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2º_UNIDADE-ENGENHARIA_DE_PRODUTO_REV 13


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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE - FANESE 
CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
DANIEL RODRIGUES VIEIRA SANTOS 
KEULLY REJANE SOUZA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
FABRICAÇÃO DE CARRO VOADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU 
2020
 
 
2 
 
DANIEL RODRIGUES VIEIRA SANTOS 
KEULLY REJANE SOUZA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FABRICAÇÃO DE CARRO VOADOR 
 
 
 
Relatório de desenvolvimento de projeto de 
produto apresentado como parte integrante do 
complemento da nota. 
Orientador: Prof.ª Orientador: Msc. Lais Gomes 
Barbosa da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aracaju - Sergipe 
2020.1 
 
 
3 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Escopo do Projeto .................................................................................................................... 11 
Figura 2 - Modelo do processo de Rozenfeld et al(2006) ............................................................................. 12 
Figura 3 - RC - Requisitos dos Clientes ...................................................................................................... 18 
Figura 4 - Requisitos Técnicos .................................................................................................................. 19 
Figura 5 – Correlação dos Requisitos Utilizados ......................................................................................... 19 
Figura 6 - Correlação Requisitos do Cliente x Requisitos Técnicos ............................................................... 20 
Figura 7 - Valor do consumidor ................................................................................................................. 20 
Figura 8 - Análise Externa de Clientes ....................................................................................................... 21 
Figura 9 - Quantificação das Características da Qualidade ........................................................................... 21 
Figura 10 - QFD ...................................................................................................................................... 22 
Figura 11 - FMEA .................................................................................................................................... 24 
Figura 12 - Índice de Severidade ............................................................................................................... 24 
Figura 13 - Índice de Ocorrência ............................................................................................................... 24 
Figura 14 - Índice de Detecção .................................................................................................................. 25 
Figura 15 - Ações Recomendadas .............................................................................................................. 25 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Cronograma ............................................................................................................................. 13 
Tabela 2 – Custo do Projeto ...................................................................................................................... 14 
Tabela 3 – Requisitos dos Clientes ............................................................................................................ 16 
Tabela 5 - Grau de Importância do Produto ................................................................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LISTA DE ACRÔNIMOS 
 
IPD – Desenvolvimento de Produto Integrado. 
PDP – Processo de Desenvolvimento de Produtos. 
PPO – Organização do Produto e Processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 
2OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 8 
2.1Objetivo Especifico .............................................................................................................. 8 
3JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 9 
4DEFINIR INTERESSADOS NO PROJETO .................................................................... 10 
5ESCOPO DO PROJETO ..................................................................................................... 11 
6ESCOPO DO PRODUTO .................................................................................................... 12 
7CRONOGRAMA .................................................................................................................. 13 
8ORÇAMENTO ..................................................................................................................... 14 
9REQUISITOS DE QUALIDADE ....................................................................................... 15 
10REQUISITOS DE CLIENTES ......................................................................................... 16 
11REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
Atualmente em todo o mundo, o carro movido a combustível fóssil é o meio de 
transporte mais popularmente conhecido, devido a isso, a utilização desse transporte causa um 
grande impacto ambiental. 
Atualmente há aproximadamente um carro para cada oito 
habitantes. O resultado disso é grandes centros com 
enormes congestionamentos provocados por carros que 
transportam, em sua maioria, uma pessoa; com emissão de 
enormes quantidades de CO2 na atmosfera; pessoas 
estressadas e insatisfeitas. (SHIBATA, 2011). 
Com esse cenário cada vez mais caótico, a indústria automotiva global estuda 
formas viáveis de fabricação de novas tecnologias, buscando diminuir o impacto no meio 
ambiente e na mobilidade urbana das cidades. 
 
O Processo Desenvolvimento de Produtos (PDP) pode ser definido como um 
conjunto de atividades por meio das quais se busca, a partir das necessidades do mercado e 
das possibilidades e restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de 
produto da empresa, chegar às especificações de projeto de um produto e de seu processo de 
produção, para que a manufatura seja capaz de produzi-lo. Ainda, o desenvolvimento de 
produto envolve o acompanhamento do produto após o lançamento, bem como o 
planejamento da descontinuidade do produto no mercado incorporando estes conceitos na 
especificação do projeto atendendo assim, todas as necessidades do produto ao longo do seu 
ciclo de vida (ROZENFELD et al., 2006). 
 
No final da década de 80 e início de 90, foram desenvolvidos importantes projetos 
de pesquisa relacionados com a manufatura enxuta e a gestão do processo de desenvolvimento 
de produto. Estes primeiros, puramente analíticos, tornaram-se clássicos e geraram muitos 
conceitos que têm um escopo de aplicação mais amplo que uma abordagem específica e são 
empregados por grande parte das pessoas que estudam e trabalham com o desenvolvimento de 
produto, formando base de abordagem para gerenciar o processo. Nesta abordagem os autores 
dividem o processo de desenvolvimento de produto em três etapas maiores: 
 
• Estratégia de Desenvolvimento - onde apresenta uma estrutura para o planejamento e 
gerenciamento do portfólio dos projetos em andamento; 
• Gerenciamento do Projeto Específico - abordando o gerenciamento, liderança, tipos 
de interação entre atividades e outros assuntos relacionados com um projeto 
específico; 
• Aprendizagem - apresentando formas para garantir a melhoria do processo e a 
aprendizagem organizacional a partir da experiência como projeto. 
 
Entre 1990 e 1996, para atingir o objetivo da busca de uma visão total da 
atividade de projeto e não mais as visões parciais de cada setor tecnológico específico, Stuart 
Pugh desenvolveu um modelo que ficou conhecido como Total Design: 
 
• Um conjunto de seis etapas interativas e aplicáveis a qualquer tipo de projeto, onde 
cada etapa é representada por um cilindro significando que nela são empregados um 
conjunto específico de conhecimentos compostos por diversas visões tecnológicas 
parciais. 
• Somando os conceitos de Pugh e Taguchi, Don Clausing criou a Total Quality 
Development, dividindo o processo de desenvolvimento de produto em: 
 
 
7 
 
 Conceito; 
 Design – divide em projeto dos subsistemas e projetos das partes; 
 Preparação/Produção – divide em verificação do sistema, prontidão e produção 
piloto. 
 
Surge, então, uma abordagem mais sofisticada para engenharia simultânea através 
de Prasad, englobando diversos fatores em uma estrutura bastante independente das fases de 
um processo de desenvolvimento de produto, possuindo no seu centro a descrição dos quatro 
elementos de suporte que são os modelos, os métodos, as métricas e as medidas; estas fases 
são compostas em duas rodas: 
 
• Organização do Produto e Processo (Product and Process Organization Whell – 
PPO) – aborda os fatores que determinam o grau de complexidade do gerenciamento 
do desenvolvimento de produto e os fatores organizacionais; 
• Desenvolvimento de Produto Integrado (Integrated Product Development Wheel 
– IPD) – define de uma maneira bastante flexível a integração do processo de 
desenvolvimento do produto. 
 
Desenvolve-se o Manual de Planejamento e Controle da Qualidade do Produto, 
dentro do conjunto de normas da IS0 9000, que possui uma estrutura que resume um conjunto 
de preocupações técnicas e um modelo suficientemente detalhado capaz de servir de base para 
intervenções no processo de estruturação e gerenciamento de desenvolvimento de produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2 OBJETIVO GERAL 
Avaliar a aplicabilidade do desenvolvimento de um carro voador. 
2.1 Objetivo Especifico 
 Desenvolver um carro voador movido à energia elétrica que proporcione a diminuição 
do consumo de combustível fóssil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3 JUSTIFICATIVA 
A relevância deste projeto se dá do fato que aproveitar uma energia que hoje em 
dia é de grande importância no mercado, utilizando uma metodologia já utilizada atualmente, 
dependendo apenas de transformar energia mecânica em energia elétrica. 
O objetivo é transformar totalmente o modelo dos carros já existentes, somente 
utilizando o método de utilização de energia elétrica preexistente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
4 DEFINIR INTERESSADOS NO PROJETO 
Os interessados podem ser definidos com base em alguns critérios específicos 
com idade, classe social, comportamento entre outros, logo abaixo segue as informações 
necessárias para compor e definir o público alvo. 
 
Segmentação geográfica: 
 
Continentes: Europa e Ásia; 
Sexo: Feminino e masculino 
Faixa etária: De 20 a 50 anos 
Moradia: Urbana 
 
Segmentação psicográfica: 
 
Personalidade: Público urbano, ativo, sempre em movimento, jovem, interessado 
em tecnologia e bem informado. Moram sozinhos ou com parceiro, sem filhos. Vivem em 
cidade grande, com trânsito movimentado e precisam de facilidade para estacionar e se 
locomover. 
 
Classe: B e C 
 
Segmentação comportamental: Hábitos: A principal atividade do público alvo é o 
trabalho, haja vista ter também as atividades de lazer como bares, shopping e festas. 
Costumam andar sozinhos, são práticos e carregam consigo apenas o essencial. Buscam um 
veículo compacto para obter facilidade no transito conturbado do dia a dia. Priorizo a 
economizar de combustível e a diminuição a possíveis danos ambientais. 
 
Hobbies: Nas horas vagas gostam de ir até os bares e restaurantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
5 ESCOPO DO PROJETO 
Documento: Declaração de Escopo de Projeto 
 
Nome do Projeto: Projeto XXII – Desenvolvimento de Carro Voador 
Justificativa: Transformação dos modelos dos carros utilizados atualmente visando 
diminuição da utilização de combustíveis fosseis. 
Produto a Ser Entregue: Carro automático movido a eletricidade com capacidade de voar. 
Previsão de Início: Janeiro de 2020 
Previsão de Término: Junho de 2020 
 
Figura 1 – Escopo do Projeto 
 
Fonte: Autor do estudo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://gestaoeprodutividade.com.br/escopo-do-projeto-e-escopo-do-produto/
 
 
12 
 
6 ESCOPO DO PRODUTO 
O escopo de o produto a seguir, irá definir todas as etapas que serão entregues, as 
especificações e seus requisitos. 
 
Figura 2 - Modelo do processo de Rozenfeld et al(2006) 
 
Fonte: Adaptado de Rozenfeld et. al (2006, p. 44) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
7 CRONOGRAMA 
Um cronograma ou gráfico de Gantt (o nome de seu criador) é uma técnica de 
representação gráfica de decisões que mostra, dentro de um calendário, quando as atividades 
deverão ocorrer. Em sua forma mais comum, chamada cronograma de barras, o gráfico é uma 
tabela ou matriz, cujas colunas (dimensão horizontal) representam a passagem do tempo. As 
linhas ou barras (dimensão vertical) representam as atividades a realizar. 
 
Tabela 1 - Cronograma 
 Descrição das Etapas Prazos 
1 Planejamento do Projeto 28/01/2020 
2 Projeto Informacional 28/02/2020 
3 Projeto Conceitual 28/03/2020 
4 Projeto Detalhado 28/04/2020 
5 Preparação Produção 28/05/2020 
6 Lançamento do Produto 28/06/2020 
Fonte: Autoria Própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
8 ORÇAMENTO 
Todo projeto sempre combina elementos físicos, conceitos e serviços e o alcance 
do projeto é condicionado pelo montante de recursos financeiros disponíveis que, embora 
possa haver flexibilidade (porque as previsões não são infalíveis), sua conclusão dentro do 
orçamento e a minimização da margem de erro nas previsões orçamentárias deve ser sempre o 
objetivo prioritário da gestão de projetos; 
 
• Quanto custará? 
Tabela 2 – Custo do Projeto 
 Fases Valores R$ 
1 Gerenciamento do Projeto R$200.000,00 
2 Documentação R$60.000,00 
3 Engenharia de Sistemas R$180.000,00 
4 Aquisições R$100.000,00 
5 Sistema de navegação e controle R$150.000,00 
6 Plataforma de voo R$160.000,00 
7 Software R$80.000,00 
8 Sistema Vant R$120.000,00 
9 Certificação de Homologação R$150.000,00 
TOTAL R$1.200.000,00 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
9 REQUISITOS DE QUALIDADE 
Qualidade significa a adequação de um produto ou serviço à finalidade prevista e 
tem sido apontada como determinante principal do sucesso comercial, mas a percepção dela 
por parte do cliente pode não ser igual à do fabricante. 
Desenvolve-se o Manual de Planejamento e Controle da Qualidade do Produto, 
dentro do conjunto de normas da ISO 9000, que possui uma estrutura que resume um 
conjunto de preocupações técnicas e um modelo suficientemente detalhado capaz de servir de 
base para intervenções no processo de estruturação e gerenciamento de desenvolvimento de 
produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
10 REQUISITOS DE CLIENTES 
De acordo com a norma ISO 9000 o requisito do cliente será a necessidade ou 
expectativa declarada. 
Os requisitos dos clientes serão definidos na tabela 02, onde serádefinido as 
principais qualificações e os critérios estabelecidos em cada um. 
 
Tabela 3 – Requisitos dos Clientes 
 Requisitos Característica 
1 Comprimento 3,60 metros 
2 Largura 1,70 metros 
3 Interior Espaçoso 
4 Capacidade 5 pessoas 
5 Câmbio Automático 
6 Combustível Energia Elétrica 
7 Peso 900 kg 
8 Autonomia 5.000 km (econômico) 
9 Conforto Luxo 
10 Design Moderno 
11 Complexidade de dirigir Fácil de pilotar 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
11 LEVANTAMENTO DE DADOS 
11.1 ANÁLISE DO MERCADO 
Devido a sua importância, o setor automotivo é imprescindível para o 
desenvolvimento econômico dos países, cujas multinacionais estão em ritmo constante de 
inovação e de controle das atividades do processo produtivo. A concorrência entre as 
empresas deste setor gera vantagens à economia brasileira de forma abrangente, já que possui, 
em seu território, filiais de montadoras internacionais que se instalaram no país com o 
objetivo de aumentar a produção e atingir novos mercados (MACEDO, 2015; STURGEON; 
VAN BIESEBROECK; GEREFFI, 2008) 
O mercado automotivo tem muito em que crescer e a criação de um carro voador 
econômico, leve e com uma boa autonomia, é algo que os clientes necessitam. 
 
11.1.1 PÚBLICO ALVO 
Mercado a que se destina: Classes A e B 
 
11.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS 
Será apresentado 3 tipos de produtos analisados para que seja escolhido de acordo 
com os critérios abaixo estabelecidos: 
 
 Carro Voador Autônomo – Motor a Diesel 
 
 Funcional: Baixo custo e peso consideravelmente leve 550kg. 
 Formal: Com 4 hélices em cada extremidade com um garfo de 2,5m de 
comprimento e com 1 hélice traseira. 
 Estrutural: Estrutura de plástico, dimensão de no máximo 10x9m. 
 
 Carro Voador – Motor Elétrico 
 
 Funcional: Com baixo custo e peso consideravelmente leve 900kg. 
 Formal: Com 36 motores elétricos ao decorrer das asas que são 2. 
 Estrutural: Estrutura de plástico, dimensão de no máximo 4x2m. 
 
 Carro Voador Autônomo – Motor Elétrico 
 
 Funcional: Com alto custo e peso consideravelmente pesado 1000kg. 
 Formal: Com 8 motores elétricos e 4 hélices. 
 Estrutural: Estrutura de plástico, dimensão de no máximo 8x5m. 
 
 
11.2.1 SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS 
Foi escolhido a alternativa 2 de acordo com os requisitos dos clientes. 
 
 
18 
 
 
12 APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE PROJETO 
Será utilizado 2 ferramentas QFD e FMEA do projeto, onde será detalhada cada 
ferramenta. 
 
12.1 QFD 
QFD (Quality Function Deploymen) é traduzido para o português como 
desdobramento da função qualidade, e trata-se de uma metodologia que busca traduzir e 
transmitir as informações necessárias para que o produto desenvolvido atenda as necessidades 
dos clientes, por intermédio de desdobramentos sistemático, iniciando-se com a determinação 
da voz do cliente, passando por todos os fatores necessários para o desenvolvimento do 
produto (CHENG & MELO FILHO, 2007). 
QFD é a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade 
do produto e o desenvolvimento da qualidade de projeto para o produto acabado através de 
desdobramentos sistemáticos das relações entre os requisitos do consumidor e as 
características do produto. (AKAO, apud PEIXOTO & CARPINNETTI, 1999). 
 
Vantagens do QFD: 
 Permite agregar ao produto características de qualidade (valor para o 
cliente); 
 Redução do tempo de desenvolvimento do produto; 
 Incorpora a voz do cliente no PDP; 
 Redução da reclamação de clientes; 
 
Foi realizado um estudo de caso utilizando esse método, irei demonstrar o passo-
a-passo de como o QFD é utilizado. 
 
1. Requisitos dos Clientes - Primeiramente foram levantadas as necessidades básicas 
pretendidas pelos potenciais clientes. Esses requisitos dos clientes(RQ) foram 
arranjados, na figura 3 podemos observar melhor. 
 
Figura 3 - RC - Requisitos dos Clientes 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
 
 
19 
 
2. Requisitos Técnicos - Os requisitos técnicos informações de que o produto 
necessita ter para atender as exigências dos clientes. A Figura 4, abaixo, ilustra 
essas características 
Figura 4 - Requisitos Técnicos 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
3. Correlacionar os Requisitos dos Clientes e Requisitos Técnicos - O passo 
seguinte foi formular o corpo da matriz, estabelecendo a relação entre as RQ e RT. 
Com isso foi possível construir a matriz de relacionamentos através de números 
sugeridos na Figura 5, abaixo. Com base nos números foi possível analisar de 
maneira qualitativa o quanto casa RQ afeta cada RT na Figura 6, abaixo. 
 
Figura 5 – Correlação dos Requisitos Utilizados 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Figura 6 - Correlação Requisitos do Cliente x Requisitos Técnicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
4. Valor do Consumidor - Nessa etapa o cliente é mais uma vez inserido no projeto 
identificando o valor para cada RC. São adotados como valores limites o valor 
Máximo = 5 e valor mínimo = 1 também mostrados na Figura 7, acima. 
 
Figura 7 - Valor do consumidor 
 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
5. Análise Externa dos Clientes - Com o intuito de analisar o mercado ainda no 
questionário pediu-se que os consumidores atribuíssem notas de 1 a 5 para os 
 
 
21 
 
produtos concorrentes ou similares segundo as RT estabelecidos. Também são 
atribuídas notas para o produto em questão de modo que ao compará-las percebe-
se claramente como esta cada característica funcional com relação aos 
competidores, sob a óptica dos consumidores. A partir daí identificou-se os pontos 
fortes e fracos do produto e as ações para melhorá-los ou preservá-los. 
Utilizando como exemplo a RC “ser silencioso” pode-se visualizar através da 
Figura 8, abaixo, que o produto recebeu nota 5, enquanto que o produto X 
concorrente recebeu nota 3 e o produto Y recebeu nota 3. Tendo em vista que o 
valor atribuído pelo consumidor foi igual a 5 (valor máximo) percebe-se que esta 
RC merece uma atenção especial. 
 
Figura 8 - Análise Externa de Clientes 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
6. Quantificação das Características da Qualidade - As características da 
qualidade definidas são de natureza mensurável. Elas foram definidas tanto para o 
produto quanto para os concorrentes acompanhadas das devidas unidades 
conforme ilustra a Figura 9, abaixo. 
 
Figura 9 - Quantificação das Características da Qualidade 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
 
22 
 
7. Critério de Kano – O critério que representa o inter-relacionamento das 
características da qualidade e o grau de dependência correspondente. Esse 
cruzamento demonstra como a mudança em uma característica do produto 
influencia a outra. A matriz está representada na Figura 9. O Quadro 1 ilustra os 
símbolos utilizados para representar o inter-relacionamento entre os RT. 
 
Quadro 1 - Critério de Kano 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
8. Valor de Importância dos RT - O valor de importância da RT foi calculado de 
acordo com a fórmula: Valor de importância = ∑(valor do consumidor * Grau de 
relacionamento entre RC e RT). 
Esse valor possibilita definir uma classificação para cada RT e com isso propor 
melhorias, priorizando os itens de maior valor. Essa classificação pode ser 
visualizada na Figura 10. 
 
Figura 10 - QFD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
De acordo com os resultados obtidos foi possível chegar às seguintes conclusões 
abaixo descrita na tabela em relação a o grau de importância do produto 
 
Tabela 4 - Grau de Importância do Produto 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
12.2 FMEA 
De acordo com Rausand e Oien (1996), a falha representa um conceito 
fundamental para a análisede confiabilidade, sendo a falha definida como o término da 
habilidade de um item para o desempenho de uma requerida função. A qualidade de uma 
análise de confiabilidade depende fortemente da habilidade do analista em identificar todas as 
funções desempenhadas pelos componentes e as possíveis falhas com potencial de ocorrência. 
A ferramenta FMEA surgiu por volta de 1949 e destinava-se às análises de falhas 
em sistemas e equipamentos do exército americano, onde era avaliada a sua eficiência 
baseando-se no impacto sobre uma missão ou no sucesso de defesa pessoal de cada soldado. 
Na década de 60, foi aprimorado e desenvolvido pela NASA, quando foi tomando 
espaço nos setores aeronáuticos. Porém, desde 1976 vem sendo usada no ramo 
automobilístico e atualmente constitui-se numa ferramenta imprescindível para as empresas 
fornecedoras deste segmento. Observa-se que a maioria dos fornecedores da indústria 
automobilística utiliza esta ferramenta em consonância com a norma TS 16.949 
(INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2002). 
A realização do FMEA ocorre através do preenchimento de um formulário 
específico, conforme citado anteriormente. Este formulário deve ser preenchido pela equipe 
multifuncional, obedecendo aos critérios de clareza e objetividade. Neste formulário, as áreas 
envolvidas com o trabalho indicam seu posicionamento nos processos descritos. A Figura 11 
ilustra um exemplo de formulário preenchido pela equipe. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Figura 11 - FMEA 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
Conforme descrito anteriormente, para a utilização do formulário FMEA é 
necessário recorrer aos valores tabelados dos índices de severidade (S), de ocorrência (O) e de 
detecção (D). A definição do índice de severidade, está associada, numa relação crescente, aos 
efeitos das falhas sobre a manufatura e sobre o cliente. Este índice só poderá ser reduzido 
através de uma alteração no projeto. A Figura 12 ilustra os parâmetros para determinação do 
índice de severidade. 
 
Figura 12 - Índice de Severidade 
 
Fonte: QS-9000 FMEA - AIAG 
 
A definição do índice de ocorrência se dá pela probabilidade de uma causa ocorrer 
durante o processo ou mesmo no produto. As possíveis formas de reduzir, efetivamente, este 
índice consiste no controle ou intensificação da prevenção das causas ou ainda a realização de 
alterações no projeto e/ou no processo. A Figura 13 define os parâmetros para determinação 
do índice de ocorrência. 
 
Figura 13 - Índice de Ocorrência 
 
Fonte: QS-9000 FMEA – AIAG 
 
 
 
25 
 
O índice de detecção indica se a forma de controle é capaz de detectar erros no 
processo ou produto. Conforme pode ser verificado na Figura 14, quanto mais investimentos 
em tecnologias, treinamentos, poka-yokes ou outras formas de detecção, menor se torna este 
índice. Na figura abaixo, as letras A, B e C são utilizadas para classificar o tipo de detecção a 
ser feita para identificação de falhas e, significam, respectivamente, a utilização de detecção à 
prova de erro, a inspeção com sistema de medição e a inspeção visual. 
 
Figura 14 - Índice de Detecção 
 
Fonte: QS-9000 FMEA – AIAG 
 
As ações recomendadas realizadas a partir de alguns critérios definidos pela 
equipe de FMEA da empresa, conforme descrição da Figura 15. 
 
Figura 15 - Ações Recomendadas 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
12.3 ANÁLISE ERGONÔMICA 
O Ministério do Trabalho (MT) classifica os riscos ocupacionais de acordo com 
sua natureza: física, química, biológica, acidental ou ergonômica; sendo a última referente às 
situações que se ligam ao estresse físico ou psicológico do trabalhador. Desta forma, a 
ergonomia tem como objetivo observar e estudar o profissional em seu real posto de trabalho 
possuindo uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana. Sendo uma 
ciência que contribui para melhorar a eficiência, confiabilidade e qualidade das operações 
industriais, a mesma aprimora a relação homem-máquina no ambiente produtivo (BARALDI, 
2006). 
 
 
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Dentre os três domínios de especialização da ergonomia, há a ergonomia física, 
ligada às características da anatomia humana, tendo como pontos relevantes o estudo da 
postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, possíveis distúrbios 
músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde 
(COUTINHO; ABREU, 2017). 
Nos processos de fabricação industrial até então, as soluções robóticas são aptas a 
realizarem tarefas que exigem grande esforço físico; no entanto, as mesmas não oferecem 
capacidade de manipulação, flexibilidade, resolução de problemas e qualidade, características 
próprias dos seres humanos. Assim, ainda há necessidade da atuação dos colaboradores em 
tarefas manuais de montagem e manuseio, o que destaca o gargalo de novas soluções que 
apoiem o trabalho físico desses operadores. Com os avanços tecnológicos na relação homem-
robô, que visam resguardar o bem-estar do trabalhador enquanto otimiza a produtividade e 
desempenho do sistema, destaca-se o exoesqueleto como uma inovação de sucesso (SPADA 
et al., 2017). 
Vamos citar algumas situações em que as pesquisas cientificas e o avançao 
tecnológico ajudou o ramo da indústria automotiva a ajudar aos trabalhadores a prevenir 
futuras lesões. 
 Exoesqueleto - Tratando-se dos benefícios, esta inovação permite com 
que o trabalho dos colaboradores seja mais confortável, visando aumento 
de agilidade e produtividade da linha automotiva. Após o trabalhador 
concluir o período de adaptação, o exoesqueleto se torna imperceptível, 
passando a ser visto como parte integrante do uniforme usado no 
cotidiano. Segundo o presidente da FCA, Stefan Ketter, ganhos 
significativos de eficiência já foram constatados ao perceber que o nível de 
imprevistos e de distúrbios na produção diminuiu consideravelmente. O 
mesmo acredita que os ganhos de qualidade também serão contínuos e 
crescentes (CAPUTO, 2017; SILVA, 2018). 
 
Figura 16 - Foto Operador de Fábrica Utilizando Exoesqueleto 
 
Fonte: Silva (2018) 
 
Outra iniciativa adotada na filial brasileira é a introdução de robôs colaborativos 
que atuam juntamente com os operários, facilitando o trabalho dos mesmos e melhorando a 
produção ao reduzir o tempo. Aptos a realizarem diferentes operações, como a entrega de 
peças e a aplicação de solvente ao redor do para-brisa, estes robôs apresentam total segurança, 
fazendo com que cessem suas atividades imediatamente ao detectarem qualquer contato 
humano (SILVA, 2018). 
 
 Assentos Ergonômicos - Assentos ergonômicos também estão sendo 
utilizados nas linhas automotivas da Audi, aptos a deslizarem facilmente 
os membros da equipe para o interior de um veículo. Atrelado a eles há o 
Painel de Butler, um aparelho que auxilia o levantamento de cargas 
 
 
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pesadas, facilitando o trabalho dos operários na locomoção de peças para 
montagem (MCCANDLESS, 2014). 
 
Principais inovações para o meio automobilístico em busca de proporcionar ao 
colaborador o menor impacto possível nos trabalhos diários na montagem dos componentes 
de um automóvel. 
 
Tabela 5 - Inovações Técnologicas 
 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 PROJETO TÉCNICO DO NOVO PRODUTO 
13.1 DESENHO DETALHADO 
 
O projeto escolhido foi o de nº 2, pois era oque mais se alcançava os requisitos 
dos clientes. O modelo proposto é feito com o chassi de um carro popular de 2 portas, apartir 
do chassi será posto os componentes para que o carro consiga voar, que será a implantação de 
2 asas e os 336 motores elétricos espalhados pelas 2 asas, o grande diferencial desse projeto 
será a autonomia, economia, sustentabilidade e peso. 
 
Figura 17- Modelo do Carro Voador 
 
 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
A figuara 17, demonstra o modelo inicial criado no software SolidWorks, é neleque será desenvolvido o detalhamento do projeto. 
 
Figura 18 - Modelo da Asa do Carro 
 
 
Fonte: Autor do Estudo (2020) 
 
A figura 18, mostra as assas que serão instaladas no carro, elas são as 
responsáveis de dar a estabilidade necessária para que o carro consigo se locomover pelo 
espaço com grande conforto e sem vibrações. 
 
13.2 ESPECIFICAÇÕES DE MATÉRIA PRIMA 
Motor elétrico: 
Autonomia: 300km 
Bateria recarregável: 
Direção: Elétrica 
Potência: 99cv 
Capacidade: 5 passageiros 
Asas: Com 1,20m de comprimentox0,45m de largura; 
Cor: Branca, Preta e Vermelha; 
 
 
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Equipamentos de segurança: Cinto com 3 pontos, air bag,duplo frontral, freio ABS, 
13.3 RECURSOS NECESSÁRIOS 
Será necessário o investimento de R$1.200.000,00 conforme tabela 2, onde faz o 
detalhamento de cada fase do projeto, os demais recursos a se ter, será de mão de obra 
qualificada, fornecimento de matéria prima especifica em atendimento as exigências do 
produto e planta de fabrica em local estratégico para facilidade de logística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 REFERÊNCIAS 
AIAG. Manual FMEA. 3 a . edição. Automotive Industry Action Group, 2001 
BARNARDO, S. Projeto conceitual de veículo supercompacto individual com base na 
estrutura da cadeira de rodas. 2016. 
CHENG, Lin Chih; MELO FILHO, Leonel Del Rey. QFD Desdobramento da Função 
Qualidade na gestão de Desenvolvimento de Produtos. São Paulo: Blucher, 2007. 
GESTÃO DA PRODUTIVIDADE. Site Institucional. Disponível em: < 
https://gestaoeprodutividade.com.br/escopo-do-projeto-e-escopo-do-produto/ > Acessado em 
04 abril.2020. 
PEIXOTO, Manoel Otelino; CARPINETTI, Luis César. Quality Function Deployment – 
QFD (distribuição da função qualidade. 5th International Symposium on Quality Function 
Deployment/ I Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produtos, 1999. 
RAUSAND, M. & OIEN, K. The basic concepts of failure analysis. Reliability Engineering 
and System Safety, 1996. 
ROZENFELD, Henrique. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: Uma referência 
para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. 
SILVA, C. Em fábrica da Fiat, operários e exoesqueletos. Disponível em: . Acesso em: 09 
abril. 2020. 
https://gestaoeprodutividade.com.br/escopo-do-projeto-e-escopo-do-produto/