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ETEC PEDRO BADRAN AMARILIO DA COSTA SANTOS, RM 17056 BRENO HENRIQUE DOS REIS, RM 15020 EDUARDO ANTÔNIO TOBIAS LEITE, RM 13255 FÁBIO ASSAGRA, RM 17051 JOÃO PAULO MARCIANO, 10486 TRANSFORMADORES COM NÚCLEO DE FERROMAGNÉTICO E COM NÚCLEO DE AR Trabalho do 2º Modulo de Técnico em Eletrotécnica apresentado como exigência parcial para a obtenção de nota na Disciplina de Máquinas Elétricas II. Prof. Eng. André Luís Ventrescke SÃO JOAQUIM DA BARRA 2020 2 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Relação de tensão e número de espiras de um transformador com núcleo de ferro 04 Figura 2 - Relação de corrente pelo número de espiras de um transformador com núcleo de ferro 05 Figura 3 - Simbologia de um transformador com núcleo de ferro 05 Figura 4 - Coeficiente de acoplamento 06 Figura 5 - Simbologia de um transformador com núcleo de ar 06 Figura 6 - Equação simplificada da eficiência de um transformador 07 Figura 7 - Equação da eficiência de um transformador 07 Figura 8 - (a) Domínios orientados aleatoriamente. (b) Domínios orientados por influência de um campo magnético externo 09 Figura 9 - Material de ferro sobre influência da corrente Foucault 10 Figura 10 - Peças fundamentais na montagem de transformadores 11 3 SUMÁRIO 1 TRANSFORMADORES ........................................................................................ 04 1.1 TRANSFORMADOR COM NÚCLEO FERROMAGNÉTICO, E COM NÚCLE DE AR ............................................................................................................................ 05 1.2 TIPOS DE PERDAS EXISTENTES EM TRANSFORMADORES ....................... 07 1.2.1 Perdas no cobre do enrolamento ..................................................................... 08 1.2.2 Perdas por histerese ....................................................................................... 08 1.2.3 Perdas por correntes parasitas ou Foucault ..................................................... 09 1.3 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE TRANSFORMADORES ............................... 10 1.4 MATERIAIS ISOLANTES EM TRANSFORMADORES E SUAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS .......................................................................................................... 12 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 APÊNDICE A ............................................................................................................ 16 4 1 TRANSFORMADORES A diversos tipos de transformadores, porém sua finalidade tende a ser a mesma, seu papel no SEP (Sistema Elétrico de Potência) é atuar na parte de geração, transmissão, e distribuição de energia. O transformador de potência faz com que a tensão seja elevada ou abaixada, esse tipo de transformador é muito utilizado em concessionárias e subestações, pois quando se trabalha com altas tensões a corrente tende a ser a baixa evitando assim perdas durante a transmissão em grandes distancias. Já o transformador de distribuição é comumente utilizado para tensões em níveis de uso doméstico. As principais características de um transformador são a presença de uma ou duas bobinas enroladas com fio de cobre, onde o primeiro enrolamento é denominado primário, já o segundo (carga) enrolamento é denominado secundário. Tais enrolamentos fazem com que haja um fluxo magnético em uma das bobinas criando assim um campo magnético, e consequentemente a existência de tensão induzida, tal tensão é diretamente proporcional ao número de espiras existente em cada bobina. Abaixo é demonstrado por meio da figura 1 a relação de tensão e números de espiras de um transformador: FIGURA 1: Relação de tensão e número de espiras de um transformador com núcleo de ferro. FONTE: BOYLESTAD, 2012. De acordo com Boylestad (2012), a corrente é inversamente proporcional a tensão e consequentemente ao número de espiras de um transformador. Se analisado é possível observar que tal fenômeno se dá pela formula de potência, ou seja, a potência é a razão da tensão pela corrente. Quanto maior for a tensão menor será a corrente, e quanto menor for a tensão maior será a corrente. Abaixo é demonstrado por meio da figura 2 a relação de corrente pelo números de espiras de um transformador: 5 FIGURA 2: Relação de corrente pelo número de espiras de um transformador com núcleo de ferro. FONTE: BOYLESTAD, 2012. 1.1 TRANSFORMADOR COM NÚCLEO FERROMAGNÉTICO, E COM NÚCLEO DE AR Em transformadores de ferromagnéticos, utiliza-se em seu núcleo chapas laminadas de silício, que são excelentes dissipadores de calor, algo que é um grande problema em transformadores, pois com a criação do fluxo magnético em seu núcleo, ocorre um aquecimento no mesmo criando assim perdas comumente conhecidas com Foucault e Histerese. Abaixo é apresentado a figura 3 no qual representa a simbologia do núcleo de ferro: FIGURA 3: Simbologia de um transformador com núcleo de ferro. FONTE: BOYLESTAD, 2012. Conforme descreve Boylestad (2012) o núcleo de ferro serve para aumentar o valor do coeficiente de acoplamento entre os enrolamentos pelo fluxo mutuo. O coeficiente de acoplamento é dado pela proporção do fluxo do primário m, 6 pelo fluxo que atravessa no secundário p. Abaixo a figura 3 representa a equação do coeficiente de acoplamento: FIGURA 4: Coeficiente de acoplamento. FONTE: BOYLESTAD, 2012. O núcleo de ferromagnético permite que o fluxo atravesse do primário para o secundário, fazendo com que o coeficiente de acoplamento seja próximo de 1, porém esse valor nunca será superior a 1, dado pelo fato de que o maior valor para fluxo m é o fluxo p. Já em transformadores com núcleo de ar, o mesmo não possui núcleo de ferro como o transformador anterior, ao invés disso as bobinas do transformador com núcleo de ar são colocadas precisamente próximas uma da outra, com a finalidade de ser ter o valor de acoplamento desejado. Conforme menciona Petry (2014) as Leis de Faraday e de Lenz se aplicam aos transformadores, do mesmo modo que se aplicam aos indutores. A comparação entre o fluxo do primário e o fluxo mutuo também é o coeficiente de acoplamento, que nessa situação o ideal seria unitário, quanto melhor for o acoplamento dos enrolamentos, melhor será tal fator. A figura 5 abaixo representa a simbologia do núcleo de ar. FIGURA 5: Simbologia de um transformador com núcleo de ar. FONTE: BOYLESTAD, 2012. 7 1.2 TIPOS DE PERDAS EXISTENTES EM TRANSFORMADORES De acordo com Chapman (2013) em um transformador ocorre diversas perdas, e tais perdas estão associados de forma direta com sua eficiência. A eficiência de transformador pode ser comparada e avaliada por meio da proporção da potência de saída pela potência de entrada, ou seja, a potência que entra pelo enrolamento primário pela potência que sai pelo enrolamento secundário. Abaixo é apresentado a figura 6 no qual representa a equação simplificada da eficiência de um transformador: FIGURA 6: Equação simplificada da eficiência de um transformador. FONTE: CHAPMAN, 2013. Outra forma de representar a eficiência de um transformador está em desmembrar e observar que a potência de entrada é a somatória da potência de saída com as perdas existentes no cobre e no núcleo de um transformador. Sendo assim, abaixoa figura 7 representa a equação de eficiência de um transformador: FIGURA 7: Equação da eficiência de um transformador. FONTE: CHAPMAN, 2013. 8 As perdas em um transformador podem ser decorrentes por diversos fatores tanto no núcleo quanto no enrolamento de cobre, dentre esses fatores pode se citar: Perdas ôhmicas no cobre do enrolamento; Perdas por histerese; Perdas por correntes parasitas ou Foucault. 1.2.1 Perdas no cobre do enrolamento As perdas no cobre do enrolamento se dá pela visão de que todo o material possui a sua oposição a passagem de corrente, que em outras palavras significa que todo material possui o seu nível de resistividade, seja ela baixa como no caso do cobre, ou alta como em outros materiais. Sendo assim, dado a existência de uma corrente que passa nos enrolamentos primário e secundário, a um aquecimento ou dissipação joulicas entre essas bobinas, denominando-se perdas no cobre do enrolamento ou perdas na resistência ôhmica no condutor dos enrolamentos. 1.2.2 Perdas por histerese De acordo com Chapman (2013) nos átomos de ferro e de outros metais similares, os campos magnéticos tendem a estar estreitamente alinhados entre si, onde em seus interior há inúmeras regiões chamadas de domínios, onde esses domínios podem não possuir fluxo dado pelo fato que os mesmo estão orientados de forma aleatória. 9 FIGURA 8: (a) Domínios orientados aleatoriamente. (b) Domínios orientados por influência de um campo magnético externo. FONTE: CHAPMAN, 2013. Para se corrigir esse efeito é necessário que haja um campo externo atuando sobre o material, onde a perda por histerese é necessária para que haja a reorientação dos domínios quando se é aplicado uma corrente alternada no núcleo do ferro. 1.2.3 Perdas por correntes parasitas ou Foucault Conforme menciona Chapman (2013), as lei de Faraday exemplificam a forma como ocorre as perdas pela corrente Foucault. A existência de um fluxo variável no tempo no qual induz uma tensão no interior do núcleo ao mesmo passo que a existência de uma tensão induzida no fio de que está enrolado no núcleo. A combinação dessas tensões fazem com que haja uma corrente que circula em forma de “redemoinhos”, como a existência de corrente em uma material de ferro, também a existência de dissipação de energia, ou seja, o que denomina-se perdas por correntes parasitas ou Foucault. 10 Em materiais de ferro, a duas formas de se minimizar essas perdas por corrente Foucault: • A primeira é por meio da laminação do ferro, com a laminação desse material haverá subdivisões menores dentro do núcleo, onde o mesmo fara com que a tensão induzida do material seja menor, ao mesmo passo que a corrente seja menor. • Outra forma de se diminuir as correntes parasitas está no aumento da resistividade do material, tal aumento se dá pela adição de silício no núcleo. FIGURA 9: Material de ferro sobre a influência da corrente Foucault. FONTE: Universidade de Franca – Máquina Elétricas, 2018. 1.3 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE TRANSFORMADORES Os transformadores devem atender especificações para montagem e instalação conforme o nível de tensão do mesmo, ou seja, é necessário que se tenha parâmetros que atestem seu pleno funcionamento bem como forneça o mínimo de segurança possível. De acordo com o manual da WEG (2010), para transformadores a óleo de até 4000KVa, durante a montagem os mesmo devem conter: 11 Termômetro: No qual iram fornecer o máximo valor de temperatura atingida pela transformador em um dado instante de tempo; Dispositivos de alivio de pressão: Esse dispositivo tem o objetivo de evitar possíveis deformações ou a própria ruptura do tanque do transformador; Relé de pressão súbita: Tem a finalidade de atuar em casos de pressões internas anormais nos transformadores; Conservador: Possibilita manter elevados índices dielétricos do óleo isolante; Relé de gás (Buchholz): Possui por finalidade a proteção de aparelhos elétricos que trabalham imersos em líquidos isolantes; Indicador de nível de óleo: Indica com precisão o nível do liquido isolante. FIGURA 10: Peças fundamentais na montagem de transformadores. FONTE: Weg Equipamentos Elétricos S/A, 2010. Ainda de acordo com o manual da WEG (2010), é necessário que a instalação do transformador seja feita por profissionais qualificados, onde os mesmos deveram atentar-se quanto: Instalar os transformadores em dias chuvosos; Realização de inspeção visual do nivelamento da base do transformador; Verificação da fixação correta; Inspecionar a parte externa do tanque; Constatação se os dados da placa são compatíveis com as especificações técnicas do equipamento; 12 Uma análise por meio de amostragem do óleo isolante; Inspeção das conexões de aterramento do transformador. 1.4 MATÉRIAIS ISOLANTES EM TRANSFORMADORES E SUAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS Para se ter uma melhor compreensão acerca do princípio da aplicação dos materiais isolantes em transformadores, antes se faz necessário ter o entendimento sobre o conceito de um material dielétrico, assim como sua rigidez dielétrica. Um material dielétrico é caracterizado por ser isolante, ou seja, não a circulação de corrente elétrica por ele, bem como todo material possui seu nível de rigidez dielétrica, em um dado momento no qual um determinado material sofre a ação de um campo magnético superior ao seu nível de rigidez dielétrica o material deixa de ser isolante, e passa ser um condutor. O tempo de vida útil de um transformador pode ser associado a deteorização por parte de seu sistema de isolação, no qual o mesmo é comumente constituído por um verniz isolante, papel isolante, e um óleo mineral também com características isolantes. O verniz é esmaltado em um condutor de cobre ou alumínio, onde o mesmo tem a função de isolar as espiras dos enrolamentos para que não ocorra um curto-circuito interno, o verniz eleva a rigidez dielétrica do fio de cobre, bem como sua principal característica em transformadores é a resistência quanto as perdas dielétricas, porém um excesso da camada de verniz no condutor pode ocasionar problemas nas espiras e no tamanho das bobinas, e consequentemente no dimensionamento das mesmas. O papel isolante utilizado em transformadores é a base de celulose (papel Kraft), o mesmo é empregado em enrolamentos do transformador na forma de 13 finas camadas, ou na parte de isolação dos níveis de tensão e entre as fases. Fatores como a temperatura ou a umidade são determinantes a deterioração físico-química do papel. A maior parte dos óleos isolantes utilizados em transformadores são compostos por parafina ou naftênica, o processo para obtenção desse óleo é por meio do refino do petróleo a uma temperatura que varia de 300ºC a 400ºC. Conforme menciona SCHOLZ (2013) em sua dissertação, o mesmo realizou um estudo sobre o comportamento dielétrico do materiais isolantes utilizados em transformadores, chegando à conclusão que de fato o envelhecimento de materiais isolantes dos transformadores se dá por alterações físicas e químicas na sua composição, onde o mesmo ressaltou que o aumento do teor de umidade diminui a capacidade de isolamento do material. Também foi realizado uma análise no qual o papel isolante foi imerso no óleo isolante, onde por meio de uma curva das perdas dielétricas, foi constatado que as mesma são em função e dependentes da temperatura. 14 CONCLUSÃO Se faz notório por meio desse trabalho, por todo conteúdo absorvido em sala de aula, e através das referências aqui mencionadas, que a utilizaçãodos transformadores no SEP (Sistema Elétrico de Potência) são de extrema importância, diante do cenário e da dependência do uso da energia elétrica. Com o uso dos transformadores é possível geral e transmitir a energia elétrica para distancias impressionantes, além de se evitar grandes perdas durante todo esse percurso. Sendo assim, conclui-se que o presente trabalho serviu para se ter um melhor conhecimento acerca do princípio da transformação, bem como os principais conceitos associados ao transformador (número de espiras, campo magnético, tensão induzida, corrente, potência), fatores que somados possibilita que a energia elétrica chegue até nossos lares. Outro ponto de estrema importância está na montagem e na instalação de tais transformadores, fatores como suas perdas devem ser levados em consideração, afim de se obter a maior eficiência por parte da potência que entra em relação a potência que sai. Assim como em aspectos de vida útil do transformador, o material isolante deve estar dentro das normas pois é fator determinante para se prolongar o período de vida útil do equipamento. 15 REFERÊNCIAS BOYLESTAD, Robert L. Introdução à Análise de Circuitos, São Paulo: Editora Prentice Hall, 10ª edição, 2004. CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de Máquinas Elétricas, Porto Alegre: Editora AMGH, 5ª edição, 2013. ELÉTRICOS, Weg Equipamentos. Manual Transformador a Óleo até 4000KVa, São Paulo, 2010. PETRY, Clóvis Antônio. Projeto de Elementos Magnéticos, Florianópolis. 2014. SCHOLZ, Ricardo Costa. Dissertação: Avaliação do comportamento dielétrico de materiais isolantes utilizados em transformadores de distribuição por meio de espectroscopia dielétrica, Paraná, 2013. TRANSFORMADORES – Perdas no cobre e no ferro. Disponível em:< file:///C:/Users/Cliente/Downloads/docsity-transformadores-perdas-no-cobre-e-no-ferro.pdf>. Acessado em: 15 Março 2020. TRANSFORMADORES: Resumo Teórico – Parte II. Disponível em:< https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1614769/mod_resource/content/2/TransfomadoresT eo2_2016.pdf>. Acessado em: 15 Março 2020. file:///C:/Users/Cliente/Downloads/docsity-transformadores-perdas-no-cobre-e-no-ferro.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1614769/mod_resource/content/2/TransfomadoresTeo2_2016.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1614769/mod_resource/content/2/TransfomadoresTeo2_2016.pdf 16 APÊNDICE A – Visão geral de um transformador e seus componentes Acessórios Normais: 1 – Bucha TS 15 ou 25kV 12 – Fixação de tampa 2 – Bucha TI e neutra 1,2kV 13 – Mudança de derivações (interna) 3 – Secador de ar 14 – Acionamento comutador 4 – Janela de inspeção 15 – Bujão para drenagem de óleo 5 – Olhal de suspensão 16 – Dispositivo de nível de óleo 6 – Suspensão da parte extraível (interna) 17 – Indicador de nível de óleo 7 – Olhal de tração 18 – Bujão para retirada de amostra do óleo 8 – Apoio para macaco 19 – Válvula para drenagem e ligação 9 – Suporte para ganchos 20 – Tubo de encher 11 – Rodas bidirecionais 21 – Tubo para ligação do filtro - prensa 22 – Bujão para drenagem do conservador 25 – Previsão para relé Buchholz 17 23 – Radiadores 26 – Terminal de aterramento 24 – Bolsa para termômetro 27 – Placa de identificação Acessórios Opcionais: 28 – Relé Buchholz 30 – Indicador magnético do nível de óleo 29 – Termômetro com contatos
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