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Psicologia Humanista - resumo np1

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Resumo da N p-1 de Abordagens Humanistas
O termo Humanismo aparece na história como um movimento cultural no século XIV, ligado ao Renascimento. Caracterizou esse movimento a recolocação do homem no centro das preocupações filosóficas.
Quando uma Psicologia se nomeia “Humanista”, isso significa que:
 I – Para ela, a compreensão do sentido singular da existência de cada um é enfatizada.
V – Ela valoriza os aspectos temporais e mundanos da existência, tal como os humanistas medievais fizeram em sua época.
O Humanismo não é exclusividade da Psicologia. Pelo contrário, sua história remonta ao nascimento da filosofia.
Segundo o historiador Holanda (2015), o primeiro humanista foi Sócrates, filósofo conhecido pela frase “só sei que nada sei”. Nessa frase paradoxal está contida uma das principais características do Humanismo ao longo da história do pensamento ocidental: a afirmação da capacidade de pensar-se do homem.
 Na história da filosofia, Sócrates é o filósofo que, dialogando, revela que verdades defendidas por seus interlocutores eram pressupostos adquiridos de outrem.
 Dessa primeira desconstrução, surge a possibilidade de uma verdade própria, fruto do próprio raciocínio. Isso é possível, pois o homem é capaz de pensar e refletir sobre si mesmo e seu mundo ao redor.
Ao longo da história, surgem em vários momentos movimentos que buscam resgatar a dignidade do homem, ou seja, seu lugar peculiar na natureza, caracterizado pela capacidade de conhecer(-se). Desse modo, não é possível falar de um Humanismo, mas, sim, de uma atitude humanista de pensamento, que se dedica à questão crucial: quem sou eu?
Holanda (2015, p.108) indica como características essenciais do humanismo:
1) “a luta do homem que reflete sobre si mesmo; é refletir sobre o embate do ser humano que pensa a natureza e a realidade incluindo-se em relação a estas”
2) a reflexão sobre a “constituição da subjetividade”, do “sujeito no mundo que habita”
 3) a reflexão do “lugar do sujeito que pensa” no mundo e no conhecimento. Isso está presente no pensamento grego e latino dos séculos antes de Cristo, reaparece no final da Idade Média, no chamado Renascimento, preparando a época moderna, quando novamente anima as reflexões do homem sobre si mesmo e seu mundo.
São atributos epistemológicos das Psicologias Humanistas somente os apresentados nas afirmações:
I - a compreensão de que a vida é constante mudança.
II – a consideração de que o instinto e a dimensão irracional são modos de relação com a realidade tanto quanto o intelecto. Ambas razão e irracionalidade são expressão da mesma força vital.
III - A concepção de que a vida humana é movida por uma força vital, que a impulsiona para a autorrealização e o crescimento.
O psicólogo humanista Amatuzzi (2008) relata que Erich Fromm, filósofo e psicólogo alemão, refere-se ao Humanismo como “tradição da ética humanista” (p.15) presente em todos os momentos da história do pensamento ocidental. No século XX, é a Psicologia Humanista que se insere nessa tradição. Sabendo que Fromm é um humanista e está em acordo com os aspectos centrais desse movimento, está correto afirmar que:
I – Ele considera o conhecimento humano a base para o estabelecimento de normas e valores.
III – Considera conhecer a existência saudável do homem, seu potencial criativo e de crescimento, mais importante do que as formas de adoecimento psíquico.
O Renascimento foi um movimento cultural e científico que revolucionou a Europa dos séculos XIV a XVI. Tal movimento é uma das influências do Humanismo na Psicologia. (Holanda, 2015) A respeito das características do Humanismo resgatadas pela Psicologia está correto afirmar:
 I – O homem é considerado um agente cultural e a cultura está em constante mutação.
II – As manifestações culturais como as artes, a ciência, a política e a beleza são revalorizados.
III – O homem deve ser considerado como um ser integral, constituído por corpo e alma.
Leia a citação abaixo, do psicólogo humanista Erich Fromm para responder a pergunta.
 A ética humanista é antropocêntrica; não, naturalmente, no sentido de que o homem é o centro do universo, mas no sentido de que seus julgamentos dos valores, como todos os outros julgamentos e até percepções, estão arraigados nas peculiaridades de sua existência e só tem significação quando considerados em relação a esta; o homem é, de fato, ‘a medida de todas as coisas’. A posição humanista é de que nada há de superior ou mais digno do que a existência humana. (Fromm, E., Análise do Homem, p. 22 -Sobre a concepção de Humanismo na Psicologia está correto afirmar:
II – O Humanismo é uma atitude em relação ao homem que, partindo do reconhecimento de sua dignidade, exige que todo estudo, investigação ou conhecimento acerca do homem seja pautado por um respeito pela pessoa, pelo ser humano.
IV – O reconhecimento da dignidade da existência humana e a recondução de todos os valores ao conhecimento do homem – a partir do qual eles podem ser estabelecidos – é o que está na base da responsabilização do homem por sua existência.
– O Humanismo pretende pensar cada homem em sua especificidade, isto é, não como um ser natural ou até um animal racional, mas como um ser que em sua singularidade compartilha um solo comum a toda humanidade.
No capítulo “Humanismo e Humanismos: Pensar o Humano na Clínica”, Holanda (2015) relata que o Humanismo, influenciado pelo Movimento Renascentista, iniciado na Europa entre os séculos XIV e XVII, busca uma revalorização do homem, de suas coisas, de sua história. Trata-se, segundo ele, de “... movimento de protesto contra a inapropriação do sujeito vivente ao seu próprio contexto de vida. No particular, representa uma quebra, uma ruptura com os modelos vigentes de época” (p.109), no caso, a Escolástica. 
À luz desse contexto, assinale a alternativa correta sobre o Humanismo na Psicologia: 
A-Influenciada pelos pensamentos existencial e fenomenológico, as psicologias de base humanista buscam conhecer o ser humano, tentando humanizar seu aparelho psíquico. Na fenomenologia, esse ser humano tem consciência do mundo que o cerca, dos fenômenos e da sua experiência consciente.
Segundo Holanda (2015, p.107),
[...] seria mais apropriado encararmos o humanismo como um movimento contínuo, que invariavelmente brota em duas direções: por uma lado, como crítica a apropriações diversas que – de certa forma, ‘des-subjetivizam’ a realidade, ou que desapropriam o sujeito humano de sua própria perspectiva – e privilegiam valores específicos em detrimento de uma visão de ‘globalidade’ – (...); e, por outro lado, como um projeto de valorização (ou re-valorização) do humano. Considere as afirmações abaixo e indique as que correspondem ao Humanismo 
I - O Humanismo apresentou-se, mais explicitamente, como movimento cultural europeu no séc. XIV e esteve intimamente ligado `a Renascença;
III - O movimento do Humanismo valorizava a vida atual do homem, suas atitudes nessa vida e não aquilo que estivesse pós morte.
IV - Traços humanistas podem ser encontrado em todas épocas do pensamento Ocidental, pois estão relacionados com a ética humana, onde o bem consiste em assumir a responsabilidade por sua própria existência e o mal constitui na inibição das capacidades do homem.
A Psicologia Humanista surgiu na década de 1950, ganhando força nos anos 60 e 70, como uma reação às ideias psicológicas pré-existentes - o behaviorismo e a psicanálise - embora não quisesse as revisar ou adaptar, mas dar uma nova contribuição à psicologia. Considerando que o adjetivo “humanista” indica as influências do Humanismo filosófico, está correto afirmar que:
I - Na ética humanista o bem é a afirmação da vida, o desenvolvimento das capacidades do homem. A virtude consiste em assumir-se a responsabilidade por sua própria existência. 
III - O humanismo nasceu sob a bandeira da revalorização do humano. O que é humano tem um valor em si mesmo, e não como mero suporte ao sobrenatural.
V - No humanismo, existe uma crença no homem, uma confiança no que nele se manifesta.
MODULO 2
Reunimos sob onome de “Psicologias Humanistas” vários modelos de compreensão de homem que, embora divirjam entre si, convergem na ênfase dada ao sentido das vivências humanas e na liberdade como condição ontológica. Tomaremos como foco de nossos estudos a Abordagem Centrada na Pessoa, desenvolvida por Carl Rogers a partir da década de 1950, a Gestalt-Terapia, por Fritz Perls na mesma época e a Psicologia Existencial-Humanista, desenvolvida por Carl Rogers.
As Psicologias Humanistas florescem nos Estados Unidos a partir da década de 1950. Esse período que seguiu a Segunda Guerra Mundial estava marcado pelos horrores provocados pela humanidade, assim como pelo temor constante da autodestruição atômica na Guerra Fria. Nas décadas seguintes cresceram as tensões e disputas raciais em busca do fim da discriminação e os Estados Unidos se envolveram com a Guerra do Vietnã, que resultou na morte de milhares de jovens soldados e na mobilização de parcela considerável da sociedade pela paz.
 Nesse momento histórico, a Psicologia estava dividida entre duas “forças”: A Psicanálise freudiana, que apresenta o homem como um organismo determinado por impulsos inconscientes que buscam a satisfação do prazer ou a evitação do desprazer, e o Behaviorismo, que é a aplicação do modelo científico-natural de conhecimento, apresentando o homem como um organismo determinado por sua história de modelagem e pelo ambiente.
 Assim, a Psicologia Humanista surge como a Terceira Força na psicologia. A Terceira Força considera as psicologias de sua época deterministas, pois buscam determinar a causa dos comportamentos humanos. Para isso, recorrem a modelos explicativos que não abarcam aquilo que o humano tem de mais peculiar: a liberdade. Ao posicionar a questão do sentido da vida como a mais importante, estão afirmando que a existência humana é livre e capaz de fazer escolhas em direção ao que é significativo em sua vida. Proclamam também que o ser humano é animado por uma força vital, que o impulsiona ao crescimento e à complexificação da existência. (Figueiredo, 2012)
A Psicologia Humanista do século XX encontrou no Humanismo, movimento filosófico medieval, fundamentação para as suas posições na Psicologia. Esse movimento filosófico combateu a Escolástica, recolocando como centro das reflexões o Homem, como fizera a cultura clássica anteriormente. Das ideias e citações abaixo, as que correspondem aos ideais do Humanismo são:
I – “Qual é a utilidade de conhecer a natureza dos quadrúpedes, aves, peixes e serpentes e não conhecer ou até mesmo negligenciar a natureza do homem?” (Petrarca)
II – O homem é um ser que, diferentemente dos demais, não tem lugar ou aspecto fixo, não tem forma determinada nem leis que determinam sua natureza. Ele pode escolher para si mesmo seu lugar e sua natureza e criar leis para si mesmo. (Pico della Mirandola)
III – Como a mente do homem foi criada pelo sopro de Deus e seu corpo, do barro, o homem reúne as naturezas mortal e imortal. (Philo)
O Humanismo na psicologia foi influenciado pelo Renascimento, movimento cultural da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVII. Sobre esse movimento, é correto afirmar:
 I – O Renascimento irrompeu contra a Escolástica, colocando o homem no centro das preocupações especulativas.
 III – O “livre-arbítrio” foi fortemente defendido pelos humanistas, que acreditavam no poder do homem de planejar sua vida, comandar seu destino e direcionar-se para a liberdade.
A Psicologia Humanista é crítica em relação à hegemonia do conhecimento científico na investigação sobre o humano. Coloca como questão para a Psicologia se não há outras formas de conhecimento sobre o seu “objeto”, o humano.
 O conhecimento científico trabalha com fatos, que são mensuráveis. Segue regras precisas de observação e investigação, que recebem o nome de ‘método’, para assegurar a veracidade do conhecimento produzido. Apesar da pretensa objetividade, há um pressuposto que fundamenta esse modelo de investigação. A ciência pressupõe que a natureza funciona de acordo com leis gerais e que o homem pode descobri-las através de rigoroso método de investigação. Opera sobre a cisão Sujeito – Objeto; os objetos são as partes da natureza e o Sujeito é o pesquisador, aquele que é capaz de investigar e explicar o funcionamento da natureza.
A Psicologia enquanto ciência padece de um difícil problema. O “objeto” de suas pesquisas é também o sujeito que investiga. Para a Psicologia Humanista está claro que o “objeto” de pesquisa da Psicologia é o Ser Humano. Sendo assim, a investigação não pode seguir os mesmos métodos e critérios de investigação de objetos naturais, mensuráveis.
 Assim, as Psicologias Humanistas surgem como um novo caminho – uma mudança de paradigma – na investigação sobre o humano. No início, desenvolvem-se a partir da prática de psicólogos norteamericanos. Carl Rogers é o maior exemplo disso. Mas são vários autores com contribuições às vezes divergentes entre si, que converge na compreensão do humano como livre e responsável. Num segundo momento, esses psicólogos humanistas encontram nas filosofias fenomenológicas e existenciais alguns fundamentos para esta abordagem vanguardista. Resume Holanda (2015, p.166):
· Psicologia é uma Ciência Natural ou uma Ciência Humana?
D) As Ciências Humanas trabalham com a relação Sujeito – Sujeito, buscando a objetividade nos fenômenos que surgem da relação homem-mundo
A Psicologia Humanista é conhecida como Terceira Força em Psicologia. Analise as afirmações a seguir sobre essa abordagem e assinale a alternativa correta:
II – A terceira força é composta por dois ramos os quais deram origem a psicologia humanista nos EUA e a psicologia existencial na Europa, cujos motivos de surgimento diferenciam em oposição aos pressupostos mecanicistas e reducionistas do homem para a primeira e falta de suporte teórico para as novas demandas dos clientes para a segunda.
 III – Segundo a psicologia humanista, embora a psicologia comportamental se preocupe com o comportamento manifesto e a psicanálise com o inconsciente, as duas são mecanicistas e reducionistas das condições humanas.
O termo “Humanismo” remonta ao século XIV, reunindo um conjunto de ideias que visa diferenciar o homem dos demais seres da natureza, realçando suas características mais peculiares. 
Carl Rogers, Abraham Maslow e Erich Fromm, enquanto representantes do movimento humanista na psicologia do século XX, enfatizam a liberdade e a responsabilidade do homem perante si mesmo, os outros e o mundo e caracterizam como adoecimento a perda dessas características ontológicas.
O psicólogo humanista Amatuzzi (2008), assim como Holanda (2015), considera a Psicologia Humanista mais do que uma abordagem teórica. Para ele, trata-se de uma mudança paradigmática. Ele sintetiza essa mudança em três teses interligadas, a saber, 1) que o homem é palavra, 2) que isso implica uma mudança radical de ponto de vista; e 3) que é uma mudança na relação com o objeto. Apoia esta ideia a crítica do fenomenólogo Husserl (Holanda, 2015), para quem as ciências naturais objetificam o homem ao perguntar “o que é o homem?”. 
I – Existir é estar desde sempre imerso em significados e sentidos compartilhados, isto é, numa cultura.
III – Todo gesto humano, seja uma ação cotidiana ou uma intervenção psicoterapêutica, é iniciador de algo, mas o fim permanece imprevisível.
O Humanismo introduz de maneira premente na Psicologia a consideração do sentido. Holanda (2015) recorre ao pensamento do psicólogo humanista Mauro Amatuzzi, para quem a questão do sentido é a principal. Afirma: “A palavra é a própria questão de sentido, dado que o homem atual se encontra na palavra.” (p.150) Isso implica:
III – Que o homem é compreendido como atual, isto é, desafiado pelas situações presentes, voltado para seu futuro e apoiado em sua história.
I – Humanizar significa reconhecer que os agentes de saúde são todos indivíduos autônomos e corresponsáveis pelo processo de promoção e produção da saúde.
III – Humanizar significa reconhecer a existênciatotal, global, dos pacientes; por exemplo, o atendimento a crianças deve compreender sua família e respeitar os significados compartilhados por eles para o adoecer, inclusive buscando com a criança o significado que esta experiência tem para ela.
IV – Humanizar significa ver que o paciente doente é mais do que a doença.
Citando o psicólogo humanista Mauro Amatuzzi, Holanda (2015, p.149) afirma que o que mais caracteriza a contribuição do humanismo para a psicologia é uma mudança radical de ponto de vista a respeito do objeto de estudo da psicologia. Um dos aspectos levantados a respeito desta mudança de ponto de vista promovida pelo humanismo, considere as proposições abaixo.
 I – No enfoque humanista, a compreensão do sentido só será um discurso no presente se for vivencial, experiencial, uma vivência do sentido criando novos sentidos.
II – Na perspectiva humanista, o homem precisa ser captado em seu movimento, e isso só pode ser feito movimentando-se, inserindo-se em um processo.
Segundo Holanda (2015), os fundamentos da psicologia humanista podem ser resumidos em 3 premissas:
[1. O homem é palavra; 2. Essa assertiva implica numa radical mudança de ponto de vista; e 3. O que mais caracteriza a psicologia é que o “sentido do humanismo é essa mudança de perspectiva”, a saber, uma mudança na relação com o objeto. (Amatuzzi, 1989a)
Sobre esta mudança radical de ponto de vista, está correto afirmar:
A -Esta mudança é capaz de assumir o mesmo método, só que em um contexto de sentido outro, fazendo com que a teoria resultante seja outra, mais abrangente.
Segundo Holanda (2015, p.110), “No século XVIII, encontramos um terreno propício ao desenvolvimento das “Ciências do Homem” ou das Geisteswissenschaften – as “Ciências do Espirito” – como aponta Dilthey.” Inicia-se, concomitantemente, um movimento de questionamento da metodologia natural-científica na investigação do humano. Esta parte do pressuposto de que a natureza está aí e funciona de acordo com leis que o homem pode descobrir objetivamente. Os objetos são parte do mundo. Os sujeitos podem conhecê-los. A partir dessa crítica, surge a diferenciação entre Ciências Naturais e Ciências Humanas.
· As ciências naturais lidam com fenômenos, enquanto as ciências humanas, com fatos 
A Terapia Centrada no Cliente, desenvolvida por Rogers, oferece ao cliente um espaço de acolhimento e aceitação a fim de que ele possa assumir sua própria vida e “tornar-se quem é”, desenvolvendo uma atitude de maior consideração em relação a si mesmo e às situações significativas de sua vida. Essa abordagem assenta sobre uma compreensão de homem que afirma que:
a) os indivíduos possuem dentro de si recursos para compreenderem-se e para modificar seus conceitos, suas atitudes e seu comportamento. Esses recursos podem ser ativados a partir de atitudes psicológicas facilitadoras.
Rogers reconhece nos seres humanos a tendência à autorrealização. Diz ele: Quer falemos de uma flor ou de um carvalho, de uma minhoca ou de um belo pássaro, de uma maçã ou de uma pessoa, creio que estaremos certos ao reconhecermos que a vida é um processo ativo, e não passivo. Pouco importa que o estímulo venha de dentro ou de fora, pouco importa que o ambiente seja favorável ou desfavorável. Em qualquer uma dessas condições, os comportamentos de um organismo estarão voltados para a sua manutenção, seu crescimento e sua reprodução. Essa é a própria natureza do processo a que chamamos vida. Esta tendência está em ação em todas as ocasiões. Na verdade, somente a presença ou ausência desse processo direcional total permite-nos dizer se um dado organismo está vivo ou morto. 
C) Esta tendência pode ser frustrada ou desvirtuada, mas não pode ser destruída sem que se destrua também o organismo.
A Abordagem Centrada na Pessoa compreende que a repetição e o acúmulo de ameaças à integridade ou repressão de sentimentos, que experimentamos na família, na escola e na cultura podem limitar nossa liberdade de nos reconhecermos como somos e nossas necessidades, de experimentarmos nossos sentimentos e de realizarmos escolhas pertinentes ao nosso desenvolvimento pessoal e relacional.
 O terapeuta nesta abordagem é um facilitador do desenvolvimento pessoal. É alguém que se dispõe a compreender o cliente, respeitá-lo e aceitá-lo tal como ele próprio de percebe. Vê o cliente como pessoa, isto é, um ser livre e responsável, capaz de compreender-se e transforma-se, e relaciona-se com ele enquanto tal. A partir dessa relação terapêutica, a pessoa (cliente) começa a afastar-se de modelos falseados de si mesmo, encaminhando-se para maior autonomia. Torna-se progressivamente mais responsável por si mesmo, pois capaz de decidir-se sobre quais são comportamentos e sentimentos significativos e quais não. Encaminha-se, assim, para uma realidade mais fluida, em processo.
 Responda: fundamentado na abordagem desenvolvida por Carl Rogers, qual é a importância do autoconhecimento do terapeuta para a relação terapêutica?
– Trata-se de uma abordagem que ressalta a importância de que o terapeuta desenvolva um conjunto de atitudes que serão fundamentais para a mudança da pois a Terapia Centrada no Cliente foi desenvolvida a partir da percepção de Rogers de que certas atitudes por parte do terapeuta eram mais propiciadoras de mudanças do que as técnicas. Rogers conhecia bem as técnicas psicológicas utilizadas na primeira metade do século XX, pois iniciou sua carreira como conselheiro psicológico. Sua postura acolhedora, compreensiva, revelou-se mais facilitadora de mudanças do que as técnicas persuasivas empregadas pela psicologia da época. Isso levou-o a conclusão de que a autenticidade, a compreensão e aceitação incondicional do terapeuta são condições suficientes para a autocompreensão e automodificação dos clientes.
Carl Rogers trabalha em seus textos a necessidade de se integrar à concepção de ser humano por ele defendida um espaço para o inesperado, para novos significados que possam surgir do contato com a experiência imediata. Isto implicaria, segundo ele, em enfrentar riscos, propriamente humanos, assim como aceitar uma:
D -Confiança básica no ser humano, na sua capacidade de renovar-se, abrindo-se para experiências antes não acessíveis ou permitidas à consciência.
Lembro-me, por exemplo, de uma entrevista que tive com um jovem adolescente. Como muitos adolescentes de hoje em dia, ele me dizia no começo da entrevista que não tinha objetivos. Quando o questionei a respeito, ele reafirmou, ainda com mais convicção, que não tinha objetivos de espécie alguma, nenhum sequer. Eu lhe perguntei: “Não há nada que você queira fazer?”
A partir de experiências como esta, desde o início de sua atuação profissional, Carl Rogers:
D -Defendeu a ideia de que no trabalho como terapeuta o mais importante são as atitudes que promovem ou facilitam a compreensão, pois somente a partir disso é que podem acontecer mudanças.
A Psicologia Humanista desenvolvida por Rogers é crítica à postura científica em relação ao homem. Sobre a relação entre essa abordagem psicológica e as ciências é verdadeiro afirmar:
I – A psicologia humanista não é anticientífica, mas considera o ser humano mais importante do que o rigor científico, um método inovador ou um esquema teórico perfeito.
II – Para Carl Rogers, tudo o que a ciência “toca” torna-se objeto. Através de uma postura científica, vemo-nos obrigados a tratar os outros e mesmo a nós próprios, cada vez mais como objetos. O conhecimento das relações humanas as priva de espontaneidade.
Rogers chama a força vital que movimenta o ser humano de “tendência a autorrealização. Diz ele: os organismos estão sempre em busca de algo, sempre iniciando algo, sempre ‘prontos para alguma coisa’. Há uma fonte central de energia no organismo humano. Essa fonte é uma função do sistema como um todo, e não de uma parte dele. A maneira mais simples de conceituá-la é como uma tendência à plenitude, à auto-realização, que abrange não só a manutenção mas também o crescimento do organismo. 
Sobre a tendência a autorrealização e suas consequênciasna Abordagem Centrada no Cliente é correto afirmar:
I – Todos indivíduos possuem recursos para a autocompreensão e para a modificação de seus conceitos, de suas atitudes e de seu comportamento.
II – Experiências muito traumáticas podem eliminar a tendência à autorrealização. Por exemplo, uma pessoa em grave depressão por causa da morte de um parente fica sem sua força vital.
III – A tendência à autorrealização é o que leva as pessoas a buscarem a realização de suas necessidades. A realização das necessidades leva a um estado livre de tensões e permite que o organismo descanse.
IV – Rogers trabalhou por muito tempo com jovens delinquentes. Na sua compreensão, os comportamentos delinquentes eram causados pela falta de tendência à autorrealização.
V – Quando circunstâncias externas estabelecem ameaças e imposições ao eu, a prioridade de defender a integridade deste eu leva o indivíduo a falsear ou negar internamente a sua realidade vivenciada, a reprimir sentimentos e desejos percebidos como incompatíveis com a satisfação de necessidades básicas. A tendência à autorrealização está atuante, neste caso, no sentido de preservar a pessoa.
A Gestalt-terapia é um processo a partir do qual o organismo (no caso, o cliente) pode recuperar sua capacidade de relação com o meio, reconhecendo suas necessidades e agindo eficazmente de acordo com elas. A Gestalt-terapia por ele iniciada segue algumas premissas básicas. Indique-as abaixo:
I – A autorregulação, que é o processo através do qual o organismo interage com o meio.
III – o conceito de Gestalt, que se refere ao todo figura-fundo.
Nas primeiras sessões, Fernanda parece não conseguir dizer o que quer dizer e se perde entre palavras chegando a dizer, entretanto, coisas que parecia não querer dizer. Seu discurso compõe frases como: não sei por que estou aqui; acredito que ninguém pode me ajudar; ninguém me ajuda; estou sozinha; diga-me o que fazer. Parece que Fernanda perdeu o sentido de quem é, e principalmente, de quem deve viver a sua vida. Suas demandas incluíam solicitações que se perdiam num mundo dos porquês e das tentativas de explicações em busca de uma cura para tudo que estava acontecendo em sua vida, uma vida que muitas vezes não identificava como sendo dela própria
A partir da perspectiva da Gestalt-terapia, leia atentamente as afirmações abaixo sobre o modo como se abordaria esta situação terapêutica:
I – Fernanda pede explicações e se perde nos porquês, pois não observa e não parece saber descrever o que está fazendo e como (aqui e agora).
II – Fernanda perde o sentido de quem é, pois não está consciente (awareness) de sua situação existencial.
III – Fernanda busca explicações e justificativas, pois não se reconhece como autora de sua própria vida.

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