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FACULDADE SANTISSIMO SACRAMENTO 1º SEMESTRE DE DIREITO SUELY ARAUJO MATOS PROFESSORA: AUREA SANTOS ALAGOINHAS-BA 2020 CRIME E CASTIGO Nesta dissertação procuramos evidenciar Crime e Castigo, de Dostoiévski, sendo um romance publicado em 1866. É o nono livro do escritor e jornalista russo Fiódor Dostoievski. O livro narra a história de um crime cometido pelo ex-estudante, Raskolnikov e as suas consequências. Uma das características mais marcantes do romance é o aprofundamento psicológico dos personagens. O mundo interno tem tanta importância quanto o externo. Essa dedicação à descrição e aos diálogos internos faz com que o romance se aproxime de um ensaio sobre a psicologia humana. O romance narra a história de Raskolnikov, um jovem estudante da Rússia czarista do século XIX, de origens pobres, mas eivado de uma avassaladora ambição. Raskolnikov é taciturno, profundo, arredio e vive em uma mansarda miserável de São Petersburgo. É um homem introspectivo, cerebral, doente de idéias. Na solidão de seu decrépito quarto de pensão é assolado por uma torrente de idéias. Progressistas e revolucionárias. Encarna o típico intelectual crítico pós-iluminista, racionalista e humanista que não se peja de fazer tabula rasa de todo o legado cultural tradicional de sua nação e de sua civilização. Tem algo de Maquiavel e de Nietszche. A moral cristã tradicional não lhe satisfaz, sente-se digno de superá-la, julga-se acima dela. Ainda estudante, publicou em um periódico local um artigo no qual defende a ideia de que os grandes homens da humanidade, os realizadores dos feitos descomunais, estão além do bem e do mal, e não tem o dever de se sujeitar às exigências éticas dos comuns mortais. Todo o ser de Raskolnikov é tomado por este pensamento e ele, após muita luta interior, acaba por sucumbir à poderosa tentação de experiência na prática a sua teoria. Ralkolnikov sente-se um grande homem, um super-homem, sente que ainda terá um papel de destaque a cumprir na história, mas, no entanto, vive numa miséria sem perspectivas de futuro. Raskolnikov sabe que a aristocrática e imóvel sociedade russa do século XIX não lhe abrirá espaço facilmente, e por isto precisa de um salto inicial, mas, para tanto, necessita de dinheiro. E se os grandes homens não precisam se sujeitar à moral escrava dos fracos, porque ele não pode dar este salto inicial matando uma velhinha usurária rabujenta e decrépida que nada de bom tem a oferecer ao mundo para roubar-lhe a fortuna? Raskolnikov sucumbe à tentação, no entanto o muito que planejou o seu crime não foi suficiente para que lograsse inteiro sucesso. No momento em que partiu o crânio da velha usurária com um machado, uma sobrinha inocente da agiota surgiu no local para a sua surpresa, obrigando-o então a lançar mão de um segundo homicídio, desta vez não planejado. O homicídio fracassa, é imperfeito e deixa pistas, mas Raskolnikov ainda terá um longo tempo de sofrimento até ser descoberto. Logo em seguida ao crime, inicia-se o castigo. Raskolnikov não estava preparado psicologicamente para a grande façanha inicial de sua vida. Uma tortura moral inesperada e mal compreendida toma o espírito do jovem estudante. É acometido de uma febre inexplicável, alucinações, neuroses que perduram por meses, bruscas crises de irritação contra os parentes e amigos, além de sentimentos confusos como súbitas efusões de generosidade e humanismo para com miseráveis como a família do alcoólatra Marmeladov. Atordoado, retorna ao local do crime quase que involuntariamente, deixando uma preciosa pista para os investigadores. É a consciência moral reprimida que bate escandalosamente à porta de sua consciência como as terríveis forças subterrâneas do id freudiano que mais dia menos dia rompem violentamente as barreiras da repressão interior com manifestações neuróticas e psicóticas ou trata-se simplesmente da dolorosa consciência de não ser o super-homem que esperava ante o fracasso de seu plano? Há intérpretes fazendo apologia tanto de uma quanto da outra possibilidade. Por fim, Raskolnikov é desmascarado pelo personagem mais inteligente do romance, o penetrante e arguto juiz de instrução que, para a humilhação do frustrado super-homem Raskolnikov, desvenda e lança lhe na cara todo o iter do crime, desde as suas origens psicológicas nos bas-fonds do autor do delito até os atos materiais de execução, tudo apurado e relatado com tranquilidade, fineza e simpatia REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: https://www.culturagenial.com/livro-crime-e-castigo-de-fiodor-dostoievski/ https://www.culturagenial.com/livro-crime-e-castigo-de-fiodor-dostoievski/
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