade PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: SARCOPENIA PERDA DE PESO NÃO INTENCIONAL 5 A 10% EM 1 ANO QUEIXA DE FRAQUEZA Sustenta-se em um tripé de alterações relacionadas ao envelhecimento: Desregulação neuroendócrina Envelhecimento: alterações músculo-esqueléticas Anorexia Desnutrição crônica Perda de peso Doenças Gasto energético total SarcopeniaFragilidade: ciclo hipotético Balanço nitrogenado negativo Balanço energético negativo Taxa metabólica basal Atividade Força Incapacidade e dependência Velocidade de marcha VO2 maxForça FRIED et al., 2001. Fenótipo da Fragilidade Capacidade de resposta aos estressores: -desregulação do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal = ↑cortisol → leva a sarcopenia e osteopenia e afeta o sistema imunológico -alterações do sistema imunológico = imunidade humoral e níveis de citocinas catabólicas (IL-6 e FNT- alfa) desenvolvimento de sarcopenia e exacerbam a desregulação neuroendócrina -alterações neuromusculares, desregulação do sistema endócrino e disfunção imunológica (SILVA e D’ ELBOUX, 2012). Fatores de Risco para a Síndrome da Fragilidade Fatores de Risco para a Síndrome da Fragilidade ➢ Fatores Biológicos – podem ser identificados pela Sarcopenia; ➢ DCNT – DM (tipo 2), alterações do sistema imune, doença cardíaca, Parkinson, demência, HAS, Câncer, AVC ➢ Sexo Feminino – menor nível de massa corporal magra, alterações hormonais próprias do envelhecimento, maior número de medicações ➢ Idade Avançada - + vulnerável a algum tipo de dependência funcional ou cognitiva. ➢A cada ano, aumenta em 4% a probabilidade de ter a Síndrome da Fragilidade; ➢ Caráter psicológico – medo de cair, de se machucar Critérios de diagnóstico Identificação, avaliação e tratamento do idoso frágil= ainda é um grande desafio. ▪ Sem consenso de definição, portanto existem alguns instrumentos para quantificar a presença da Síndrome Critérios para seu diagnóstico (Fried et al.,2001) : ✓ diminuição da força muscular (FPP e EMAP) ✓ baixo gasto energético; ✓ diminuição da velocidade da marcha (teste de caminhada 4,5 m) ✓ perda de aproximadamente 5 % do peso corporal de forma involuntária em um ano ( perda ≥ 4,5 Kg em um ano não intencional) ✓ exaustão subjetiva: Frequência, na última semana, que sentiu que tudo que fez exigiu um grande esforço?”; (b) “Com que frequência, na última semana, sentiu que não conseguia levar adiante as suas coisas?”. 3 sintomas = frágeis 1 a 2 sintomas = intermediários s/sintomas = não frágeis. Critérios de diagnóstico Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE): ◦ Constituída de 9 domínios que evidenciam a Fragilidade no Idoso ◦ Foi traduzida em 2008 ◦ Aplicada em 137 idosos de Ribeirão Preto 16,% leve 9% Moderada 4,5% Severa Desfechos Adversos da Fragilidade • Quedas • Lesões • Doenças agudas • Hospitalizações • Incapacitação • Dependência • Institucionalização • Morte Tratamento ➢ Sem tratamento específico ➢ Atenção às doenças subjacentes e sarcopenia; ➢ Avaliação periódica com aplicação da Avaliação Geriátrica Global (prevenir e retardar) ➢ Exercício físico: grande impacto: gera ↑ da massa muscular, força, velocidade de marcha e mobilidade. ➢ Dieta balanceada e adequada em proteínas; ➢ Suplementação de Vitamina D ➢ Avaliação da deglutição para adequação da consistência (Richinho e Kikuchi, 2014)
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