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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL (ASA) DISCIPLINA: ANATOMIA DENTAL E OCLUSÃO PROFESSOR: LUCAS SCUDELER ALUNA: MALU ANDRADE DE ASSIS DIAS RA: 12104652 TURMA: 3.M4 INTRODUÇÃO Os articuladores semi-ajustáveis são os mais comuns na clínica odontológica, pois permitem que a maioria dos tratamentos odontológicos sejam realizados, são os mais apontados para treinamento e estudos odontológicos. Eles são capazes de simular trajetórias condilares, usando valores equivalentes aos do paciente para quase todos os movimentos mandibulares. A transmissão para os modelos é obtida em relação às articulações temporomandibulares do paciente por transferência com o arco facial. Esses articuladores nos permitem fazer três tipos de ajustes: podemos ajustar o Ângulo da Inclinação Condilar, Ângulo de Bennett e Distância intercondilar. São anatômicos pelo fato de que permite a montagem do modelo maxilar através de um ponto de referência tomado no maciço facial do paciente com a ajuda de um instrumento chamado arco facial. Articulador semi-ajustável com arco facial COMPONENTES DO RAMO SUPERIOR • Placa articular • Caixa condilar COMPONENTES DO RAMO INFERIOR • Elemento condilar • Mesa incisal • Placa articular Placa articular Mesa incisal Elemento condilar Caixa condilar COMPONENTES DO ARCO FACIAL • Trave do arco • Olivas auriculares • Garfo de mordida para dentados • Relator do nasium FUNÇÕES DO ARCO FACIAL • Transferir o modelo superior ao articulador respeitando o posicionamento tridimensional da maxila • Estabelecer por valores médios o centro de rotação condiliana (olivas auriculares • Medir distância intercondilar • Relacionar a maxila com o crânio (plano horizontal de Frankfurt) INDICAÇÕES DO ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL O articulador semi-ajustável é indicado, além de ser o mais didático para a parte acadêmica da odontologia, é também indicado para enceramento progressivo, análise ortodôntica, cirúrgica, confecção de coroas, restaurações e placas de bruxismo. VANTAGENS DO ASA Com eles temos uma visão geral dos dentes, e região de segundo molar sem a interferência de tecidos moles. Temos uma visão da face lingual dos dentes, visão que não conseguimos clinicamente. Possibilidade de reproduzir os movimentos excêntricos da mandíbula sem interferências neuromusculares. Quando temos pacientes com contatos prematuros no ASA conseguimos diagnosticar esse toque com mais eficiência, porém os modelos devem estar bem montados para não apareçam contatos inexistentes. Outra grande vantagem é a comunicação com o paciente permitindo apresentar e justificar as opções terapêuticas consideradas. Diminuição dos ajustes feitos pelo cirurgião dentista na fase clínica. DESVANTAGENS DO ASA Temos que reservar um tempo relativamente extenso para a montagem dos modelos e sua individualização das guias condilares Não conseguimos realizar o movimento mandibular de retrusão. Não conseguimos registrar o deslocamento lateral imediato. No ASA (Articulador Semi-Ajustável) os deslocamentos condilares seguem uma trajetória retilínea sendo que em vivo, essa mesma trajetória é curvilínea. LIMITAÇÕES DO ASA A maior deficiência o articulador semi-ajustável é o ajuste da trajetória da guia condilar, que está reduzida em uma linha reta. AJUSTES DO ASA Os ajustes mais comuns encontrados nos articuladores semi-ajustáveis são: distância intercondilar, ângulo de Bennett, ângulo da eminência articular e pino incisal. Distância intercondilar: A distância intercondilar é medida quando os determinantes posteriores são localizados. Isto é feito medindo-se a largura da cabeça do paciente entre os determinantes posteriores e subtraindo-se uma quantidade padrão que compensa a distância lateral para cada centro de rotação dos côndilos. A medida é então transferida pelo arco facial para o articulador, o que permite que a distância intercondilar apropriada seja ajustada no articulador. Quando a distância intercondilar tiver sido ajustada, o arco facial é apropriadamente fixado ao articulador e o modelo superior pode ser montado no componente maxilar do articulador. Ângulo de Bennett: Ele ocorre no movimento de lateralidade quando no lado de balanceio o côndilo orbitante efetua uma trajetória ampla superior a 10 mm onde efetua uma fase de excursão por translação para a frente, pra baixo e para dentro esse movimento comparado a um plano vertical formam o Ângulo de Bennett (15º). Ângulo da eminência articular: O ângulo no qual o côndilo se move a partir do plano horizontal de referência é chamado de ângulo de guia condilar. Esse ângulo varia muito entre os diferentes tipos de paciente, mas forma em média um ângulo de 30,4º em relação a um plano oclusal. Pino incisal: Confeccionado em metal e com formato cilíndrico o pino guia incisal fica posicionado na parte anterior do ASA, ele é preso em orifício no ramo superior e a outra extremidade toca na mesa incisiva. Nele temos algumas marcações que nos auxiliam no registro da DVO (Dimensão Vertical de Oclusão) do paciente, ele também nos guia na execução dos movimentos de protrusão, lateralidades, abertura e fechamento. (0º) Pino incisal Ajuste de ângulos MONTAGEM DOS MODELOS NO ASA UTILIZANDO ARCO FACIAL (MODELO SUPERIOR) 1. Garfo estéril; 2. Posicionamento da godiva no garfo em três partes: um ponto anterior e 2 posteriores. 3. O garfo é levado à boca, devendo permanecer imobilizado durante a colocação do arco facial. Para ele ficar imóvel, podemos colocar godiva na parte inferior também em três pontos, ou com rolinhos de algodão, ou com as próprias mãos do paciente (testar a estabilidade do modelo); 4. Com o garfo em posição (posicionamento do arco), a colocação do arco facial é feita introduzindo sua articulação da haste do garfo. Em seguida, as olivas (dispositivos plásticos) são introduzidas nos meatos auditivos externos do paciente. Depois, posiciona-se o Relator Nasion, na depressão existente na base do nariz e aperta-se todos os parafusos. 5. Anotar a distância intercondilar 6. A remoção do arco facial é feita soltando-se o parafuso central localizado no centro da barra transversal do arco e pedindo-se para o paciente abrir a boca lentamente. MONTAGEM NO ARTICULADOR 1. Preparar o articulador; 2. Posicionar o arco facial no ASA, ângulo de Bennet: 15°, ângulo de eminência articular: 30(guia dondilar), e o pino incisal em 0mm; 3. Estabilizar o garfo; 4. Realizar ranhuras no modelo de gesso; 5. Hidratar o modelo por 5 - 10 min; 6. O modelo de gesso é posicionado nas impressões de godiva criadas no garfo, e deve-se verificar a distância entre o modelo e o ramo superior; 7. Fixar o modelo com gesso especial tipo IV, após sua presa, recebe -se complementação com gesso pedra. Limpeza e lixamento do gesso. MONTAGEM DO MODELO INFERIOR (REGISTRO OCLUSAL) 1. Fixar o modelo inferior no modelo superior e inverter o ASA; 2. Posicionar o pino incisal em zero; 3. Fixar o modelo com gesso especial tipo IV (lembrar de antes de hidratar o modelo e provocar ranhuras); 4. Preencher com gesso comum ou tipo III; 5. Limpar o articulador e lixar o gesso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] OKESON, Jeffrey P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão: Uso de articuladores na terapia oclusal. In: OKESON, Jeffrey P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão: Uso de articuladores na terapia oclusal. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. cap. 12. [2] DELGADO , Jeniffer. Articulador semi ajustavel. Articulador ASA, [s. l.], 2018. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/43669733/articulador-semi-ajustavel-asa.Acesso em: 17 maio 2020. [3] MALAGOLI, Gabriela. ARTICULADOR. ASA, [s. l.], 2019. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/59870680/articulador. Acesso em: 17 maio 2020. [4] MATOS, Rodrigo. Articulador semi ajustavel. Asa, [s. l.], 17 maio 2020. Disponível em: https://www.jornaldosite.com.br/materias/artigos&cronicas/anteriores/rodrigo%20matos/artro drigomatos103.htm. Acesso em: 17 maio 2020. [5] SILVA, Mayana. Trabalho articuladores. Articulador ASA, [s. l.], 16 nov. 2015. Disponível em: https://pt.slideshare.net/Mayanascd/trabalho-articuladores. Acesso em: 17 maio 2020. [6] ART, BIO. Articuladores e arco facial. Manual de instruções técnicas, [s. l.], março 2018. Disponível em: https://bioart.com.br/produtos/produto_15/manual/manual.pdf. Acesso em: 17 maio 2020.
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