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Unisecal – Primeiro Período
Fundamentos do Direito Privado 
Professor Antonio Augusto 
Aluna: Aline Cardoso
Avaliação Bimestral (Pontuação Máxima – 110 Pontos)
1. Diferencie Direito Público de Direito Privado.
Direito Público: é compreendido como aquele em que um dos sujeitos da relação jurídica é o próprio Estado. O Direito Público dedica-se à regulamentação das atividades estatais, as relações do Estado com particulares, e as ações dos próprios cidadãos dentro da esfera pública da sociedade. E defende o interesse público, que é soberano ao interesse privado. O Direito Publico pussui algumas subdivisoes principais que são: Direito Constitucional; Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Processual, Direito Penal, Direito Internacional Público.
Direito Privado: ajuda a organizar as relações e interesses entre partes em suas vidas privadas. Nesse caso, ambas as partes envolvidas estão em condições de igualdade, uma não é superior à outra. Essas partes podem ser indivíduos ou até mesmo de um lado pode estar uma pessoa e do outro o Estado. Porém, mesmo se o Estado estiver envolvido, não está em uma posição de superioridade. Direito Civil é o principal ramo do direito privado, composto por normas e princípios que regem as relações entre particulares que possuem condições iguais. O direito civil estabelece direitos e impõe obrigações no campo dos interesses individuais. Ele disciplina os negócios jurídicos em geral, os direitos de família e sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos, propriedade e outros direitos reais. As subdivisões do Direito Privado são: Direito Civil, Direito Comercial, Direito do Consumidor, Direito do Trabalho e Direito Internacional Privado.
A diferença entre o Direito Público e o Direito Privado baseia-se na natureza dos interesses. Interesses jurídicos do Estado, ou de particulares que concerne a algum elemento público, são matéria do Direito Público. O que corresponde a interesses entre particulares são objeto do Direito Privado. As relações entre as partes no Direito Privado são de igualdade, enquanto que no Direito Público, os interesses do Estado sobrepõem-se aos interesses dos particulares.No Direito Público, as normas são imperativas para garantir a defesa dos interesses do Estado. Enquanto que no Direito Privado, são dispositivas e passam a atuar no caso de não haver acordo pré-estabelecido entre as partes privadas.
2. Explique o que é o chamado Direito Civil Constitucional, ou, Constitucionalização do Direito Civil.
Direito Civil Constitucional, podemos encontrar sua origem em uma europa pós-guerra, oportunidade na qual diversos países, após inestimáveis perdas de valores, decidiram promulgar Constituições que perseguissem constantemente a democracia, solidariedade e a proteção da dignidade da pessoa humana, tão relegada anteriormente.
O Direito Civil Constitucional pode ser definido como uma corrente metodológica, a fim de defender uma permanente releitura do Direito Civil à luz da Constituição, não apenas limitando-se ao campo da interpretação, mas reconhecendo que as normas constitucionais de fato podem ser diretamente aplicadas às relações privadas, com o intuito de obter a máxima realização dos valores constitucionais no campo particular. Isso nada mais é do que a imposição de uma leitura dos institutos de direito civil conforme a Constituição Federal. A norma não deixa de ser de direito privado, mas direito privado interpretado conforme a Constituição. O objetivo central do Direito Civil constitucional pode ser definido em uma palavra, que é "humanismo", ou seja, ter a pessoa humana com foco central da investigação, da aprendizagem e da aplicação do Direito CIvil. Num plano mais próximo do objeto: a afirmação das garantias de efetivação dos direitos fundamentais nas relações privadas. Esse diálogo entre Constituição e direito civil é importante entender que enquanto o direito civil é o grande protagonista do direito privado, o direito constitucional é o grande protagonista do direito público.Considerando a existência dessa premissa, por muito tempo entendeu-se onde o direito civil atuasse, não poderia atuar o direito constitucional, pois as normas de cada um desses ramos teriam destinatários distintos. O desiderato do direito civil é garantir a satisfação plena das necessidades existenciais do ser humano. 
3. Explique no que consiste a teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
A eficácia horizontal dos direitos fundamentais, também chamada de eficácia dos direitos fundamentais entre terceiros ou de eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas, decorre do reconhecimento de que as desigualdades estruturantes não se situam apenas na relação entre o Estado e os particulares, como também entre os próprios particulares, o que passa a empolgar um novo pensar dos estudiosos da ciência jurídica a respeito da aplicabilidade dos direitos fundamentais no âmbito das relações entre os particulares. 
Há duas teorias que se ocupam da eficácia horizontal dos direitos fundamentais: a teoria
da eficácia indireta ou mediata e a teoria da eficácia direta ou imediata. Para a teoria da eficácia indireta ou mediata, os direitos fundamentais são analisados na perspectiva de duas dimensões: a) dimensão negativa ou proibitiva, que veda ao legislador editar lei que viole direitos fundamentais; b) dimensão positiva, impondo um dever para o legislador implementar direitos fundamentais, ponderando, porém, quais deles devam se aplicar às relações privadas. Nos termos da proposta da teoria da eficácia direta ou imediata, como o próprio nome sugere, alguns direitos fundamentais podem ser aplicados diretamente às relações privadas, ou seja, sem a necessidade da intervenção legislativa. 
Os direitos fundamentais seriam aqueles direitos ligados à liberdade e à igualdade, positivados em nosso ordenamento jurídico, ou seja, são aqueles que nascem da própria condição humana e que são ou estão previstos no ordenamento constitucional. Não se pode desconsiderar que os direitos fundamentais se solidificaram a partir do princípio da dignidade da pessoa humana. 
4. Elenque e explique os princípios norteadores Código Civil, também chamados como pilares do novo Código Civil (2002).
Os principais princípios norteadores do Direito Civil brasileiro são: (i) eticidade; (ii) operabilidade e (iii) socialidade.
O princípio da Eticidade: é aquele que impõe justiça e boa-fé nas relações civils (“pacta sunt servanda”). No contrato tem que agir de boa-fé em todas as suas fases. Colorário desse princípio é o princípio da boa-fé objetiva. Esse princípio visa coibir condutas não éticas, tudo que esteja contra o justo, ideal, correto, tudo que ofenda os valores da sociedade, tendo em vista que estas condutas devem ser reprimidas e punidas com extremo rigor. Estimula que os operadores do direito, não pratiquem a mera subsunção, mas que apliquem no caso concreto noções básicas de moral, ética, boa-fé, honestidade, lealdade e confiança.
O princípio da eticidade se relaciona tanto com o Direito Civil quanto com o Direito Constitucional, sendo aquele que se funda no respeito à dignidade humana, dando prioridade à boa-fé subjetiva e objetiva, à probidade e à equidade.
O princípio da Operabilidade, também denominado de Concretude é aquele que impõe soluções viáveis, operáveis e sem grandes dificuldades na aplicação do direito. A regra que tem que ser aplicada de modo simples. Exemplo: princípio da concretude pelo qual deve-se pensar em solucionar o caso concreto de maneira mais efetiva. A respeito deste princípio entende que representa mudança do paradigma da interpretação do direito. Não existe um terreno composto de elementos normativos (direito), de um lado, e de elementos reais ou empíricos (realidade), de outro. É vedado ao intérprete considerar, independentemente, o “dever-ser”, mas compartilhá-lo com os elementos do “ser”. 
O objetivo deste princípio é a efetividade das normas jurídicas. Assim entende que pelo princípio da Operabilidade as normas tornaram-semais eficazes e efetivas, já que o poder conferido aos juízes tem o fim de garantir a busca da solução mais justa para o caso concreto e maior executividade às sentenças e decisões judiciais.
Quanto ao Princípio da Sociabilidade, acredita-se que este princípio teve origem na revolução Francesa (Igualdade, Liberdade e Fraternidade). No Brasil, o princípio da sociabilidade surgiu através da constituinte de 1988, na proteção dos direitos e garantias fundamentais (direitos subjetivos de todos os seres humanos). Já no ramo privado do direito brasileiro, isto é, no Código Civil, teve suma importância pois o Diploma de 2002, diferentemente do Código Civil de 1916, entende que os valores coletivos devem prevalecer em face dos valores individuais. Neste sentido, o princípio da Sociabilidade é aquele que impõe prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, respeitando os direitos fundamentais da pessoa humana. Ex: princípio da função social do contrato, da propriedade entende que, se houver no caso concreto, uma colisão entre direitos individuais e coletivos, os coletivos terão um peso maior, pois se refere à coletividade. Este caráter social pode ser verificado em vários dispositivos, por exemplo, no artigo 422, do Código Civil, onde se lê que “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”.
5. Bônus – Explique quais as funções das cláusulas abertas/genéricas/abstratas no Código Civil atual.
As cláusulas gerais ou abertas: são normas que não prescrevem uma certa conduta, mas, simplesmente, definem valores e parâmetros hermenêuticos. Servem assim como ponto de referência interpretativo e oferecem ao intérprete os critérios axiológicos e os limites para a aplicação de demais disposições normativas. Constitui uma característica marcante do novo Código Civil, ao lado da unificação do direito das obrigações, a adoção das cláusulas gerais, ao lado da técnica regulamentar, como resultado de um processo de socialização das relações patrimoniais. Restou codificado, assim, a função social do contrato e da propriedade privada. A boa fé é uma clausula geral, uma vez que ela traz um conceito aberto e normativo de forma ampla todo esse princípio não trazendo em si nenhuma expressividade ou forma de agir ou não agir do agente, portanto temos a certeza que uma pessoa agiu ou não de boa fé através de seus atos e do pensamento de boa fé da sociedade. São caracteristicas das cláusulas contratuais gerais a pré-elaboração, a indeterminação e a rigidez. Também possuem caracteristicas de generalidade e da predisposição unilateral. A predisposição unilateral envolve a ideia de pré-elaboração, mas remata-se com outras duas ideias: a iniciativa da elaboração ou da adoção das cláusulas elaboradas por terceiros é unilateral, porque é prerrogativa de apenas uma das partes, sem negociação prévia com a outra, e é programada relativamente à intenção de inserir essas cláusulas em futuros contratos. A generalidade é justificável como forma de apartar a ideia de que o instituto requer indeterminação do número e da identidade dos possíveis contraentes.
Referências:
 
FOLTER. R. Direito público e direito privado: quais as diferenças?. 2020. Disponivel em: https://www.politize.com.br/direito-publico-e-direito-privado/. Acesso em: 07 mai.
REZENDE. J.; FIGUEIREDO. T. Instiutições de Direito Publico e Privado. Administração Publica. Modúlo 3, p. 1-19. Disponivel em: /educapes.capes.gov.br. Acesso em: 07 mai.
LÔBO, Paulo. Metodologia do direito civil constitucional. RUZYK, Carlos Eduardo Pianovisky. Eduardo Nunes de Souza, Joyceanne Bezerra de Menezes, p. 19-27, 2014.
ARONNE, Ricardo. Sistema Jurídico e Unidade Axiológica. Os Contornos Metodológicos do Direito Civil Constitucional. Revista do Instituto do Direito Brasileiro, v. 1, p. 73-114, 2013.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Eficácia horizontal dos direitos fundamentais na relação de emprego. Revista Brasileira de Direito Constitucional, v. 17, n. 1, p. 33-45, 2011.
NAKAHIRA, Ricardo et al. Eficácia horizontal dos direitos fundamentais. 2007. Tese de Doutorado. Dissertação de Mestrado. Puc/SP.
ESCANE, Fernanda Garcia. Os Princípios Norteadores do Código Civil de 2002. Disponivel em: http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdf/v4-n1-2013/Fernanda_Escane2.pdf. Acesso em: 7 mai.
CHAVES, M. Cláusulas contratuais gerais: limitação e exclusão da responsabilidade em Portugal. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 16, n. 2980, 29 ago. 2011. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/19872. Acesso em: 8 maio 2020.