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1 NEUROPSICOÉDAGOGIA E AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 Neuropsicopedagogia, Psicopedagogia e Educação Inclusiva ................ 3 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DA SOCIEDADE INCLUSIVA ........................................................................................................................... 5 A Educação Especial na sociedade inclusiva: uma breve apresentação do tema ........................................................................................................... 8 Construção uma sala inclusiva: intervenção pedagógica e estratégias metodológicas no atendimento a crianças com NEE .................................... 11 COMO A NEUROPSICOPEDAGOGIA APERFEIÇOA Á APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ............................................... 15 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 30 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Neuropsicopedagogia, Psicopedagogia e Educação Inclusiva De acordo com Elaine Andrade Gomes, pedagoga com especialização em Neuropsicopedagogia com ênfase na educação inclusiva, a Neuropsicopedagogia tem sua análise inserida no contexto em que se desenvolve o processo de aprendizagem, a leitura dos problemas que emergem da e na interação social voltada para o sujeito que aprende, buscando compreender os fatores que intervêm nos problemas, discriminando o particular e o geral, o específico e o universal, na busca de alternativas de ação para uma mudança significativa nas posturas frente ao ensinar e ao aprender, pautada em uma essência específica e diferenciada da Psicopedagogia. A Psicopedagogia, portanto, é a área de estudo da Neuropsicologia que avalia, diagnostica, estuda e intervenciona frente à aprendizagem humana e suas intercorrências considerando a compreensão do sujeito enquanto aprendiz, dotado de complexidades, peculiaridades e inseguranças, sendo obrigado a tomar decisões avaliativas além ou aquém de sua realidade cognitiva. A nova política nacional para a Educação Especial determina que todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola regular. Por isso, a importância de valorizar a Formação Continuada, reuniões periódicas com troca de experiência entre os professores, e a necessidade de mudanças em toda sociedade reforçando a importância do respeito e da valorização das diferenças. Nesta perspectiva, Elaine afirma que a formação de professores precisa remodelar-se para atingir os objetivos de um ensino especializado em todos os alunos: “A qualificação profissional deve ser feita através da adaptação de currículos dos cursos de licenciatura, que atualmente estão estruturados para atender apenas a parcela da população considerada ‘normal’, excluindo os alunos que necessitam de uma atenção diferenciada.” Segundo a educadora, os professores só poderão adotar este comportamento se forem convenientemente equipados com recursos 4 pedagógicos, se a sua formação for melhorada, se lhes forem dados meios de avaliar seus alunos e elaborar objetivos específicos, se estiverem instrumentados para analisar a eficiência dos programas pedagógicos, preparados para a superação dos medos e superstições e contarem com uma orientação eficiente nesta mudança de postura para buscar novas aquisições e competências. De acordo com a pedagoga, as universidades estão proporcionando cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação nesta área, com destaque para a Neuropsicopedagogia, que vem formando profissionais para ajudar na inclusão e no ensino aprendizado das crianças com deficiências. Porém, Elaine alerta que estes profissionais não podem diagnosticar distúrbios, somente quem pode fazê- lo são os médicos, que são habilitados para tal. Síndrome ou deficiência Deficiência é um desenvolvimento insuficiente, em termos globais ou específicos, ou um déficit intelectual, físico, visual, auditivo ou múltiplo (quando atinge duas ou mais dessas áreas). Síndrome é o nome que se dá a uma série de sinais e sintomas que juntos evidenciam uma condição particular. Na opinião de Elaine, o professor que leciona para alguém com diagnóstico que se encaixa nesse quadro precisa saber que é possível ensiná-lo: “O educador não precisa saber tudo sobre todas as síndromes e deficiências. Vai se atualizar e aprender conforme o caso. A inclusão na sala de aula está sendo aprendida no dia a dia, com experiências de cada professor. Não existe formação dissociada da prática, estamos aprendendo ao fazer”. A deficiência existe e é preciso levá-la em consideração. Neste sentido, torna-se de grande importância não subestimar as possibilidades, nem as dificuldades. As pessoas vivem suas vidas em um constante processo de aprendizagem, e o papel da escola é ensinar para a vida, o processo ensino- aprendizagem permite tanto ao educador quanto ao educando trocar experiências, ocasionando assim um constante aprendizado, considerando a escola o melhor ambiente para as pessoas projetarem seu futuro. 5 Não existe inclusão sem colaboração Elaine entende a colaboração como trabalho em conjunto uma tarefa coletiva que não se constrói por lei ou por decreto, mas pela ação colaborativa do governo, de profissionais da saúde e da educação em conjunto com as próprias pessoas com necessidades especiais. Dentro da escola, torna-se necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar no planejamento de ações e programas voltados à temática. Docentes, diretores e funcionários apresentam papéis específicos, mas precisam agir coletivamente para que a inclusão escolar seja efetivada nas escolas. Com base nessas informações, pode-se perceber que são necessárias mudanças profundas no sistema educacional vigente a fim de garantir o cumprimento dos objetivos da inclusão. De acordo com Elaine, na escola inclusiva o ideal é o professor não fingir que as diferenças não existem, mas trabalhar o respeito, a cooperação e a solidariedade na sala de aula. Quando o aluno é aceito e respeitado independente de suas limitações, ele passa a ter mais tranquilidade e segurança para pedir ajuda e cometer erros, onde ocorre o aprendizado. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DA SOCIEDADE INCLUSIVA A escola da contemporaneidade é o espaço da diferença e da confluência de culturas e da diversidade. Diante desse quadro social, emerge a necessidade de ampliação e redimensão dos saberes e das práticas educativas, afim de que esta escola se constitua como um espaço de reconhecimento e valorização dessas diferenças, conforme os argumentosque sustentam o discurso da inclusão social, como princípio básico de garantia dos direitos do cidadão. No cenário nacional existem diversas leis que arregimentam essas propostas. Dentre elas, destaca-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394/96 desenvolvidas sob as normas da Lei Maior (Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988) e que destaca o direito de educação para todos. Há também organismos internacionais, que por meio de 6 Conferências Internacionais, onde se reúnem vários países, têm por objetivo de reforçar a ideia de inclusão social e, portanto, educacional. Ilustramos essa questão, listando, por exemplo: i) a Convenção dos Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 20 de novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de setembro de 1990; ii) a Declaração de Jomtien, elaborada no Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada na cidade de Jomtien, na Tailândia, em 1990; iii) a Cúpula Mundial das Crianças, ocorrida nos dias 29 e 30 de setembro de 1990, em Nova York; iv) a Declaração de Salamanca, resultante da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas, realizada em Salamanca, Espanha, de 07 a 10 de junho de 1994; v) a Carta para o Terceiro Milênio, escrita e aprovada no dia 9 de setembro de 1999, em Londres - Grã-Bretanha; vi) a Convenção de Guatemala, resultante da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, aprovada pelo Conselho Permanente na sessão realizada em de 28 de maio de 1999; vii) a Declaração Internacional de Montreal, aprovada em 5 de junho de 2001 pelo Congresso Internacional e Sociedade Inclusiva, realizado em Montreal, Quebec, Canadá. Esses e muitos outros documentos têm fundamentado as discussões e concepções que orientam as práticas educativas, alicerçado a ideia de que todos possuem o mesmo direito: o de frequentar a mesma escola, independente de raça, cor, religião, sexo ou qualquer tipo de deficiência. Essas orientações constituem-se como “substância visível da política” (MULLER; SUREL, 2002, p. 14), constituindo um movimento social que busca transcender os limites da teoria e materializar ações que promovam a inclusão social. 7 Mediante esse contexto, a escola deve desenvolver, a partir dessa legislação vigente, condições de acesso e permanência do aluno na escola, através de propostas pedagógicas que promovam a interação entre os alunos e o contexto social, o que pressupõe uma ressignificação das concepções de currículo, gestão e metodologias de ensino que efetivamente, promovam a inclusão do aluno. Segundo Carvalho: A proposta da educação inclusiva não representa um fim em si mesmo, como se, estabelecidas certas diretrizes organizacionais, a escola melhorasse, num passe de mágica. Muito mais do que isso, pretende-se, a partir da análise de como tem funcionado o nosso sistema educacional, identificar as barreiras existentes para a aprendizagem dos alunos, com vista às providências políticas, técnicas e administrativas que permitam enfrentá-las e removê-las. Pretende-se identificar processos que aumentem a participação de todos os alunos, reduzindo-lhes a exclusão na escola e garantindo-lhes sucesso em sua aprendizagem, além do desenvolvimento da autoestima (CARVALHO, 2003, p. 149). Diante dessa abordagem, percebe-se que um dos principais objetivos da escola inclusiva é reduzir a exclusão social através dos seus mecanismos, oferecendo uma educação de qualidade a todos, transformando cada vez mais a realidade da comunidade ao seu redor. É nesta perspectiva, portanto, que se situa a modalidade Educação Especial, que dentro de um contexto de sociedade inclusiva busca organizar ambientes favoráveis para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que reconheçam, compreendam e valorize os diferentes ritmos de aprendizagem dos sujeitos, que se expressam de maneira singular devido a fatores biológicos, culturais e socioeconômicos, exigindo do professor, a necessidade de envolver a todos no processo ensino aprendizagem. Considerando essa proposta, discutimos sobre as possibilidades de realização de práticas pedagógicas neste sentido, que propiciem o bem estar e o desenvolvimento dos alunos, construindo assim, uma aprendizagem mais significativa, em que os educandos com necessidades especiais aprendam a observar, analisar, comparar, dialogar, raciocinar, sintetizar e questionar, ampliando seu desenvolvimento cognitivo, e criando possibilidades para a 8 libertação das amarras sociais impostas pela lógica estrutural da sociedade excludente. Apresentada a proposta, buscamos desenvolvê-la a partir de uma abordagem qualitativa no tratamento da questão, por meio de um estudo bibliográfico, com o objetivo de discutir sobre a modalidade Educação Especial no contexto da educação inclusiva, apontando para possibilidades de articulações pedagógicas no ensino e aprendizagem de crianças com deficiências. A Educação Especial na sociedade inclusiva: uma breve apresentação do tema Um dos pressupostos básicos para que a escola promova um ensino inclusivo, baseado em concepções e paradigmas que valorizem e respeitem as singularidades dos sujeitos da aprendizagem é o entendimento do que significa Educação Especial e Educação Inclusiva, considerando-se as principais relações, diferenças e articulações que esses termos assumem dentro do campo teórico-conceitual em que estão imersos; e considerando-se ainda, que “mudanças na terminologia são necessárias para refletir as mudanças políticas e práticas; - um exemplo específico é a mudança de “especial” para “inclusiva””, conforme propõe a Declaração de Salamanca (1994, p. 32). No âmbito legal e pedagógico, para que se entenda melhor o significado da Educação Especial, é necessário situar os níveis e modalidades de educação escolar. Na estrutura do sistema educacional brasileiro, conforme a LDB, compreendem-se como níveis, a Educação Básica e o Ensino Superior; e a modalidade é como o indivíduo poderá receber a formação dentro da Educação Básica, que se subdivide em: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. “Ela pode ser oferecida no ensino regular e nas modalidades de educação de jovens e adultos, educação especial e educação profissional, sendo que esta última pode ser também uma modalidade da educação superior” (OEI, s/d, p. 35). De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), essas modalidades educacionais devem se organizar no espaço escolar por meio de processos educacionais próprios, definidos em 9 uma proposta pedagógica, que visa assegurar um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educando. De tal modo, para Ferreira, pode-se considerar que a Educação Especial: [...] abrange, como princípio, o conjunto de serviços educacionais não disponível nos ambientes sócio educacionais “normais” ou “regulares”. Ela visaria o atendimento e a promoção do desenvolvimento de indivíduos que não se beneficiariam significativamente de situações tradicionais de educação, por limitações ou peculiaridades de diferentes naturezas (FERREIRA, 1993, p. 17) As crianças com deficiências a serem atendidos durante o processo educativo deverão ser aqueles que aparentemente apresentarem dificuldades e limitações durante os processos de aprendizagem propiciados pela escola. Quando se observar que esse sujeito não está acompanhando as atividades curriculares, como os demais alunos, é necessário averiguar as causas. Estas podem não estar vinculadasàs causas orgânicas específicas, podem estar relacionadas às condições sociais e culturais do contexto, que algumas vezes limitam o aluno. Este poderá ter dificuldade no aprendizado em função da comunicação ou mesmo por outros fatores. Há de considerar ainda nesse processo, os alunos que apresentam elevado grau de facilidade e desenvoltura no aprendizado, maior que os demais alunos, como são os casos dos alunos superdotados e com altas habilidades, para os quais também deverá haver ensino especial. Questão que a LDB foi muito nobre em acrescentar à Educação Especial, pois reconhece que a Educação Especial não é destinada somente para aqueles que apresentam dificuldades, diminuindo assim, parte dos preconceitos e discriminações. Este é o verdadeiro significado da Educação Especial compreendida dentro da Educação Nacional, oportunizando condições para que todos os alunos tenham oportunidade de superar as barreiras sociais que muitas vezes, os impedem de ter acesso aos direitos sociais que assegurem sua cidadania e 10 dignidade plena, em conformidade com o artigo 22 da LDB: “A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Desse modo, muito mais que direito a exercer a cidadania; a Educação Especial está hoje presente em todas as Leis3 que estruturam a organização social do país e todos podem ter acesso a essas Leis, cumpri-las e fazê-las cumprir, com o intuito de superar os fatores que dificultam a aprendizagem e a inclusão dos alunos com NEE no contexto da escola regular. Fatores que dificultam o aprendizado do aluno com necessidade especial Um questionamento bastante discutido é: Todos os alunos com dificuldades no aprendizado seriam considerados deficientes? Essa visão positivista de homem, do mundo e da sociedade está ainda muito presente na educação atual, como consequência de teorias conservadoras, cujos princípios ligam-se a manutenção desse modelo de sociedade na qual estamos inseridos que selecionam as pessoas para excluí-las, uma vez que nossa sociedade funciona através de mecanismos discriminatórios de “coerção normalizadora e fabricação ininterrupta de desviantes” (WANDERLEY, 1999, p. 08). A dificuldade em aprender refere-se às situações difíceis, ocasionadas por fatores individuais, como limitação física ou cognitiva; ou fatores sociais, como falta de acessibilidade aos espaços sociais; vivenciadas pela criança, adolescente ou adulto durante o processo de construção do conhecimento. Essas dificuldades, muitas vezes, podem ser superadas com metodologias adequadas utilizadas pelos professores, outras vezes não, necessitando da ajuda de outros profissionais tanto da área da educação, como da saúde, constituindo assim, um campo interdisciplinar no processo de intervenção pedagógica, onde se situam, pedagogos, psicopedagogos, neuropsicopedagogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos etc. Essas dificuldades de aprendizagem são consideradas os “sintomas” e comportamentos específicos apresentados pelos sujeitos, e, portanto, é pela 11 intensidade com que eles se apresentam e pela duração que eles têm na vida escolar que se faz necessária a busca das possíveis causas. Existem segundo Oliveira, vários fatores que podem desencadear as dificuldades de aprendizagem: Orgânicas: cardiopatias, encefalopatias, diferenças sensórias motoras, intelectuais, disfunção cerebral e outras enfermidades de longa duração. Psicológicas: desajustes emocionais provocados pela dificuldade que a criança tem de aprender, o que gera ansiedade, insegurança e autoconceito negativo. Pedagógicas: métodos inadequados de ensino, falta de estimulação pela pré- escola dos pré-requisitos à leitura e a escrita, falta de percepção, por parte da escola, do nível de maturidade da criança, iniciando uma alfabetização precoce; relacionamento professor/aluno deficiente; não domínio do conteúdo e do método por parte do professor, atendimento precário das crianças devido à superlotação das classes. Socioculturais: falta de estimulação (criança que não faz a pré-escola e também não é estimulada no lar), desnutrição, privação cultural do meio, marginalização com dificuldades de aprendizagem pelo sistema de ensino comum (OLIVEIRA, 2013, p. 25). Detectar a causa que interfere no desempenho escolar, principalmente da criança, é fundamental para o seu bom rendimento escolar, desde que as causas sejam trabalhadas. Existem várias maneiras para se constatar uma dificuldade da criança em aprender, mas o ponto de partida é o próprio desempenho do aluno, uma vez que as dificuldades da aprendizagem apresentam características próprias, que requerem um estudo e intervenção, a fim de compreender as causas, as “raízes” do problema, que desvelarão os rumos e as prioridades de ações a serem tomadas para, então, melhorar o processo de ensino e aprendizagem, partindo do nível de aprendizagem em que o aluno está e lançando desafios que oportunizem condições para o seu desenvolvimento social e intelectual. Construção uma sala inclusiva: intervenção pedagógica e estratégias metodológicas no atendimento a crianças com NEE Depois de identificadas as dificuldades enfrentadas pela criança na escola, uma intervenção pedagógica deve ter como objetivos: prevenir e 12 minimizá-las. Para tanto, é necessário que o professor tenha o conhecimento e domínio de diferentes métodos e formas de ensinar, levando em consideração as múltiplas dificuldades apresentadas em uma sala de aula heterogênea, em que cada criança já traz consigo uma convivência de mundo; - mundos diferentes. A ação docente deve ser a mais dinâmica e próxima da realidade, fazendo com que teoria e prática se firmem e tenha sentido para a criança, de maneira articulada e simultânea, buscando através da exploração de diferentes atividades, desenvolver as habilidades necessárias, promovendo a descoberta e a inserção da criança no mundo, sem que sofra alguma marginalização social, tendo em vista que, a ideia de um ensino inclusivo em nossas escolas, parte, de imediato, do pressuposto de que: Constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003, p. 37). A escola regular, de qualquer nível ou modalidade de ensino, ao viabilizar a inclusão de alunos com necessidades especiais, deverá promover a organização de classes comuns e de serviços de apoio pedagógico especializados. Extraordinariamente, poderá promover a organização de classes especiais, para atendimento em caráter transitório. Seguiremos agora com a definição dos serviços de apoio pedagógico especializados, que de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001) são: Classes comuns: Serviço que se efetiva por meio do trabalho de equipe, abrangendo professores de classe comum e da educação especial, para o 13 atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. Pode contar com a colaboração de outros profissionais, como psicólogos escolares, por exemplo. Salas de Recursos: serviço de natureza pedagógica,conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino. Esse serviço realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que apresentarem necessidades educacionais semelhantes, em horário diferente daquele em que frequentam a classe comum. Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para trabalhar com alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino. Professores-intérpretes: são profissionais especializados para apoiar surdos, surdo-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de comunicação e sinalização. (MEC/SEESP, 2001, p. 50) Seguindo-se essas orientações, a escola será, efetivamente, um lugar certo para que a inclusão possa acontecer na vida do aluno, imprimindo um caráter valorativo e cidadão em seu processo de desenvolvimento social. Pela conjectura proposta, os alunos serão integrados às propostas pedagógicas do currículo básico, assistidos quando necessário pelo professor da educação especial e outros profissionais capacitados. Por isso, é fundamental também, que não somente o professor, mas toda a equipe da escola seja capacitada para promover situações que sejam favoráveis à valorização das identidades, das diferenças e por fim, de aprendizagens significativas, considerando-se que: A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns de ensino regular, como meta das políticas de educação, exige interação constante entre professor da classe comum e os de serviços de apoio 14 pedagógico especializado, sob pena de alguns educandos não atingirem rendimento escolar satisfatório (MEC/SEESP, 2001, p. 51). Para a realização desse continuum interacional presente no ensino, é importante que todos os professores de Educação Especial e os que atuam em classes comuns tenham formação para as respectivas funções, principalmente os que atuam em serviços de apoio pedagógico especializado. De acordo com Batista: A formação continuada de professores é mais uma estratégia fundamental para atualização e aprofundamento do conhecimento pedagógico comum e especializado. Esta formação, preferencialmente acontecerá, a partir dos próprios casos de atendimento, pois esse é um material vivo, que propicia uma visão subjetiva que o professor responsável pela sala de aula ou por esse atendimento terá para dar conta da complexidade dos alunos e do seu processo de aprendizagem (BATISTA, 2006, p. 27). No cerne da efetivação dessas práticas, situa-se Atendimento Educacional Especializado (AEE), como uma proposta de legitimação da inclusão na escola. As atividades desenvolvidas no espaço objetivam orientar a aprendizagem, por meio da ratificação, elaboração e organização de recursos que eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos, e desenvolva autonomia e independência escolar e fora dela. É uma oferta obrigatória pelos sistemas de ensino e deve ser realizado obrigatoriamente em turno inverso ao da classe comum que o aluno está matriculado. Conta-se nesse trabalho, com diferentes recursos multifuncionais, aproveitando-se de suas funcionalidades pedagógicas, uma vez que são essencialmente mediadores do conhecimento, possibilitando uma efetiva relação pedagógica de ensino e aprendizagem. Para Ropoli: O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte integrante do projeto político pedagógico da escola (ROPOLI, 2010, p. 17). 15 Importante esclarecer ainda, que o apoio proposto nas salas de AEE não constitui um reforço escolar, mas um serviço de educação especial, que “identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008, p. 15), desenvolvido a partir das habilidades dos alunos, portanto não há a obrigatoriedade de tarefas específicas. No intuito de compreender as principais dificuldades dos alunos, com as quais a escola se depara, o AEE, pode ser compreendido ainda, conforme Batista como: [...] uma nova proposta, que marca uma grande virada no entendimento que a educação Especial propiciará em favor da inclusão, em todos os níveis de ensino. [...] garante a inclusão escolar de alunos com deficiência, na medida em que lhes oferece o aprendizado de conhecimentos, técnicas, utilização de recursos informatizados, enfim tudo que difere dos currículos acadêmicos que ele aprenderá nas salas de aula das escolas comuns. Ele é necessário e mesmo imprescindível, para que sejam ultrapassadas as barreiras que certos conhecimentos, linguagens, recursos representam para que os alunos com deficiência possam aprender nas salas de aulas comuns do ensino regular. Portanto, esse atendimento não é facilitado, mas facilitador, não é adaptado, mas permite ao aluno adaptar-se às exigências do ensino comum, não é substitutivo, mas complementar ao ensino regular (BATISTA, 2006, p. 26). Dessa forma, a inclusão escolar refere-se ao processo de educar/ensinar, no mesmo grupo, crianças com ou sem NEE, durante parte ou totalidade do tempo. A proposta do AEE age no sentido de assegurar um ensino de qualidade, garantindo o acesso e a permanência dos alunos na escola, formando cidadãos críticos capazes de agir na transformação da sociedade COMO A NEUROPSICOPEDAGOGIA APERFEIÇOA Á APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL Neste século novas mudanças e desafios sobre educação nos levam a ter um olhar bem diferenciado para o indivíduo, desenvolvendo práticas de ensino utilizado pelo professor afinal todos nós somos capazes de aprender independentemente de suas limitações. Faz-se necessário uma cultura de aprendizado que gere conhecimento. 16 Segundo Demo (2001), Assmann (2001), Morin (2002), cabe ao educador adotar um trabalho de parceria, instaurando condições indispensáveis para que o aprendiz desenvolva a inteligência e não simplesmente a memorização. A busca por uma aprendizagem com eficiência dispõe de mecanismos inovadores através da neurociência. Diante deste pressuposto o artigo trata, no primeiro momento em que descreve o contexto geral da pesquisa, introduzindo a importância da neuropsicopedagogia como ferramenta de ensino, revelando o problema de pesquisa, justificativa e sua importância como estudo. O segundo momento destina-se ao professor como ator participe do processo de aquisição dos conhecimentos, bem como a legislação vigente. O terceiro momento caracteriza- se de uma revisão bibliográfica abordando questões consideradas relevantes para o escopo da pesquisa. O quarto momento explica como o trabalho foi desenvolvido e, por fim no quinto momento traz-se para a discussão o professor e o seu papel dentro da inclusão, tornando-se peça primordial nesse processo Nesse sentido as ciências do cérebro, que avançam adicionando informações científicas essenciais para a melhor compreensão do aprendizado como fenômeno complexo contemporâneo das ações educacionais. O homem percebe o mundo através dos seus sentidos percepção e sua memória. Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações.A aquisição é também chamada de aprendizagem só se “grava” aquilo que foi aprendido, a evocação é também chamada recordações, lembranças, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos aquilo que foi aprendido. (IZQUIERDO, 2002. p. 9). A citação acima apresenta um dos papéis da Neuropsicopedagogia segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky, as crianças elaboram conhecimentos sobre a leitura e escrita passando por diferentes hipóteses, baseada em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações que dependem das interações delas com seus pares. Desse modo a aprendizagem e neurociência interagem em conjunto corpo e mente O processo de aprendizagem permite uma compreensão mais adequada do aprender e do ensinar, superando as 17 dificuldades tanto do aprendiz quanto daquele que ensina buscando otimizar a adoção de condutas de ensino e de aprendizagem. Segundo Paulo Freire, (1996.): O Professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro da rigorosidade do pensar certo, nega como falsa a fórmula farisaica do ¨faça o que eu mando e não o que eu faço¨. Diante de tal afirmação a adoção de condutas de ensino e de aprendizagem requer uma ação interventiva, pois, como pode o educando com dificuldade, trabalhar conteúdos que outrora nunca vistos se tornando desinteressante a ponto de uma formiga no canto superior da sala fazer toda a diferença em uma aula expositiva e sem valor algum para seu aprendizado. Segundo as considerações acima é possível afirmar que o ato de aprender é um ato complexo, não envolve somente a questão de memorizar os conteúdos, é muito mais do que isso; aprender envolve emoção, interação, alimentação, descanso, motivação entre outros. Permite um melhor entendimento da aprendizagem e consequente aprimoramento da didática. A aprendizagem humana necessita de diferentes olhares da escola para o sujeito cognoscente, pois, cada indivíduo tem maturação biológica diferentes estratégias para facilitar o raciocínio. A língua é um código que tem que ser decifrado por alunos com dificuldades, investigar e trabalhar alternativas metodológicas na aquisição da leitura e escrita entrelaçadas a habilidades psicomotoras, memória letra espelhada e aglutinação de palavras, dificuldades em separação silábica e coordenação motora com movimentos de pinçar que permite a coordenação motora fina, troca de dominância manual visão contralateral. As ferramentas utilizadas para o desenvolvimento da criança fazem toda diferença no ato de aprender ter conhecimentos sobre as dificuldades de aprendizagem pode ajudar o professor a distinguir as diferenças e permite traçar o processo de intervenção sabendo diferir os rótulos, estigmas até exclusão proporcionando novas relações entre o aprender, o aluno e a escola. 18 Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca, experiência, interações sociais, aprendizagem, um sem fim de relações. Ter acesso ao modo como cada pessoa se forma é ter em conta a singularidade da sua história e, sobretudo, o modo singular como age, reage e interage com os seus contextos. Um percurso de vida é assim um percurso de formação, no sentido em que é um processo de formação (MOTA, 1992, p.115). O neuropsicopedagogo como mediador deverá promover um ensino igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em aprendizagem não podemos esquecer da inclusão, não estamos falando só dos deficientes e sim da escola também, onde a diversidade se destaca por sua singularidade, formando cidadãos para a sociedade. Diante desse exposto destaco algumas discussões que trouxeram benefícios ao atendimento educacional especializado: • Em 2001 – As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial - Na Educação Básica propõe mudanças através da CNE/CEB nº 2/2001, determinando no artigo 2º. Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, 2001) • Plano Nacional de Educação - PNE, Lei nº 10.172/2001 - Destaca que o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta atendimento à diversidade humana. (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, 2001) • Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) - O Artigo 24 dessa Convenção reconhece o direito à educação sem discriminação e com igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência. Deverão assegurar que: 1. As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência; 19 2. As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem; 3. Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas; 4. As pessoas com deficiência recebem o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; 5. Efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, compatível com a meta de inclusão plena. Decreto nº 6.571/2008- Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, consolida diretrizes e ações já existentes, voltadas à educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Ele regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 9394/1996, destinando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) ao atendimento educacional especializado de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação matriculados na rede pública de ensino regular. Consta ainda neste decreto, as ações que serão realizadas pelo Ministério da Educação para o Atendimento Educacional Especializado. Dentre essas ações estão a implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, a formação de professores para o AEE, a formação de gestores e professores para a educação inclusiva, as adaptações arquitetônicas das escolas, a produção e distribuição de recursos para a acessibilidade. Parecer nº 13/2009- homologado no dia 23 de setembro, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que trata das diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado para os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados em classes regulares e no atendimento educacional especializado. O objetivo desse parecer é garantir recursos de acessibilidade, bem como estratégias de desenvolvimento da aprendizagem, previstos no projeto político- 20 pedagógico da escola. A ação vai ao encontro da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, que orienta os sistemas educacionais na organização e oferta de recursos e serviços da educação especial de forma complementar. Fica evidente que a preocupação com a inclusão vem sendo algo propagado em grande escala não apenas com a população, mas com as entidades governamentais e sociedade em geral, o que vem a contribuir na melhoria de vida dessas crianças e adolescentes. A família é peça fundamental e primordial na vida de qualquer criança. Em se tratando de uma criança especial é também fonte de conhecimento no que diz respeito à aprendizagem das questões sociais básicas. No início da infância, as interações ocorridas exercem uma ação importante no desenvolvimento social das crianças, estudos divulgam que a voz dos pais é capaz de ser compensada com outros estímulos: como o sorriso, demonstrações de carinhoe carícias. Em relação à interação dos pais de crianças portadoras de necessidades especiais no sentido de promover a inclusão, a Declaração de Salamanca é bem clara: “Pais constituem parceiros privilegiados no que concerne as necessidades especiais de suas crianças, e desta maneira eles deveriam, o máximo possível, ter a chance de poder escolher o tipo de provisão educacional que eles desejam para suas crianças” (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.14). Na escola, o aluno com necessidades especiais é de responsabilidade de toda a unidade escolar, ao contrário do que muitos pensam, de que esta responsabilidade é só do professor. Todos devem estar envolvidos e auxiliar esses alunos, pois muitos estão entrando nas escolas e precisam ter compreensão da mesma, sobre o que é ensinar. Carvalho (1997) afirma: Todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes à minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagem ou marginalizados [...] No contexto 21 destas Linhas de Ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. CARVALHO (1997, apud Mendes, pag. 21, 2011). Contudo, a efetivação de uma prática educacional inclusiva não será garantida somente por meio de leis, decretos ou portarias, ou seja, é necessário que a escola esteja preparada para trabalhar com os alunos com necessidades educacionais especiais, independentemente de suas diferenças ou características individuais. Em lei, muitas conquistas foram alcançadas. Entretanto, precisamos garantir que essas conquistas, expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo não tem conseguido garantir a democratização do ensino, permitindo o acesso, a permanência e sucesso de todos os alunos do ensino especial na escola. (MIRANDA, 2003, p.06). Com a inclusão, a preocupação é de preparar a criança para estar na escola, ajudando-a a adquirir as habilidades que precisa. Não há preocupação de mudanças na escola. Prepara-se a criança para estar na escola, como ela é (MARTINO, 1999). Porém, segundo Mantoan (2006, apud Mendes, pág.26, 2011), pais de crianças com necessidades especiais e alguns educadores brasileiros não são favoráveis à educação inclusiva, chegando ao ponto de sugerirem que se faça a “inclusão às avessas”, trazendo crianças sem “deficiência” para estudarem nos institutos que promovem educação especial. “O desafio maior que temos hoje é convencer os pais, especialmente os que têm filhos excluídos das escolas comuns, de que precisam fazer cumprir o que nosso ordenamento jurídico prescreve quando se trata do direito à educação”. A escola tem papel fundamental para a aprendizagem e facilitando da inclusão, quer fornecendo material didático adaptados, quer oferecendo cursos aos educadores com a finalidade de conhecer novas práticas de ensino e adaptando o currículo escolar e a própria escola para atender a individualidade de cada educando. Para isto, há a necessidade de currículos apropriados e adaptados para cada necessidade, mudanças organizacionais, estratégias de 22 ensino e uso de recursos diferenciados, pessoal preparado, todo um suporte pedagógico, estrutural e material. A escola tem o dever de fornecer os serviços de apoio pedagógico especializado, ou outras alternativas encontradas, em comum acordo com a família. A escola para ser inclusiva precisa, segundo Stainback (1999), reconhecer e responder às necessidades diversificadas de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando educação de qualidade para todos. Nesta atual conjuntura o neuropsicopedagogo é de grande importância, pois, está assegurando as perspectivas inferidas em lei trabalha no cerne cognitivo, no desejo e na vontade de aprender melhorando e ampliando habilidades e talentos latentes, desenvolve o atendimento e avaliação que objetivam identificar as dificuldades que estão prejudicando o aprendizado fluindo sem entraves, oferecendo ferramentas de auto superação cognitiva, intelectual e emocional contribuindo com a crescente autoconfiança e motivação para o aprendizado. Sendo assim intermédia, ajuda e auxilia na motivação da criança ou adolescente para o estudo, através de estímulos e métodos apropriados e personalizados para cada indivíduo respeitando seus modos e canais de aprendizagem e colaborando com a crescente autonomia cognitiva do neuroaprendiz no exercício do pensar, refletir, atentar, memorizar, associar ideias, despertar a curiosidades, a criatividade. São focos permanentes do trabalho de um profissional da neuropsicopedagogia que também emprega como recurso principal a realização de entrevista operativas dedicadas a expressão e comportamentos na busca de um diagnóstico. A opinião de Barbosa2 é clara quando argumenta que: "Transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar uma atividade prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de: construir ou de desconstruir o conhecimento; transformar ou ampliar o que se sabe; relacionar conhecimentos entre si e com vida; ser co-autor ou autor do conhecimento; 23 permitir-se experimentar diante de hipóteses; partir de um contexto para a descontextualização e vice-versa; operar sobre o conhecimento já existente; buscar o saber a partir do não saber; compartilhar suas descobertas; integrar ação, emoção e cognição; usar a reflexão sobre o conhecimento e a realidade; conhecer a história para criar novas possibilidades". Este processo consiste em romper de vez com dogmas tradicionalista, haja vista que hoje temos ferramentas importantes que nos fornece parâmetros para uma educação diferenciada e não excludente que torna a educação no atendimento especializado pragmático e real, afirmando que todos têm direito á educação. A partir dessa realidade vivida, é que surgiu a proposta de se investigar a seguinte problemática: de que forma as Neurociências pode contribuir ou interferir na formação e no exercício da prática neuropsicopedagógica, ou seja, de que forma as Neurociências pode influenciar no desempenho efetivo do neuropsicopedagogo ao lidar com os obstáculos e desafios enfrentados pelos alunos durante o processo de aprendizagem e, em especial, os provenientes de uma trajetória marcada pelo insucesso escolar ou por algumas deficiências. Nesse sentido, ao trilhar os caminhos da docência, tanto na sala de aula quanto na equipe de triagem da educação especial do município de Marabá, trabalhando com crianças na sala de recurso multifuncional, está mesma realidade ainda era sentida profundamente, ou seja, que o fracasso escolar era um grande desafio a ser superado. Só que dessa vez, em um papel oposto, ou seja, como neuropsicopedagoga e assim deveria, então, exercer uma prática pedagógica de forma consciente e eficaz e, conforme as metas educacionais estabelecidas teriam como missão. A avaliação que complementa suas impressões e achados junto a equipe multiprofissional que é composta por psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e professor de educação física. Visando aprofundar tal investigação para realizá-la o diagnóstico clínico. É um dos componentes críticos da avaliação e intervenção, pois nela se fundamenta as decisões voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades dos alunos, promovendo melhores condições para o seu desenvolvimento. 24 Ela é um processo compartilhado de coleta e análise de informaçõesrelevantes acerca dos vários elementos que intervêm no processo de ensino e aprendizagem, visando identificar as necessidades educativas de determinados alunos ou alunas que apresentem dificuldades em seu desenvolvimento pessoal ou desajustes com respeito ao currículo escolar por causas diversas, e a fundamentar as decisões a respeito da proposta curricular e do tipo de suportes necessários para avançar no desenvolvimento das várias capacidades e para o desenvolvimento da instituição (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2007, p. 279). A avaliação neuropsicopedagogica envolve: 1. A identificação dos principais fatores responsáveis pelas dificuldades da criança. Precisamos determinar se se trata de um distúrbio de aprendizagem ou de uma dificuldade provocada por outros fatores (emocionais, cognitivos, sociais...). Isto requerer que sejam coletados dados referentes à natureza da dificuldade apresentada pela criança, bem como que se investigue a existência de quadros neuropsiquiátricos, condições familiares, ambiente escolar e oportunidades de estimulação oferecidas pelo meio a que a criança pertence; 2. O levantamento do repertório infantil relativo as habilidades acadêmicas e cognitivas relevantes para a dificuldade de aprendizagem apresentada, o que inclui: conhecimento, pelo profissional, do conteúdo acadêmico e da proposta pedagógica, à qual a criança está submetida; investigação de repertórios relevantes para a aprendizagem, como a atenção, hábitos de estudos, solução de problemas, desenvolvimento psicomotor, linguístico, etc.; avaliação de pré-requisitos e/ou condições que facilitem a aprendizagem dos conteúdos; identificação de padrões de raciocínio utilizados pela criança ao abordar situações e tarefas acadêmicas, bem como déficits e preferências nas modalidades percentuais etc.; 3. A identificação de características emocionais da criança, estímulos e esquemas de reforçamento aos quais responde e sua interação com as exigências escolares propriamente ditas. Ela deve ser um processo dinâmico, pois é nela que são tomadas decisões sobre a necessidade ou não de intervenção neurosicopedagógica. Se é demanda de fonoaudiologia, psiquiatria 25 e neurologia e outros. Ela é a investigação do processo de aprendizagem do indivíduo visando entender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado. Inclui entrevista inicial com os pais ou responsáveis pela criança, análise do material escolar, aplicação de diferentes modalidades de atividades e uso de testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e dificuldades apresentadas. Durante a avaliação podem ser realizadas atividades matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento e outras funções cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos. Diagnóstico não deverá somente fundamentar uma deficiência, mas apontar as potencialidades do indivíduo. Não é simplesmente o que este tem, mas o que pode ser e como poderá se desenvolver. É de extrema relevância detectarmos, através do diagnóstico, o momento da vida da criança em que se iniciam os problemas de aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, faz muita diferença constatarmos que as dificuldades de aprendizagem se iniciam com o ingresso na escola, pois pode ser um forte indício de que a problemática tinha como causa fatores intraescolares (BOSSA, 2000, p. 101). METODOLOGIA O presente artigo busca analisar a temática proposta sobre o processo de aquisição e desenvolvimento das habilidades escolares dos alunos de marabá no departamento de educação especial, será pautado na investigação bibliográfica a respeito do tema proposto de forma a atingir a maior veracidade possível no processo de aprendizagem através do processo Neuropsicopedagógico. Faz-se necessário destacar que a neurociência pode ajudar muito a todos os indivíduos, mas especialmente aqueles com transtornos, síndromes e dificuldades de aprendizagem uma vez que tem o entendimento da plasticidade cerebral, da busca de novos caminhos para aprendê-lo das múltiplas inteligências proposta por Gardner. Para abarcar adequadamente o campo da cognição humana, Gardner considera que é necessário: [...] “Incluir um conjunto muito mais amplo e mais universal de competências do que comumente se considerou". Nesta direção, autor define inteligência como "a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais. “Gardner diz no início 26 de seu livro (1994, p. 7)" (...) existem evidências persuasivas para a existência de diversas competências intelectuais humana relativamente autônomas abreviadas daqui em diante como 'inteligências humanas'. Estas são as 'estruturas da mente' do meu título. A exata natureza e extensão de cada 'estrutura individual não é até o momento satisfatoriamente determinada, nem o número preciso de inteligências foi estabelecido. Parece-me, porém, estar cada vez mais difícil negar a convicção de que há pelo menos algumas inteligências, que estas são relativamente independentes umas das outras e que podem ser modeladas e combinadas numa multiplicidade de maneiras adaptativas por indivíduos e culturas. (GARDNER 1994). Haja vista que entender a conexão cérebro x aprendizagem é um dos grandes desafios educativos. Considerando que a neurociência é uma ciência nova, pode-se dizer que através dos conhecimentos neuropsicopedagógicos existe a possibilidade de entender como se processa o desenvolvimento de aprendizagem de cada indivíduo, proporcionando-lhe melhorias nas perspectivas educacionais e dessa forma desmistificar a ideia de que a aprendizagem não ocorre para alguns; na verdade sempre acontecerá a aprendizagem, entretanto para alguns ela vem acompanhada de muita estimulação, atividades diferenciadas, respeitando o ritmo de desenvolvimento do indivíduo. Dentro desta perspectiva o contexto educativo deve estar pautado em formas diferentes de aprendizagem, pois, as atividades são exploradas segundo as possibilidades e interesses dos alunos, após serem livremente escolhidos por eles e também através de observações como: debates, pesquisas, registros escritos, falados e vivências. São alguns dos processos pedagógicos indicados para a realização de atividades dessa natureza. Por meio desses e de outros processos pedagógicos, os conteúdos das disciplinas vão sendo espontaneamente chamados para melhor esclarecer os temas, assuntos em estudos. Frente a está posição a deficiência de um aluno não é motivo para que o professor deixe de proporcionar o melhor de sua prática de ensino, professor dono do saber! Hoje já não funciona mais. Diante da transição de educação que busca o professor mediador fazendo a diferença indo à busca do conhecimento e trabalhando no contexto do cotidiano do aluno proporcionando a liberdade e 27 troca de saberes com seus pares permitindo ao docente aprenderem juntos com a prática, pois, com a constituição de 1988, esse aluno tem direito a educação como todos os demais colegas sem deficiência e também a educação especial como modalidade de ensino que é transversal a todos os níveis e modalidades. Portanto é importante superar as dificuldades de cada educando, diminuindo as barreiras das diferenças, sem se esquecer de valorizar as potencialidades individuais. Afinal, todos nós temos qualidades. Ter conhecimento sobre dificuldades ou distúrbio de aprendizagem pode ajudar o professor na análise que possibilite distinguir as diferenças e permitir traçar o processo de intervenção, pois, a investigação é um trabalho através de metodologias alternativas que vise o aprimoramento das habilidades psicomotoras, aglutinação das palavras, a partir de um dado estimulo sensorial ou ambiental, o dia-a-dia tanto na escola com seus pares quanto com a família de forma que a ação do aprender influencie novos comportamentos,atitudes e conhecimento que comecem a perceber o mundo não só através dos olhos. Porém com conquistas ampliando as possibilidades de controle de suas atividades e observações feitas no momento, que significa o ato de aprender, o professor não é somente o facilitador, e sim o observador de uma aprendizagem significativa e relevante para o processo de ensino e aprendizagem. O contexto educacional deve estar embasado em formas diferentes de aprendizagem. Nessa perspectiva instaurar um processo inovador através da neurociência, não seria ousar demais, pois, os estudos apontam o avanço e as técnicas que permitem traçar a intervenção adequada para cada criança com dificuldade ou distúrbio de aprendizagem. Pensando nessa problemática está também o professor que é ator principal e mediador facilitador da aprendizagem. Apesar de estar diante de problemas inerentes a sala de aula como situação de risco do aluno, psicológicas, sociais e de aprendizagem que ocorre no dia-a-dia. Essa queixa é frequente. Porém observamos que esses profissionais comentam em seus relatórios de observação as deficiências e as dificuldades da criança, fazendo comparações com as outras ditas normais. Esquecendo que o aprender perpassa por vários estágios e o potencializador do raciocínio lógico e da aprendizagem é trabalhar os quatro campos funcionais: o movimento, a 28 emoção, inteligência e afetividade que está inserida no meio, dentro deste novo paradigma, ou seja, pressuposto educacional o trabalho e a visão do professor está diante de seus olhos que não podem enxergar somente o que está a sua frente, porém o que está por trás deste aluno, olhares que farão toda a diferença tanto em suas atividades da vida diária quanto na compreensão e capacidade de aprender, passando a enxergar este discente como indivíduo capaz de se relacionar com seus pares e participar da educação de forma que o ensino seja efetivamente para todos. Para enriquecer as funções cognitivas, conativas e executivas, a interação do professor-aluno tem que ser mais intensa e intencional, o processo ensino- aprendizagem tem que ser mais midiatizado e com uma acessibilidade aumentada para todos, onde seja possível focar mais a colocação de perguntas ou questões de desafio cognitivo, conativo e executivo, onde os alunos tenham que pensar mais antes de responder, onde as várias funções sejam diretamente treinadas e onde as estratégias meta cognitivas sejam mais trabalhadas. Não está em jogo o enriquecimento curricular, está mais em jogo o enriquecimento do potencial de aprendizagem dos alunos. Visto que a inclusão está em todos os campos necessários para o indivíduo em sociedade, sem precisar viver a mercê de ministério público para que seus direitos sejam garantidos e efetivados. Visto que estão em Lei seus direitos, trabalhar a pessoa especial ou dita normal é transformar, fazer a diferença. Para vermos construídos nosso lego de encaixe da vida, onde procuramos várias formas e posições de encaixe e depois podemos estabelecer a melhor forma do aprendente acomodar seus conhecimentos para absorver a aprendizagem, isto demonstra que somos capazes de mudar a realidade do ser humano com dificuldades ou distúrbios de aprendizagem e/ou somente ajudar no ajuste do aprender do aluno dito normal, sabemos que não é fácil, pois são grandes os desafios para uma educação de qualidade no município de Marabá. Tendo em vista que o processo e longo tentamos otimizar o serviço para que nosso alunado não seja prejudicado fazemos parcerias com a APAE, CREAS, CRAS, conselho da pessoa com deficiência, conselho tutelar, 29 unifesspa, capes e outros. Para que flua melhor o atendimento clínico para aqueles que estão aguardando laudos. Portanto faz-se necessário que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem sejam leitores e pesquisadores de problemas de aprendizagem para que possa os possibilitá-los a entender melhor como se dá a aprendizagem de forma significativa, não é uma tarefa fácil conhecer o cérebro, influência de fatores intra e extras escolares e como podem ser trabalhados de forma a minimizar problemas de aprendizagens no dia-a-dia da escola. 30 REFERÊNCIAS BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. COLL, César; MARTÍN, Emília. O construtivismo na sala de aula. 6. ed. Itapecerica: Ática, 2006. GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Porto Alegre: Artes Médicas, c1994. ________________. Neuropsicopedagogia: novas perspectivas para a aprendizagem. Questionário feito na web. Disponível em https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0Ajdvj5rzWfcSdDRBWTRfTU5P cy12b2 5oVDk2WjBmLVE#gid=0 VIGOTSKY, L. S. L. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo: Ícone/Edusp, 1988. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Salamanca-Espanha, 1994. FERREIRA, J. R. A exclusão da diferença. Piracicaba: UNIMEP, 1993. FERREIRA, M. E. C.; GUIMARÃES, M. Educação inclusiva. Rio de Janeiro: DP & A, 2003. MULLER, Pierre; SUREL, Ives. Análise das políticas públicas. Pelotas: EDUCAT, 2002. NORONHA, Eliane Gonçalves; PINTO, Cibele Lemes. Educação Especial e Educação Inclusiva: aproximações e convergências. 1-9 p. Publicado em 2011. Disponível em: < http://www.catolicaonline.com.br/semanapedagogia/trabalhos_completos /EDUCA%C3%87%C3%83O%20ESPECIAL%20E%20EDUCA%C3%87%C3% 83O%20INCLUSIVA- 31 %20APROXIMA%C3%87%C3%95ES%20E%20CONVERG%C3%8ANC IAS.pdf > Acesso em: 04 abr. 2014. OEI. ESTRUTURA GERAL DO SISTEMA EDUCACIONAL. Sistema Educativo Nacional de Brasil. s/d, p. 35-41. Disponível em: < http://www.oei.es/quipu/brasil/estructura.pdf >. Acesso em: 20 fev. 2016. OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1993. ROPOLI, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010.
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