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O Brincar Terapeutico (1)

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O Brincar Terapêutico: Inovação e Ética
Prof. Msc Cosete Rodrigues
O Brincar
O brincar e a importância para o desenvolvimento infantil;
 Intelectual Social Emocional Físico
O Brincar
Para Piaget (Apud NICOLAU, 1987 p. 49), “[...] a criança é um ser dinâmico que a todo o momento interage com a realidade, fazendo com que construa estruturas mentais organizadas”.
A palavra "lúdico" provém do latim “Ludus” que, do ponto de vista etimológico, significa jogos, brinquedos e brincadeiras.
Miranda (2001), faz uma inferência ao lúdico em que este abrange todas as atividades, as quais têm sentido de jogos, divertimentos e brinquedos. 
O Brincar
“Na brincadeira a criança assume e exercita os vários papéis com os quais interage no cotidiano.” (OLIVEIRA, 1992). 
A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. 
O Brincar
O brincar permite à criança vivenciar o lúdico e descobrir a si mesma, apreender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial criativo.
É também colocado como um dos princípios fundamentais, defendido como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação entre as crianças. 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC, 1998) estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a define como um direito da criança que garante seu desenvolvimento, sua interação social, além de situá-la na cultura que está inserida. 
O Brincar
Segundo Cordazzo e Vieira (2008), as crianças têm diversas razões para brincar. 
Uma destas razões é o prazer que podem usufruir enquanto brincam. 
Elas podem também exprimir a sua agressividade, dominar sua angústia, aumentar as suas experiências e estabelecer contatos sociais. 
O brincar é considerado como um comportamento que gera prazer, possui um fim em si mesmo, é uma oportunidade para a criança expressar suas fantasias internas e, dependendo da idade e do contexto da criança, possui regras que o conduzem. 
O Brincar
Ainda, segundo Conti e Sperb (2001), a brincadeira da criança é estruturada conforme os sistemas de significado cultural do grupo a que ela está inserida.
 Mas, ao mesmo tempo, a brincadeira é reorganizada no próprio ato da criança de acordo com um sentido particular que ela atribui às suas ações, em interação com seus pares ou com seus pais.
E nesse processo, os significados coletivos e culturais, quanto os sentidos pessoais são remodelados e redefinidos continuamente. 
O Brincar
O bebê humano vê o objeto como um todo impartível.
 
Além disso, por um valor de sobrevivência, interessa-lhe a mãe ou quem dele cuida, quem oferece o próprio corpo para o contato, acalento, aplaca-lhe a dor, o frio e a fome. 
Ele dirige sua atenção a essa pessoa e sente-a como uma espécie de extensão do seu próprio corpo.
 
O que move a criança em direção aos objetos, como brinquedos, nessa fase, é, originalmente, a necessidade de contato próximo com outras pessoas, especialmente aquelas que estão profundamente ligadas com os seus cuidados. 
O Brincar
É importante salientar que a brincadeira possui um lugar fundamental no desenvolvimento infantil, seja por seus benefícios imediatos ou de longo prazo.
 
A importância da brincadeira pode estar relacionada a aspectos do desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e físico.
Cordazzo e Vieira (2008) discutem que a criança não brinca para se desenvolver, mas ao brincar acaba por ter influências no seu desenvolvimento e na sua aprendizagem. 
HOSPITALIZAÇÃO
Hospitalização
Dor
Procedimentos invasivos
Exames
Quebra da rotina familiar
Medo
Fantasia
Hospitalização
Segundo Roza (1997), a Hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência potencialmente traumática.
 
Afasta a criança do seu cotidiano, do ambiente familiar e promove um confronto com a dor, com a limitação física e com a passividade.
Hospitalização
 
 É possível transformar a experiência ? 
O Brincar x O Brincar Terapêutico
Adaptações ao serviço hospitalar
“O brincar passa a ser visto como uma etapa terapêutica capaz de promover não só a continuidade do desenvolvimento infantil, como também a possibilidade de, através dele, a criança melhor elaborar esse momento específico que vive” (MITRE, 200, p. 03).
Inserção da ludicidade na Unidade Hospitalar
Brinquedoteca
Conceito
Função
Quem usa?
Quem coordena?
Contra- indicações
Resolução
Brinquedoteca
Espaço destinado à brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança e sem sentir que está perdendo tempo, estimulando sua autoestima e o processo sócio-cognitivo. Cunha (2001)
Objetivo: atender a criança hospitalizada através da terapia, com atividades lúdicas e de estimulação Psicomotora, visando atenuar as sequelas emocionais decorrentes da hospitalização.
Brinquedoteca
Aspectos Legais
A Constituição da República de 1988, no artigo 227, destaca que: “É dever da Família, da Sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, a saúde, a alimentação, à educação, ao lazer (...)”.
E.C.A
Aspectos Legais
 Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.104, DE 21 DE MARÇO DE 2005.
 Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1o Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências.
        Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se a qualquer unidade de saúde que ofereça atendimento pediátrico em regime de internação.
        Art. 2o Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar.
        Art. 3o A inobservância do disposto no art. 1o desta Lei configura infração à legislação sanitária federal e sujeita seus infratores às penalidades previstas no inciso II do art. 10 da Lei no 6.437, de 20 de agosto de 1977.
        Art. 4o Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação
        Brasília, 21 de março de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
 LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Humberto Sérgio Costa Lima
Instrumentos do Brincar
Brinquedoteca
Desenhos
Pinturas ( atenção com alergias e quadro clínico)
Massinha (atenção com alergias e quadro clínico)
Representação Teatral
Grupos de discussão
Família e Hospitalização
Inserção familiar
Papel da mãe / cuidador / acompanhante
Hospitalização como fator de estresse familiar
Referências
http://www.agapo.com.br/site2011/index.php?option=com_content&view=article&id=59:brinquedoteca-hospitalar&catid=39:artigos&Itemid=58
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm
http://monografias.brasilescola.com/educacao/brinquedoteca-hospitalar-contribuicao-criancas-hospitalizadas.htm
http://www.facenf.uerj.br/v18n1/v18n1a25.pdf
WONG, Donna, Fundamentos de enfermagem Pediátrica, 2011
“ Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a." 
 Johann Goethe

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