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AME - resumo

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Vânia Araújo
	Aleitamento materno
O aleitamento materno (AM) protege mãe e criança contra algumas doenças (a proteção se mantém enquanto a criança for amamentada, independentemente da idade) e promove o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, além do bem-estar de ambas. O padrão de AM pode ser classificado em:
• Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais1.
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.
•Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo.
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
	Duração da amamentação
A OMS, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses.
	Benefícios do AME para o bebê
Evita mortes infantis
Evita diarreias
Evita infecções respiratórias  
· Pneumonia
· Otite
· Bronquiolite
Diminui risco de alergias
· Exposição precoce a leite de vaca aumenta o risco de APLV 
· Dermatite atópica
· Outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes
Diminui risco de HAS, dislipidemia e diabetes
Reduz risco de obesidade 
Melhor nutrição 
Melhor desenvolvimento cognitivo e inteligência
Melhor desenvolvimento da cavidade bucal.
Dica: A partir dos 8 meses, já pode receber gradativamente os alimentos preparados para a família, desde que sem temperos picantes, alimentos industrializados, pouco sal e oferecidos amassados, desfiados, triturados ou picados.
	Benefícios do AME  para a mãe
-Câncer de mama, ovário e útero
Diabetes mellitus tipo 2; hipercolesterolemia, hipertensão e doença coronariana; obesidade; doença metabólica; osteoporose e fratura de quadril; artrite reumatoide; depressão pós-parto; e diminuição do risco de recaída de esclerose múltipla pós-parto
-Efeito anticoncepcional
-Evita nova gravidez
-Promoção do vínculo afetivo mãe e filho:
· Benefícios psicológicos
· Fortalecem os laços afetivos entre eles
· Troca de afeto e sentimentos de segurança e de proteção na criança
· Autoconfiança e de realização na mulher
-Menor custo financeiro
-Melhor qualidade de vida
	Produção do leite materno
Fase I: durante gravidez
· Estrogênio: ramificação ductos lactíferos
· Progestogênio: formação dos lóbulos 
· Lactogênio placentário: inibe secreção leite
Fase II: após o parto do terceiro ao quarto dia de vida - “descida do leite”
Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, há uma queda acentuada nos níveis sanguíneos maternos de progestogênio, com consequente liberação de prolactina pela hipófise anterior. Há também a liberação de ocitocina durante a sucção, hormônio produzido pela hipófise posterior, que tem a capacidade de contrair as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido.
· Prolactina: secreção leite 
· Ocitocina: expulsão do leite
Fase III: também denominada galactopoiese.
Essa fase, se mantém por toda a lactação, depende principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama.
· Prolactina
· Ocitocina
Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em média, 800mL por dia.
	Composição do leite materno
	Características e funções do leite
- Semelhante em todas as mulheres.
- Apenas as com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado na sua qualidade e
quantidade
- O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo.
- A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.
O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções:
· IgA secretora: anticorpo que atua contra microrganismo em superfícies mucosas. É reflexo de infecções entéricas gastrointestinais e respiratórias que a mãe teve. 
· Outros fatores de proteção são os anticorpos IgG e IgM, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisozima e fator bífido. 
	Técnica de Amamentação
Passos da técnica:
Posição adequada:
· Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo;
·  Corpo do bebê próximo ao da mãe;
·  Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
·  Bebê bem apoiado.
Pega adequada:
· Aréola um pouco mais visível acima da boca do bebê;
· Boca bem aberta;
· Lábio inferior voltado para fora; e
· Queixo tocando a mama.
· Mãe segura a mama em forma que a aréola fique livre, a mão em formato de “c”
Sinais de técnica inadequada:
· Bochechas encovadas a cada sucção 
· Ruídos de língua
· Mamas esticada ou deformada na mamada 
· Dor na amamentação 
· Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas quando o bebê solta.
Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando à pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada, 
Aleitamento materno em livre demanda
· 8 - 12 vezes ao dia 
· Não existe “leite fraco”
· Esvaziar a mama
· Não oferecer água ou chá
· Não utilizar mamadeira/ chupeta
· Lactante tem fome e sede:
· Consumo extra de 500 cal/dia
· Dieta variada
· Consumir maior ou igual 3 porções de leite/dia 
· Moderação no café
	Conservação do leite materno
	Prevenção e manejo dos principais problemas relacionados à amamentação
Ingurgitamento mamário patológico: 
Três componentes estão presentes: congestão/vascularização, acúmulo de leite e edema (devido à congestão e obstrução dos linfáticos). A distensão tecidual decorrente deste processo pode ser leve e benigna (fisiológica) ou excessiva (patológica), necessitando de tratamento. No último caso, as mamas ficam aumentadas, dolorosas, com áreas avermelhadas, quentes, brilhantes e edemaciadas, contribuindo para tornar os mamilos achatados, o que dificulta a pega do bebê e a fluidez do leite (leite mais viscoso ou empedrado). Geralmente, aparece entre o terceiro e quinto dia após o parto e pode ficar restrito à aréola, ao corpo da mama ou se estender a ambos.
Orientação preventiva: recomenda-se iniciar a amamentação o mais cedo possível (sala de parto), regime de livre demanda, técnica correta e evitar bicos e suplementos.
Orientação terapêutica: ordenhar a aréola antes das mamadas (em caso de estar tensa), para que fique mais macia e possibilite a pega correta; amamentação sob livre demanda; massagens nas mamas para diminuir a viscosidade do leite e estimular o reflexo de ejeção; o uso de analgésicos/anti-inflamatórios (ibuprofeno e paracetamol), quando necessário; usar suporte adequado e/ou sutiãs para manter as mamas em posição adequada; caso o bebê não consiga esvaziar a mama durante a sucção, ordenhá-la manualmente após cada mamada. O uso de compressas (frias ou mornas) é controverso na prática da amamentação, sendo defendido (com critérios) por alguns grupos e não utilizado por outros.
Mastite
Mastite é um processo inflamatório que acomete um ou mais segmentos da mama, podendo progredir ou não para uma infecção bacteriana, mais comumente pelo Staphylococcus (aureus e albus). Ocorre mais frequentemente na segunda e terceira semanas após o parto, e raramente após a 12ª semana.
Nem sempre é fácil distinguir a mastite infecciosa da não infecciosa apenas pelos sinais e sintomas. Em ambas, a parte afetada da mama encontra-se dolorosa, vermelha, edemaciada e quente. Quando há infecção, o quadro costuma estar acompanhado por mal-estar importante, febre alta (acimade 38°C) e calafrios.
A produção de leite pode estar afetada na mama comprometida, com diminuição do volume secretado durante vários dias. O sabor do leite materno costuma alterar-se, tornando-se mais salgado, o que pode ocasionar rejeição do leite pela criança.
O tratamento da mastite: deve ser instituído o mais precocemente possível, para que essa condição não evolua para abscesso mamário. Além do uso de antibiótico, fazem parte do tratamento da mastite: a manutenção da amamentação e o esvaziamento adequado da mama, preferencialmente por intermédio de sucção pelo bebê.
	Retorno ao trabalho
- Ordenhar e armazenar leite 15 dias antes
- Amamentar enquanto em casa
- Evitar mamadeiras
-Durante o trabalho: esvaziar as mamas
	Legislação trabalhista
- Licença - maternidade: 120 - 180 dias 
- Prorrogação de 15 dias
- Direito a garantia no emprego
- Direito a creche
- Pausas para amamentar 
	Contra - indicações ao aleitamento
-Mães infectadas pelo HIV, HTLV1 HTLV2
-Uso materno de medicamentos: antineoplásicos e radiofármacos
	Contra - indicações temporária
- Infecção herpética nas mamas
- Varicela materna de 5 dias antes do parto e até 2 dias após 
- Doença de Chagas aguda ou se sangramento
- Abscesso mamário
- Uso de drogas de abuso
	Falsas contra – indicações
· Tuberculose
· Hanseníase
· Hepatite B
· Hepatite C
· Dengue 
· Tabagismo
· Consumo de álcool
“Estude com dedicação e nada no mundo poderá afastar você dos seus sonhos.”.

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