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transportada, acumulada ou eliminada pelo organismo. O poluente absorvido pelo organismo pode alcançar um órgão, podendo causar efeitos adversos. Os primeiros efeitos podem ser alterações subclínicas, podendo ser seguidas por doenças e até pela morte. As Formas mais Comuns de Poluição e seus Efeitos na Saúde (Ar, Água, Solo) O ar contaminado entra no organismo por inalação dos poluentes e também por absorção pela pele. Os efeitos mais comuns estão associados ao sistema respiratório. Em pessoas mais suscetíveis, como crianças e idosos, o material particulado inalado pode levar à constrição brônquica, bronquite crônica, agravar as alergias do sistema respiratório, etc. A água contaminada é absorvida pelo corpo humano por ingestão. Alguns contaminantes ainda podem ser absorvidos por inalação ou contato dérmico. Dependendo do tipo de contaminação, diferentes órgãos podem ser atingidos. Alguns contaminantes, como compostos orgânicos voláteis, podem afetar o fígado e os rins, causando hepatite ou paralisação renal. A exposição ao alimento ou solo contaminado pode apresentar muitas formas. O chumbo, por exemplo, pode atingir quase todos os sistemas orgânicos. Efeitos do chumbo podem ser sentidos tanto no sistema nervoso como na pressão sanguínea. Um amplo espectro de efeitos adversos à saúde pode ser percebido como resultado de exposição a ambientes contaminados. Podemos dividir esses efeitos em duas categorias principais: efeitos agudos e efeitos crônicos. Eles variam de gravidade, podendo ser desde um simples desconforto ou até a morte prematura. Água e alimentos contaminados por micro-organismos, por exemplo, podem provocar um agravamento à saúde pouco tempo após uma exposição. Por outro lado, o arsênico na água pode levar a um efeito grave após longo período de exposição a níveis baixos, porém constantes, causando o câncer, por exemplo. O chumbo, por sua vez, pode causar efeitos tanto agudos como crônicos. Dessa maneira, alguns poluentes provocam um efeito quase imediato após o contato, enquanto outros precisam se acumular antes de causar qualquer efeito detectável à saúde. De uma forma geral, as pessoas não são afetadas igualmente pelo mesmo risco ambiental. Existe uma variação na sensibilidade para determinada exposição devido a muitos fatores. Essa diferença acontece, além das características genéticas individuais, por conta da idade, do estado nutricional e do estado geral da saúde. Alguns subgrupos populacionais, como crianças, idosos, gestantes, indivíduos subnutridos ou doentes, são considerados mais suscetíveis. 16 Unidade: Conceitos e Correlação entre Saúde e Meio Ambiente A vulnerabilidade a esses riscos de agressões ambientais depende, também, das diferentes habilidades de grupos de indivíduos. A ocorrência e a gravidade de casos de doença devido à contaminação de água por microrganismos, por exemplo, vai depender do acesso dessa população a fontes de água alternativas e acesso ao atendimento médico. A condição econômica, muitas vezes, limita a população e deixa-a mais vulnerável a riscos ambientais. Para uma avaliação mais ampla e segura dos efeitos da poluição ambiental na população, precisamos de dados de saúde para estudos. Eles fornecem indicadores dos efeitos à saúde humana de exposições conhecidas a poluentes ambientais, que, quando relacionados aos dados ambientais, tornam possível confirmar as associações entre exposição e efeito em uma área específica ou quantificar a contribuição da exposição para o total de mortes. O monitoramento pode fornecer também informações sobre os efeitos de mudanças na exposição como resultado de políticas de intervenção ou adoção de novas tecnologias. O mundo moderno apresenta muitas contradições para a humanidade. Se, por um lado, propicia melhores condições de vida, por outro, cria novos desafios para o homem ao alterar profundamente seu habitat. Nas próximas unidades, iremos aprofundar nossos estudos sobre a epidemiologia ambiental, fazer uma análise que envolve a importância do saneamento e manejo ambiental para a promoção da saúde e suas interações com o meio ambiente, estudar as condições sanitárias, doenças infecciosas e parasitárias e as políticas públicas relacionadas. 17 Material Complementar Sustentabilidade - Saúde e Meio Ambiente - Jornal Minas. www.youtube.com/watch?v=g1MEqJN1Lh4 18 Unidade: Conceitos e Correlação entre Saúde e Meio Ambiente Referências Battaglin, P. et al. Saúde Coletiva: um Campo em Construção. Curitiba: Ibpex, 2006. Philippi, A; Pelicioni, M.C.F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. 2 ed. Barueri: Manoele, 2014. Philippi, A. Saneamento, Saúde e Ambiente. Editor. Barueri: Manoele, 2014. Rosa , A et al. Meio Ambiente e Sustentabilidade (recurso eletrônico). Porto Alegre: Bookman, 2012. 19 Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000