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1 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO – PIPA II SÃO PAULO 2017 2 BEATRIZ B. CAVALCANTE RA: N139GF0 BEATRIZ CHRISTINA S. MATIAS RA: D31268-5 IARA CORREIA E SILVA RA: D421328 LUANA NASCIMENTO OLIVA RA: N171DD3 RAQUEL MARIA B. DA CRUZ RA: D323806 ADMINISTRAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES E A DIMENSÃO SOCIAL DO CONSUMO – Um estudo sobre a aplicação de conceitos da escola clássica de administração na empresa Kopenhagen, de pequeno porte (de acordo com os critérios do BNDES) Atividades Práticas Supervisionadas – APS- PIPA II – trabalho apresentado como exigência para a avaliação do 2º semestre, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista sob orientação de professores do semestre. SÃO PAULO 2017 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................4 2.1. REVISÃO CONCEITUAL.........................................................................5 2.2. ESTUDO DE CASO................................................................................13 2.2.1 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO ..................................................................................................................13 2.2.2 DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS NA ORGANIZAÇÃO.......................................................................................16 2.2.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS.....................................................................................................18 2.3. ANALISE DE DADOS..............................................................................20 2.4. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS............................................................21 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................22 REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................23 ANEXOS.........................................................................................................24 CARÔMETRO................................................................................................26 4 INTRODUÇÃO A APS (Atividades Práticas Supervisionadas) tem como objetivo geral propiciar aos alunos uma fundamentação prática dos conceitos teóricos explorados na disciplina de evolução do pensamento administrativo de uma determinada empresa (geralmente de pequeno ou médio porte). O grupo irá realizar uma análise e diagnóstico operacional de uma empresa de grande porte no ramo alimentício (chocolate), Kopenhagen em busca de promover uma visão integrada das disciplinas, desenvolver o trabalho em equipe, inserindo- os nas práticas administrativas da empresa. Este programa abrangerá a disciplina de Evolução do pensamento administrativo. Os objetivos dessa APS são: contribuir para a compreensão de que as organizações, enquanto sistemas dinâmicos necessitam da aplicação de conceitos adequados, advindos da evolução administrativa, para que sua sobrevivência seja garantida. 5 1 REVISÃO CONCEITUAL O que é uma organização Antes de tudo definição de ORGANIZAÇÃO: ORGANIZAÇÃO, como função administrativa, derivada do verbo ORGANIZAR, é a responsabilidade gerencial, que pertence ao Processo Administrativo definido por Henri Fayol, e tem como objetivo preparar a empresa para realizar a tarefa para a qual foi criada. A seguir, algumas definições de organização estabelecidas por trabalhos e por estudiosos: “ORGANIZAÇÃO: Companhia, corporação, firma, órgão, instituição ou empresa, ou uma unidade destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com outra forma estatutária, que tem funções e estruturas administrativas próprias e autônomas, no setor público ou privado, com ou sem finalidade de lucro, de porte pequeno, médio ou grande. ” (PPQG/ IPEG, 2007) “Unidade social, conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente contínua para atingir um objetivo comum”. (ROBBINS, 2005) “Organizações são entidades sociais que são dirigidas por metas, são desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturados e coordenados e são ligadas ao ambiente externo”. (DAFT, 2002) “Uma organização é uma combinação intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objetivo”. (HAMPTON, 1992) Para STONER e FREEMAN (1985; 4), organização é definida como “duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto de objetivos. Em todas essas definições encontramos os seguintes elementos comuns: o envolvimento de pessoas (QUEM), a existência de algum processo de trabalho (COMO), e a definição de um propósito (O QUE), definidor de tudo o que deve ser executado. O que é organizar O termo pode ser, e quase sempre é, empregado de diferentes maneiras. Pode se referir, por exemplo, simplesmente ao processo que os gerentes executam para alcançar os objetivos da empresa. Pode também fazer referência a um conjunto de conhecimentos; nesse sentido, administração é um conjunto de 6 informações acumuladas que fornece noções de como administrar. O termo administração pode também se referir às pessoas que lideram e dirigem empresas ou a uma carreira dedicada à tarefa de liderar e dirigir empresas. A compreensão das diversas utilizações e definições do termo o ajudará a evitar problemas de comunicação durante discussões acerca de termos relacionados à administração. Administração é o processo que permite alcançar as metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e outros recursos da empresa. Uma comparação entre essa definição e as definições fornecidas por vários pensadores contemporâneos sobre administração mostra que existe um alto grau de concorrência e que a administração possui as três principais características relacionadas a seguir: 1. É um processo ou uma série de atividades contínuas e relacionadas. 2. Implica alcançar os objetivos da empresa e se concentra nisso. 3. “Alcança esses objetivos fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e outros recursos da empresa.” Embora com possíveis variações entre as visões dos autores sobre a administração, pode ser citado: “Os princípios da administração são universais, isto é, aplicam-se a todos os tipos de empresas (negócios, igrejas, associações, equipes de atletas, hospitais e assim por diante) e níveis organizacionais. Naturalmente, as funções dos gerentes variam um pouco de uma empresa para outra, porque cada tipo de organização requer o emprego de conhecimentos especializados, possui em um ambiente político de trabalho único e utiliza diferentes tecnologias. Entretanto, há semelhanças de funções em diferentes empresas, porque as atividades básicas da gerência – planejamento, organização, influência e controle – são comuns a todas as organizações.” Como se realiza o processo de Administração Realizar o processo administrativo e administrar são sinônimos, pois é isso que o administrador deve fazer, em essência. Existem diferentes verbos, utilizados por autores diversos, que representam esses componentes do processo administrativo. Por exemplo, CHIAVENATO (2003), GRIFFIN (2007) e HAMPTON (1992), entre outros, consideram o processo administrativo como sendo composto pelas seguintes funções: planejar, organizar, dirigir e controlar. 7 Outra forma de definir o processo administrativo é através dos substantivos (e não dos verbos):“é a interação das funções planejamento, organização, direção e controle. ” Para STONER e FREEMAN (1985), administrar é o “processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar seus objetivos estabelecidos. ” Dessa maneira, substituem o verbo dirigir por liderar, conforme se pode ver no gráfico a seguir. Todas as funções mantêm relações mútuas com todas as outras, de forma que, qualquer ação de uma delas afeta as demais. A Escola Clássica da Administração: Administração Cientifica Em seu livro SOBRAL e PECI (2013, p.53) assim definem a Escola Clássica de Administração: “conjunto de contribuições teóricas que buscaram identificar princípios racionais e universais de gestão que tornariam a organização mais eficiente”. Realmente, o objetivo central dessa Escola Clássica de administração pode ser dividido em três grandes correntes: 1- O movimento da administração cientifica 2- A Gestão Administrativa 3- A Teoria da burocracia A contextualização para a Escola clássica se dá: 1 - Pela entrada do capitalismo na fase monopolista: concentração técnica e financeira que necessitava de um padrão tecnológico para desenvolver e novas formas de gestão de trabalho. Monopólio é a "situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detém a totalidade do mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializavam esse produto”. A indústria monopolista exigiu uma nova maneira de administrar com eficiência a forma de trabalho. 2 - Pelas concepções e orientações acerca da natureza, indivíduo e economia: uma visão mecanicista empirista da natureza que caracterizava o estágio de desenvolvimento das ciências naturais e físicas. 8 O mecanicismo entende que existem relações claras de causa e efeito que levariam uma organização a funcionar como uma máquina, de forma previsível e constante. O empirismo por sua vez, é um movimento que acredita na experiência e observação do mundo como únicas (ou principais) formadores de ideias discordando, portanto, da noção de ideias inatas. Ainda há a influência das filosofias individualista e liberal, imperantes nessa época. Individualismo e a crença de que é o indivíduo que move sua existência, devendo prevalecer sobre a sociedade e o estado. Liberalismo é um sistema político-econômico baseado na defesa da liberdade individual, nos campos econômico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do poder estatal. Além de outros pensadores, Max Weber demonstra a influência da ética protestante, de influência individualista, sobre a consolidação do capitalismo. Há ainda a concepção do Homo Economicus que é uma crença compartilhada pelos autores da escola clássica de administração de que o ser humano é um ser egoísta e racional, orientado exclusivamente por motivações econômicas. A Escola Clássica: A Gestão Administrativa Para SOBRAL e PECI (2013, p.59) a Gestão Administrativa foi uma escola de pensamento administrativo que conceituou a administração como um processo de cinco funções e que buscou identificar os princípios gerais de uma administração eficiente. A diferença fundamental existente entre essa escola e o movimento da administração científica reside no foco: a administração científica preocupou-se com atarefa do operário, chão de fábrica, enquanto a gestão administrativa tratou de princípios gerais da administração, ou seja, focou a tarefa da empresa inteira. Seu principal representante foi o engenheiro Henri Fayol (1841-1925), que resume em seu livro “Administração industrial e geral”, que divide as operações empresariais em seis grupos inter-relacionados: 1 - Operações técnicas: produção, fabricação e transformação de produtos; 9 2- Operações comerciais: compra, venda permutas de matérias primas e de produtos; 3- Financeiras: procura e gerência de capitais; 4- Operações de segurança: segurança e proteção da propriedade e das pessoas; 5 - Operações de contabilidade: inventários, registros, balanços, custos, estatísticas etc; 6 - Operações de administração: previsão, organização, comando, coordenação e controle; Explica cada um dos componentes das operações de administração da seguinte maneira: - prever: é traçar um plano de ação que permita à organização atingir seus objetivos - Organizar: é estruturar o duplo organismo material e social, da empresa; - Comandar: é dirigir o pessoal na direção dos objetivos; - Coordenar: é ligar, unir e harmonizar todo o fluxo de recursos e atividades; - Controlar: é garantir que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas. Foi definido o processo de organizar, vimos que lá foram apresentadas quatro funções: planejar, organizar, dirigir e controlar. Tais funções são a visão moderna das cinco operações da administração definidas por Fayol e são desempenhadas por todos os níveis hierárquicos da organização. Assim, - prever virou planejar; - organizar continua como organizar; - comandar virou dirigir, incorporando o coordenar; - controlar continua a controlar. Além disso, conforme SOBRAL e PECI (2013, p.60), Fayol elaborou 14 princípios de administração sem os quais não seria possível administrar. Tais princípios, que continuam valendo até hoje: 1 - Divisão do Trabalho 2 - Autoridade e Responsabilidade 10 3 - Disciplina 4 - Unidade de Comando 5 - Unidade de direção 6 - Subordinação do interesse individual ao geral 7 - Remuneração pessoal 8 - Centralização 9 – Hierarquia 10 - Ordem 11 - Equidade 12 - Estabilidade de pessoal 13 - Iniciativa 14 - Espírito de equipe As áreas funcionais da Administração As organizações são sistemas, que fazem parte de um sistema maior que pode ser chamado, por exemplo, de mercado, de sociedade ou outro nome, em função de quem o esteja estudando. Para cumprir seus próprios objetivos dentro desse “mercado”, qualquer organização deve contar com pessoas (=colaboradores), que realizam tarefas (=desempenham cargos), as quais contribuem para alcance desses objetivos organizacionais. As tarefas de uma organização são bastante diversas e a execução de todas elas deve contribuir para o atingimento do objetivo geral dessa organização. Porém, as tarefas que tenham semelhanças, que tenham tanto alguma finalidade comum como relações entre si podem compor um grupo particular de atividades, formando um conjunto maior e que identifica uma “área funcional”, que fica sendo a área “especializada” nessas atividades. Uma organização pode ter vários desses conjuntos. Assim, uma organização é um conjunto de áreas funcionais. Uma área funcional, então é um “pedaço” da organização que se especializa em determinado tipo ou grupo de tarefas. Portanto, dentro de uma organização, numa determinada área funcional encontramos pessoa desempenhando tarefas afins. 11 Com essas tarefas próprias, cada área funcional terá que atingir seus próprios objetivos e a soma de todos esses objetivos de cada área funcional deve culminar no atingimento do objetivo geral de toda a organização. Como uma organização existe para produzir algum produto (um bem, um serviço ou um mix dos dois), que a caracteriza e que a diferencia de outras organizações. Todas as organizações existem para isso e, embora esses produtos de cada organização possam até ser os mesmos num dado mercado, cada organização é particular, é própria é personalizada. Apesar dessa singularidade sempre encontraremos em qualquer organização uma área funcional responsável por seus produtos. Essa área é a chamada “área fim”, “finalística” de “produção” é responsável pela produção do produto final que a razão da existência dessa organização. Porém, para poder cumprir seu próprio objetivo, essa áreafinalística precisa de ajuda de outras áreas funcionais que, embora não produzindo o produto final, garantem a ela o atingimento de seus próprios objetivos. Essas outras áreas funcionais são caracterizadas como “áreas meio” ou “áreas de apoio”. Poderíamos dizer, então, que qualquer organização é o conjunto formado por suas áreas, finalísticas e de apoio. Esse fato ocorre em qualquer tipo de organização: todas elas acabam criando e agrupando um conjunto de suas áreas funcionais, de forma personalizada. Cada organização compõe esse conjunto de áreas de acordo com seus objetivos, com suas necessidades, com suas estratégias e, também, com aquilo que lhe influencia o meio ambiente. De acordo com SOBRAL e PECI (2013, p.12-13), as principais áreas funcionais que existem em geral em todas as organizações são as seguintes: 1- Área de Produção e Operações: Responsável pelas atividades envolvidas na produção de bens e prestação de serviços da organização. Essa área envolve: o planejamento do produto, as instalações, o processo produtivo, a organização do trabalho, o planejamento da produção, a administração de estoques, o controle do desempenho e as compras. 2- Área de Marketing e Comercial: Responde pela captação e a manutenção de clientes, priorizando a satisfação dos mesmos, por meio da 12 pesquisa de mercado, pelo desenvolvimento do produto, pela determinação e gestão do preço do produto, pela distribuição do produto, pela comunicação com o público alvo da organização e, pelas vendas. 3- Área Financeira: Responsável pela gestão dos recursos financeiros, compreendendo: a de informações (contabilidade) análise e controle do desempenho da organização relacionado com rentabilidade, equilíbrio e risco, investimentos, políticas de financiamento e distribuição de dividendos. 4- Área de Recursos Humanos: Cuida dos processos formais da gestão das pessoas da organização na busca de uma sintonia entre a organização e suas pessoas. Implementa políticas e procedimentos relativos a essa relação, planejamento de RH, recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, remuneração e recompensas e, melhoria das condições de trabalho. Portanto, cada uma dessas áreas típicas tem seus próprios objetivos que tem que ser alcançadas. Quando isso acontece, esses resultados de cada área funcional somados aos das outras áreas funcionais devem levar ao resultado global da organização, que devem ser aqueles esperados para que ela cumpra seus objetivos gerais. 13 2 ESTUDO DE CASO 2.2 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO A marca Kopenhagen foi fundada em 1925 com a chegada ao Brasil do casal de imigrantes Anna e David Kopenhagen, que vieram da Letônia. Anna trouxe de lá a receita do marzipan (feito da mistura da amêndoa amargas e açúcar), até então desconhecida no Brasil. A partir de 1928, Anna passava as noites fabricando as bolinhas de marzipan para que David pudesse sair bem cedo em busca de clientes. No início, os compradores eram funcionários e clientes de bancos europeus. Com muita perseverança, David conquistou clientes para o produto e, em 1929, o casal inaugurou a primeira loja, localizada na Rua Miguel Couto, no centro de São Paulo. Atualmente a Kopenhagen pertence ao grupo CRM e está presente em mais de 60 cidades, localizadas em quase todos os estados do país, com uma rede de 330 lojas franqueadas e 54 próprias, a Kopenhagen classifica se como porte grande, além de ter presença no mercado internacional, através da exportação de produtos para os Estados Unidos e México. São mais de 10 milhões clientes atendidos com ética e respeito todos os anos. São mais de 300 itens diferentes em sua linha de produto, sinônimos de tradição, sabor e qualidade em chocolates e confeitos finos. Escolhemos uma loja em especial, que pertence a uma das 54 lojas próprias. Fica localizada na Rua Oscar Freire, 900 - Jardim Paulista, SP. Foi inaugurada no dia 13 de setembro de 2013. A loja é considerada uma flagship, pois possui produtos que não tem em outras Kopenhagen, por isso a loja é privada. De acordo com os critérios do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) a empresa se enquadra na classificação de pequena empresa, pois possui uma receita operacional bruta anual de R$ 3.500.000,00. Na pascoa e no natal é a época que a empresa mais fatura. Sua força de trabalho é composta por: um gerente, um vendedor master, cinco vendedores, dois auxiliares de serviços gerais. Quatro pessoas já concluíram o ensino médio, três já concluíram o ensino superior, uma está cursando e uma não concluiu o ensino fundamental. A Kopenhagen é uma das mais tradicionais marcas de chocolates do Brasil, e trabalha com uma variedade de produtos de primeira linha, destacando 14 seus produtos como chocolates sofisticados, voltados para um público extremamente exigente. Para garantir e manter qualidade do produto final a empresa adota como parâmetro padrões internacionais de fabricação, que garantem que a Kopenhagen não seja apenas mais uma loja de doces no mercado, mas uma grife de chocolates que estimula um paladar mais requintado. O chocolate ao leite da marca é constituído por pasta ou licor de cacau, manteiga de cacau, açúcar, leite em pó integral, vanilina (aroma artificial de baunilha). Não utiliza gordura vegetal hidrogenada no chocolate puro. Portanto, o chocolate terá uma quantidade maior de gordura trans em relação aos demais disponíveis no mercado. Além do chocolate da marca ser de um sabor e qualidade inigualável ainda é mais saudável. A manteiga de cacau, é o ingrediente mais caro da receita, mas vale a pena. O sabor é completamente diferente pois ela é responsável pela dureza, temperatura ambiente, rápida e completa fusão na boca, brilho e lustro. O licor de cacau, que é o chocolate em sua forma pura, é procedente do Brasil e da África. É feito um blend dos materiais diferentes para alcançar o padrão. Também tem a cereja, que ela é importada do Chile, já em conserva. Como são cerejas naturais, algumas podem conter caroço – por isso contém um aviso na fita do bombom. Embora a produção seja grande muita coisa ainda é feita artesanalmente. Um dos grandes sucessos de venda da Kopenhagen é a Nhá Benta (uma primorosa receita de marshmallow sobre um biscoito waffer, sendo tudo coberto por uma camada de chocolate ao leite) surgiu em 1950 com o nome Pão de Açúcar, por causa do formato. Em 1952, passou a ser chamada de Sinhá Moça, e, em 1954, recebeu o nome de Nhá Benta. É uma criação de um austríaco chamado Höffer, que na época era o responsável pelas montagens do marzipan. Era tudo feito à mão, um por um, sobre papel-manteiga. Na hora de soltar não se aproveitavam todos. Foi aí que entrou o waffer, para fazer a base. Estava pronta a receita de um clássico. O seu prestígio vem da combinação do verdadeiro marshmallow apoiado em um waffer crocante e recoberto por uma deliciosa camada de chocolate – tudo produzido pela Kopenhagen. Não foi por acaso que o produto se tornou o maior ícone da marca. Nos últimos dez anos, a linha ganhou quatro novos sabores: morango, maracujá, chocolate e coco, mas atualmente só existem dois sabores na linha de produção que foram considerados os favoritos, que são: tradicional e maracujá. 15 A Kopenhagen não tem concorrente no Brasil. É única no segmento de chocolates finos. Os executivos da empresa costumam dizer que os concorrentes são lojas de presentes, como flores, joias e roupas. Além de chocolate, a marca vende desejo, glamour e sofisticação. Ótimos presentes para o ano todo. 16 2.2 DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE PRÁTICAS NA ORGANIZAÇÃO 2.2.1 Descrição de como a organização estrutura se em termos de níveis organizacionais e áreas funcionais O organogramada loja matriz Kopenhagen Oscar Freire, é composto por (anexo 1): Presidente, Vice-presidente, Diretores, Gerentes, Supervisora de loja, Consultor de loja, Gerente de loja, vendedor master, vendedores e auxiliares de serviços gerais. (Financeiro, comercial, marketing e RH). Presidente: a pessoa que possui maior responsabilidade, pois a decisão final é dele Vice-presidente: é responsável por todas as decisões financeiras gerenciais e administrativas na ausência do presidente. Diretor financeiro: responsável por gerenciar os departamentos contábeis e financeiros, desenvolvendo normas internas processos e procedimentos. Diretor comercial: Define estratégia da empresa, supervisiona a administração de vendas coordenando estratégias e acompanhando o mercado. Diretor de marketing: conduza os projetos de lançamento e relançamentos dos produtos. Diretor de RH: Responsabilidade final por todas as pessoas que exercem atividades dentro de uma empresa tanto operacional como estratégia. Gerente financeiro: responsável pela formação do preço de venda, auditoria, controle das contas a pagar, controle das aplicações financeiras e saldos bancários. Gerente de operações: responsável por gerenciar todos os recursos pela função e produção da organização. Gerente de marketing: Elabora estratégias aumentando a venda de 17 produtos, realiza pesquisa de mercado e elabora projetos atingindo o público- alvo. Gerente de Rh: planeja e desenvolve estratégias de recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento. Supervisora de loja: supervisiona a equipe, acompanha rotina de venda, identifica necessidades da loja e participa do planejamento de Promoção e propaganda. Consultor de loja: visita as lojas responsável pela contratação do gerente da loja, por treinamento dos vendedores, e estabelece as metas para a loja. Gerente da loja: Responsável pela abertura da loja, organização da loja e mercadorias, compra de produtos, acompanha fechamento de caixa, faturamentos, e criação da escala de folga dos funcionários. Vendedor master: Do suporte aos vendedores e auxiliares de serviços gerais na ausência do gerente de loja. Vendedores: atendimento ao cliente, vendas, organização da loja, operação de caixa e preparo das bebidas da cafeteria. Auxiliar de serviços gerais: Responsável pela limpeza da loja, estoque, e recebimento de mercadorias. 18 2.2.2 Descrição de como a organização racionaliza o trabalho de seu processo produtivo A empresa Kopenhagen, marca do Grupo CRM, atua na fabricação dos chocolates com a sua fábrica localizada na cidade de Extrema, Minas Gerais e também na venda destes produtos em suas lojas varejistas contando com lojas próprias e franquias. Com relação ao processo produtivo na fábrica segue-se o conceito da racionalização - também utilizado por Henry Ford -, já que as confecções dos diferentes tipos de chocolates são feitas por colaboradores específicos para que o sabor sempre seja o mesmo, e assim aja o aperfeiçoamento na produtividade, exemplificando, o famoso chocolate Cherry que tem o seu processo feito até hoje artesanalmente. Já as unidades varejistas, em foco as próprias, os processos não se diferem em seu núcleo, sendo racionalizado as funções como: confecção dos cafés por parte da cafeteria, atendimento de clientes, finalização da venda em frente ao caixa, atividades estas dos vendedores, porém não é delegada a um ser em específico, pois há necessidade de conhecimento por parte de todos já que a escala adotada é 6x1. Toda a pirâmide empresarial necessita de uma divisão de deveres para que não haja custos desnecessários pela falta de pesquisa apropriada como também, erros simples cometidos pela grande quantidade de afazeres, desta forma, tendo um foco específico torna o processo e aperfeiçoamento profissional mais proveitoso por parte da empresa e trabalho menos dependente de um único funcionário, mas sim de um todo. 19 2.2.3 Identificação de desafios da administração em relação à implantação das áreas funcionais As organizações são divididas normalmente em áreas funcionais, essas áreas representam atividades ou tarefas especializadas por departamentos ou unidades da organização. E nelas encontram- se alguns desafios. Desafios do Rh: Fazer as pessoas trabalharem satisfeitas, para que elas sejam cada vez mais produtivas e comprometidas com trabalho. Desenvolver boa comunicação e desenvolver estratégias para minimizar conflitos também são desafios que o Rh encontra. Financeiro: Manter finanças em equilíbrio, prevenir situações futuras para que não prejudique os cofres da empresa e manter se atualizado no mercado. Área comercial: falta de capacitação de vendedores, falta de políticas comerciais, funcionários não motivados, falta política de remuneração adequada, faltam ferramentas de gestão de vendas e acompanhamento das oportunidades, falta de uma rotina definida dos vendedores e, principalmente, falta de processos bem definidos. Marketing: Descobrir e entender necessidades dos consumidores, aumentar a visibilidade da marca e se destacar com as ideias em relação a concorrência. 20 2.3 ANÁLISE DE DADOS Com base nos dados, coletados pelo grupo, da empresa Kopenhagen a estrutura dos dados são: • Organograma; • Processo de Fabricação e seus Desafios; • Desafios das áreas da empresa. Observou se que as teorias administrativas clássicas e científicas são bem abordadas e aplicadas na elaboração do organograma e no processo de fabricação. Em relação aos desafios da empresa tem ligação com o foco da teoria do Desenvolvimento organizacional, uma vez que visa sempre a melhoria da empresa através das mudanças necessárias encontradas após cada desafio ultrapassado. 21 2.4 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Ao analisar os dados anteriores presentes neste trabalho e com ajuda de uma lojista da Kopenhagen chegou se aos seguintes pontos fortes e fracos a melhorar: Pontos Fortes • Tradição – quase um século no mercado; • Variedade de produtos, incluindo linhas especiais; • PDVs bem posicionados; (Mais de 300 lojas bem localizadas) • Produtos de qualidade, sem gordura vegetal ou hidrogenada e sem conservantes artificiais; • Embalagens bem elaboradas. (Identificando as como presente) Pontos Fracos • Imagem envelhecida. • Percepção de valor. (Valores acessíveis apenas a classe A) Por meio destes pontos fracos e informações adicionais obtidas temos como melhoria a criação de uma loja com preços mais acessíveis a classes menores. Entretanto a Kopenhagen já criou esta loja que é a Brasil Cacau, ou seja, a Brasil Cacau é administrada pela Kopenhagen e seus produtos são fabricados na mesma fábrica. Também foi criada para concorrer com a Cacau Show que está acessível a classes menores. 22 CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho elaborado sobre a empresa Kopenhagen trouxe ao grupo a possibilidade de maior fixação do conteúdo abordado em sala de aula. Nos mostrou na prática como é a divisão de tarefas de Taylor na Teoria Cientifica, também a importância da hierarquia da empresa, ou seja, os papeis que cada colaborador exerce dentro da organização que são temas da Teoria Clássica e do Estruturalismo. A empresa Kopenhagen é um grande exemplo de empresa que se supera, uma empresa tradicional e clássica no que se diz respeito ao tempo em que ela está presente no mercado. A cada década que se passa ela não deixa de se modificar e evoluir em seus métodos de marketing, sem perder o tradicional sabor de seus produtos e a qualidade mesmo em suas franquias. Com tudo observou se que de todas as teorias administrativas pelo menos uma parte delasas empresas aplicam em seu cotidiano, umas estão enraizadas na construção de todas as empresas existentes. A administração é fundamental para se construir uma organização bem-sucedida. 23 REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BNDES. Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social: http://www.bndes.gov.br. Acesso em 15/11/2017. CHIAVENATO, Idalberto. INTRODUÇÃO Á TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO. 7ª ED - ED. CAMPUS. SÃO PAULO 2004. SILVA, Reinaldo O. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO. – ED. PERSON EDUCATION DO BRASIL. SÃO PAULO 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: Uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro 2003. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Da escola científica à Competitividade na economia globalizada. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2000; TAYLOR, F. W. Princípios de administração científica. São Paulo: Atlas, p. 14, 1948; ALBRECHT, Karl. Revolução nos serviços. São Paulo: Pioneira, 1992. 24 ANEXOS Anexo 1 - Organograma 25 Anexo 2 – Declaração de presença 26 FORMULÁRIO DE COMPOSIÇÃO DA EQUIPE APS – PIPA II - CURSO: Ciências Contábeis DATA: 27/11/2017 Nome da organização/ empresa: Kopenhagen Área de atuação: Comércio alimentício Endereço: Rua Oscar Freire, 900 - Jardim Paulista, São Paulo - SP, CEP: 01415-000 Telefone: (11) 3061-9086 Nome do contato na empresa/organização: Raquel Maria Bento Da Cruz Cargo: Vendedora Turma: CT2A22 Classe: Sala 57 Representante grupo: Beatriz Christina Telefone: 95963-3372 Email: beatriz_christina@hotmail.com Identificação dos Integrantes das Equipes Foto Nome: LUANA NASCIMENTO OLIVA Endereço: Rua Elísio de Carvalho, 141 – Butantã, SP. CEP: 05362-070 RA: N171DD-3 Telefone: (11) 95970-2013 E-mail: luaaoliva13@gmail.com Nome: BEATRIZ BACELAR CAVALCANTE Endereço: 1.1.1 Estrada da Granja, 25 – Chácara Santa Cecilia – Itapevi. CEP: 06655- 570 RA: N139GF-0 Telefone: (11) 94767-6044 E-mail: biacavalcan@gmail.com Nome: BEATRIZ CHRISTINA DE SÁ MATIAS Endereço: Rua Alberto José, 450 ap 23 Bl 2 - Jardim Salete - Taboão da Serra 06787 – 370 RA: D31268-5 Telefone: (11) 95963-3372 E-mail: beatriz_christina@hotmail.com Nome: IARA CORREIA E SILVA Endereço: Viela São Jorge, 19 – Jardim Novo Horizonte, Jandira. CEP: 06604-075 RA: D42132-8 Telefone: (11) 98976-5681 E-mail: iara.correia@hotmail.com Nome: RAQUEL MARIA BENTO DA CRUZ Endereço: Rua Marechal Silva Fonseca, 106 – Jardim Três Marias, SP. CEP: 03676-030 RA: D32380-6 Telefone: (11) 99325-9317 E-mail: ra_quel1303@hotmail.com 27
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