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O filme Como estrelas na Terra - Resenha

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O filme Como estrelas na Terra, conta a história de um menino, chamado Ishaan, de 9 anos, que sofre com um distúrbio de aprendizagem, mais conhecido como dislexia, na qual, afeta a sua vida escolar e familiar, gerando alguns sintomas que dificultam as suas habilidades de leitura, escrita e interpretação. Sendo assim, o garoto não consegue acompanhar o desempenho acadêmico de sua turma e muitas das vezes é comparado ao seu irmão mais velho, que comumente apresenta boas notas para seus pais. Diante essa comparação, sem haver compreensão sobre a dificuldade de Ishaan, ele passa a evitar avaliações escolares e se desfaz de boletins que informem seu desempenho, emitindo um comportamento de fuga, mediante ao estimulo pré-aversivo que são seus pais, pois são acostumados a punir o filho quando não está de acordo com o desempenho comum.
O pai de Ishaan, adota uma postura severa na tentativa de “corrigir” o filho sobre as atividades escolares, utilizando da agressão verbal e física como um método de “ensino”, este que não é tão distante da forma com que alguns professores agiam, pois reprimiam o garoto por conta de sua dificuldade, gerando repreensão verbal e expulsão da sala de aula. Em algumas atividades direcionadas ao garoto em sala de aula, por não conseguir ler ou responder o que era esperado, Ishaan sofria bullying por parte de seus colegas.
Como passava boa parte da aula no lado de fora, pois era expulso ou previa um castigo por não conseguir realizar as atividades propostas, Ishaan buscava outros prazeres nessa condição de estudante, portanto, criava um mundo paralelo em sua imaginação, que fazia mais sentido, sendo dinâmico e divertido. Essa então era a metodologia adotada pelo garoto ao tentar resolver qualquer questão que fosse proposta.
Mediante o péssimo desempenho e por entender como mau comportamento, a tentativa de fugir dos estudos, a diretora da escola convoca os pais do menino para conversarem sobre as ações de Ishaan. Revoltado com a disciplina do filho, o pai decide transferi-lo para outra escola, que utiliza da metodologia integrada, ou seja, um internato, onde passará os seus dias sem voltar para a casa.
Essa situação trouxe mais sofrimento para o menino, visto que, embora estivesse sendo hostilizado pelos pais, ainda assim, poderia haver uma idealização de família que cuidasse, porém, ao isolar o garoto na nova escola, Ishaan esteve totalmente sozinho, criando uma sensação de abandono e exclusão, reproduzindo assim em um desenho, uma criança se desintegrando. 
Essa sensação de exclusão é entendida como um castigo por não ser capaz de aprender, o que resulta em mais desmotivação para a aprendizagem e mesmo estando em um momento de fragilidade emocional, apresentando sintomas de depressão, a organização do internato, exigia mais frieza de seus alunos, pois adotava uma disciplina rígida, ignorando qualquer expressão emocional e exigindo mais resultado acadêmico. Desta forma, o garoto que já apresentava dificuldades em uma escola convencional, passa a se distanciar mais do desenvolvimento comum de seus colegas, pois além dos fatores cognitivos, a sua condição emocional o deixava ainda mais desmotivado. 
Muitas das vezes, Ishaan demonstrava sentir falta da mãe, que mesmo não se posicionando quanto aos castigos do pai, ela significava cuidado para ele, pois era quem o alimentava, vestia e cuidava a maior parte do tempo. Essa ausência de proteção atinge o garoto, fazendo com que se preocupe principalmente em “sobreviver” sozinho e não deixando com que se empenhe nas atividades pedagógicas.
Isso tudo muda, quando um novo professor de artes chamado Nikumbh, entra na escola para substituir um outro. Esse docente utiliza de uma metodologia totalmente diferente, sendo mais dinâmico e interativo. Desta forma conseguia prender a atenção de seus alunos, porém, com mais dificuldade com Ishaan que se encontrava isolado e cabisbaixo. Ao se deparar com a situação, o professor logo identifica que são necessárias algumas adequações em sua aula e por conta de sua experiência com o ensino aprendizagem, Nikumbh consegue identificar no aluno, os sintomas que se enquadram em dislexia e partindo disso, a sua primeira atitude é ir conversa com os pais do garoto, afim de entender mais sobre a vida do menino e expor para a família o que havia concluído.
Por ter conhecimento e saber que a dislexia não se trata de preguiça ou “burrice” e sim de um déficit cognitivo, o professor utiliza do seu saber para motivar Ishaan, mostrando outras pessoas que também tem dislexia e que ainda assim conseguiram ser bem-sucedidos em suas áreas. Isso motiva o garoto e a partir disso, o professor passa adequar suas aulas, obtendo êxito ao ensinar a leitura e escrita para Ishaan, que passa a se desenvolver melhor, inclusive em outras matérias. Por mais que o menino estivesse se desenvolvendo melhor, ainda assim o professor identificou que não estava preparado para uma avaliação convencional, sendo feita no papel, portanto, solicitou a direção da escola para que pudesse avaliar o Ishaan, apenas de forma oral.
Essas adequações propostas por Nikumbh, permitiram com que o aluno obtivesse melhor desempenho dentro de suas dificuldades, embora tardia, a identificação da dislexia se fez importante, pois a partir disso o professor teve um ponto de partido. Isso nos faz refletir sobre a importância de um diagnóstico precoce, no qual, estabelece os prejuízos que podem ser causadas e baseado nisso, pode ser feito um processo de estimulação e adequações, possibilitando um melhor desenvolvimento e consciência em seu grupo social, que como no filme por desconhecimento do distúrbio, taxa o aluno com dificuldade como sendo burro, desinteressado e preguiçoso, provocando um afastamento familiar e mais sofrimento.

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