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PRÁTICA JURÍDICA II - MODELO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CÍVEL DA COMARCA DE XX.
Processo n.º XXX
Requerente: XXX
Requerido:XXX
XXX, devidamente qualificado nos autos da Ação de Indenização que por este Juízo promoveu em face de BANCO XXX, vem, por seus advogados que a esta subscrevem, à presença de V. Exa., requerer o 
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DO ACORDÃO
de fl. 335-354, tendo em vista a pendência de recursos desprovidos de efeito suspensivo, conforme a certidão anexa, pelos motivos que se seguem:
O presente cumprimento provisório de sentença decorre da supra mencionada Ação de Indenização que tramitou perante este juízo tendo sido julgada parcialmente procedente no ano de 2007, reformada em parte pelo Tribunal de Justiça do XXX no ano de 2009 e que agora espera a decisão no Agravo de Instrumento ao Supremo Tribunal Federal pela inadmissão no juízo a quo do Recurso Extraordinário, já que a inadmissão do Recurso Especial foi confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça em decisão proferida em outro Agravo de Instrumento interposto àquele Tribunal. 
Pautou-se o pedido do autor no extravio de títulos de créditos (cheques), no valor de R$ 355.000,00 que haviam sido depositados em sua conta corrente, o que impossibilitou ao Banco réu devolver as cártulas ao mesmo. Fundou-se, ainda, no fato de que, acreditando estar o valor disponível em conta, por mensagem do próprio requerido, o autor emitiu dois outros cheques que totalizaram R$ 35.000,00 tendo ambos sido devolvidos por falta de provisão de fundos. 
Assim, ante a tais fundamentos foi pedida a condenação do Banco ora executado em danos materiais equivalentes ao valor do título extraviado, já que impossibilitou sua cobrança, e em danos morais em valor correspondente a 100 (cem) vezes àquele dos cheques devolvidos por falta de provisão de fundos.
Neste juízo o pedido foi julgado parcialmente procedente condenando o requerido em danos materiais em valor equivalente ao título extraviado e em danos morais em valor também equivalente ao montante atualizado do título.
Interposto o Recurso de Apelação, o Tribunal de Justiça do XXX deu parcial provimento a tal recurso para reduzir o valor dos danos morais ao montante dos títulos devolvidos por insuficiência de fundos, corrigidos a partir da publicação do Acórdão. Oferecidos Embargos de Declaração pelo executado os mesmos não foram acolhidos, tendo o I. Desembargador Relator aplicado, ainda, a multa do art. 538, do CPC.
O art. 475-O do CPC, a seu turno, prevê que a execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva. E, ainda, em seu § 2º, inciso II, atesta que no caso de execução provisória em que penda Agravo de Instrumento junto ao STF ou ao STJ (art. 544), não se exigirá a prestação de caução, salvo quando a dispensa resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.
Portanto, na atual sistematização, a execução provisória é, mais do que nunca, medida de efetividade processual, já que se dá nos termos da definitiva, desta se diferenciando somente no que tange à prestação de caução, que, contudo, não se exige para seu ingresso em juízo, mas apenas para as hipóteses de levantamento de depósito em dinheiro e para a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado. E, mesmo assim, ainda deve ser dispensada a caução nas hipóteses do § 2º do art. 475-O, do CPC, dentre as quais, conforme já se destacou, enquadra-se o presente caso.
Quanto à execução provisória leciona o ilustre processualista Fredie Didier Júnior:
Execução provisória (fundada em título provisório) é aquela que, embora no atual regramento possa ir até o final (art. 475-O, do CPC), exige alguns requisitos extras para o credor-exeqüente. [...]
O critério, agora, é a estabilidade do título executivo em que se funda a execução: se se tratar de decisão acobertada pela coisa julgada material, a execução é definitiva; se se tratar de decisão judicial ainda passível de alteração (reforma ou invalidação), em razão da pendência de recurso contra ela interposto, a que não tenha sido atribuído efeito suspensivo, a execução e provisória
.
E mais adiante continua:
[...] a caução é dispensável quando estiver pendente agravo de instrumento (do art. 544, CPC) contra decisão que não admitiu recurso especial ou recurso extraordinário. Justifica-se a isenção da contracautela, neste caso, não só como forma de inibir a interposição de recurso (agravo do art. 544 do CPC) protelatório, como também por haver uma grande probabilidade de o título tornar-se definitivo (a decisão transitar em julgado)
. (destacou-se)
Em relação a este último ponto, destaque-se que a grande probabilidade do título tornar-se definitivo é ainda mais evidente no presente caso, já que o Agravo do art. 544 interposto perante o Superior Tribunal de Justiça não foi acolhido, pendente tão somente àquele destinado ao Supremo Tribunal Federal, conforme já se afirmou.
Assim, nos termos do art. 475-O do CPC, combinado com o art. 475–J do mesmo diploma é a presente para requerer:
1) Que seja efetuada intimação do executado, na pessoa de seu advogado, para efetuar o pagamento do quantum exeqüendo conforme Sentença de fls. 274-284 e Acórdão de fls. 335-354, devidamente atualizado, acrescido de juros moratórios de 1%, multa de 1% do art. 538 do CPC e honorários advocatícios fixados na sentença no importe de 10% sobre o valor da condenação, qual seja, R$ 906.804,58 (novecentos e seis mil, oitocentos e quatro reais e cinqüenta e oito centavos), acrescidos de 20% de honorários advocatícios, a serem arbitrados por esse honrado Juízo (arts. 652-A e 20 do CPC) e despesas processuais, tudo no prazo de 15 dias, sob pena de multa de 10 % sobre o referido valor, nos termos do art. 475-J do CPC.
2) Uma vez não realizado o pagamento do montante e nem indicados bens à penhora que se digne V. Exa., nos termos do art. 655-A do CPC, requisitar a autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, a imediata indisponibilidade até o montante do valor exeqüendo, lavrando-se o auto de penhora sendo intimado o executado para que, caso queira, ofereça a sua impugnação no prazo de lei, sendo produzidas as provas pertinentes.
Em anexo segue a Memória do Cálculo, conforme determina o art. 614, inciso II, do CPC, devendo-se incidir sobre o valor apurado a correção monetária e os juros até o efetivo pagamento.
Em atendimento ao disposto no art. 475-O, § 3º, do CPC, anexa-se ao presente, cópias das peças relacionadas abaixo que, desde já, declara-se, sob as penas da lei, serem cópias fiéis das peças constantes dos referidos autos:
Doc. 01: Cópia da Petição inicial e documentos (fls. 02-31);
Doc. 02: Cópia das Procurações outorgadas pelas partes (fls. 21; 85; 100-103; 111; 205-209; 319-323; 381);
Doc. 03: Cópia da Certidão de interposição de recurso não dotado de efeito suspensivo;
Doc. 04: Cópia do AR de citação e da Certidão de juntada do mesmo (fl. 45 (verso));
Doc. 05: Cópia da Sentença (fls. 274-284);
Doc. 06: Cópia do Acórdão da Apelação e das Certidões de Leitura e Publicação (fls. 335-356);
Doc. 07: Cópia do Acórdão dos Embargos de Declaração (fls. 383-395);
Doc. 08: Cópia da Decisão que não admitiu os recursos especial e extraordinário (fls. 560-562)
Termos em que
A. Deferimento
Cidade, data.
p.p. ADVOGADO
OAB/XXX
PLANILHA ATUALIZADA DO DÉBITO
	
	Data da atualização:          30/06/2010
Valor total atualizado:       R$906.804,58
Índice para atualização: INPC (IBGE)
Dados do Cálculo
Valores iniciais e atualizados
Data Inicial
Valor Inicial
Valor Atualizado
17/10/2005
R$355.000,00
R$493.411,91
04/11/2008
R$35.000,00
R$37.008,00
Sub-Total:
 
R$530.419,91
Juros moratórios simples (Pró-Rata)
Data inicial dos juros
Taxa(%)
Valor
17/10/2005
56,43%
R$278.432,34
04/11/2008
19,87%
R$7.353,49
Total dos juros:
 
R$285.785,83
Sub-Total:
 
R$816.205,74
Multa do art. 538 do CPC (sobre juros moratórios)
Índice(%)
Valor
1,00%
R$8.162,06
Sub-Total:
R$824.367,80
Honorários
Índice(%)Valor
10,00%
R$82.436,78
Sub-Total:
R$906.804,58
Valor total atualizado:
R$ 906.804,58
� DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil. Vol 2. Salvador: Podivm: 2007. Obj de citação p. 435.
� Idem p. 445.
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