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Correlação entre tipos faciais e DTM muscular em mulheres: uma abordagem antropométrica Ronaldo Pacheco de ARAUJO; Francisco Carlos GROPPO; Luiz Eduardo Nunes FERREIRA; Antônio Sérgio GUIMARÃES; Sidney Raimundo FIGUEROBA CRANIOMÉTRIA Disfunções temporomandibulares (DTM) Estudos sobre atividade muscular e morfologia facial revelaram que pessoas com planos faciais oclusais e mandibulares hipodivergentes têm maior probabilidade de ter faces de forma retangular (mesoprosópicas) com altura facial reduzida. Esses indivíduos tendem a aplicar maiores forças durante a mastigação e experimentam fenômenos de aperto, que podem resultar em dor orofacial. Vários estudos correlacionaram alterações na ATM com padrões craniofaciais. Foi relatado que indivíduos com um tipo facial longo exercem forças significativamente menores durante a mastigação e o aperto induzido, em comparação com indivíduos com um tipo facial equilibrado. Distúrbios nos músculos mastigatórios e na ATM têm sido associados a tipos faciais e ao desenvolvimento de ossos e músculos faciais. Antropometria craniofacial É considerada um método confiável, não invasivo e de baixo custo, devendo ser conduzida por um profissional calibrado. Características gerais Mulheres são mais suscetíveis à DTM Gravidade dos sintomas associada à idade do paciente Incidência maior em mulheres de 20 a 40 anos OBJETIVO GERAL O objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre tipos faciais e DTM muscular em mulheres. METODOLOGIA Das cerca de 1.000 pacientes do sexo feminino da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo; 65 foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão; Participaram 56 mulheres, com idades entre 18 e 49 anos; Com base nos Critérios de Diagnóstico da Pesquisa (RDC / TMD); Todos os indivíduos do estudo foram diagnosticados com DTM muscular. As medidas foram realizadas para obter o Índice Facial Brugsch (FI), que é a razão (em porcentagem) da altura máxima para a largura máxima da face Durante a medição da face, os pacientes permaneciam em postura ereta, descalços, calcanhar a calcanhar, com os braços pendurados ao lado do corpo. A cabeça era mantida em posição natural, com base no plano de Frankfurt, com lábios e dentes selados em posição oclusal. O código de referência geral para mu la (FI = [n-gn] x 100 / [zy-zy]) foi usado para classificar os tipos faciais da seguinte maneira FI menor ou igual a 84,9 = euryprosopic; FI é igual a 85,0 a 89,9 = mesoprosópico; FI maior ou igual a 90,0 = leptoprosópico. RESULTADOS 27 em euryprosopic (48%), 18 em mesoprosopic (32%) 11 em leptoprosopic (20%). Foi encontrada diferença estatisticamente significante (Qui-quadrado, p = 0,032) entre os tipos faciais, em que os tipos faciais dolicofacial apresentaram os menores valores para DTM muscular. DISCUSSÃO Não foi encontrado consenso na literatura sobre a relação entre DTM e tipos faciais. Estudos relataram maior prevalência de indivíduos com face hiperdivergente e menor prevalência de indivíduos com face hipodivergente, associados a distúrbios internos da ATM. Stringert e Worms DISCUSSÃO Vários estudos, investigando padrões dolicofaciais em imagens radiográficas, correlacionaram instabilidade oclusal e baixa atividade dos músculos do elevador mandibular com o tipo facial longo, fatores que tornam o músculo mais sensível às forças mastigatórias. DISCUSSÃO TORRES et al., 2014 CONCLUSÃO Mulheres com tipos faciais euryprosopic podem ser mais suscetíveis à DTM muscular; Mais estudos são necessários para investigar essa hipótese; Um número maior de casos de DTM muscular foi observado nos indivíduos de 20 a 39 anos do que nos indivíduos de outros segmentos etários.