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Gestação e Desenvolvimento dos Cangurus

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Canguru - Macropus sp.
Os cangurus possuem a capacidade de ter até três estágios diferentes da gestação de uma única vez. Isso ocorre por alguns fatores: O embrião na forma de blastocisto consegue ter seu desenvolvimento interrompido, ficando dormente até conseguir as condições adequadas para voltar o processo de desenvolvimento por um processo chamado diapausa embrionária. Enquanto o filhote mais velho, que já saiu do marsúpio e está “independente” ainda retorna para o marsúpio materno para amamentar-se. Dessa forma, O Canguru consegue manter um filhote em forma de blastocisto, um em seu marsúpio desenvolvendo-se e um independente que necessita ainda amamentar-se.
A diapausa ocorre, devido a uma adaptação evolutiva contra a seca e falta de alimentos, servindo como uma forma de garantia de que caso o filhote em desenvolvimento no marsúpio venha a morrer ou termine seu desenvolvimento e seja capaz de assumir sua forma independente; o blastocisto retoma de seu desenvolvimento e assume a bolsa marsupial. Graças a esse fator, outra característica importante do desenvolvimento embrionário se faz presente. Que é agilidade da gestação que dura cerca de 30 a 39 dias, sendo seu ciclo estral de 22 a 42 dias.
Os machos percebem que a fêmea está em seu ciclo estral a partir da urina que exala um cheiro característico durante essa fase. O macho então passa a exibir-se para a fêmea e pode até ser capaz de brigar contra outros machos para impressioná-la. A fêmea então dará preferencia ao macho maior e mais forte, e ao escolhê-lo ela se posiciona para que ele possa montá-la. A cópula dura cerca de 15 a 30 minutos e a fertilização ocorre em menos de 48 horas.
Pouco antes do fim da gestação, devido a ausência de filhotes, os mamilos da fêmea liberam uma secreção acinzentada, a qual cerca de dois dias antes do parto, a fêmea coloca sua cabeça dentro do marsúpio e começa a lamber essa secreção, limpando e preparando assim o marsúpio para a chegada do novo filhote, por isso, também , realiza a limpeza de sua região genital.
Como os cangurus fêmea não possuem a produção de uma placenta, os fetos nutrem-se absorvendo todo o seu alimento na parede do útero, e são dado a luz ainda imaturos e por isso, o nascimento em si não requer muito esforço materno. 
Nascendo como se fosse um feto capaz de respirar, com o tamanho de um caroço de feijão com cerca de 2 cm e 1g, são completamente cegos e contam com a presença patas traseiras subdesenvolvidas e membros superiores fortes o suficiente para escalar. O filhote sobe pela barriga da mãe até a bolsa lá permanece agarrado a uma das quatro tetas para amamentar-se. Isso ocorre, pois quando o teto é abocanhado, ele dilata-se prendendo o filhote. Ainda não se sabe como esse filhote ainda embrionário e completamente cego consegue encontrar a teta da mãe, mas acredita-se que ele o faz a partir de seu faro. O canguru-vermelha, senta-se com com a cauda entre as patas, apoiando-se na parte inferior das costas. Enquanto o canguru-zinca mantêm a cauda em posição normal, mas se curva, aproximando a vagina da bolsa, ambas as espécies o fazem para tentar facilitar a escalada do filhote para o marsúpio.
O leite produzido pela fêmea, tem a capacidade alterar sua composição de acordo com a demanda do filhote, nos seis primeiros meses, ele é composto principalmente por carboidratos, depois disso, o seu principal componente se tornam os lipídeos. 
Quando o filhote possui pouco mais de um mês de idade, sua mandíbula se desenvolve o suficiente para que ele possa soltar-se da teta e testar seus músculos movendo-se pelo marsúpio da mãe. Os filhotes emergirão pela primeira vez do marsúpio materno por volta dos sete meses a partir daí, começa a sair algumas vezes do marsúpio para explorar o mundo.
O canguru-vermelho com 8 meses e o canguru-cinza com 11 meses abandonam o marsúpio por completa , mas continuam mamando por mais 6 meses.
Fontes: Livros Monographs on Marsupial Biology: Reproductive Physiology of Marsupials, de Hugh Tyndale-Biscoe e Marilyn Renfree, e Kangaroos: Biology of the Largest Marsupials, de Terence J. Dawson. (Coloquei essas fontes porque usei site https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-a-gestacao-de-um-canguru/ que referia a essas fontes) http://www.ninha.bio.br/biologia/canguru.html

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