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Eletroquímica Professora: Nara Lúcia de Oliveira HISTÓRICO 1800 –ALESSANDRO VOLTA Ele empilhou pequenos discos de zinco e cobre, separando-os com pedaços de um material poroso (feltro) embebidos em uma solução aquosa de H2SO4 (boa condutora). Eletroquímica Volta construiu um estranho aparelho com moedas de cobre, discos de zinco e discos de feltro banhados com uma solução ácida, que servia para produzir com continuidade um movimento de cargas elétricas através de um condutor. Esse aparelho era chamado pilha porque as moedas de cobre, os discos de feltro e os discos de zinco eram empilhados uns sobre os outros. Eletroquímica “Eletroquímica é o estudo das reações nas quais ocorre conversão de energia química em energia elétrica e vice-versa. Numa pilha galvânica ocorre a conversão de energia química em energia elétrica, já numa eletrólise ocorre a conversão de energia elétrica em energia química”. Eletroquímica Em eletroquímica estudamos as reações de oxirredução que geram ou consomem energia. Reatividade dos Metais Nomenclatura Eletroquímica A seguir está descrita a nomenclatura hoje utilizada no estudo da eletroquímica ELETRODOS: São assim chamadas as partes metálicas que estão em contato com a solução dentro de uma célula eletroquímica. ÂNODOS: São os eletrodos pelo qual a corrente elétrica que circula numa célula ENTRA na solução. CÁTODOS: São os eletrodos pelo qual a corrente elétrica que circula numa célula DEIXA a solução. ELETRÓLITOS: São assim chamadas todas as soluções que CONDUZEM a corrente elétrica. ÍONS: São assim chamadas as partículas carregadas que se movimentam na solução. Nomenclatura Eletroquímica OBS. Lembrando que o sentido convencionalmente adotado para a corrente elétrica é o sentido oposto ao da movimentação dos elétrons, ânodo e cátodo podem ser redefinidos como segue: ÂNODO: Eletrodo do qual saem os elétrons para o circuito externo da célula. CÁTODO: Eletrodo no qual entram os elétrons através do circuito externo da célula. CÉLULA ELETROQUÍMICA: Todo sistema formado por um circuito externo que conduza a corrente elétrica e interligue dois eletrodos que estejam separados e mergulhados num eletrólito. Equilíbrio Oxidação – Redução Conceitos Eletroquímica é o estudo das reações químicas nas quais partículas carregadas (íons ou elétrons) atravessam a interface entre duas fases da matéria, tipicamente uma fase metálica (o eletrodo) e uma fase líquida de solução condutora, ou eletrólito. Equilíbrio Oxidação – Redução As reações de oxidação e redução envolvem a transferência de elétrons de uma espécie molecular ou iônica para outra. A oxidação é a perda de elétrons por uma dada espécie, e a redução, a fixação destes por uma espécie. As reações de oxidação e redução se desdobram em dois processos elementares ou reações parciais; uma envolve a doação de elétrons, e a outra, a fixação de elétrons. Equilíbrio Oxidação – Redução Equilíbrio Oxidação – Redução Redução e oxidação ocorrem concomitantemente, e duas meias reações se combinam para dar uma oxi-redução (dupla redox). Para o caso geral, a oxi-redução é dada como: Equilíbrio Oxidação – Redução Assim, uma reação de oxi-redução envolve a reação de um redutor (B red) com um oxidante (A ox). O redutor ou agente redutor é o reagente que perde elétrons e então é oxidado. O oxidante ou agente oxidante ganha elétrons e então é reduzido. Células Eletroquímicas As células eletroquímicas são dispositivos, apropriados para o processamento de reações de oxidação-reduções, que consistem, essencialmente, em dois elétrodos, por exemplo, metálicos, submersos em uma mesma solução de um eletrólito ou em soluções de eletrólitos diferentes em contato eletrolítico. O elétrodo no qual ocorre a oxidação é chamado de ânodo, e o elétrodo no qual ocorre a redução, catodo. Zn 2+ Zn 2+ Zn 2+ Zn 2+ ELÉTRONS PONTE SALINA CÁTIONSÂNIONS Cu 2+ Cu 2+ Cu 2+ Cu 2+ Zn 2+ Zn 2+ Zn 2+ Zn 2+ Desgaste da placa (corrosão) Oxidação do metal ( Zn/Zn2+) ÂNODO Polo negativo ( - ) Concentra a solução pela oxidação do metal a íon Aumento de massa da placa Redução do íon (Cu2+/Cu) CÁTODO Polo positivo ( + ) Diluição da solução pela redução do íon da solução CÁTODO Polo + ÂNODO Polo - Ponte Salina Finalidade: Permitir o escoamento de íons de uma semi cela para outra, de modo que cada solução permaneça sempre eletricamente neutra. Potencial de uma pilha O Potencial de um pilha é medido experimentalmente por um aparelho denominado VOLTIMETRO, cujo objetivo é medir a força eletromotriz (fem ou E) da pilha. O valor indicado pelo voltímetro, em volts (V), corresponde a diferença de potencial ou ddp (E) de uma pillha, e depende das espécies químicas envolvidas, das suas concentrações e da temperatura. Potencial de um Eletrodo Potencial normal (ou Padrão) do Eletrodo Símbolo = Eº Unidade = volt (V) Conceito: é a grandeza que mede a capacidade que o eletrodo possui de sofrer oxi-redução nas condições padrão Condição Padrão Concentração da solução: 1 mol/L; Pressão: 1 atm Temperatura: 25o.C TABELA POTENCIAIS PADRÃO Observe a pilha abaixo e indique: a) O ânodo da pilha. b) O pólo positivo da pilha. c) O eletrodo que sofre oxidação. d) Calcule o E da pilha. e) Escreva a notação oficial da pilha. Aplicando nossa aula RESOLUÇÃO a) O ânodo da pilha. b) O pólo positivo da pilha. c) O eletrodo que sofre oxidação. Sofre oxidação ÂNODO Pólo Negativo Sofre redução CÁTODO Pólo Positivo MENOR POTENCIAL DE REDUÇÃO MAIOR POTENCIAL DE REDUÇÃO Eletrodo de chumbo Eletrodo de Prata Eletrodo de Chumbo d) Calcule o E da pilha. Maior potencial de redução Menor potencial de redução E = E0redução - E 0 redução maior menor E = E0Ag - E 0 Pb E = + 0,92 V E = + 0,79 - (-0,13) e) Escreva a notação oficial da pilha. Pb0/Pb2+ // Ag+/Ag0 Pólo – Oxidação ÂNODO Pólo + Redução CÁTODO Ponte salina Considere a notação oficial da pilha e responda as questões: Cr/Cr3+ // Ni2+/Ni a) O pólo negativo da pilha. b) O cátodo da pilha. c) Escreva as semi-reações da pilha e a reação global da pilha. Dados: E0 red a 25o.C e soluções 1mol/L Cr3+ + 3e- Cr E0 = -0,41 V Ni2+ + 2e- Ni E0 = -0,24 V Menor potencial de redução (sofre oxidação) Maior potencial de redução (sofre redução) Eletrodo onde ocorre oxidação - Cr Eletrodo onde ocorre redução - Ni 2Cr 2Cr3+ + 6e- (x2)semi-reação de oxidação semi-reação de redução 3Ni2+ + 6e- 3Ni (x3) REAÇÃO GLOBAL: 2 Cr + 3Ni2+ 2 Cr3+ + 3Ni Cr/Cr3+ // Ni2+/Ni Dados: E0 red a 25o.C e soluções 1mol/L Cr3+ + 3e- Cr E0 = -0,41 V Ni2+ + 2e- Ni E0 = -0,24 V d) Calcule o E da pilha. E = E0redução - E 0 redução maior menor E = E0Ni - E 0 Cr E = + 0,17 V E = - 0,24 - (-0,41) TIPOS DE ELETRODOS Eletrodos de Referência • Eletrodo de Hidrogênio • Eletrodo de Prata/Cloreto de Prata • Eletrodo de Calomelanos Eletrodos indicadores • Eletrodos metálicos de 1º, 2º e 3º ordem e Oxido redução • Eletrodos de Membrana ELETRODOS DE REFERÊNCIA Em aplicações eletroanalíticas, é desejável que um dos eletrodos tenha potencial conhecido, constante e completamente insensível à composição da solução em estudo. Eletrodo de referência ideal: • Reversível e obedece a eq. de Nernst; • Exibe potencial constante com o tempo; • Retorna ao seu potencial original após submetido a pequenas correntes; • Exibe baixa histerese com variações de temperatura ELETRODO DE HIDROGÊNIO O hidrogênio é um gás, e por isso utilizamos um eletrodo inerte, ou seja, um material não reativo que conduz corrente elétrica; normalmente esse eletrodo é a platina. O gás H2 é borbulhado em torno do eletrodo da platina que está mergulhado numa solução que contém íons H+. O hidrogênio fica detido na superfície da platina. ELETRODO DE PRATA/CLORETO DE PRATAELETRODO DE CALOMELANO ELETRODOS INDICADORES Determinação rápida e seletiva de vários cátions e ânions através de medida potenciométrica direta conhecidos como eletrodos íon-seletivo alta seletividade • algumas vezes eletrodos pÍon sinal analítico na saída é registrado como função p, tal como pH Eletrodo metálico: potencial no eletrodo metálico deriva da tendência de uma reação redox ocorrer na superfície do metal. Eletrodo de membrana: potencial se deve a um potencial de junção entre a membrana que separa a solução do eletrodo da solução da espécie a ser analisada. ELETRODOS INDICADORES METÁLICOS • É um eletrodo sensível à espécie iônica interessada • Quando imerso na solução de estudo, responde assumindo um potencial que é função da atividade daquela espécie iônica. • Muitos eletrodos usados em potenciometria apresentam respostas seletivas. • São classificados como: eletrodos de primeira classe, eletrodos de segunda classe, eletrodos de terceira classe e eletrodos redox. ELETRODO DE 1ª CLASSE Está em equilíbrio direto com o cátion derivado do metal do eletrodo. ELETRODO DE 1ª CLASSE • Não são muitos seletivos e não respondem somente para os seus cátions, mas também para outros cátions que são facilmente reduzidos. • Alguns eletrodos de primeira classe só podem ser empregados em meio neutro ou básico porque eles se dissolvem na presença de ácidos (ex: Zn e Cd). ELETRODO DE 2ª CLASSE • Responde à atividade com o qual o seu íon forme um precipitado ou um complexo estável. ELETRODO DE 3ª CLASSE Um eletrodo metálico pode, sob determinadas circunstâncias, ser construído para responder a um cátion distinto. Consiste de um metal em contato com um sal pouco solúvel (ou um complexo fracamente ionizado) do próprio metal e um sal levemente mais solúvel (ou um complexo levemente mais ionizado) de um segundo metal. É muito pouco utilizado. ELETRODOS DE MEMBRANA • determinação rápida e seletiva de vários cátions e ânions através de medida potenciométrica direta conhecidos como eletrodos íon-seletivo ; • alta seletividade; • Eletrodo metálico: potencial no eletrodo metálico deriva da tendência de uma reação redox ocorrer na superfície do metal. • Eletrodo de membrana: potencial se deve a um potencial de junção entre a membrana que separa a solução do eletrodo da solução da espécie a ser analisada. PROPRIEDADES DA MEMBRANA • Solubilidade mínima - muitas membranas são preparadas a partir de moléculas grande ou de agregados moleculares tais como sílica (vidro) ou resinas poliméricas. • Condutividade elétrica - deve exibir alguma mesmo que pequena. • Condução é realizada através da migração de íons de carga unitária dentro da membrana. • Reatividade seletiva ao analito - deve ser capaz de ligar-se de forma seletiva com o analito (troca iônica, cristalização e complexação).