Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADMINISTRAÇÃO GERAL PROF. MSC. ERICO SANGIORGIO EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS A Teoria Geral da Administração começou com a ênfase nas tarefas (atividades executadas pelo operários em uma fábrica), através da Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação Humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde, desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A ênfase nos ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Esta posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO -A estrutura administrativa das organizações, nas quatro primeiras décadas do século XX, se fundamentou na Abordagem Clássica da Administração, que teve suas origens com: -As consequências da Revolução Industrial (1860-1914), com o crescimento acelerado e desorganizado das empresas e organização da produção em massa. - O liberalismo, que gerou a livre concorrência, a maximização do lucro e a não intervenção do Estado. -O método Científico de Descartes. - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. - A necessidade de melhorar o rendimento e garantir a competição que crescia aceleradamente. - Aumento do contingente de assalariados. CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS -Na Escola da Administração Clássica, duas correntes se formara: a Administração Científica, fundada por Frederick W. Taylor e também representada por Henry Ford, e a Teoria Clássica da Administração, com representação Máxima de Henri Fayol. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO -Frederick Winslow Taylor (1856-1915), lançou as bases da Administração Científica. -O francês Jules Henri Fayol (1841-1925), precursor da Teoria Clássica. - Em resumo: A Abordagem Clássica da administração é composta por duas Escolas ou teorias. A OBRA DE TAYLOR Taylor observou que uma das principais questões do seu tempo era como Aumentar a produtividade e ao mesmo tempo a satisfação do trabalhador, fato tido como origem dos principais problemas econômicos e sociais de sua época. Sua resposta foi a proposição de um novo métodos de trabalho objetivando aumentar a produtividade. Afirmava que a administração científica resultaria em maior produtividade, menos esforço físico, aumento da remuneração e por consequência, maior satisfação do operário e do empregador. Podemos dividir os estudos de Taylor em duas fases, cada uma respectiva as suas duas principais publicações. Primeira fase: Dedicada a determinar a forma justa de remuneração , a estudar sistematicamente o tempo e os movimentos empregados na realização do trabalho, a definir o tempo-padrão para cada tarefa e a determinar sistemas ótimos (one best way) de administração de tarefas. Segunda fase: Dedicada a aprofundar suas observações sobre a realização de tarefas e a definir e consolidar os princípios gerais de administração. PRIMEIRO PERÍODO DE TAYLOR -Corresponde a publicação de sua obra “Shop Management” (Administração de Oficinas) ,em 1903. -Foco: Racionalização do trabalho do operário, por meio do Estudo dos Tempos e Movimentos (motion-time study). -Estudo feito junto aos operário, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os. -Verificou que o operário médio produzia muito menos do que do que era capaz. Quando o operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que o colega menos produtivo , acaba se desmotivando. Foco na remuneração EM ESSÊNCIA, TAYLOR DIZ EM SHOP MANAGEMENT QUE: 1. Remuneração: O objetivo da Administração é pagar atos salário e obter baixos custo unitários de produção 2. Padronização: A Administração deve utilizar métodos científicos e formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle de operações 3. Seleção: Os empregados devem ser cientificamente selecionados para postos de trabalho nos quais as ferramentas, os materiais e as condições físicas de trabalho seja cientificamente determinados. 4. Treinamento: Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja cumprida; 5. Cooperação: Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre os administradores e os trabalhadores, para garantir a aplicação dos princípios administrativos e dos métodos de trabalho. SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR 1. Vadiagem sistemática dos funcionários. 2. Desconhecimento da gerência das rotinas de trabalho e do tempo necessário para a sua realização; 3. Falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho. Este período é marcado pelo livro “Princípios de Administração Científica” (1911), onde Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da organização e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Segundo Taylor, as organizações de sua época sofriam de três enfermidades: SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR • MEDO DO DESEMPREGO: O falso conceito de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca o desemprego; • OCIOSIDADE O sistema deficiente de administração que força os operários à ociosidade no trabalho para proteger interesses pessoais. Receio à mudança; • MÉTODOS INEFICIENTES: Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais os operários desperdiçam grande parte de seus esforços e tempo. Para Taylor, havia três causas para esta vadiagem sistemática nos postos de trabalho: Organização Racional do Trabalho (ORT) Segundo Taylor, a administração deveria ser estudada de forma científica e não de forma empírica. A improvisação deve ceder lugar para o planejamento, assim como o empirismo deve ceder lugar para a ciência. O lugar de destaque ocupado por Taylor se deve ao fato de ter sido o primeiro a fazer uma análise completa do trabalho, incluindo os movimentos e tempos. Ele pregou a padronização dos modos de execução, o treinamento de funcionários, a especialização. 4.3 ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO (ORT) Taylor verificou que os funcionários obtinham o conhecimento para execução de suas tarefas do trabalho através da observação de funcionários mais experientes. Ele notou que este fato resultava em diferentes métodos empregados na execução da mesma tarefa. Sempre há técnicas e ferramentas melhores que as demais. Estas técnicas e ferramentas podem ser encontradas, analisadas e aperfeiçoadas de forma científica através de um estudo de tempos e movimentos, substituindo métodos empíricos por métodos científicos. Dessa forma é possível estabelecer um padrão para a organização através de uma pesquisa. Isto foi chamado de Organização Racional do Trabalho (ORT). Segundo Taylor, os operários não tinham competência, nem formação ou meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer de forma científica o método ou ferramenta mais eficiente. Os supervisores deixavam sob a responsabilidade dos seus subordinados a escolha da melhor técnica de execução do trabalho. A Administração Científica ocorre uma realocação e divisão das responsabilidades. A gerência é responsável pelo planejamento e supervisão do trabalho dos operários, enquanto o operário, apenas executa (apropriação do saber fazer). ESTUDO PRÁTICO Nas usinas de Bettlehem, 500 operários eram diariamente ocupados no carregamento de minério e de cinzas. Os golpes de pá de minério eram tão pesados que os operário encarregados desse serviço ficavam extenuado em pouco tempo e depois quase nada produziam. Ao contrário os golpes de pá de cinzaeram tão leves que no fim do serviço os operário haviam despendido uma parte irrisória de suas forças disponíveis. Procurou, então, Taylor, em 1º lugar determinar qual o peso ótimo de cada golpe de pá. Depois de várias tentativas, e experiências mostrou que esse peso ótimo era de 10 kg. Passou em seguida, a projetar uma pá de foram e dimensões tais que cada golpe de pá pegasse esses 10 kg. Como os materiais a carregar eram de densidades tão diferentes (minérios e cinzas), para cada espécie de carregamento adotou uma forma de pá. Com esse simples alteração feita a partir do estudo sobre pás Taylor obteve os seguintes resultados: A turma primitiva de 500 homens ficou reduzida a 140 (72% de redução). No fim do dia, cada operário que carregava em média 16 toneladas, passou a carregar 59 toneladas, com o mesmo dispêndio total de energia. A ORT é baseada nos seguintes princípios: 1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos; 2. Estudo da fadiga humana; 3. Divisão do trabalho e especialização do operário; 4. Desenho de cargos e tarefas; 5. Incentivos salariais e prêmios de produção; 6. Conceito de Homo Economicus (Homem Econômico); 7. Condições ambientais de trabalho, como iluminação e conforto; 1. Análise do trabalho e Estudo dos Tempos e Movimentos; ANÁLISE DO TRABALHO: O trabalho é mais bem executado e de forma mais econômica através da análise do trabalho. Isto é através da divisão e subdivisão dos movimentos de uma tarefa. Taylor percebeu que a decomposição das tarefas em seus movimentos permitia a sua análise e a sua reprodução em uma série ordenada de movimentos. TEMPOS E MOVIMENTOS: O Estudo dos Tempos verificava o tempo médio que cada operário levava para executar uma determinada tarefa. A este tempo médio eram adicionados os tempos mortos e elementares (esperas, saídas dos operários para resolução de outros assuntos) formando o chamado tempo padrão. No estudo dos Movimentos, os movimentos inúteis eram eliminados, enquanto os úteis eram simplificados. 1. Elimina movimentos inúteis e os substitui por outros mais eficazes; 2. Racionaliza a seleção e treinamento de pessoas; 3. Melhora a eficiência do operário e o rendimento da produção; 4. Distribui uniformemente o trabalho, para não haver falta ou excesso do mesmo; 5. Oferece uma base para salários e bonificações. Suas Principais Vantagens Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos; O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização dos métodos de trabalho e a fixação dos tempos padrões e traz outras vantagens: Como dito anteriormente Frank B. Gilbreth, juntamente com sua esposa Lilian, seguiram os passos de Taylor. Gilbreth era um engenheiro e se interessou pelo tratamento humano proposto por Taylor. Ele concluiu que todos os movimentos podiam ser reduzidos a um conjunto de movimentos elementares, chamados de therblig. Os Movimentos Elementares (Therbligs) Frank Bunker Gilbreth (1868-1924) THERBLIG O therblig é usado no estudo da economia do movimento na área de trabalho. Uma tarefa na área de trabalho é analisada pelo registro de cada uma das unidades de therblig (chegou-se a um número de dezesseis), usadas no processo, com os resultados otimiza-se o labor manual pela eliminação de movimentos desnecessários. A palavra therblig é o reverso da palavra Gilbreth, com o 'th' tratado como uma letra. Ex: A tarefa de colocar parafusos representa 07 movimentos: (1) Pegar o parafuso, (2) Transporta-lo até a peça (3) posicioná-lo,(4) pegar e (5) transportar a chave de fenda até o parafuso, (6) utilizá-la (7) posicioná-la na situação anterior. Os Movimentos Elementares (Therbligs) 1. Procurar 2. Escolher 3. Pegar 4. Transportar vazio 5. Transportar cheio 6. Posicionar (colocar em posição) 7. Preposicionar (preparar para colocar em posição) 8. Unir (ligar ou amontoar) 9. Separar 10. Utilizar 11. Soltar a carga 12. Inspecionar 13. Segurar 14. Esperar inevitavelmente 15. Esperar quando evitável 16. Repousar 17. Planejar O estudo dos movimentos é baseado na anatomia e fisiologia humana. Neste sentido, Gilbreth realizou estudos estatísticos sobre os efeitos da fadiga na produtividade dos operários. A fadiga, ele concluiu, predispõe os operários a diminuição do ritmo de produtividade, além da degradação da qualidade da mesma. Além disso, ela propicia a perda de tempos, aumento de rotatividade de pessoal, doenças e diminuição da capacidade de esforço. O Estudo dos movimentos tem uma tripla finalidade: Estudo da Fadiga Humana a) Evitar movimentos inúteis na execução da tarefa b) Executar de maneira econômica os movimentos uteis. c) Dar aos movimentos uma seriação apropriada Em outras palavras, a fadiga é um redutor de eficiência. Não é possível eliminar a fadiga, mas é possível reduzi-la. Para reduzir a fadiga, ele propôs princípios de economia de movimentos classificados em três grupos: Estudo da Fadiga Humana a) Relativos ao uso do corpo humano; b) Relativos aos arranjos de material do local de trabalho; c) Relativos ao desempenho das ferramentas e dos equipamentos. A Lei da Fadiga 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 1ª hora 2ª hora 3ª hora 4ª hora 5ª hora 6ª hora 7ª hora 8ª hora 9ª hora 10ª hora Relação entre Hora Produzida x Produtividade Partindo do princípio que não existe trabalho sem fadiga, Taylor corroborou, em suas experiências, que para cada tipo de trabalho existe uma duração ótima, além da qual, o rendimento diminui. Para Taylor, mesmo que seja pressionado o trabalhador só produz dentro dos limites de sua capacidade. Muitas vezes as horas extraordinárias só aumenta a “folha de pagamento”, pois o limite de resistência foi alcançado na jornada normal de trabalho. A Lei da Fadiga É a lei do “Trabalho Penoso”, correspondente ao esforço do “cavalo de carruagem”, em lugar do “cavalo de corrida”. Praticamente todos esse trabalhos consistem em movimentos de extensão ou flexão do trabalho, em outras palavras, a força do homem se exerce para empurrar ou puxar alguma coisa que ele segura com as mãos. A lei mostra que para cada um desse movimentos, o trabalhador só pode ficar sob o peso durante “certa parte do dia”. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 12 KG 22 KG 45 KG Trabalho Descanso Esforço x Descanso Uma das decorrências do estudo dos Tempos e Movimentos foi a Divisão do Trabalho e a Especialização dos Funcionários para aumentar a produtividade dos funcionários. Dessa maneira, cada funcionário passou a se especializar em uma única tarefa, ajustando-se aos padrões estabelecidos das organizações. Divisão do Trabalho e Especialização do operário A fábrica de alfinetes de Adam Smith Tomemos um exemplo de uma manufatura insignificante, mas na qual a divisão do trabalho tem sido frequentemente notada, o fabrico de alfinetes; um operário não treinado nesta atividade, e que não soubesse trabalhar com as máquinas nela utilizadas, mal poderia talvez, ainda que com maior diligência, produzir um alfinete num dia e não seria, com certeza, capaz de produzir vinte. Mas, da forma como esta atividade é atualmente levada a cabo, não só o conjunto do trabalho constitui uma arte específica como a maior parte das fases em que está dividido contribuem de igual modo ofícios especializados. Um homem puxa o arame, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça-o, um quinto afia-lhe o topo para receber a cabeça; o fabrico da cabeça requer duas ou três operações distintas; a sua colocação é um trabalho especializado como o é também o polimento do alfinete; até mesmo a disposição dos alfinetes no papel é uma arte independente; e a importante atividade de produzir um alfinete é, deste modo, dividida em cerca de dezoito operações distintas, as quais, nalgumasfábricas, são todas executadas por operários diferentes. Eu próprio vi uma pequena fábrica deste tipo, que empregava dez homens e onde, por consequência, vários deles executavam duas ou três operações distintas. Mas embora fossem muito pobres e não se encontrassem, por isso, muito bem apetrechados com a maquinaria necessária, eram capazes de produzir entre eles, quando nisso se empenhavam, cerca de doze libras de alfinetes por dia. Assim, aqueles dez homens produziam em conjunto mais de quarenta e oito mil alfinetes num dia. (…) O grande aumento da quantidade de trabalho que, em consequência da divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de executar deve-se a três circunstâncias: primeira, o aumento da destreza de cada um dos trabalhadores; segunda, a possibilidade de poupar o tempo que habitualmente se perdia ao passar de uma tarefa a outra; e, finalmente, a invenção de um grande número de máquinas que facilitam e reduzem o trabalho, e tornam um só homem capaz de realizar o trabalho de muitos.” Smith, Adam (1776), A Riqueza das Nações, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, pp. 79-83 Tarefa: é toda atividade executada por uma pessoa em seu trabalho. Ela constitui a menor unidade dentro da divisão de trabalho de uma organização. Cargo: é o conjunto de tarefas executadas de forma cíclica e repetitiva. Desenhar um cargo significa: especificar as tarefas que o compõe, os métodos de execução e a relação com os demais cargos existentes Administração Científica prega que o desenho de cargos seja feito de forma simples e elementar. A ênfase nas tarefas levou os engenheiros a simplificar os cargos para obter o máximo de especialização por parte de cada operário e, consequentemente, a maior eficiência. Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores Minimização dos custos de treinamento Redução de erros na execução Facilidade de supervisão, Aumento da eficiência Desenho de Cargos e Tarefas Incentivos Salariais e Prêmios de Produção Como forma de fazer o operário colaborar com os princípios idealizados, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de produção. A ideia era que os salários fixos não são estimulantes para uma postura colaborativa e altamente produtiva dos operários. Ele propôs que os operários fossem remunerados por sua produção. É estabelecido um patamar a ser alcançado periodicamente pelos funcionários. A produção conseguida acima da meta deve ser recompensada de forma adicional. Homo Economicus • Baseado nas ideias do Liberalismo e descrevia o homem como sendo: • Ser humano considerado previsível • Racionalidade absoluta • Motivado por incentivos monetários • Política de RH • Treinamento, Vigilância e pagamento Condições de Trabalho É certo que apenas a recompensa financeira não é suficiente para obter o máximo de produtividade dos operários. Era preciso de um conjunto de condições de trabalho que possibilitassem que a produtividade fosse aumentada: 1. Adequação de instrumentos de trabalho, equipamentos de produção aos processos para minimizar o esforço do trabalho 2. Arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo de produção; 3. Melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, ventilação, iluminação e conforte não reduzam a produtividade e eficiência do operário; 4. Projeto de instrumentos e equipamentos especiais para reduzir movimentos inúteis. 5. Padronização de métodos e de máquinas Taylor defendia a importância da padronização de máquinas, equipamentos, matérias primas e componentes e do uso de cartões de instrução para auxiliar os trabalhadores. O objetivo é reduzir a variabilidade e diversidade do processo produtivo, eliminando desperdícios e aumentando a eficiência. Supervisão funcional Taylor recomenda que a autoridade de gerir os operários deveria ser dividida entre vários supervisores, onde cada um é especializado em uma área diferente. Dessa maneira, cada supervisor tem uma autoridade funcional. A autoridade funcional é relativa e parcial. Para Taylor a melhor estrutura de organização era a funcional. APLICAÇÃO DO MÉTODO 1 º passo: Isolar a tarefa na menor unidade possível 2º passo: Selecionar um trabalhador modelo 3º passo: Estudar e cronometrar os movimentos exatos desse trabalhador 4º passo: Redesenhar o espaço de trabalho eliminando movimentos desnecessários 5º passo: Treinar o trabalhador quanto ao modo melhor e mais eficiente de desempenhar essa tarefa. Diagrama de Estudo dos Tempos e Movimentos APLICAÇÃO PRÁTICA Um caso clássico é a aplicação prática feita por Frank B. Gilbreth, do método científico proposto por Taylor. Gilbreth utilizou a administração científica afim de conseguir tornar mais eficiente o trabalho de assentar tijolos de um grupo de pedreiros. Ao observar o trabalho dos pedreiros, ele constatou que eles realizavam 18 movimentos na tarefa de assentar os tijolos. Após a análise da tarefa e eliminação dos chamados gestos mortos, ou seja, que não agregam valor a tarefa, e com a elevação dos tijolos ao nível da mão dos pedreiros com a instalação de um cavalete, esse número de movimentos caiu para 5 movimentos. Isto aumentou substancialmente a velocidade do trabalho levando a um aumento de produtividade de 300%, e a economia de um terço da energia dos trabalhadores. Assim Taylor defende que seu método não consiste em se trabalhar mais. O que se pede é que cada trabalhador dentro do seu ritmo normal e adequado faça movimentos eficientes em vez de movimentos ineficazes. Nas palavras de Taylor, “existe o jeito certo de fazer um trabalho e o jeito errado. O jeito certo significa aumento da produção, custos mais baixos, salários mais altos e maiores lucros. Ambas as partes devem estar satisfeitas, os dirigentes com o aumento da produtividade e os operários com o salário maior com menos trabalho”. Princípios da Administração Científica de Taylor Para Taylor a Gerência deve seguir quatro princípios, a saber: Princípio de Planejamento: os critérios individuais e as improvisações são substituídos por métodos científicos através de planejamentos dos métodos; Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os operários de acordo com as suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor. Prepara as máquinas e equipamentos de forma adequada para as tarefas que serão realizadas com as mesmas; Princípio do Controle: o trabalho deve ser analisado para verificar se ele está sendo da forma adequada e com os métodos estabelecidos; Princípio da Execução: as atribuições e responsabilidades devem ser distribuídas para que a execução do trabalho seja disciplinada. Princípios da Administração Científica de Taylor Princípio de Exceção: Todas as ocorrências que se desenvolvem dentro dos padrões de normalidade não devem chamar a atenção do gerente; já as ocorrências excepcionais, que ocorrem fora dos padrões de normalidade, é que devem chamar sua atenção, para que ele possa, assim corrigir os desvios e alcançar a normalidade. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=kfKSiTB5mairqM&tbnid=yPpLy8P0vxf-0M:&ved=0CAUQjRw&url=http://blogdocatunda.blogspot.com/2011/03/principio-da-excecao.html&ei=l2ICU8K6IsbckQfjq4CgDg&bvm=bv.61535280,d.eW0&psig=AFQjCNGSf4u3Q72XDEP4GBk6nG9NJ9ieZA&ust=1392751623696297 TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO -Jules Henri Fayol (1841- 1925), precursor da Teoria Clássica. Formou- se em engenharia de minas e entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera onde fez sua carreira. Fayol expôs sua obra Administração Industrial Geral (1916) os pressupostos de sua Teoria de Administração. O engenheiro se tornou uma espécie de herói por ter recuperado uma problemática mineradorae tê-la transformado em um dos negócios mais bem-sucedidos da França. -Henri Fayol enfatizou com seus estudos a estrutura e a forma da organização, divulgando os Princípios da Administração. -Princípios da Departamentalização: Segundo Fayol toda organização pode ser dividida em seis grupos de funções essenciais: ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 1- Funções Técnicas: produção e manufatura 2 - Funções Financeiras: Utilização e distribuição do capital 3 - Funções Comerciais: Compra, venda de produtos e bens. 4 - Funções de Segurança: Proteção da propriedade, dos bens e pessoas. 5 - Funções Contábeis: Registros dos estoques, balanços custos, desempenho 6 - Funções Administrativas: Encarregadas de integrar e sincronizar as demais funções - funções do administrador (POCCC) Função Administrativa Função Comercial Função Contábil Função Financeira Função Técnica Função de Segurança Modelo Proposto por Fayol Modelo utilizado na atualidade Função Administrativa Marketing Gestão de Pessoas Área Financeira Área Financeira Área de Produção Função de Segurança -Segundo Chiavenatto (2000), na atualidade, tal visão está ultrapassada, uma vez que hoje as funções recebem o nome de áreas da administração geral, as funções técnicas recebem o nome de área de produção, manufatura ou operações, as funções comerciais, de área de vendas ou marketing. As funções de segurança passaram para um nível mais baixo. E, finalmente, surgiu a área de recursos humanos, ou gestão de pessoas. - Foi Fayol o primeiro a definir o ato de administra como o desempenho das tarefas de (POCCC) : FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR Planejamento: Traçar planos e examinar o futuro Organização: Montagem da estrutura humana e material Comando: Manutenção da atividade da empresa Coordenação: Harmonia entre atividade e esforço Controle: Cuidados tomados para a realização do plano traçado DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Fayol faz distinção entre esses dois termos. Segundo ele, não se deve confundi-los. Administração: Conceito amplo por envolver o planejamento, a organização, a direção, o controle e a coordenação de forma conectada. Organização: Significa o ato de organizar, estruturar, integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer as relações entre eles. DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Organização: O mesmo que formato, desenho organizacional ou estrutura organizacional - conjunto de órgãos e pessoas que constituem o aparato administrativo da empresa. Organização Funcional (Taylor) - é a forma estrutura baseada na especialização e na supervisão funcional, as linhas de comunicação são diretas, a autoridade é funcional (dividida por especialistas), e as decisões são descentralizadas. Organização Linear (Fayol) - é a forma de estrutura baseada em linhas únicas de autoridade e de responsabilidade e na qual predomina a aplicação do princípio de autoridade linear e do comando único. De conformação piramidal (cadeia escalar) e as decisões são concentradas na cúpula. ORGANIZAÇÃO LINEAR X FUNCIONAL PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 1 · Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência. 2 · Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de espera obediência, responsabilidade é uma consequência natural da autoridade. Ambos devem estar equilibrados entre si. 3 · Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos. 4 · Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única. 5 · Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo. 6 · Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares. 7 · Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição. 8 · Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização. 9 · Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando. 10 · Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. 11 · Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 12 · Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo tanto melhor. 13 · Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso. 14· Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização. CONCEITO DE LINHA E STAFF • Órgãos de Linha – são responsáveis pelo alcance dos objetivos básicos da organização, possuindo autoridade pela posição ocupada na estrutura organizacional. • Funções de Linha = aquelas diretamente relacionadas com os objetivos da empresa • Órgãos de Staff (assessoria) – são órgãos de assessoria, e ligam-se indiretamente aos objetivos básicos da organização através dos setores de linha e sua autoridade é apenas funcional. Os órgãos de staff não possuem autoridade de cargo conferido pela estrutura organizacional. • Funções de Staff = indiretamente relacionadas com os objetivos da organização. • Organização Linha-staff - é o formato estrutural híbrido que reúne características lineares (unidade de comando) e características funcionais (assessoria e consultoria). Também é denominada organização hierárquico- consultiva. IDEIAS BÁSICAS DA ESCOLA CLÁSSICA • DIVISÃO DO TRABALHO: Quanto mais dividido for o trabalho em uma organização, mais eficiente será a empresa. • ESPECIALIZAÇÃO: Quando mais o agrupamento de tarefas em departamentos obedecer ao critério da semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa. • BAIXA AMPLITUDE DE CONTROLE: Um pequeno número de subordinados para cada chefe e um alto grau de centralização das decisões, de foram que o controle possa ser cerrado e completo, tenderá a tornar as organizações mais eficientes. • IMPESSOALIDADE E BUSCA DE ESTRUTURAS IDEIAIS : O objetivo da ação é de organizar mais as tarefas do que os homens. Dessa forma, ao organizar, o administrador não deverá levar em consideração os problemas de ordem pessoal daqueles que vão ocupar a função. Deverá criar uma estrutura ideal. Segundo Motta (1999), as ideias básicas da Escola Clássica a respeito da organização podem ser sintetizadas nas seguintes proposições: EXERCÍCIO: 1 – Quais as funções básicas da empresa para Fayol ? 2 – Comente o conceito de administração para Fayol e a função administrativa. 3 – Comente os princípios gerais de administração para Fayol. 4 – Qual a diferença ente Administração e Organização. 5 – Defina Administração como ciência para Fayol. 6 – Defina a Teoria da Organização. 7 – O que é coordenação. 8 – Defina o conceito de linha e de staff. 9 - Comente os elementos de administração para Urwick. 10 - O que significa a abordagem simplificada da organização formal ? 11 -Explique o racionalismo na concepção da administração 12 – O que é teoria da máquina ? 13 – O que significa abordagem de sistema fechado. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA: FORD FORDISMO • Seguida do Taylorismo, uma outra abordagem da Administração Científica foi o Fordismo, criada por Hernry Ford, fundador da Ford Motor Company. • Provavelmente, o mais conhecido de todos os precursores da Administração Científica, Ford iniciou sua vida como mecânico; • Sua ideia: popularizar um produto antes artesanal e destinado a milionários, ou seja, vender carros a preços populares • Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produçãoem massa. Produção em massa: Fabricação de produtos não diferenciados em larga escala. Inconveniente da produção em massa: O cliente poderia escolher a cor que quisesse para o seu automóvel, desde que fosse a cor preta . FORDISMO • Grande caráter inovador para sua época. Fabricou o primeiro carro popular, desenvolveu um plano de venda e a assistência técnica de grande escala no modelo de atendimento aos clientes, além de ter criado as agências revendedoras próprias e, assim, mantinha o fluxo de vendas sob controle, além de concentrar os lucros. Ford determinou que sua empresa produziria desde a matéria-prima inicial ao produto final (de A a Z), o que reduziria custos de compras com terceiros e acabaria com os atrasos. Henry Ford (1863-1947), ao lado de seu clássico Ford T preto OS TRÊS PRINCÍPIOS BÁSICO DO FORDISMO • Para obter um esquema caracterizado pela aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico, Ford adotou três princípios básicos: • 1. Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado. • 2. Princípio da Economicidade: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima adquirida bem como o dos salários. A velocidade da produção deve ser rápida: "o minério sai da mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro, ao consumidor, na terça-feira, à tarde." (Henry Ford, My Life and Work, New York, 1923, pp.77-99). • 3. Princípio da Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem, assim o operário poderá ganhar mais, num mesmo período de tempo, e o empresário terá maior produção. A FALÊNCIA DO MODELO O sistema de controle altamente burocratizado A crise do petróleo nos anos 70 e a estagnação da economia A ascensão do Japão e outros novos concorrentes Os movimentos sociais iniciados na Europa FILME: Para entender melhor o contexto histórico e crítico do que temos discutido, assista ao filme “Tempos Modernos” (1936). http://www.youtube.com/watch?v=EGSY3FsOJn0 http://www.youtube.com/watch?v=EGSY3FsOJn0
Compartilhar