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CURITIBA, 20 DE MAIO DE 2020 FAPAR - TURMA DE PSICOLOGIA MANHÃ ALUNA: RAFAELI EMILI MAZZAROLO MATÉRIA: HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO PROFESSOR: LUIZ GEREMIAS PESQUISA RELACIONADA AO HUMANISMO 1. Quais os seus expoentes? O que propõem? Os Sofistas foram os primeiros filósofos a esboçar um modo de pensar que colocava o homem como o tema central, sendo Protágoras de Abdera o seu principal expoente, e tal qual, Sócrates, com sua abordagem mais questionadora, teve como centro de suas preocupações filosóficas o homem. Protágoras com sua célebre frase: “O homem é a medida de todas as coisas; das coisas que são enquanto são, e das coisas que são enquanto não são”, queria dizer que apenas o ser humano é capaz de dizer de si e da sua existência, apenas ele é o “ser em si”. O período histórico denominado Renascimento, trouxe em seu bojo o pensamento humanista, processo político-social impulsionado pelos ideais da burguesia (produtores, artesãos e comerciantes), que encontrava-se profundamente insatisfeita com as amarras ao desenvolvimento econômico, impostas pela cultura da época, especialmente no que se relacionava à Igreja Católica, que influenciou toda a dinâmica social. Nesse período houve um resgate da cultura clássica greco-romana, visto que os pensadores do Renascimento queriam conhecer, estudar e se aprofundar em temas até então esquecidos. Essa busca de outras formas de pensar foi a base essencial para o humanismo. O antropocentrismo (homem como centro de tudo) veio substituir o teocentrismo, posto que a verdade passou a ser concebida não mais como emanação de Deus, e sim pelo saber humano. A partir daí, começou-se uma busca incessante pelo saber, através do pensamento reflexivo e empírico. Inspirados na reflexão de Sócrates: “só sei que nada sei”, os humanistas focaram no homem e em sua capacidade de compreensão e posicionamento diante da realidade, questionaram o que viviam e partiram em uma jornada, na busca do saber e da razão, com espírito cientificista. 2. Quais os seus críticos. O que é criticado? Os chamados burgueses eram habitantes dos burgos e dedicavam-se ao comércio e à produção artesanal, que era realizada pelo mestre em sua oficina. Com seu advento, devido ao crescimento econômico, essa classe ganhou mais espaço podendo, dessa forma, opinar social e politicamente. Começaram então a criticar a sociedade Feudal e a igreja católica, que até então regiam a visão do povo, que consideravam Deus e a fé como centro de tudo. A burguesia era uma classe extremamente preocupada com o investimento na cultura, nas artes. Além disso, nessa mesma época aconteceu o advento da imprensa e o progresso das grandes navegações que expandiram o comércio europeu pelo mundo. É nesse período de mudanças que nasce o Humanismo, tendo como uma de suas principais características a visão antropocêntrica, influenciado pela cultura greco-latina, na qual o homem é visto como o centro de todas as coisas. Havia uma crítica e uma busca em superar essa sociedade Feudal (sistema que sofreu declínio nesse mesmo período), além disso buscava-se valorizar o livre arbítrio do homem e a razão, e nesse momento surgiu uma nova visão sobre o ser humano, pautada no cientificismo, confrontando dogmas religiosos. 3. Na Psicologia, que autores podem ser definidos como humanistas e por quê. No fim do século XIX e início do século XX, o movimento cientificista promove uma busca por atrelar esse campo de estudo do ser humano ao modelo positivista em voga, por meio da investigação experimental dos fenômenos psicológicos atrelados ao mundo físico, fora da abstração teórica, filosófica. Abriu-se então caminho para um método de investigação científica dentro da psicologia fundamentado na compreensão do fenômeno, mais do que a descrição do mesmo, passou-se a praticar um humanismo de forma que cada indivíduo fosse avaliado e compreendido segundo as suas próprias circunstâncias e seus potenciais únicos diante do que sentiam. Em 1930 surge nos EUA a chamada “terceira força” da psicologia, a psicologia humanista, na busca de ser uma vertente contrária e desejosa de suplantar a “primeira e segunda força”, que eram consideradas o behaviorismo e a psicanálise, respectivamente. Mais tarde, por volta de 1960, é que a Psicologia Humanista veio a consolidar-se em seu caráter institucional, obtendo aceitação como ramo ou abordagem psicológica. Isso ocorreu muito devido ao próprio Zeitgeist daquela época, com o movimento conhecido como Contracultura, onde mudanças políticas e sociais vieram a contestar o establishment em termos mundiais com um discurso muito aproximado da Psicologia Humanista, que sustentava a condição de independência dos condicionamentos, sejam internos ou externos, e do potencial de autorrealização do indivíduo. Baseando-se no existencialismo enquanto construto teórico e na fenomenologia enquanto alicerce prático, a psicologia humanista aborda temáticas diversas, primando pela visão positiva sobre o ser humano, dando mais ênfase ao estudo das capacidades e potencialidades do indivíduo acometido de alguma patologia, do que à doença em si. A psicologia humanista tem um olhar filosófico para a situação do sofrimento humano, é uma abordagem que abraça, como nenhuma outra, a ideia de que o homem é a medida de todas as coisas, e que só a ele cabe dar sentido e propósito à sua existência, a qual precede à essência, apesar e para além de qualquer circunstância, o homem é aquilo que escolher e se propor a fazer de si mesmo, como no pensamento nietzscheniano. https://blog.psicologiaviva.com.br/psicologo-psiquiatra-psicanalista/ Psicólogos humanistas Abraham Maslow Trouxe contribuições profundas, através de suas pesquisas com foco na motivação e auto realização, mediante a qual fundamentou o conceito da Pirâmide das Necessidades, onde as motivações humanas foram categorizadas e escalonadas em determinada ordem, culminado na auto realização, ou seja, no sujeito que detém satisfeitas, ou ao menos passíveis de serem satisfeitas, as necessidades de cunho inferior como fisiológicas, sociais, de trabalho etc. Carl Rogers Acolhendo e aprimorando as ideias de Maslow, Carl Rogers criou a teoria psicológica denominada Terapia Centrada na Pessoa (TCP), baseado na motivação mediante as forças positivas do sujeito, ou seja, nas características não afetadas pela patologia, que sustentam a dignidade e valor da pessoa, possibilitando a realização construtiva de todas as possibilidades acessíveis.
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