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Altas Habilidades na Educação Especial

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9
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO 
FAVENI
APONTAMENTOS E DISCUSSÃO SOBRE ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO.
ELIZAndra souza 
SETE LAGOAS
2017
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO 
FAVENI
APONTAMENTOS E DISCUSSÃO SOBRE ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO.
ELIZAndra souza 
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Educação especial e Inclusiva.
SETE LAGOAS
2017
APONTAMENTOS E DISCUSSÃO SOBRE ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO.
 Elizandra Souza 
RESUMO
O artigo que ora apresento tem objetivo de demonstrar meus conhecimentos diante do que foi aprendido na pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva ofertada pela FAVENI. O artigo que se apresenta propõe uma discussão sobre aspectos sociais relevantes na educação de pessoas com altas habilidades ou superdotação, a linha de pesquisa surgiu após estudo e na compreensão que a educação de pessoas com altas habilidades/superdotação mostra-se como um desafio para a educação e sociedade. O objetivo principal visa problematizar sobre legislações, culturas e os mitos a respeito das pessoas com altas habilidades. As legislações que embasam a Educação Especial no Brasil caracterizam as necessidades educacionais especiais (NEE) em grupos quais sejam: deficiências, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Ademais foram utilizados autores como Pérez (2006), Alencar (2007), Mantoan (2003; 1998) entre outros autores para realizar o presente artigo. A metodologia utilizada foi à bibliográfica e documental servindo-se de pesquisas em Sites, livros, revistas e artigos acadêmicos. Os resultados demonstram que o sistema educacional brasileiro voltado à Educação Especial tem-se estruturado para identificar e atender os alunos com NEE, mais ainda é visto á escassez quanto se aborda deficiências como altas habilidades e surdez e ou/ deficiência auditiva.
Palavras-chave: Deficiências. Habilidades. Educação. Inclusão. Problematização. 
1. INTRODUÇÃO
 Este artigo vem com o propósito de discutir a temática das altas habilidades/superdotação, visando dialogar não somente as ações específicas no universo institucional escolar, mas atribuir às ações a relações sociais sistemáticas que a estruturam. Sob esta tese, os recursos metodológicos utilizados foram análise bibliográfica, e realização de observação participante do tipo artificial.
 Atualmente o tema escolhido para a linda de pesquisa desse artigo, tem-se tornado foco em discussões em seminários, artigos e até mesmo na mídia em geral, porem, discutir sobre necessidades educacionais especiais (NEE) variam de acordo com a cultura do sistema socioeducacional de cada lugar.
 A legislação brasileira mais recente, caracterizada como Políticas Nacionais de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), entende para fins de atendimento educacional especializado quais sejam: deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
 Uma breve observação em estudo e pesquisas sobre NEE das altas habilidades/ superdotação com outra necessidade especial necessita-se que o conhecimento da área seja necessário. 
 Portanto, o presente trabalho tem como objetivo expor a possibilidade desses alunos possuírem essa NEE, em questão altas habilidades/superdotação. 
2. DESENVOLVIMENTO 
 Sabe-se que a modalidade de educação especial é extensa e norteia-se frente ao atendimento educacional especializado de estudantes com necessidades específicas, neste grupo extenso estão incluídas, também, as pessoas com altas habilidades ou superdotação. 
Devido a alguns dos mitos sociais, espera-se, em diversas ocasiões no contexto educacional, que estes não necessitem de provisões especiais que demandem espaços e tempos destinados especialmente a potencialização do aprendizado dos mesmos, em virtude da facilidade de aprendizado e da vivacidade mental, ambas as características frequentemente citadas em pesquisas. (GARDNER, 1995, p. 45).
 Diante da falta de visão do talento e potencial humano no país, decorrente das ofertas limitadas e oferecidas ao desenvolvimento da expressão, da inteligência, criatividade e talento. Alunos superdotados acabam por ser exclusos, e são vistos como pessoas portadoras de necessidades especiais, portanto cabe aos educadores possibilitar e oportunizar propostas coerentes e fundamentas, considerando as características já diagnosticadas, para que estes alunos se desenvolvam plenamente. 
 É notável a escola e as sociedades vêm enfrentando quanto ao atendimento dessa problematização, sendo assim fazem-se necessárias alternativas diferenciadas, como por exemplo, o os programas educacionais utilizados para garantir por direito os alunos com necessidades específicas, e que agora, partem da concepção de construção de sistemas de ensino inclusivos. Uma vez que esses programas contemplam e possibilitam atividades que proporcionam um maior e melhor desenvolvimento desses sujeitos, oportunizando um ambiente social rico em estímulos e desafios, reconhecendo o potencial e competência de cada um, através de relações de tolerância às divergências, de respeito e confiança na capacidade de todos.
Isso significa implementar atividades que envolvam o pensamento criativo (produção de muitas idéias originais e variadas) e crítico, e que levem a criança a fazer conexões entre idéias, resolver problemas e levantes questionamentos. [...] Sob uma perspectiva efetiva, espera-se que a criança com altas habilidades/superdotada desenvolva suas habilidades interpessoais e de comunicação, autonomia, iniciativa, um autoconceito positivo, e uma compreensão do outro e de seu ponto de vista. (BRASIL, 2004, p. 22)
 Tudo que foi dito no parágrafo acima é fundamentado na legislação educacional brasileira, porem programas de atendimento aos alunos com altas habilidades/superdotação ainda são um paradigma em virtude do não reconhecimento destes sujeitos quanto portadores de necessidades especiais. 
Existe no Brasil um programa que atende crianças de 0 a 14 anos com indicativas de altas habilidades/superdotação e que funciona há cerca de seis anos, em pesquisa foi possível identificar muitos empecilhos dificultam a execução de atividades e programas de enriquecimento a este grupo, se referem à dificuldade de reconhecer traços e características de aprendizagem dos sujeitos com altas habilidades/superdotação, e que considerem aspectos culturais, locais, sociais e políticos. 
No caso quando há a percepção do professor sobre a deficiência apontada, é possível verificar que sem a adoção de novas perspectivas para as necessidades específicas daquele aluno portador de altas habilidades, os mesmos continuarão no ciclo de frustração, sem estímulos adequados para suas necessidades. Portanto, Santos (1988) sugere que,
Em termos de identificação do superdotado inserido em um grupo, os traços que o separam daqueles ditos normais muitas vezes não são percebidos pelos professores ou pela equipe pedagógica de determinada escola. Esta falta de percepção pode ser devida, dentro outros motivos, à inexistência de uma divisão clara entre as categorias superdotadas e não superdotado, (SANTOS, 1988, p. 22-23).
Nesse sentido que se menciona a importância do aprofundamento e saber na área, pois, o professor no cotidiano escolar precisa reconhecer e responder às necessidades diversificadas de seus alunos, bem como acomodar diferentes potencialidades, estilos e ritmos de aprendizagem, assegurando com isso uma educação de qualidade. Porém, só a formação do professor não é o suficiente para o estímulo da criatividade e das inteligências individuais dos alunos, pois, além da ação docente em sala de aula, existem outros fatores que devem ser levados em consideração, como o currículo maleável que conduzirá àspráticas pedagógicas consistentes. 
O professor da escola na perspectiva inclusiva deve avançar em direção à diversidade. É necessário deixar de ser executor de currículos e programas predeterminados, para se transformar em responsável pela escolha de atividades, conteúdos ou experiências mais adequados ao desenvolvimento das capacidades fundamentais dos seus alunos, tendo em conta o nível e as necessidades deles. 
Ambientes educacionais estimuladores promovem a liberdade de escolha dos alunos e estimula a busca pela procura de novos caminhos e formas de convivência para a vida em coletividade, dentro e fora do ambiente escolar. Olhando por esse prisma, como seria atuar com alunos com deficiência auditiva em uma escola que valoriza as diferenças? 
 Os professores podem reagir de forma diferenciada frente às práticas nas escolas inclusivas: ignorando o processo de mudança, por insegurança, sem tomar conhecimento do que está acontecendo; ou demonstrando preconceito, devido à falta de informação e do estabelecimento de pré-concepções; ou ainda, aceitando a ideia da mudança do ensino, reagindo de forma positiva e reconhecendo a validade da sua atitude, evidenciando que está aberto tanto para a discussão sobre a inclusão como para aceitação de um aluno PNEE, em sua sala de aula, num esforço para encontrar respostas para essa situação.
Na realidade, estes indicadores servem como esquema básico para analisar e compreender as atitudes dos professores, que dependem da formação inicial que receberam e da preparação para enfrentar os desafios reais do ensino (ESTEVE, 1991, p.123).
 O grupo de professores que se adapta às exigências da escola inclusiva identifica os bons professores dentro das instituições, porque, no cotidiano de sua prática educativa, conseguem sustentar o seu trabalho com qualquer aluno e em qualquer ambiente escolar. A busca do aperfeiçoamento da proposta de formação baseada em princípios educacionais construtivistas, como a cooperação, a autonomia intelectual e social e a aprendizagem ativa, desenvolve globalmente todos os alunos e capacita e aprimora os professores, pois:
Numa prática pedagógica pautada pelo construtivismo, é muito importante considerar que o caminho do sujeito rumo à aquisição do conhecimento objetivo passa por reestruturações globais, pela constituição de teorias por parte das crianças. Ao deparar com essas situações, cabe ao professor levar as crianças a perceber as contradições, desequilibrar-se e buscar superar essas contradições, ultrapassando, assim, sua antiga forma de operar (MORI, 1983, p. 24).
Esta formação e capacitação se mostram importantes por diversos aspectos. Um destes é que, ao conhecer e reconhecer características de aprendizagem do aluno com altas habilidades no cotidiano escolar e/ou familiar, o educador garante subsídios para melhor atuação e desenvolvimento de atividades estimulantes, fazendo com que este discente se aprofunde na temática na qual se destaca e, concomitantemente, proporcionando oportunidades para o desenvolvimento emocional deste. 
O desenvolvimento de pessoas está mais relacionado com a educação e com a orientação para o futuro do que o treinamento. O desenvolvimento de pessoas está mais focalizado no crescimento pessoal do empregado e visa à carreira futura e não o cargo atual.
Quando o assunto passa a ser a formação de professores para a educação inclusiva, significativas mudanças têm sido analisadas, há uma capacidade de compreensão curricular interdisciplinar, na qual a disciplina que ensina na prática, não instrua somente a teoria e métodos de inclusão, mas que busque na teoria respostas para a prática docente. Portanto professores inclusivos carecem de formação especial, mais eficaz, devido à importância de seu trabalho. 
 Segundo Mantoan (2003) “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”, ou seja, é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. 
 No momento em que a escola comum assume uma educação inclusiva e integradora, precisa, antes de tudo, adequar seu currículo, programas, conteúdos e, em especial, estruturar uma proposta político-pedagógico que venha a atender as reais necessidades de cada indivíduo. Assim, pensar a inclusão exige uma mudança de postura frente ao processo de ensino e de aprendizagem diante das necessidades especiais dos alunos. 
Incluir, então, significa integrar um aluno ou um grupo na educação regular, o que lhe é de direito, num espaço que possibilite exercer a cidadania e ter acesso aos diferentes saberes. A inclusão não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia toda a comunidade escolar (MANTOAN, 1998).
 Toda graduação e formação para que seja de qualidade é necessário mais que estudos de teoria, é de suma importância que se coloque em prática tudo que foi aprendido e que o novo formado consiga exercer a sua função de forma concreta, já que os cursos dão mais destaque as questões teóricas, deixando de lado a prática docente principalmente alguns a distancia EAD, mas para que tudo isso aconteça os currículos dos cursos de Pedagogia precisam ser reelaborados e revistos a fim de rever também a realidade solidificada da sala de aula. 
A vivência no meio nos da à possibilidade de observação mais autentica e pode-se dizer que as principais preocupações das professoras estão relacionadas às dificuldades de sua prática, principalmente quanto à aprendizagem dos alunos na área da escrita. 
Novos paradigmas precisão ser alienados com novos métodos para atender esses acadêmicos, principalmente aqueles que optam pelos cursos EAD, não é nosso foco generalizar aqui, mais quase todos os cursos EAD, carece de uma metodologia de acompanhamento, de ação, de presença, de possibilitar os alunos a colocar em prática as metodologias e não ficar quatro anos vivendo de teoria. Mas isso deve se feito com critérios, afim de não criar discriminação e preconceito, dando oportunidades iguais para todos. Urgentemente, vários cursos necessitam reformular sua grade curricular a fim de abordar melhor a prática docente, oferecendo subsídios para os professores desenvolverem práticas alfabetizadoras que levem seus alunos a aprenderem de fato a ler e a escrever.
O maior parceiro do aluno é o professor e ele é o empreendedor de pessoas, pois, ele educa, ensina, proporciona o despertar dos talentos ocultos. Ele instiga os alunos a mostrar o melhor e dessas ações podemos dizer que surgiram vários empresário-empreendedores (OLIVEIRA; FREITAS, 1998). 
Pode-se também encaixar nesse contexto a importância do estágio, nos cursos acadêmicos no âmbito da educação, assim o estagio é pautado como facilitador de uma ação competente, tanto como formador de um coordenador pedagógico, quanto um capacitador de formação continuada, agente de mudança, preparado para atuar na área pedagógica, de forma comprometida, crítica e reflexiva. 
Libâneo (1993) nos traz as concepções sobre as disciplinas teóricas do currículo no período de estágio: 
Nesse sentido, ao lado das disciplinas teóricas do currículo, o estágio se coloca como um instrumento para conhecimento da realidade escolar. Seus desafios, contribuições e problemas, permitindo ao futuro pedagogo a possibilidade de ver a escola na sua prática cotidiana, nas suas relações educativas, sentindo, analisando e atuando, por meio da observação e do contato com a ação dos atores envolvidos na dinâmica da instituição escolar (LIBÂNEO, 1993, p. 124).
Compreendendo esta máxima, faz-se importante identificar os sujeitos que possuem características de altas habilidades para oferecer-lhes um ambiente rico em estímulos e trocas sociais para que possam desenvolversuas habilidades tanto cognitivas, quanto psicosociais. Visto que ao vivenciar esta prática a criança conseguirá futuramente desenvolver seu potencial criativo compreender a si mesma e aos outros centralizando seu foco de interesse em determinada área(s) do saber.
Gardner (1995) menciona que as crianças nos primeiros anos de vida tem uma visão contemporânea do mundo, Ademias que, 
Nos primeiros anos de vida, as crianças do mundo todo desenvolvem poderosas teorias e conceitos sobre como o mundo funciona - o mundo físico e o mundo das pessoas. Elas também desenvolvem pelo menos um nível inicial de competência em relação aos sistemas simbólicos humanos básicos - linguagem número, música, descrição bidimensional, e assim por diante. [...] As crianças desenvolvem essas habilidades simbólicas e estes conceitos teóricos principalmente por meio de suas interações espontâneas com o mundo no qual vivem. Com isso não podemos negar que as culturas específicas exercem efeitos específicos, e sim afirmar que os tipos de capacidades que evoluem dificilmente poderiam ser impedidos, dado qualquer ambiente razoavelmente rico e apoiador. (GARDNER, 1995, pág. 54).
 Em suma, não basta apenas identificar estes indivíduos que possuem características de altas habilidades/superdotação para fins de estigmatização, pois a finalidade da educação especializada atua sob outro pressuposto. Identificá-los precisa ter por objetivo o de proporcionar-lhes atividades de estimulação adequadas, como propõe os programas de enriquecimentos escolares, para que desenvolvam, assim, suas respectivas habilidades.
 Assim, levando em consideração as características dos alunos com altas habilidades apresentada neste documento, pode-se perceber que estes não apresentam um perfil homogêneo, variando de acordo com o contexto sociocultural em que estão inseridos. 
Da se inicio ao desenvolvimento afirmando a importância da interação e das relações sociais que o processo de aprendizagem se efetiva é um fator que ajuda para o melhor desenvolvimento do aprendizado do aluno é o docente saber utilizar adequadamente os materiais pedagógicos como suporte na ajuda a superar as limitações do processo aprendizagem. Ademais afirmam Candau e Moreira:
[...] numerosos estudos e pesquisas têm evidenciado como essa perspectiva termina por vincular uma visão homogênea e padronizada dos conteúdos e dos sujeitos presentes no processo educacional, assumindo uma visão monocultural da educação e, particularmente, da cultura escolar. (2003, p.160).
 Portanto dentro das indagações feitas ate o momento, verifica-se que, entre os vários problemas que trateiam a educação, a evasão escolar apresenta-se como um grande desafio àqueles que estão envolvidos com o referido direito. É uma questão fundamental, a ponto do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecer a necessidade ser partilhado tal problema, para evitar a sua ocorrência, deixando de ser um problema exclusivo da instituição de ensino, mais de todos os agentes formadores, como os educadores, sociedade e políticas públicas. Quando tais conjunturas se verificam, constata-se que o direito à educação não está sendo devidamente reverenciado, justificando a necessidade de mediação das políticas públicas, conforme descritos na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
 Portanto as mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de todos possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades. Isso exige do professor uma mudança de postura além da redefinição de papeis que possa assim favorecer o processo de inclusão. Mais do que incluir, precisamos integrar. A integração é bem mais do que colocá-las dentro de uma sala de aula e fazê-la acreditar que ela é, e o que ela não é. Mais do que ajudarmos na socialização dessas crianças é necessário fazê-las entender os seus problemas, as suas individualidades e suas potencialidades. 
 Segundo Piaget a aprendizagem é um processo de construção e reconstrução no desenvolver das estruturas cognitivas, afirmando que:
A aprendizagem é, portanto, um processo de construção e reconstrução de conhecimentos, apoiado na ação do sujeito sobre o objeto e dependente do desenvolvimento da inteligência, ou seja, para o indivíduo aprender determinado conteúdo é necessário ter desenvolvido dadas estruturas cognitivas que propiciem esse aprendizado. (Alencar et. al.2009, p. 128).
 O diagnostico para verificar os alunos com dificuldades de aprendizagem difere de outros modelos de intervenção, posto que o foco final é o aluno, pode ter diferenças consideráveis: enquanto alguns pedagogos trabalham diretamente com o aluno, orientam-no e, inclusive, manejam tratamentos educacionais individualizados, outros combinam momentos de intervenção direta com intervenções indiretas, no caso de uma avaliação pedagógica), centradas nos agentes educacionais que interagem com ele (no próprio processo de avaliação pedagógica, na tomada de decisões sobre o plano de trabalho mais adequado para esse aluno). São frequentes as consultas formuladas por um professor ao psicopedagogo em relação a um aluno que não vai manter nenhum contato direto com esse profissional.
O PCN’s trata a educação e a aprendizagem como uma questão social e, diz-se que:
(...) a educação para a cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos, buscando um tratamento didático, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. Com isso, o currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que novos temas possam ser incluídos. (Brasil, 1998, p. 25).
 O papel do professor é planejar as aulas, traçar objetivos, explicar a matéria, escolher métodos e procedimentos didáticos, dar tarefas e exercícios, controlar e avaliar o progresso dos alunos destina-se, acima de tudo, a fazer progredir as capacidades intelectuais dos alunos. A escola já tem seu papel social e educacional, tendo como objetivo principal, formar cidadãos e oferecer a prática de competências e habilidades, pois os problemas de aprendizagem são multíplices e o diagnóstico propício de cada um é indispensável para poder conceber as estratégias de condução e tratamentos adequadas. Se a escola e os envolvidos no processo educacional aderirem as tais reflexões, esse procedimento os levará ao caminho de novas práticas, de novas estratégias pedagógicas, que resulta em um ensino diferenciado de qualidade e sucesso. 
 Finalizando as indagações apontadas ate aqui Pérez (2006), ao tratar sobre a identificação dos alunos com altas habilidades, entende que:
[...] identificar não pode significar “diagnosticar”, no sentido clínico, ou rotular, como se fez durante muito tempo, submetendo as pessoas a testes psicométricos que avaliam algumas poucas habilidades (apenas a linguística, a lógica-matemática e a espacial), e falham na detecção das habilidades em outras áreas de inteligência (como a musical, a corporal cinestésica, a naturalista, a intrapessoal e a interpessoal). [...] Identificar significa saber quem são as pessoas com AH/SD, onde estão e quais são suas verdadeiras necessidades para, então, sim formular as medidas necessárias para que a escola se adapte a elas, como deve ser (2006, p. 170).
 Neste sentido, é importante saber quem são os alunos com altas habilidades, para poder identificá-los e atendê-los, adaptando a organização escolar às necessidades dos alunos, para que estes não adormeçam seus talentos ou percam o interessepela escola e venham á evasão escolar. 
3. CONCLUSÃO
 Conclui-se que o estudo teórico realizado para elaboração do presente artigo permitiu afirmar que o professor deve ser um pesquisador de sua própria prática e ser propulsor de diferentes saberes no exercício de sua ação docente. Todavia que, para o docente melhorar sua prática, necessita-se que este tenha experiência e consciência de que precisa de uma formação contínua, no sentido de aperfeiçoar sua ação pedagógica, do saber experiencial, o que, sem dúvida poderá colaborar para a aquisição, dos outros saberes, com mais amplitude e com o enriquecimento da prática pedagógica.
 Diversos apontamentos foram levantados no corpo do texto que buscaram apresentar uma exposição e reflexão sobre alunos portadores de NEE envolvendo os superdotados. Procurou mostrar, como é visto, na Educação Especial, sob o aporte legal e sua consequência no atendimento.
 Verificou-se também que a escola brasileira não tem cumprido seu papel em incluir o atendimento educacional especial a essa parcela de alunos e, menos ainda, desconhece a possibilidade da dupla NEE desses indivíduos. Provavelmente, uma das causas que impede o reconhecimento de talento em pessoas com dificuldades físicas, sensoriais, intelectuais, funcionais e síndromes esteja nos mitos e preconceitos acerca dessas pessoas. São vistas como incapazes e que são forçadas a se normalizarem pelo sistema educacional formado vigente em nossas escolas que os impede de se desenvolverem.
Observou-se que a formação docente para educação inclusiva não se limita aos cursos de pós-graduação, ela vai afora, o profissional da educação deve ter a formação continuada, fazer novos cursos que lhe proporcione melhores práticas. Ademais é notório afirmar que a experiência da vivencia no meio é importante para o docente, pois por meio do seu trabalho cotidiano na escola é que ele aprende, reestrutura a aprendizagem, faz descobertas e, portanto, é no ambiente escolar que ele aprimora sua formação. Porem sabe-se que não é uma tarefa fácil ser professor, ainda existem alguns problemas que intervém e faz-nos a repensar quanto à escolha dessa profissão.
REFERÊNCIAS
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GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
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MOREIRA, A. F. B; CANDAU, V. M. Educação escolar e cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação; n. 23, Maio/ Jun/ Ago, 2003.
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PÉREZ, Susana Graciela Pérez Barrera. O atendimento educacional ao aluno com Altas Habilidades/Superdotação na legislação da Região Sul do Brasil: os lineamentos para concretizar uma quimera. In: FREITAS, Soraia Napoleão. Educação e altas habilidades/superdotação: a ousadia de rever conceitos e práticas. Santa Maria: ed. da UFSM, 2006. 
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