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Thaís Pires 2 CA Mama · Definição – é a proliferação maligna das células EPITELIAIS que margeiam os ductos e alvéolos, podendo surgir a partir de alterações genéticas (hereditárias ou adquiridas) que interferem ou no próprio crescimento celular ou na morte celular programada tumor. · Epidemiologia – excetuando o câncer de pele não melanoma, o CA mama é o segundo tipo de tumor maligno mais frequente no brasil, sendo o MAIS COMUM ENTRE AS MULHERES. Dos casos de câncer em mulheres, cerca de 25% são CA MAMA! A taxa de mortalidade apresenta uma curva ascendente, sendo considerada a PRIMEIRA CAUSA DE MORTE POR CÂNCER NA POPULAÇÃO FEMININA *11,28 óbitos/100.000 mulheres* · O CA de mama também acomete homens!! Do total de casos de CA de mama, cerca de 1% incide no sexo masculino! · Prevenção Primária – relaciona-se ao controle de FATORES DE RISCO CONHECIDOS e, embora aqueles hereditários e relacionados ao ciclo reprodutivo da mulher não sejam passíveis de mudança, algumas evidências mostram uma diminuição do risco de CA de mama a cada 12 meses de aleitamento materno e a multiparidade. Os fatores de risco passíveis de mudança, como obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, terapia de reposição hormonal podem ser CONTROLADOS para reduzir a incidência de CA mama estudos mostram que ALIMENTAÇÃO e ATIVIDADE FÍSICA podem prevenir 28% dos casos de CA! · Quimioprofilaxia – o uso de TAMOXIFENO e RALOXIFENO é contraindicado em MULHERES ASSINTOMÁTICAS COM RISCO BAIXO OU INTERMEDIÁRIO, uma vez que aumentam os riscos de eventos tromboembólicos, CA de endométrio ou AVE · Prevenção Secundária – inclui estratégias para a DETECÇÃO PRECOCE, uma vez que, quando detectado em estágios precoces, apresenta PROGNÓSTICO FAVORÁVEL · Diagnóstico Precoce – tem como estratégia a EDUCAÇÃO DA MULHER E DOS PROFISSIONAIS acerca dos sinais e sintomas do CA de mama · Nódulo Palpável · Endurecimento de Mama · Secreção Mamilar · Eritema Mamário · Edema em casca de laranja · Retração ou abaulamento · Inversão, descamação ou ulceração do mamilo · Linfonodos axilares palpáveis · Rastreamento – inclui a estratégia da MAMOGRAFIA, que tem o poder de detectar lesões não palpáveis, causando impacto na mortalidade por CA de mama · Estratégia Diagnóstica – inclui medidas para o diagnóstico precoce EXAME CLÍNICO (pacientes sintomáticas) + RASTREAMENTO (mamografia) · 1° Anamnese – Investigar ANTECEDENTES PESSOAIS (para o risco individual) e os ANTECEDENTES FAMILIARES (primeiro grau). Uma das principais queixas seria a PRESENÇA DE UM NÓDULO, que deve ser caracterizado. · Há quanto tempo existe o nódulo? · Aumento de tamanho com o tempo? · História de biopsia ou aspirações? · Dor associada? · Idade? · Características Malignas – crescimento insidioso, QSExterno, unilateral, consistência pétrea, firme, descarga papilar associada · Fatores de Risco · Sexo Feminino – 99% dos casos · Idade – Pode surgir em qualquer idade, sendo fator de risco acima dos 40 anos · Antecedentes Pessoais – história previa de CA de mama possuem risco de 50% · História Familiar – Parentes de 1° grau aumenta o risco em 2,5 vezes / Parentes de 2° e 3° aumenta em 1,5x · Antecedentes pessoais de outros tipos de CA e Linfoma de Hodgkin – endométrio, ovário ou cólon · Lesões Histológicas de Risco – aquelas doenças benignas com padrão proliferativo, principalmente as com padrão atípico · Cicatriz Radial ou Lesão Esclerosante Complexa – pode mimetizar um CA mama, tanto em histopatológicos como na mamografia · Menarca Precoce e Menopausa Tardia – quanto mais precoce a menarca (antes 11 anos) e tardia a menopausa (após 55 anos), maior a chance da doença · Nuliparidade e Primiparidade Idosa – primigesta após 30 anos · Uso de Anticoncepcionais Orais – efeitos importantes principalmente naquelas com mutações no BRCA · Terapia Hormonal – na síndrome climatéria, a associação de ESTROGÊNIOS CONJUGADOS e PROGESTERONA aumenta o risco de CA MAMA · Fatores Nutricionais – dietas ricas em gorduras · Bebidas Alcoólicas – ingestão diária · Agentes Químicos – uso de DDT em países · Radiação Ionizante · Fatores Geográficos – mais comum em países desenvolvidos e industrializados · Sedentarismo – fator de risco – a prática de atividades físicas é protetor · Genética – BRCA 1 braço longo do cromossomo 17, que codifica uma proteína que age como supressora tumoral / BRCA 2 braço longo do cromossomo 13 · Parentes diagnosticados como portadores de mutação BRCA 1 ou 2 · 2° Exame Físico – deve avaliar as MAMAS + LINFONODOS AXILARES + INFRA/SUPRACLAVICULARES · Apresentação Clássica dos Tumores – endurecido, limites imprecisos, forma variável, contornos irregulares e pouco móveis · Descarga Papilar – pode estar associada ao tumor, sendo UNIDUCTAL, ESPONTÂNEA, INTERMITENTE – conteúdo tipo “agua de rocha” ou sanguinolenta · Autoexame – realizado após 1 semana do término da menstruação na menacme – é capaz de identificar nódulos com mais de 1cm, i.e., na fase CLÍNICA / Estudos tem demonstrado riscos na pratica do autoexame, uma vez que há maior incidência de intervenções para afecções benignas o exame periódico é importante pois permite o conhecimento da anatomia própria, permitindo a detecção de variações rapidamente · 3° Investigação das Lesões Nodulares · Nódulos – são lesões que podem ser delimitadas em 3 DIMENSÕES (largura, comprimento e profundidade), sendo um achado assimétrico em relação às mamas adensamento são delimitados em 2 DIMENSÕES (largura e comprimento) · Há quanto tempo existe o nódulo? · Aumento de tamanho com o tempo? · História de biopsia ou aspirações? · Dor associada? · Idade? · Características Malignas – crescimento insidioso, QSExterno, unilateral, consistência pétrea, firme, descarga papilar associada · Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) – primeiro passo para a avaliação dos nódulos, pois diferencia LESÕES CÍSTICAS X LESÕES SÓLIDAS, havendo sensibilidade e especificidade maior de 90% / Cerca de 10% das PAAF são FALSO-NEGATIVAS, por não alcançar o interior do tumor então, exames NEGATIVOS de alta suspeição não devem ser descartados, mas sim devem seguir para a CONFIRMAÇÃO HISTOPATOLÓGICA · O diagnóstico de tumor sólido por PAAF se dá pela FALHA EM ASPIRAR o líquido, mas, de qualquer forma, deve ser encaminhado para a AVALIAÇÃO CTOLÓGICA · USG – método para diferenciar NÓDULO SÓLIDO X CÍSTICO. É um exame que permite avaliar com definição as mamas densas jovens!! Indicado principalmente para GESTANTES, LACTENTES e JOVENS! Achados sugestivos de malignidade: · Margens Irregulares · Hipoecogenicidade · Textura Heterogênea · Diâmetro craniocaudal maior que o laterolateral · Sombra Acústica Posterior · Mamografia – principal método de RASTREIO do ca mama, capaz de achar nódulos não palpáveis. Achados Sugestivos de malignidade: · Nódulos Espiculados · Limites mal definidos · Distorção do parênquima adjacente · Microcalcificações pleomórficas agrupadas · 4° Investigação Histopatológica – o diagnóstico final é feito com o achado histopatológico!!! A BIOPSIA CIRÚRGICA é considerada o padrão-ouro. A escolha do método da biopsia vai depender da CLASSIFICAÇÃO RADIOLÓGICA, TIPO, LOCALIZAÇÃO LESÃO, TAMANHO MAMA
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