Buscar

instrumentalidade em serviço social

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino Presencial Conectado
 BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
CELICE ANDRADA COSTA DA SILVA
jaqueline cardoso reis
ELIENE SARMENTO PINHEIRO
 TRABALHO INFANTIL: MECANISMOS DE DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
zParintins-AM
2019
CELICE ANDRADA COSTA DA SILVA
jaqueline cardoso reis
ELIENE SARMENTO PINHEIRO
TRABALHO INFANTIL: MECANISMOS DE DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
Trabalho apresentado como Portfólio incluindo os conteúdos de todas as disciplinas do 5º e 6º Semestre da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. Orientadores: Amanda Boza, Ana Carolina Tavares, Maria Ângela, Nelma dos Santos, Paulo Sergio e Valquíria Aparecida. 
 
 
Parintins-AM
2019
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	5
3.	CONCLUSÃO	10
4.	REFERENCIAS	11
1. INTRODUÇÃO
	O trabalho infantil é uma realidade de milhões de crianças em todo o mundo. No Brasil a realidade não poderia ser diferente, em um país onde a pobreza e a desigualdade estão presentes no cotidiano da maioria da população. 
	A criança em toda sua formação sofre influências internas e externas que promovem transformações e descobertas responsáveis por seu desenvolvimento e autonomia. São os primeiros passos rumo ao entendimento do mundo. Tudo isto parece fácil, mas decorre de processos reflexivos, conexões internas e externas e interação de forma dialógica com o mundo no qual está inserida, ampliando, assim, suas potencialidades.
 No Brasil qualquer trabalho exercido por criança e adolescente com menos de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, é proibido por lei.
Os programas de aprendizagem de adolescentes a partir dos 14 anos, devem atender a condições específicas de forma a não prejudicar o cotidiano e vida escolar do jovem, qualquer outa condição que não esteja dentro das regras de aprendiz é considerado crime previsto em lei. 
Por fim, objetiva-se expor três mecanismos de combate ao trabalho infantil, levando em consideração que este problema ainda é presente no Brasil por diversos motivos. Sabe-se que existem outros diversos mecanismos de defesa porém, para delimitar a pesquisa entraremos em detalhes apenas nestes três. Então o Serviço Social por ser uma profissão comprometida com a garantia dos direitos humanos, principalmente dos segmentos sociais mais frágeis e vulneráveis a violação dos mesmos, como as crianças e adolescentes, tem como objetivo produzir trabalhos acadêmicos sobre esta temática. 
2. DESENVOLVIMENTO
	2.1 Trabalho Infantil
	O trabalho infantil pode ser definido como o que é feito por crianças e adolescentes que estão abaixo da idade mínima para a entrada no mercado de trabalho, segundo a legislação em vigor no país. No entanto, é preciso refinar essa definição, considerando aspectos de tradições culturais em diferentes lugares do mundo. Algumas sociedades não mantêm registros escritos de sua história, técnicas ou ritos.
	O trabalho pode ser compreendido como uma “atividade consciente e voluntária, pela qual o homem exterioriza no mundo para fins destinados a modificá-lo, de maneira a produzir valores ou bens social ou individualmente úteis e satisfazer assim suas necessidades” (Russ, 1994, p.297). 
	O trabalho infantil acompanha a própria evolução humana e o surgimento do Trabalho enquanto atividade humana, pois o infante está sempre ligado ao labor dos pais, seja como auxiliar na coleta de alimentos para subsistência, no auxílio a atividades domésticas, ou até mesmo no desempenho de atividades profissionais. Nesta seara, temos o exercício do labor como uma complementação e auxílio, fazendo parte da própria história familiar, como parte de sua própria educação doméstica, não se tem aqui o condão ainda de exploração econômica.
	Na própria cadeia evolutiva da civilização humana, veladamente, há a inserção de infantes em atividades subalternas, de apoio, neste campo podemos citar os ajudantes domésticos existentes no Egito e Grécia antiga, onde crianças serviam como “companhia” aos filhos dos imperadores e dos de classe privilegiada, tudo em troca da sobrevivência, eis que viventes numa época onde a escravidão e a serventia dominavam a sociedade.
	Na evolução da indústria, os menores de idade inserem-se na indústria muitas vezes acompanhando seus pais, nas companhias de ofício como ajudantes e aprendizes, este servindo de base até os dias de hoje como uma excepcionalidade a proibição do trabalho de menores de idade. A utilização de infantes e adolescentes na execução de tarefas laborativas, ainda hoje é persistente em países subdesenvolvidos, em desenvolvimento e desenvolvidos.
	Nesse sentido, o trabalho completa o indivíduo e contribui para seu desenvolvimento enquanto ser humano. Mas o modo como uma determinada sociedade se organiza para o trabalho e o tipo de relações que se estabelecem na produção podem levar à desumanização e à alienação. Há trabalhos que embrutecem e deformam, além de não proporcionar condições para escapar da situação de penúria e privação na vida pessoal, familiar e social. 
	2.2 Estatuto da Criança e do Adolescente. 
O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, é uma lei para assegurar, a toda criança e adolescente, o direito básico de viver – desenvolver-se sadiamente, educar-se e receber proteção. Ao contrário da maioria das nossas leis, estabelecidas a partir “de cima”, o ECA resultou de uma longa mobilização dos setores sociais comprometidos com a mudança, tanto na maneira de ver a criança e o adolescente quanto no atendimento a lhes ser dedicado. Esses setores se organizaram e conseguiram que fosse incorporada na nossa Constituição de 1988 dois artigos especificamente referidos aos direitos da infância e juventude. Dois anos depois, foi promulgado o Estatuto, regulamentando esses direitos. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece conselhos de direitos, configurados como instrumentos de discussão, formulação e deliberação da política social para criança e adolescente, numa corresponsabilidade dos poderes públicos e da sociedade civil para cumprir suas normativas. 
O principal aspecto do ECA é especificar os direitos da criança e do adolescente à vida e saúde, à liberdade, respeito e dignidade, à educação, cultura, esporte e lazer, e à profissionalização e proteção no trabalho. Além disso, explicita a condenação legal contra toda e qualquer forma de ameaça ou violação dos direitos, seja por violência, exploração, discriminação ou negligência, responsabilizando o poder público de garantir essa proteção. O Estatuto também assegura às crianças e adolescentes o direito à convivência comunitária e familiar, à livre expressão de opiniões e crenças; e o direito de brincar, de praticar esportes e de se divertir. 
Dois direitos assegurados pelo ECA, em especial, interessam aqui: o direito à educação e a proteção no trabalho. O Estatuto reforça a centralidade da educação, garantindo a toda criança e adolescente o direito de acesso à escola pública e gratuita, próxima da residência, em igualdade de condições de acesso e permanência, assegurando também o direito a programas suplementares de material didático, transporte escolar, alimentação e assistência à saúde.
	2.3 Conselho Tutelar 
A Convenção Internacional sobre o Direito da Criança (1989) indica “o equilíbrio entre a proteção e a responsabilização”. Sobre isso, Nogueira traça a idéia guia (1999, p.51): 
A Convenção das Nações Unidas é apresentada como instrumento de domesticação de poder parental e estatal, principalmente nas suas relações autoritárias, com a infância e adolescência, como instrumento de mobilização da sociedade e de construção de uma nova cultura institucional que veja a criança e o adolescente como cidadãos e como alanvacadores no processo de institucionalização de um sistema de garantia de direitos eficiente e eficaz. 
Desta forma, o Conselho Tutelar encontrou solo fértil para atuar como um organismo instituídopara requerer do poder público a construção e a efetivação da política voltada para este público, a fim de assegurar a proteção integral. Sua criação foi determinada pelo ECA que o define como o órgão encarregado pela sociedade para zelar pelos direitos da criança e do adolescente, previstos na legislação, encontra-se alocado no eixo da defesa e tem o dever, dentre outros, de interferir em qualquer questão sempre que os direitos da criança e do adolescente sejam violados. Portanto, constitui um órgão voltado para cuidar que esses indivíduos sejam tratados como cidadãos plenos de direitos civis e, sobretudo, que tenham seus direitos efetivados. 
Define Bandeira (2006, p.106) que o Conselho Tutelar se constitui: 
Num espaço democrático, que contribui, de maneira decisiva, para o cumprimento dos princípios legais estabelecidos pela CF/88, pela Convenção dos direitos da Criança e pelo próprio ECA. Instância a que se podem, em caso de ver ameaçado ou violado os direitos ser defendidos pelos conselheiros, autoridade competente para requerer providências legais imediatas para garantir tais direitos.
Como um espaço público de poder institucionalizado em que se constrói, a partir da Constituição de 1988 e de uma nova concepção da democracia que deixa de ser meramente representativa para tornar-se, também, mais participativa e descentralizadora de competências. A sociedade civil que deste os anos 70 vinha se organizando por meio dos movimentos sociais, conquista coparticipação ativa nos poderes decisórios, antes, exclusivos do Estado. 
Embora vinculado ao executivo municipal, não há relação de subordinação deste Poder no exercício de suas funções, podendo haver intervenção no caso de desvio de funções, caso em que o poder público ou qualquer outra parte legítima poderá tomar ar medidas legais cabíveis, a exemplo de representação ao Ministério Público. 
O Conselho Tutelar é um órgão não jurisdicional, de natureza administrativo contenciosa, que não tem poder coercitivo, mas, diante do caso concreto, pode aplicar uma determinação às partes envolvidas, caso estas não atendam, deverá representar ao Judiciário. (PORTO, 1999).
	2.4 Juizado da Infância e da Juventude
Antes do advento do Estatuto da Criança do Adolescente, o Juiz da Infância era conhecido por “Juiz de Menores” e tinha poderes quase ilimitados. A atualmente, com o ECA, teve suas funções bastante reduzidas. O Estatuto, em seu artigo 145 define a Justiça da Infância e Juventude, a saber: 
Art. 145. Os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infraestrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões. 
O Juizado representa o Poder Judiciário, em nome do Estado. O Juiz, por sua vez, desenvolve os atos jurisdicionais, atuando como julgador em processos nos quais se discutem 11 os interesses das crianças e adolescentes em situação de risco, ameaça ou quando têm seus direitos violados. Nas questões relativas à violação de direitos de crianças e adolescentes, é o Juiz da Infância quem julga os adolescentes infratores, aplicando-lhe as medidas legais cabíveis, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
	2.5 Danos Causados pelo Trabalho Infantil
	Toda criança sobre danos irreversíveis quando desrespeitado seu tempo e processo de desenvolvimento infantil, seja por qualquer razão, comprometendo sua capacidade de aprendizado, desenvolvimento físico, mental e processo de socialização. O desvio da criança dos processos necessários ao seu desenvolvimento holístico é uma perversa e injusta condenação, vez que, ao lhe ser negado este direito, os danos no seu desenvolvimento socioeducativo são profundos e a possibilidade de se reparar os danos e recuperar o tempo perdido é muito remota. Dificilmente esta criança conseguirá, por si só, meios para recuperar a integridade física ou intelectual necessária ao alcance de seu potencial de aprendizagem.
	Segundo Mendes (2011), quanto mais nova a criança e mais danoso o trabalho, maiores as consequências ao seu desenvolvimento. Segundo ele o trabalho infantil pode ser exaustivo, pesado, insalubre pondo em risco não só o desenvolvimento, mas a saúde e segurança da criança.
	Mendes (2011) ressaltou que os dados sobre o trabalho infantil estão aquém de representar a realidade, visto que, por se tratar de trabalho informal ou ilegal as informações reais não são reportadas. Por isso é importante que estas crianças sejam inseridas em programas sociais que as livrem deste fardo, não apenas as protegendo, mas garantindo que realmente estas crianças, a quem tem sido negada não apenas a dignidade, mas o respeito aos direitos e garantias legais, sejam mantidas a salvo de qualquer tipo de trabalho e exploração infantil. 
3. Considerações finais
O Estado e a sociedade em geral ainda não são capazes de promover e assegurar, plenamente, a proteção à criança e ao adolescente no Brasil. Esta é a certeza maior a que se chega com o fim deste trabalho. Urge compreender que esta incapacidade se dá mesmo diante da existência de toda uma legislação específica, com destaque para as disposições da Constituição Federal de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de contrariar o que recomenda a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. Nesse sentido, a violação de direitos no Brasil é fato recorrente e lamentável. E mais lamentável ainda é constatar que, em relação a crianças e adolescentes, a violação dos direitos se dá, em algumas vezes, até mesmo por entidades ou instituições que têm do dever de resguardá-los. 
	Embora as estratégias do governo estejam sendo elaboradas, discutidas, implementadas, ainda faltam muitos avanços, como a compreensão mais aprofundada do trabalho no sistema de agricultura familiar e no âmbito doméstico. Porém, estes tipos de trabalho não tem alcançado a visibilidade das políticas governamentais.
	O Serviço Social tem um papel fundamental na erradicação do trabalho infantil, seja na elaboração de atividades socioeducativas, gestão e execução dos programas governamentais, investigação e identificação das demandas existentes, bem como encaminhamento correto para tratamento médico e psicológico.
	Por fim, o trabalho apresentou o que é o trabalho infantil, demonstrou alguns dos mecanismos que garantem que os direitos de crianças e jovens sejam cumpridos, e danos ocasionados para os jovens que sofrem com o trabalho infantil. 
4. Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990.
Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: DOU, 1990.
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, 11 jan. 2002.VADEM MECUM ACADÊMICO DE DIREITO. 4. ed. São Paulo: editora saraiva, 2007. 
BANDEIRA, João Tancredo Sá. Conselho tutelar: espaço público de exercício da democracia participativa e seus paradoxos. Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Pós-Graduação em Educação Brasileira [dissertação]. Fortaleza, 2006.
LEAL, Angélica;. ANDRADE, Patrícia;. Infância e Parlamento: Guia para Formação de Frentes Parlamentares da Criança e do Adolescente. Brasília: Senado Federal, Gabinete da Sen. Patrícia Saboya Gomes, 2005.
Disponível em: <http://fundacaotelefonica.org.br/promenino/trabalhoinfantil/colunistas/trabalho-infantil-o-retrocesso-nas-possibilidades-de-desenvolvimento-da-crianca-e-da-sociedade%E2%80%A2/> Acesso em 25 de outubro de 2019.
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2019-06/mp-recebe-43-mil-denuncias-de-trabalho-infantil-por-ano>. Acesso em 25 de outubro de 2019.

Continue navegando

Outros materiais