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TORNOZELO AVALIAÇÃO, PATOLOGIAS E TRATAMENTO. AVALIAÇÃO DO TORNOZELO goniometria em inversão e eversão (inversão pode ser chamada de mediotársica-subtalar) avaliação da planta do pé (normal, plano e cavo) inspeção teste da gaveta anterior/posterior teste de estresse em varo/eversão testes musculares manuais ferramenta de avaliação funcional da art. do tornozelo (fafat) Avaliação dinâmica: marcha É avaliado o padrão de marcha (fase de apoio e fase de balanço); Parâmetros da marcha: largura da base, comprimento do passo, da passada, cadência, etc.; Movimento articular durante a marcha. PATOLOGIAS FREQUENTES: • Entorses de Tornozelo; •Entesopatias/Tendinites • Rupturas do tendão de Aquiles; • Esporão de calcâneo; Ligamento calcaneofibular- estabilidade em inversão do tornozelo Ligamento talofibular posterior- limita o movimento posterior Ligamento talofibular anterior- limita o movimento anterior TENDINITE DE AQUILES/calcâneo sintomalogia um distúrbio inflamatório, e pode ser dividido em: 1. Paratendinite: isto é, Inflamação do paratendão ou do tecido que circunda o tendão; 2. Tendinose: que resulta em rupturas nas fibras do tendão. ENTESE: área limite entre osso e tendão ENTESITE: afecção do tendão PARATENDÃO: membrana que recobre o tendão PARATENDINITE: afecção apenas na membrana • São frequentes e costumam ocorrer pelo “overuse”(excesso de mov./esforço repetitivo) • São mais frequentes no tendão de Aquiles; ACOMETE: • ATLETAS • SEDENTÁRIOS • Dor no calcanhar e no tendão ao praticar atividades simples como correr ou andar • DOR À PALPAÇÃO, APOIO PLANTIFLEXÃO E EM MOVIMENTOS EXCENTRICOS • DOR E RIGIDEZ DURANTE A MANHÃ • DOR E SENSIBILIDADE AO TOQUE • PELE INCHADA E QUENTE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: RESSONÂNCIA ULTRASSONOGRAFIA TENDINITES: • EM GERAL, O TRATAMENTO É DIVIDIO EM: AGUDO SUBAGUDO CRÔNICO DESAFIOS: Encurtamento do tendão Aderencias Fibroses Perda de ADM (limitação) de planti e dorsi Deve-se trabalhar a cicatriz p/ ganho de ADM (mov. Em diração de abertura p/ evitar fibrose) tratamento FASE AGUDA O tratamento nesta fase é basicamente antiinflamatório e analgésico, sendo recomendados assim: a) Uso de antiinflamatórios. b) Gelo. c) TENS modo convencional. d) Ultrassom no modo pulsádo. e) Repouso. Fase subaguda Seguem as mesmas condutas antiinflamatórias da fase anterior podendo incluir(observar quadro clínico): 1. Ultra som modo contínuo. 2. TENS em modos crônicos. 3. Massagem transversa de Cyriax no tendão. 4. Mobilização passiva e ativa – assistidas. 5. Exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva. 6. Alongamentos. FASE CRÔNICA Objetivo será a de recuperação da mobilidade articular e da força muscular do paciente. Então incluímos: 1. Exercícios contra resistência manual. 2. Exercícios com pesos. 3. Exercícios de propriocepção. 4. Exercícios funcionais. 5. Alongamentos. Sinal de ruptura: 1. Equimose: roxo – ruptura de vasos sanguíneos. (horas após ao trauma observa-se equimose e dps esse sangue se desloca p/ planta do pé) 2. dor, devido ao processo inflamatório Ruptura de tendão de aqules AVALIAÇÃO DO TENDÃO ROMPIDO: SINAL DE BRUNET: SE POSICIONA O PCTE EM DV COM OS PÉS P/ FORA DA MACA. POSITIVO: PÉ LESIONADO FICA PENDENTE EM RELAÇÃO AO CONTRALATERAL PALPAÇÃO DO TENDÃO ROMPIDO: O TP COM O DEDO INDICADOR, IRÁ PALPAR E OBSERVAR SE HÁ “AFUNDAMENTO DO LOCAL” (ABAULAMENTO/VALE. TESTE DE THOMPSON: PCTE EM DV. TP APERTA O LOCAL DA PANTURRILHA E OBSERVA SE O PÉ FAZ PLANTIFLEXÃO. POSITIVO: NÃO REALIZA A PLANTI RUPTURA TENDÃO - FASES FASE II – 5 – 8 semanas: • Continuar FASE I; • Novo engessamento em posição neutra; • Progredir à carga de 50% aos 100%; RUPTURA DE AQUILES: FASE I –1 – 4 semanas: Gelo por 15 minutos 4 vezes ao dia pelo menos – Elevação; Treinar marcha com muleta em todos os terrenos; FASE III - semanas: Continuar FASES I e II; Turbilhão; Uso do US de acordo com quadro apresentado; ADMP de Tríceps e Tibiais; Programa em piscina precoce livre; Alongamentos cuidadosos; Isométricos que devem evoluir para exercícios com uso de Theraband –Tube; Facilitação proprioceptiva Neuromuscular (FPN); Treino de marcha – Analisar todos componentes, implementar adaptações bem como retirá-las; FASE IV –17 –20 semanas: Continuar FASES I, II e III; • Manter e aprimorar as técnicas de mobilização; • Auto-alongamentos com uso do peso do corpo; • Isocinéticos – Se não houver dor prévia; • Equilíbrio e propriocepção; • Corrida e treino de esporte se for o caso; Fascite plantar / esporão do calcâneo Fascite plantar é a inflamação da fascia plantar em virtude dos pontos de pressão. Pode aparecer a ossificação equitopica (aparecimento de osso em locais impróprios) esporão Pé cavo: encurtamento da fascia plantar: leva a fascite plantar e esporão do calcaneo Pontos de pressão: Calcaneo Planta do pé hálux Objetivo Terapêutico: Diminuir o quadro álgico. Diminuir o quadro do processo inflamatório. Reduzir o edema; Diminuir a tensão sobre a aponeurose pela flexão do ante-pé. Fortalecer as estruturas prejudicadas. Facilitar o equilíbrio de forças diminuindo a tensão. Reeducar quando a utilização do calçado adequado. FISIOTERAPIA NO ESPORÃO Ultrassom pulsátil por 5 minutos, com a dosagem podendo variar entre 1,5 e 2,0 W/cm2. Infravermelho associado durante 10 a 15 minutos; ou turbilhão quente com duração entre 10 a 20 minutos. Crioterapia. Corrente galvânica (iontoforese). Cinesioterapia ativa assistida na posição de drenagem. Cinesioterapia ativa. Alongamento dos músculos gastrocnêmios, sóleo, fibular longo, fibular curto e lumbricóides, interósseos dorsais, interósseos plantares e flexor curto dos dedos em alongamento. Fortalecimento dos músculos tibial posterior, lumbricóides, interósseos dorsal e plantares. Propriocepção; ENTORSES DE TORNOZELO O entorse de tornozelo é a lesão mais comum nos esportes, principalmente o entorse em INVERSÃO. Entorse em eversão são mais raros, mais quando ocorrem podem esta associados a fraturas do maléolo media. FISIOLOGIA ARTICULAR Os ligamentos calcâneofibular e talofibular anterior são SINÉRGICOS, quando um é relaxado o outro encontra-se tensionado. Durante a flexão plantar o ligamento talofibular anterior é verticalmente orientado e é particularmente vulnerável para força de inversão. PACIENTES BAILARINOS • Durante a flexão plantar o ligamento talofibular anterior é verticalmente orientado e é particularmente vulnerável para forças de inversão. Flexão plantar e a posição funcional para bailarinos. LIGAMENTOS QUE MAIS SOFREM RUPTURAS: • Calcâneo Fibular • Talo Fibular anterior • Tibio fibular CLASSIFICAÇÃO ENTORSES Devido os entorses de tornozelo ocorrem mais em flexão plantar , o ligamento talofibular anterior é o mais frequentemente lesionado durante uma entorse de inversão. Assim, a reabilitação do entorse de tornozelo é baseada na classificação da severidade(graus). AO EXAME FISICO: • Observar a ADM do tornozelo, tanto ativo quanto passivo; • Padrões de forças muscular; • Grau de funcionalidade do membro acometido; • Nivel de dor (escala analogica visual de dor) TESTES ESPECIAIS GAVETA ANTERIOR – TFA: Uma mão na tíbia estabilizando o movimento e a outra no calcâneo tracionando p frente, se houver um deslocamento da tíbia anterior ou presença de dor possível ruptura do ligamento TALO FIBULAR ANTERIOR. GAVETA POSTERIOR: Uma mão na tíbia estabilizando o movimento a outra no calcâneo tracionando p trás, se houver um deslocamento da tíbia posterior ou presença de dor possível ruptura dos ligamentos TALOFIBULAR POSTEIROR OU LIGAMENTO DELTOIDE- LIGAMENTO. TESTES ESPECIAIS: ESTRESSE EM INVERSÃO (ADUÇÃO DO TORNOZELO/SUPINAÇÃO MÉDIOTARCICA-SUBTALAR)-CF: UMA MÃO NA TÍBIA A OUTRA MAO COM O POLEGAR NA REGIÃO DO DORSO DO PÉ E OS DEDOS NA REGIÃO PLANTAR, REALIZAR O MOVIMENTO DE INVERSÃO. AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE 0 A 40º ESTRESSE EM EVERSÃO( ABDUÇÃO DO TORNOZELO/PRONAÇÃO MÉDIOTORACICA-SUBTALAR): UMA MÃO NA TÍBIA A OUTRA MAO COM O POLEGAR NA REGIÃO DO DORSO DO PE E OS DEDOS NA REGIÃO PLANTAR, REALIZAR O MOVIMENTODE EVERSÃO. AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE 0 A 20º FATORES DE RISCO ALTERAÇÕES ANATOMICAS PREDISPONENTES: Discrepancia dos MMII; Frouxidão ligamentar; Insuficiência dos músculos fibulares; Historia pregressa de entorses de repetição; Movimentos no esporte que envolve impulsão, salto e corrida O TRATAMENTO BASICAMENTE DIVIDE-SE EM 3 FASES TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Esse protocolo prevê um tempo médio de recuperação de 8 dias para entorse grau I, 15 dias para o grau II e 19 dias para o grau III (sem abordagem cirúrgica). FASE I- INCIAL OU INFLAMATÓRIA – CICATRIZAÇÃO. OBJETIVO: dor, edema e inflamação; Implementação de PRICE( PROTEÇÃO, REPOUSO, GELO, COMPRESSÃO E ELEVAÇÃO); Prescrição pelo médico de AINE (antiinflamatórios não esteróides); Drenagem de edema: corrente galvânica Ultrassom pulsátil: cicatrização; Deambulação com carga parcial(muletas), aproximadamente por 4-10 dias, dependendo da gravidade da lesão, e permitir sustentação de peso dentro dos limites da dor. FASE I- USO DE CORRENTES ANALGESICAS, TENS, INTERFERENCIAL PRICE FASE II- RESTAURAÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO O tempo médio para a fase II é a seguinte: 3 dias para grau I, 4 dias para grau II, e de 5-9 dias para grau III. Inicia mobilização precoce. Exercicios metabólicos de dorsiflexão e flexão plantar para redução de edema; Ganho de ADM (exercícios passivos, ativos assistidos e ativos); Exercicios de fortalecimento isométricos, principalmente para eversores e dorsiflexores se a dor permitir. Presença de cacifo: drenagem do edema com corrente galvânica (inversão dos polos) Turbilhão Ultrassom continuo ISOMÉTRICOS PARA FIBULARES – eversão isométrica contra a resistência estável. Utilizada para fortalecer os fibulares longos, curto e terceiro e o extensor longo dos dedos. DORSIFLEXÃO ISOMETRICA- dorsiflexão isométrica contra uma resistência estável. Utilizada para fortalecer o tibial anterior e o fibular terceiro. FASE III- REEDUCAÇÃO FUNCIONAL, AGILIDADE E PROPIOCEPÇÃO. O objetivo é o reforço muscular e estabilidade; Destaca-se o treino especifico para retorno á atividade desejada e a prevenção da recorrência da entorse. Em termos profiláticos consagram-se como principais medias: alongamentos (tríceps sural, fibulares e tibiais), treino proprioceptivo, treino de marcha e fortalecimento muscular. Iniciar fortalecimento concêntrico/excêntrico com therabands, ou faixas elásticas (eversores, inversores, dorsiflexores e plantiflexores) Treino de marcha com apoio total; Hidroterapia; Exercicios em cadeia cinética aberta e fechada; Propriocepcão; Pliometria. EstABILITAÇÃO FUNCIONAL- TREINAMENTO SENSORIOMOTORA restauração da propriocepção (via aferente) e do controle neuromuscular (via eferente) é o objetivo importante na reabilitação da entorse de tornozelo. Os mecanorreceptores são os receptores sensoriais responsáveis pela propriocepção. Uma lesão articular dos MMII leva a alteração diretas e indiretas nas informações sensórias;As alterações diretas e indiretas nas informações sensoriais;As alterações diretas ocorrem devido a ruptura mecânica da capsula articular e do ligamento, com lesão concomitante dos mecanorreceptores ali presentes; As alterações indiretas ocorrem do derrame articular, que inibe a ação dos receptores ainda intactos; Os entorses de tornozelo levam a um defict sensoriomotor importante, contudo com o treinamento adequado a propriocepção pode ser restaurada. PLIOMETRIA: • Consiste em exercícios de aceleração e desaceleração rápidas; • Treinos de agilidade e controle; • Serve de critério para alta e retorno as Avd’s ou desporto. RECONSTRUÇÃO LIGAMENTAR PROGESSÃO PARA REABILITAÇÃO – 0 A 4 DIAS- Caracteristicamente uma bota gessada ou órtese (brace) é aplicada por quatro a seis semanas com o tornozelo em zero grau de dorsiflexão e ligeira eversão;Durante as duas primeiras semanas o pcte utiliza uma marcha com muletas sem sustentação de peso; 4-7 DIAS - Quando o edema estiver baixo, aplicar um aparelho gessado curto com o tornozelo em posição neutra; • Incentivar movimentação ativa para os dedos; • Remover aparelhos gessado ou órteses; • Edema: crioterapia por aprox. 15 minutos (para analgesia e redução do processo inflamatório ), US para aceleração da cicatrização , CG, drenagem de edema (trabalhar com inversão de pólos) ou para (iontoforese) e exercícios metanolicos. • Iniciar exercícios leves para ADM do tornozelo; • Iniciar exercícios isométricos para os músculos fibulares; • Evitar adução e inversão antes de 6 semanas de pos-operatorio;inicia exercico na piscina. RECONSTRUÇÃO LIGAMENTAR PROGESSÃO PARA REABILITAÇÃO – ... 4-7 dias iSOMETRIA PARA FIBULARES- Eversão isométrica contra a resistência estável. Utilizada para fortalecer os fibulares longo, curto e terceiro e o extensor longo dos dedos. DORSIFLEXÃO ISOMETRICA- Contra uma resistência estável. Utilizada para fortalecer o tibial anterior e o fibular terceiro. EXERCICIOS DE FORTALECIMENTO EM CADEIA ABERTA- exercício de eversão usando um tubo de borracha . Exercicios para fortalecer os fibulares longo, curto e terceiro e os extensores de dedos. 6 SEMANAS Iniciar propriocepção e atividade de balaço; Completa reabilitação dos fibulares é essencial; No caso de pacientes bailarinos estes deverão ter performance nos exercícios para fibulares , principalmente quando ficam em posição de total flexão plantar. • 8-12 SEMANAS - Pacientes poderão retornar suas AVD’S como danças ou esportes com 8 a 12 semanas após a cirurgia se a força dos músculos fibulares estiverem normais.
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