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Câncer do Sistema Nervoso Central

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CRISTO FACULDADE DO PIAUÍ – CHRISFAPI
NOME: Érica Maria de Oliveira Silva
DISCIPLINA: ONCOLOGIA
PERÍODO/BLOCO: V CURSO: FISIOTERAPIA
PROFESSOR (A): MAYANE CARNEIRO ALVES PEREIRA 
PIRIPIRI (PI), 28 de março de 2020.
CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O cérebro e a medula espinhal formam o Sistema Nervoso Central (SNC). Os tumores do SNC devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos dessas localizações. O câncer do SNC representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de SNC são no cérebro.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), ocorreram no Brasil 11.090 casos novos de câncer do sistema nervoso central, sendo 5.870 em homens e 5.220 em mulheres em 2020. Esse tipo da doença é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como primário quando tem origem em células do próprio sistema nervoso, e secundário ou metastático quando surge em outros órgãos e se dissemina atingindo o SNC. Pode acometer o encéfalo e as meninges com maior frequência, mas também a medula e os nervos cranianos e espinhais.
Suas manifestações clínicas podem ser decorrentes do crescimento tumoral com infiltração e/ou compressão de estruturas SNC ou podem ser secundárias à obstrução do fluxo de líquidos do cérebro e aumento da pressão intracraniana (Hipertensão Intracraniana - HIC). A Hipertensão Intracraniana pode ter instalação abrupta ou evolução insidiosa com quadro dores de cabeça constantes que podem iniciar suas atividades até 4-6 meses antes do diagnóstico. Caracteriza-se pelos sintomas clássicos: cefaléia, vômitos e alteração de comportamento (letargia). As dores de cabeça ocorrem em 85% dos casos e os vômitos, em jato, estão presentes em 70% casos de HIC. Tumores da medula espinhal podem envolver a região do pescoço, das costas ou da lombar e podem ter origem nas células nervosas da coluna, nos tecidos moles ou nos músculos que sustentam a espinha ou nos ossos que a compõem. Tumores da medula espinhal podem ser perigosos mesmo quando são benignos, porque pressionam regiões importantes da coluna. 
Todos os sintomas devem ser relatados ao médico. As informações dadas pelo paciente e pelos familiares, aliadas aos exames físico e neurológico realizados na consulta médica serão fundamentais para as suspeitas de tumor do SNC.Parte superior do formulário O exame mais indicado para o diagnóstico de tumores cerebrais e medulares é a ressonância magnética, que permite observar todas as partes da coluna. Isso vale também para os neuromas acústicos. A biópsia costuma ser necessária para determinar qual o tipo de tumor, mas isso quase sempre envolve cirurgia, embora em alguns casos a biópsia por aspiração por agulha fina (BAAF) possa ser utilizada. Existem estudos especiais, mais aprofundados, realizados com a TC e a RM, tais como: a AngioTC e a AngioRM, a espectroscopia, permeabilidade, difusão, perfusão e outros. Alguns tumores possuem investigação diagnóstica com exames de laboratório, campimetria, audiometria; incluindo consultas e exames realizados por várias especialidades médicas diferentes.
Os tumores do Sistema Nervoso Central têm tratamento complexo e que envolve vários profissionais de saúde diferentes, como fisioterapeuta, enfermeiro, fonoaudiólogo e nutricionista. O tratamento começa com o neurocirurgião e envolve algum procedimento neurocirúrgico para remoção do tumor ou de fragmento de tecido para biópsia. O material retirado na cirurgia é examinado pelo médico patologista para chegar ao diagnóstico definitivo, que vem por escrito no laudo histopatológico. Os próximos passos e a evolução vão depender do tipo específico do tumor, que consta no laudo da patologia.
A partir daí, o tratamento geralmente envolve o oncologista clínico, com o planejamento da quimioterapia, e do radioterapeuta, com as sessões de radioterapia. Alguns tumores da medula espinhal podem ser removidos cirurgicamente. Quando não é possível retirar completamente o tumor, a radioterapia pode ser usada posteriormente para aliviar a pressão do tumor sobre a espinha. Todo o seguimento e acompanhamento serão feitos em conjunto pelo neurocirurgião, pelo oncologista clínico e pelo radioterapeuta. Outras especialidades médicas podem ser necessárias também durante o acompanhamento. No caso dos neuromas acústicos, uma das opções, dependendo do caso, é acompanhar sua evolução e só intervir em caso de progressão da doença. A cirurgia é outra possibilidade e seu objetivo é remover o máximo possível do tumor sem danificar nervos importantes, particularmente os que controlam os movimentos dos músculos da face. A radioterapia também pode ser utilizada nesses casos.
As complicações neurológicas da quimioterapia se relacionam ao aumento na frequência em pacientes cancerosos como resultado de terapias antineoplásicas mais agressivas que utilizam agentes neurotóxicos e da sobrevida mais prolongada dos pacientes. A neurotoxicidade é uma complicação comum da quimioterapia e tem grande potencial para colocar a vida dos pacientes em risco, resultando na limitação de doses dos agentes quimioterápicos potenciais.
Cefaleias e convulsões são complicações relativamente comuns da quimioterapia e podem ocorrer na forma aguda, tais como também acidente vascular encefálico, delirium e sequelas cognitivas, mielopatia e neuropatia. Outras complicações agudas incluem a síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH) com encefalopatia após a administração de vincristina, síndrome cerebelar aguda depois da aplicação de doses elevadas de citarabina e fluorouraci, trombose venosa sinusal em pacientes com leucemia tratados com L-asparaginas, hemorragia intracerebral e acidentes vasculares encefálicos em associação com terapias anti-VEGF e síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível (RPLS) em associação com inúmeros agentes quimioterápicos. Condições como meningite ascéptica e mielite transversa podem ocorrer na forma aguda com a administração intratecal de medicamentos quimioterápicos. Usualmente, é possível prevenir a incidência de meningite asséptica através da pré-medicação com corticosteroides.
A ocorrência de disfunção cognitiva é o resultado de métodos terapêuticos como radioterapia, quimioterapia ou do próprio tumor, sendo que incidência efetiva é desconhecida. 
Como em todos os procedimentos cirúrgicos a cirurgia do cérebro pode apresentar riscos e complicações potenciais, como: sangramento, infecção ou reações à anestesia. Uma das principais preocupações após a cirurgia é o inchaço no cérebro. Corticosteroides são normalmente administrados por vários dias após a cirurgia para ajudar a diminuir esse risco.
O tratamento fisioterapêutico consiste basicamente em corrigir as alterações posturais e de equilíbrio, manutenção da força muscular, evitar encurtamentos e prevenir complicações respiratórias. Estudos demonstram também um grande benefício dos exercícios em relação à fadiga apresentada por estes pacientes. Os objetivos da fisioterapia podem ser conseguidos através de exercícios ativos livres funcionais, exercícios de incentivo respiratório, atividades com bola terapêutica, hidrocinesioterapia e adequação de órteses.
No pós-operatório para ressecção de tumores cerebrais o paciente pode apresentar alguns déficits correspondentes a área da lesão, que podem ser tratados através da intervenção da fisioterapia com o uso de recursos para melhorar a força muscular, a amplitude de movimento e a propriocepção, além de atuar na reabilitação de pacientes no pré e pós-operatório tem como objetivo prevenir complicações musculoesqueléticas e cardiopulmonares, decorrentes da imobilidade no leito. Portanto são necessários novos estudos para melhor a divulgação dessa reabilitação, que envolve uma equipe multidisciplinar.

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