Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HIPOGLICEMIA – O limite inferior da normalidade para glicemia fetal durante a gestação é de 54 mg/dL. – Ao nascimento, após o clampeamento do cordão umbilical, o suprimento materno de glicose cessa de maneira abrupta e os níveis glicêmicos do recém-nascido caem rapidamente, diminuindo fisiologicamente. – Existe muita controvérsia sobre a definição numérica de hipoglicemia neonatal; – O manejo da hipoglicemia neonatal necessita ser cauteloso, levando-se em consideração o processo fisiológico de adaptação metabólica do recém-nascido, evitando a separação mãe – bebê e interferindo no processo da amamentação. HIPOGLICEMIA – Um razoável ponto de coorte, embora arbitrário, para tratar recém nascidos sintomáticos, é de 50 mg/dL (SBP); – Para o Ministério da Saúde a hipoglicemia é representada por valores glicêmicos inferior a 45mg/dL. – O objetivo é manter a glicemia maior que 45 mg/dL antes de cada dieta. – Níveis de glicemia (SBP) 1ª a 2ª hora de vida: 30 mg/dL 4ª a 6ª hora de vida: 45 mg/dL e 6ª a 12ª hora de vida: 45 mg/dL 3º dia de vida: acima de 60mg/dL -Cada hospital possui o seu protocolo. PRINCIPAIS AGRAVOS DO RN – Prematuridade; – Hiperbilirrubinemia neonatal; – Tocotraumatismos; – Distúrbios respiratórios do recém-nascido (Taquipneia Transitória do – RN, Síndrome da Aspiração de Mecônio e Síndrome da Angústia Respiratória do Recém-nascido); – Doenças de transmissão vertical. PREMATURIDADE PREMATURIDADE – Define-se como prematuridade, o nascimento de um feto antes de 37 semanas completas de idade gestacional; – Principal causa de morte neonatal e a segunda principal causa de morte em crianças menores de 5 anos, com sobrevida inversamente proporcional à idade gestacional no nascimento; – Epidemiologia: Estima-se que 11,1% dos partos do planeta (cerca de 15 milhões de nascimentos) sejam prematuros, com taxas que variam de 5% na Europa a 18% na África. A incidência destes recém-nascidos (RN) prematuros tem aumentado nas últimas décadas, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o avanço do conhecimento científico e da tecnologia tem permitido intervenções em idades gestacionais cada vez mais precoces. FATORES DE RISCO Parto prematuro anterior; Colo curto (< 25 mm); Baixo nível sócio econômico; Ansiedade; Gestação múltipla; Polidramnia; Anomalias uterinas; Doenças sexualmente transmissíveis; Descolamento prematuro de placenta; Uso de drogas; Extremos de idade materna (< 20 ou > 35 anos); Baixo peso materno; Anemias; Anomalias fetais.... CLASSIFICAÇÃO – Quanto ao fator desencadeante Espontâneo - representa 70-80% dos partos prematuros, sendo que 40-50% destes resultam de trabalho de parto prematuro (TPP) espontâneo e 20-30%, de ruptura prematura de membranas (RPMO). No entanto, a etiologia geralmente é multifatorial, destacando-se a associação com infecções. Iatrogênico – representa 20-30% do total de TPP, originando-se comumente de causa única e bem identificada, com a interrupção da gestação sendo motivada por patologias maternas ou fetais. PREMATURIDADE CLASSIFICAÇÃO – Quanto ao peso ao nascer Baixo peso - < 2.500g Muito baixo peso - < 1.500g Extremo baixo peso - <1.000g - Quanto a idade gestacional RNPT limítrofe – entre 35 e 366/7 s. RNPT moderado – entre 30 e 346/7 s RNPT extremo – inferior a 30 semanas HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL - ICTERÍCIA NEONATAL HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL - ICTERÍCIA NEONATAL – Definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta maior do que 1,3- 1,5mg/dl ou de bilirrubina direta superior a 1,5mg/dl, desde que esta representa mais do que 10% do valor de bilirrubina total; – A icterícia corresponde à manifestação clínica da hiperbilirrubinemia, tem frequência elevada no período neonatal e etiologia multifatorial; – Icterícia: coloração amarelada da pele, escleróticas e membranas mucosas consequente à deposição de bilirrubina, o qual se encontra em níveis elevados no plasma (hiperbilirrubinemia). HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL - ICTERÍCIA NEONATAL – Hiperbilirrubinemia Comum e benigna na maioria dos RN; Hiperbilirrubinemia indireta severa não tratada é potencialmente neurotóxica e a direta frequentemente significa doença hepática ou sistêmica grave ETIOLOGIA – A hiperbilirrubinemia divide-se em dois grandes grupos: 1. Por sobrecarga de bilirrubina aos hepatócitos (doenças hemolíticas hereditárias ou adquiridas, coleções sanguíneas extravasculares, policitemia, circulação entero-hepática aumentada) 2. Por deficiência ou inibição da conjugação (hipotireoidismo, icterícia do leite materno, Síndrome de Gilbert, Síndrome de Crigler-Najjar). METABOLISMO DA BILIRRUBINA – Fontes de bilirrubina: 75%: Hemoglobina dos eritrócitos; 25%: eritropoiese ineficaz mioglobina; citocromo e catalases. METABOLISMO DA BILIRRUBINA METABOLISMO DA BILIRRUBINA METABOLISMO DA BILIRRUBINA METABOLISMO DA BILIRRUBINA ATENÇÃO Bilirrubina não-conjugada: – não solúvel em água – capaz de atravessar a barreira hemato-encefálica Bilirrubina conjugada: – solúvel em água – não atravessa membranas celulares – excretada pela bile e rins ICTERÍCIA NEONATAL - Durante a primeira semana: 60% RNT 80% RNPT - O metabolismo da bilirrubina no RN está em TRANSIÇÃO: Estágio fetal: a placenta é a principal via de eliminação da bilirrubina indireta Estágio adulto: forma conjugada (hidrossolúvel) é excretada pelos hepatócitos no sistema biliar e depois no TGI. HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL – O pico da hiperbilirrubinemia indireta ocorre no recém-nascido (RN) termo entre o 3º e 5º dia (com declínio em torno do 7 o dia) e no RN pré-termo entre o 5º e 7º dia (com declínio lento). – Concentração sérica: Bilirrubina indireta (BI) > 1,5mg/dL Bilirrubina direta (BD) >1,5 mg/dL Desde que a BD represente mais que 10-20% do valor de bilirrubina total (BT). Sua maior complicação é a encefalopatia bilirrubínica crônica (Kernicterus). HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL O surgimento da icterícia vai depender da causa Patológica <24h de vida; Fisiológica >24h de vida; A visualização da icterícia depende: Experiência do profissional; Pigmentação da pele do RN; Luminosidade; Subestimada em peles pigmetadas e ambientes claros; Prejudicada em ambientes com pouca luz; HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL – Zonas Dérmicas de progressão crânio caudal da icterícia, como descrito em 1929 por Rolleston e McNee. – Em 1969, Kramer demonstrou uma relação entre a progressão da icterícia e o aumento dos valores séricos de bilirrubina. – Zonas de Kramer Zona 1: cabeça e pescoço Zona 2: tronco até umbigo Zona 3: hipogástrio e coxas Zona 4: joelhos e cotovelos até punhos Zona 5: mãos e pés incluindo palmas e plantas Icterícia mais grave é a que ultrapassa a zona 1 e 2, ou seja, a região umbilical. Zona I = Cabeça e pescoço Zona II = Tronco até umbigo Zona III = Hipogástrio e coxas Zona IV = Joelhos até tornozelos e cotovelos até punhos Zona V = Mãos e pés, inclusive palmas e plantas RN TERMO BILIRRUBINA (MG/100ML) RN BAIXO PESO BILIRRUBINA (MG/100ML) ZONA CUTÂNEA LIMITES MÉDIA LIMITES MÉDIA I 4,3 – 7,8 5,9 (+/- 0,3) 4,1 – 7,5 - II 5,4 – 12,2 8,9 (+/- 1,7) 5,6 – 12,1 9,4 (+/- 1,9) III 8,1 – 16,5 11,8 (+/- 1,8) 7,1 – 14,8 11,4 (+/- 2,3) IV 11,1 – 18,3 15,0 (+/- 1,7) 9,3 – 18,4 13,3 (+/- 2,1) V 15,0 - 10,5 - FATORES DE RISCO PARA HIPERBILIRRUBINEMIA INIDRETA SIGNIFICANTE CAUSAS MAIS COMUNS DE ICTERÍCIA NEONATAL 1. Hiperbilirrubinemia fisiológica 2. Icterícia por amamentação 3. Icterícia por leite materno 4. Hiperbilirrubinemia patológica por doença hemolítica HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA– Surge no 2° ou 3° dia de vida e desaparece entre o 5° e 8° dias. – Tardia (após 24hrs de vida); – É considerada normal um concentração sérica de bilirrubina até 1,5mg/dL. – Cerca de 25% da população de RN desenvolvem valores acima de 7mg/dL, desenvolvendo icterícia. – Podem desenvolver icterícia 25 a 50% dos bebês a termo e mais de 50% dos pré-termos. – No RN, a velocidade da produção de bilirrubina é duas vezes maior que na criança grande e adulto. – O RN à termo, saudável, sem antecedentes de anóxia e com icterícia tardia pode ultrapassar os 20mg/dL, sem risco apreciável, embora exija observação cuidadosa. HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA – Ocorre em quase todos os recém-nascidos; – A vida média mais curta da hemácia neonatal aumenta a produção de bilirrubina; – A conjugação deficiente devido à deficiência da enzima uridina difosfato glicuroniltransferase (UGT) diminui a depuração; – Aumento a circulação entero-hepática da bilirrubina. – Os níveis de bilirrubina se elevam para 18 mg/dL, até o 3o ou 4o dia de vida (7 dias nos recém-nascidos asiáticos), e diminuem a seguir. HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA Icterícia Fisiológica Após 24 horas de vida Limitação transitória da captação e conjugação hepáticas Maior produção de bilirrubina pela degradação das hemácias fetais (sobrevida mais curta) Exacerbação da circulação entero- hepática HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA RNT • BI no cordão: 1-3m/dl • 2º - 4º dia: pico: 5- 6mg/dl (pode chegar até 12m/dl) • 5º - 7º dia: cai para níveis inferiores a 2mg/dl RNPT • 4º - 7º dia: pico • Permanecem ictéricos até o meio da 2º semana ICTERÍCIA ASSOCIADA AO LEITE MATERNO – Forma precoce (do aleitamento) – Forma tardia (do leite materno) – FORMA PRECOCE (DO ALEITAMENTO) – RN amamentado exclusivamente com LM são fisiologicamente mais ictéricos do que os alimentados com fórmula nos primeiros dias de vida; – Ocorre uma aumento na circulação entero- hepática devido à ingestão de leite insuficiente, relacionada às dificuldades do inicio da amamentação, e consequentemente, menor eliminação de mecônio; – No final da 1ª semana, RN alimentado exclusivamente ao seio materno podem apresentar nível elevado de bilirrubina ICTERÍCIA ASSOCIADA AO LEITE MATERNO – FORMA TARDIA (DO LEITE MATERNO) – Tem um início mais demorado, e afeta 2-4% dos RNT; – Ao redor do 4º dia, quando deveria haver uma queda nos níveis de bilirrubina, sua concentração continua a subir até o 14º dia de vida, podendo chegar a 20-30mg/dl. – Mecanismo patogênico: fatores no LM que interferem com o metabolismo da bilirrubina. LM contem β-glicuronidase (BD BI) Menor colonização bacteriana intestinal (diminui BI: estercobilina); Excretam menos fezes; ICTERÍCIA ASSOCIADA AO LEITE MATERNO – FORMA TARDIA (DO LEITE MATERNO) – Se houver dúvida diagnóstica: – Suspende-se o aleitamento por 24h, deixando o RN com complemento. – A bilirrubina cai rapidamente!! – Pode haver discreto aumento à reintrodução; – Se o aleitamento é mantido, os níveis de bilirrubina estabilizam e caem lentamente, atingindo níveis normais em 4-12 semanas; – Se for suspenso, caem rapidamente em 48h. • 2º ou 3º dia de vida • Baixo aporte calórico • Baixa frequência de mamadas • Menor frequência de dejeções Icterícia associada à amamentação • 1ª semana, com pico em 2 semanas • Persistência por 2 semanas a 3 meses • Suspensa amamentação por no máximo 48hrs • Fisiopatologia não esclarecida Icterícia do leite materno HIPERBILIRRUBINEMIA PATOLÓGICA – Surge nas primeiras 24 horas de vida; – O nível de bilirrubina subindo a uma taxa superior a 5m/dL/dia ou 0,5mg/dL/h – Possui valores >12mg/dL em RNT e >15 em RNPT – Associada a alterações clínicas diversas: hepatoesplenomegalia, palidez, etc. – Persiste mais de 1 semana em RNT e mais – Icterícia Patológica 20mg/Dl – Alerta 15mg/dL (à termo) 10mg/dL (pré termo) FISIOPATOLOGIA – Quatro sinais clássicos: icterícia, anemia, edema e hepatoesplenomegalia (aumento do tamanho do fígado e baço). – O processo fundamental é a destruição anormal e rápida das hemácias fetais e sua principal consequência é uma anemia fetal. – Ocorre uma hipóxia que afeta o miocárdio, o endotélio capilar, o fígado e os núcleos cerebrais. – Aparece insuficiência cardíaca provocando lesões capilares e gerando tendência a edema generalizado. – Na hepatoesplenomegalia serão encontradas hemácias imaturas no sangue circulante e concomitantemente há um consumo exagerado de proteínas, com diminuição de sua utilização por outros tecidos. EFEITOS NOCIVOS DA HIPERBILIRRUBINEMIA – Depressão transitória dos reflexos primários, sucção débil, apatia, sonolência, diminuição do tônus muscular. – Essas alterações são geralmente reversíveis, desaparecendo quando baixa os níveis de bilirrubina plasmática. – No entanto o grande risco que correm os RNs ictéricos é o da encefalopatia bilirrubínica (Kernicteus) que pode levar à morte ou determinar sequelas neurológicas permanentes, principalmente retardo mental, déficit motor e surdez ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA (KERNICTERUS) – Síndrome neurológica resultante da deposição de bilirrubina não-conjugada nos gânglios basais e núcleos da base; – Níveis séricos elevados de bilirrubina (>25mg/dL) resultam em uma maior fração livre lipossolúvel, as quais tem a capacidade de atravessar e impregnar as células nervosas do SNC. – O risco de lesão no SNC aumenta com: prematuridade, sexo masculino, anóxia (diminuem as hemácias), taxa de proteínas baixas (falta de albumina), drogas (soluções hipertônicas, sulfas, benzoato de sódio, cafalotina e oxacilina), septicemia, jejum e frio. ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA (KERNICTERUS) – A bilirrubina interfere na utilização do oxigênio pelo tecido cerebral, possivelmente afetando a membrana celular, gerando uma lesão hipóxica que leva a perda neurônios, glicose reativa e atrofia dos sistemas de fibras em uma fase tardia. ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA (KERNICTERUS) – Manifestações clínicas: Sinais e sintomas geralmente surgem 1-5 dias após o nascimento em RNT e até o 7° dia em RNPT, mas a hiperbilirrubinemia pode levar à síndrome em qualquer momento no período neonatal. – Forma aguda Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro agudo durante algumas horas; Fase 2: hipertonia da musculatura extensora (opistótono), convulsões e febre; Fase 3: de aparente melhora, a hipertonia diminui ou cede (1ª semana, se prolonga por 2-3 meses) ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA (KERNICTERUS) – Muitas crianças que progridem com sinais neurológicos morrem e os sobreviventes geralmente estão seriamente lesados. – Forma Crônica Primeiro ano: hipotonia, hiperreflexia profunda, persistência do reflexo tônico cervical assimétrico e atraso motor Após o primeiro ano: síndrome extrapiramidal (tremores, coreoatetose, balismo), surdez sensório-neural Kernicterus TRATAMENTO DA ICTERÍCIA – O objetivo principal e o tratamento consistem na prevenção do Kernicterus, existem 3 tratamentos: 1. remoção mecânica da bilirrubina indireta, através da exsanguineotransfusão. 2. uso de vias metabólicas alternativas (fototerapia). 3. aceleração do metabolismo normal de excreção da BI, por meios farmacológicos (fenobarbital). Fármacos que induzem o sistema de captação e excreção de bilirrubina indireta ao nível do hepatócito. TRATAMENTO DA ICTERÍCIA – Fototerapia: Metabolismo alternativo da bilirrubina. – Exsanguineotransfusão: Remoção da bilirrubina intravascular. FOTOTERAPIA – A Fototerapia é o uso da irradiação luminosa, com o intuito de evitar a impregnação cerebral por bilirrubina. – O grau de icterícia a se desenvolver dependeráda taxa de rompimento das hemácias (carga de bilirrubina), taxa de conjugação, de excreção e da quantidade de bilirrubina absorvida no intestino. – A iluminação especial desencadeia uma alteração na estrutura da bilirrubina, ajudando a diluir o pigmento, que assim é mais facilmente eliminado pelo intestino. FOTOTERAPIA – O processo não muda a rotina de amamentação e de cuidados com o bebê. – É um processo difícil, mas necessário porque, apesar de ser uma circunstância muito simples, se não for bem cuidada, a icterícia pode se agravar e causar sérios danos, como impregnar o sistema nervoso central e causar uma encefalopatia. – Além disso, no futuro a criança pode vir a sofrer de algumas complicações, como anemia falciforme. Por isso, é fundamental que o bebê continue a ter o acompanhamento médico mesmo depois de ir para casa. EFEITOS COLATERAIS DA FOTOTERAPIA – aumento da perda hídrica pela pele; – erupção cutânea (exantema maculo-papular); – aumento do numero de evacuações (fezes amolecidas e esverdeadas); – urina pode ficar mais escura; – hipertermia; – irritabilidade; – bronzeamento. COMPLICAÇÕES DA FOTOTERAPIA – Síndrome do bebe bronze; – queimaduras; – desidratação; – degeneração da retina; – reconhecimento tardio dos sintomas de doença grave (cianose); – hiperpirexia iatrogênica (aumento da temperatura por erro do cuidador). ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FOTOTERAPIA – Relacionados com o equipamento Cuidados: - supervisionar o aparelho quanto a segurança mecânica elétrica e térmica; - verificar condições de adequação do fio conector, tomada fio terra, amperagem; - manter a lâmpada fluorescente a uma distancia de 40 a 60cm da superfície a ser irradiada; - manter a temperatura do berço para diminuir a perda de calor;- anotar o tempo de uso da lâmpada e substituí-la após 200hs de uso. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FOTOTERAPIA – Relacionadas à criança - retirar toda roupa da criança, exceto a fralda, que protege as gônadas; - posicionar a criança a aproximadamente 40 a 60cm da fonte luminosa fluorescente;- utilizar panos brancos nas laterais do berço convencional para aumentar a reflexão da luz e proteger correntes de ar; - proteger os olhos do RN com mascara de cor negra, faixa de crepe ou gaze, trocar a faixa diariamente;- mudança de decúbito de 2/2hs DD, DV, DLD, DLE; ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FOTOTERAPIA – observar o estado de hidratação da criança: – turgor da pele, prega abdominal frouxa, pele seca; – hidratar a cada 30min ou a cada hora; – realizar balanço hídrico rigoroso de 6/6hs; – controlar o peso diariamente ou 2 vezes ao dia, se a criança for pré-termo ou de baixo peso;- verificar a temperatura a cada 4hs; – desligar as lâmpadas enquanto fazem a coleta e proteger com papel escuro o frasco que recebe a amostra coletada, para evitar falsos resultados;- observar a coloração das escleróticas diariamente, principalmente em RN negro; ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FOTOTERAPIA – observar as condições da pele: cor, presença de erupções e queimaduras; – observar as características das fezes: cor, consistência, volume, frequência; – observar as características da urina, em geral escuras, devido aos produtos de foto degradação; – interromper a fototerapia durante procedimentos como/; banho, técnicas de enfermagem, visita da mãe (sempre que a mãe for ver a criança retirar a proteção dos olhos para permitir a interação natural e movimentação ocular). – Porem não afastar a criança por mais de 30min, respeitando a continuidade do tratamento. – não usar óleo na higiene da criança, pois favorece queimaduras; – estimular o aleitamento materno, quando não houver indicação de interrupção do mesmo; ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FOTOTERAPIA – Aplicar a fototerapia conforme os períodos e intervalos indicados, já que em geral não é aplicada continuamente (12h ligada, 12h desligada). – A duração da fototerapia é determinada pela resposta da bilirrubina; – Observar atentamente o estado geral da criança, comunicar imediatamente: aumento da letargia, alteração na sucção ou na quantidade do vômito; – Controlar fluidoterapia, caso a criança esteja recebendo líquidos por via EV. – Estimular a alimentação, já que é uma das formas de prevenção da hiperbilirrubinemia – Orientar os pais sobre a indicação da fototerapia e procedimentos efetuados, orientá-los em caso de duvidas. EXSANGUINEOTRANSFUSÃO – Remove parcialmente hemácias hemolisadas; anticorpos ligados ou não às hemácias; bilirrubina plasmática. – Diminui rapidamente os níveis séricos de bilirrubina. – Indicação precoce nos casos em que ocorre aumento da hemólise. – A exsanguineotransfusão pode ser imediata, após a adaptação cardiorrespiratória, precoce no 10° dia de vida ou tardia após o 10° dia de vida. – Deverá ser usada fototerapia após qualquer exsanguineotransfusão. EXSANGUINEOTRANSFUSÃO – Realizada se a fototerapia intensiva falhar em reduzir os níveis de bilirrubina para uma faixa segura, se a criança tem alto risco de kernicterus ou se já apresenta sinais de kernicterus (independente do BTF). – Complicações: acidose, alterações eletrolíticas, hipoglicemia, trombocitopenia, sobrecarga hídrica, arritmias, enterocolite necrosante, infecção, reação enxerto-hospedeiro e morte. Esse tratamento pode ser repetido até que se alcance um nível seguro de BTF. TOCOTRAUMATISMOS TOCOTRAUMATISMOS – Deficiência da função ou estrutura corporal do recém nascido devida influências adversas que ocorreram ao nascimento; – Fatores de risco: Primiparidade, estatura materna pequena, anomalias pélvicas maternas, TPP, oligodrâmnio, mal-apresentação do feto, uso de fórceps, peso ao nascer muito baixo, macrossomia, anomalias fetais. – Tipos de tocotraumatismo - Hemorragia extracraniana: 1) bossa serossanguinolenta; 2) cefalo-hematoma; BOSSA SEROSSANGUINOLENTA – É uma massa mole, mal limitada, edemaciada e equimótica (Nódoa formada na pele por extravasamento de sangue resultante de contusão, e cuja cor passa do vermelho ao azulado), localizada ao nível da apresentação que desaparece nos primeiros dias de vida. – Deformidades transitórias dependentes da apresentação da apresentação e do parto. CEFALO-HEMATOMA – Deformidades transitórias dependentes da apresentação da apresentação e do parto. – Derrame sanguíneo subperióstico, que aparece como uma coleção de consistência cística, de volume variável, limitando-se ao osso atingido. – Pode calcificar e a regressão é espontânea, podendo demorar semanas ou meses para ser reabsorvido. Pode ser causa de hiperbilirrubinemia. ACHADOS HABITUAIS NA PELE DO RN – Pele rósea avermelhada, – Vérnix, lanugem, – Mancha mongólica, – Millium sebáceo, – Exantema transitório, – Eritema tóxico, – Pele de arlequim – Acrocianose ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Pele de arlequim - raro distúrbio genético de pele – Acrocianose - distúrbio circulatório no qual as mãos, e mais raramente os pés, apresentam-se frios, azulados e suados . ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Vérnix caseoso: material gorduroso e esbranquiçado comum em RN prematuros entre 34 e 36 semanas, cujas funções primordiais são a proteção da pele e o isolamento térmico. – Nos RN a termo a quantidade costuma ser menor, podendo ser observado em locais protegidos como nas dobras dos membros e na genitália feminina, entre os pequenos e grandes lábios. ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Milium sebáceo: são pequenos pontos brancos (menor que 1mm), localizados na base do nariz, queixo e fronte, devido à distensão e obstrução das glândulas sebáceas, decorrentes da ação do estrógeno materno; desaparecem em poucas semanas. – Lanugo: é a denominação dada aos pelos finos que costumam recobrir a região do ombro e da escápula, encontrados de forma mais abundantenos RN prematuros; desaparecem em alguns dias. ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Manchas mongólicas: são manchas azul-acinzentadas localizadas preferencialmente no dorso e nas regiões glútea e lombossacra, podendo ser disseminada; São mais comuns nas raças negra e oriental e regridem nos primeiros 4 anos de idade. – Eritema tóxico: são lesões eritematosas multiformes (pápulas, máculas e até algumas vesículas), esparsas ou confluentes. Possui causa desconhecida e pode ser desencadeado por estímulos mecânicos de atrito ou pressão na pele. Regride espontaneamente, muitas vezes em poucas horas ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Máculas vasculares: são manchas de cor salmão que desaparecem à pressão, e estão presentes principalmente na nuca, pálpebra superior e fronte. Não possuem importância clínica ou estética. – Hemangiomas: são formas vasculares mais extensas e elevadas que podem ter significado patológico e devem ser acompanhados. ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Equimoses: são manchas comuns nos RN, sobretudo nos RN prematuros que sofrem tocotraumatismo. Equimose situada na face tem aspecto de cianose localizada e é chamada de máscara cianótica ou equimótica, geralmente sem relevância clínica. – Petéquias: localizadas, especialmente se restritas ao rosto, não são motivo de preocupação, mas quando generalizadas devem ser investigadas. ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Cutismarmorata - Quando exposta ao frio, a pele do RN pode adquirir aspecto reticulado, marmóreo-azulado. Esse fenômeno é resultante da imaturidade do sistema nervoso em controlar a vasoconstrição e vasodilatação de capilares e vênulas ALTERAÇÕES NA PELE DO RN – Cutismarmorata - Quando exposta ao frio, a pele do RN pode adquirir aspecto reticulado, marmóreo-azulado. Esse fenômeno é resultante da imaturidade do sistema nervoso em controlar a vasoconstrição e vasodilatação de capilares e vênulas ALTERAÇÕES NA FACE DO RN – Implantação baixa da orelha, – Microftalmia - pequenez exagerada de todas as dimensões de um ou dos dois olhos, que pode ou não provocar defeito de visão, – Hipotelorismo - aproximação demasiada das órbitas oculares – má formação no crânio, – Hipertelorismo - caracteriza pelo afastamento dos olhos – má formação no crânio, ALTERAÇÕES NA FACE DO RN – Imperfuração de coanas: também denominada atresia coanal congênita ou oclusão coanal congênita, é uma má formação congênita, que se traduz pela falta de permeabilidade ou obliteração da coana nasal; – Labio-leporino e/ou fenda palatina ACHADOS ANORMAIS DO CRÂNIO – Pode ocorrer micro, macro, hidrocefalia; – Alterações ósseas: o craniotabes é uma zona de tábua óssea depressível, com consistência diminuída, comparada à uma bola de pingue-pongue, encontrada em RN normal, principalmente, no prematuro. ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN – Menina – lábios edemaciados, clitóris predominante, secreção mucóide. – Menino – prepúcio sobre a glande, escroto rugoso, palpação a procura de testículos. – Reto – imperfuração retal. ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN – Menina o Imperfuração himenal: pode levar à retenção de secreções uterinas e vaginais e causar abaulamento himenal e às vezes retenção urinária por compressão extrínseca. o Sinéquia: é a aderência de tecidos. A sinéquia de pequenos lábios é a fusão das bordas internas dos pequenos lábios. (acomete crianças até ou 10 anos, sendo a principal fase até os dois anos) ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN Imperfuração himenal Sinéquia ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN – Genitália – alteração: – Menino – – Fimose: é comum no RN a aderência do prepúcio à glande; – Hidrocele: aumento dos testículos com transiluminação positiva e não redução com as manobras habituais; – Hérnias; ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN – Criptorquidia: testículos não completam a descida normal até o escroto; – Hipospádia: condição congênita rara que apresenta a abertura do pênis encontra-se na parte inferior do órgão. ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN Criptorquidia ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN ALTERAÇÕES EM GENITÁLIA DO RN
Compartilhar