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ALUNOS(a): Diego Dos Santos Beserra, Crislene Nogueira da Silva, Tayane Rocha da Silva, Amara Farias da Costa, Thaís Helen de Oliveira Silva. Professora: Valeska Portela O QUE É, DE FATO? A imunoterapia é um tipo de tratamento biológico que tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico de maneira a que este possa combater infecções e outras doenças como o câncer. Nas últimas décadas, a imunoterapia tornou-se uma parte importante do tratamento de alguns tipos de câncer. Novos tipos de tratamentos imunoterápicos estão sendo estudados e terão grande impacto no tratamento do câncer. Tipos de Imunoterapia Os principais tipos de imunoterapia usados no tratamento do câncer incluem: • Anticorpos monoclonais. • Terapia com Células T CAR. • Inibidores do controle imunológico. • Vacinas Anticorpos Monoclonais Uma forma do sistema imunológico atacar as substâncias estranhas ao corpo é produzindo uma grande quantidade de anticorpos. Um anticorpo é uma proteína que adere a outra proteína específica denominada antígeno. Os anticorpos circulam pelo organismo até encontrarem e se ligarem ao antígeno. Uma vez ligados, podem recrutar outras partes do sistema imunológico para destruírem as células que contêm o antígeno. Os pesquisadores podem projetar anticorpos que têm como alvo especificamente um determinado antígeno, como o encontrado nas células cancerígenas. A partir daí são feitas várias cópias desse anticorpo em laboratório, o que são denominados anticorpos monoclonais. A ação do Anticorpo Monoclonal Tipos de anticorpos Monoclonais Anticorpos monoclonais recombinantes. Os anticorpos monoclonais recombinantes são anticorpos que funcionam por si só e não requerem outra terapia ou outros medicamentos simultaneamente. Eles são os tipos mais comuns de anticorpos monoclonais usados no tratamento do câncer. Atuam de diferentes maneiras: • Estimulando a resposta imunológica de uma pessoa contra as células cancerígenas, ligando-se a elas e agindo como um marcador para o sistema imunológico do corpo destruí-las. Um exemplo é o alemtuzumab, usado no tratamento da leucemia linfoide crônica. •Aumentando a resposta imunológica ao atacar as células dos sistema imunológico que funcionam como inibidores do controle imunológico. •Bloqueando os antígenos nas células cancerígenas que fazem o tumor crescer ou se espalhar. Por exemplo, o trastuzumab é um anticorpo contra a proteína HER2, presente na superfície das células da mama e do estômago. Quando o HER2 é ativado, essas células crescem. O trastuzumab se liga a estas proteínas Tipos de anticorpos Monoclonais Anticorpos monoclonais conjugados. Esses anticorpos atuam em conjunto com a quimioterapia ou radioterapia. Em geral são usados como guias para transportar as substâncias diretamente para as células cancerígenas. Esses anticorpos monoclonais circulam pelo corpo todo até encontrar e se ligar ao antígeno alvo. Em seguida, liberam a substância química ou radioativa no local da ação. Isso diminui o dano às células saudáveis e em outras partes do corpo. Anticorpos monoclonais biespecíficos, que são feitos de partes de dois anticorpos monoclonais diferentes, o que significa que podem se conectar a dois antígenos ao mesmo tempo. Um exemplo é o blinatumomab, usado para tratar casos de leucemia linfoblástica aguda. Uma parte dele se conecta à proteína CD19, encontrada em algumas células de leucemia e linfomas; a outra se conecta à CD3, uma proteína encontrada nas células do sistema imunológico conhecidas como células T. Ao se conectar a ambas, os remédios com anticorpos monoclonais biespecíficos aproximam as células cancerosas das imunes, o que faz o sistema imunológico atacar as cancerosas. Tipos de anticorpos Monoclonais Possíveis efeitos Colaterais Os anticorpos monoclonais são administrados por via intravenosa. Como os anticorpos são proteínas, isso pode, algumas vezes, provocar uma reação alérgica. Entretanto essa reação é mais comum de ocorrer na primeira dose do tratamento. Os possíveis efeitos colaterais podem incluir: Febre. •Calafrios. •Fraqueza. •Dor de cabeça. •Náusea. •Vômitos. •Diarreia. •Diminuição da pressão sanguínea. •Erupções cutâneas. Em comparação com os medicamentos quimioterápicos os anticorpos monoclonais tendem a ter menos efeitos colaterais graves. Terapia com Células T CAR As células CAR T são células produzidas em laboratório derivadas das células mais importantes do nossosistema de defesa, as células T. Em seu estado natural, as células T, que nos protege contra infecções e tumores, podem perder a capacidade de “enxergar” as células do câncer. Assim, o processo de produção das células CAR T nada mais é do que modificar as células T para que elas possam readquirir a capacidade de “enxergar” células específicas do câncer e destruí-las, tais como as células das leucemias e dos linfomas Como São produzidas as Células T CAR. Após a coleta das células T do paciente, através de um procedimento chamado de aférese, as células T são modificadas em laboratório para dar origem às células CAR T. Após o processo de modificação, as células CAR T são multiplicadas até uma dose adequada para o peso do paciente. Ao final, as células CAR T são infundidas na circulação sanguínea do paciente, promovendo a destruição de células específicas do câncer. Efeitos colaterais das Células T CAR. Os efeitos colaterais podem incluir febre e diminuição da pressão arterial nos dias seguintes a administração das células modificadas. Isso é denominado síndrome de liberação de citocinas. Outros efeitos colaterais graves incluem neurotoxicidade ou alterações no cérebro que provocam confusão, convulsões ou dores de cabeça. Alguns pacientes também desenvolveram infecções, diminuição das taxas sanguíneas e enfraquecimento do sistema imunológico. É importante que, em caso de desenvolver algum desses sintomas ou observar qualquer um desses efeitos entre em contato, imediatamente, com seu médico. Inibidores do Controle Imunológico para Tratamento do Câncer. Uma função importante do sistema imunológico consiste em sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação – as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. Em inglês, são chamados de check point inhibitors, ou inibidores dos pontos de controle. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Os medicamentos imunoterápicos modernos têm como alvo esses pontos de controle, reestabelecendo a atividade destas células da imunidade no combate às células cancerosas. Esses medicamentos se mostraram úteis contra muitos tipos de câncer nos últimos anos. Medicamentos que têm como alvo PD-1 ou PD-L1 O PD-1 é uma proteína de ponto de verificação nas células do sistema imunológico denominadas células T. Normalmente age como um tipo de interruptor desligado que impede que as células T ataquem outras células do corpo. Ele faz isso quando se liga à PD-L1, uma proteína em células normais (e câncer). Quando a PD-1 se liga à PD-L1, basicamente diz à célula T para deixar a outra célula sozinha. Algumas células cancerígenas têm grandes quantidades de PD-L1, o que permite que escapem do ataque imunológico. Os anticorpos monoclonais que têm como alvo PD-1 ou PD-L1 podem bloquear essa ligação e estimular a resposta imunológica contra as células cancerígenas. Esses medicamentos se mostraram úteis no tratamento de vários tipos de câncer. •Inibidores de PD-L1. Exemplos de medicamentos que têm como alvo a PD-L1 incluem: Atezolizumab. •Avelumab. •Durvalumab. Esses medicamentos também se mostraram úteis no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo câncer de bexiga, câncer de pulmão de não pequenas células e câncer de pele de células de Merkel. Eles também estão sendo estudadospara uso contra outros tipos de câncer. Uma preocupação com esses medicamentos é que o sistema imunológico ataque alguns órgãos sadios do corpo, levando a efeitos colaterais, que podem incluir fadiga, tosse, náusea, perda de apetite, erupção cutânea e coceira. Também podem ocorrer outros efeitos mais sérios com menor frequência, como problemas nos pulmões, intestinos, fígado, rins, glândulas produtoras de hormônios ou outros órgãos. Medicamentos que têm como alvo CTLA-4 O CTLA-4 é outra proteína em algumas células T que atua como um tipo de interruptor desligado para manter o sistema imunológico sob controle. O ipilimumab é um anticorpo monoclonal que se liga ao CTLA-4 e o impede de funcionar. Isso pode estimular a resposta imunológico do corpo contra as células cancerígenas. Esse medicamento é usado no tratamento do melanoma. Também está sendo estudado para uso contra outros tipos de câncer. Como o ipilimumab afeta o sistema imunológico, pode provocar efeitos colaterais graves ou até fatais. Em comparação com medicamentos que têm como alvo o PD-1 ou PD-L1, os efeitos colaterais graves parecem ser mais prováveis com ipilimumab. Vacinas contra o câncer A maioria das vacinas usadas contra o câncer funciona da mesma maneira que aquelas usadas na prevenção de infecções em pessoas saudáveis. A diferença é que as vacinas contra o câncer fazem com que o sistema imunológico da pessoa ataque as células cancerígenas. O objetivo das vacinas contra o câncer é tratar a doença ou evitar a recidiva após outros tratamentos. Mas também existem algumas vacinas que podem prevenir determinados tipos de câncer. Vacinas para prevenir o câncer Estas são vacinas tradicionais que têm como alvo os vírus que podem provocar determinados tipos de câncer. Elas protegem contra alguns tipos de câncer, mas não são direcionadas diretamente às células cancerígenas. Estes tipos de vacinas são úteis apenas para cânceres conhecidos por serem causados por infecções. Mas a maioria dos cânceres, como o câncer colorretal, câncer de pulmão, câncer de próstata e câncer de mama, não são provocados por infecções. Ainda não se têm certeza se é possível produzir vacinas para prevenir esses outros tipos de câncer. As pesquisas existentes, se encontram em fases iniciais, e mesmo que essas vacinas se mostrem possíveis, demorará muitos anos até se tornarem disponíveis. Vacinas para tratar o câncer As vacinas contra o câncer são diferentes das vacinas contra os vírus. Essas vacinas são projetadas para fazer com que o sistema imunológico ataque as células cancerígenas do corpo. Em vez da prevenção, elas levam o sistema imunológico a atacar uma doença existente. Algumas vacinas usadas no tratamento do câncer são compostas de células cancerígenas, partes de células ou antígenos puros. Às vezes, as próprias células do sistema imunológico de um paciente são coletadas e expostas a essas substâncias em laboratório para produzir a vacina. As células modificadas são infundidas de volta no corpo do paciente para aumentar a resposta imunológica contra as células cancerígenas. As vacinas contra o câncer fazem com que o sistema imunológico ataque as células com um ou mais antígenos específicos. Como o sistema imunológico tem células com memória especiais, espera-se que a vacina continue respondendo por muito tempo após serem administradas. Provenge (Sipuleucel-T) Atualmente, essa é a única vacina aprovada para tratar o câncer. É usado no tratamento do câncer de próstata avançado que não responde a hormonioterapia. Referência Imonoterapia . Instituto Oncoguia ,Edição 2016. Disponivel http://www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/o-que-e-imunoterapia/7957/922/ Acesso em: 10 de Maio de 2020. Imunoterapia: por dentro de uma das maiores inovações contra o câncer. Saúde, Edição 2018. Disponível em: <https://www.google.com/amp/s/saude.abril.com.br/blog/medicina-de-ponta-contra-o- cancer/imunoterapia-por-dentro-de-uma-das-maiores-inovacoes-contra-o-cancer/amp/>. Acesso em: 14 de Maio de 2020. Imunoterapia no tratamento do câncer: veja quando é indicada. MinhaVida ,Edição 2011. Disponivel https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/30529-imun> Acesso em: 11 de Maio de 2020. O que é a Imunoterapia, para que serve e como funciona. Tua Saúde, Edição 2017. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.tuasaude.com/como-funciona-a-imunoterapia/amp/. Acesso em: 08 de Maio de 2020. http://www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/o-que-e-imunoterapia/7957/922/ https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/30529-imun https://www.google.com/amp/s/www.tuasaude.com/como-funciona-a-imunoterapia/amp/
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