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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE - FANESE CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DANIEL RODRIGUES VIEIRA SANTOS KEULLY REJANE SOUZA SANTOS FABRICAÇÃO DE CARRO VOADOR ARACAJU 2020 2 DANIEL RODRIGUES VIEIRA SANTOS KEULLY REJANE SOUZA SANTOS FABRICAÇÃO DE CARRO VOADOR Relatório de desenvolvimento de projeto de produto apresentado como parte integrante do complemento da nota. Orientador: Prof.ª Orientador: Msc. Lais Gomes Barbosa da Silva Aracaju - Sergipe 2020.1 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Escopo do Projeto .................................................................................................................... 11 Figura 2 - Modelo do processo de Rozenfeld et al(2006) ............................................................................. 12 Figura 3 - RC - Requisitos dos Clientes ...................................................................................................... 18 Figura 4 - Requisitos Técnicos .................................................................................................................. 19 Figura 5 – Correlação dos Requisitos Utilizados ......................................................................................... 19 Figura 6 - Correlação Requisitos do Cliente x Requisitos Técnicos ............................................................... 20 Figura 7 - Valor do consumidor ................................................................................................................. 20 Figura 8 - Análise Externa de Clientes ....................................................................................................... 21 Figura 9 - Quantificação das Características da Qualidade ........................................................................... 21 Figura 10 - QFD ...................................................................................................................................... 22 Figura 11 - FMEA .................................................................................................................................... 24 Figura 12 - Índice de Severidade ............................................................................................................... 24 Figura 13 - Índice de Ocorrência ............................................................................................................... 24 Figura 14 - Índice de Detecção .................................................................................................................. 25 Figura 15 - Ações Recomendadas .............................................................................................................. 25 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Cronograma ............................................................................................................................. 13 Tabela 2 – Custo do Projeto ...................................................................................................................... 14 Tabela 3 – Requisitos dos Clientes ............................................................................................................ 16 Tabela 5 - Grau de Importância do Produto ................................................................................................ 23 4 LISTA DE ACRÔNIMOS IPD – Desenvolvimento de Produto Integrado. PDP – Processo de Desenvolvimento de Produtos. PPO – Organização do Produto e Processo. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 2OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 8 2.1Objetivo Especifico .............................................................................................................. 8 3JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 9 4DEFINIR INTERESSADOS NO PROJETO .................................................................... 10 5ESCOPO DO PROJETO ..................................................................................................... 11 6ESCOPO DO PRODUTO .................................................................................................... 12 7CRONOGRAMA .................................................................................................................. 13 8ORÇAMENTO ..................................................................................................................... 14 9REQUISITOS DE QUALIDADE ....................................................................................... 15 10REQUISITOS DE CLIENTES ......................................................................................... 16 11REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 17 6 1 INTRODUÇÃO Atualmente em todo o mundo, o carro movido a combustível fóssil é o meio de transporte mais popularmente conhecido, devido a isso, a utilização desse transporte causa um grande impacto ambiental. Atualmente há aproximadamente um carro para cada oito habitantes. O resultado disso é grandes centros com enormes congestionamentos provocados por carros que transportam, em sua maioria, uma pessoa; com emissão de enormes quantidades de CO2 na atmosfera; pessoas estressadas e insatisfeitas. (SHIBATA, 2011). Com esse cenário cada vez mais caótico, a indústria automotiva global estuda formas viáveis de fabricação de novas tecnologias, buscando diminuir o impacto no meio ambiente e na mobilidade urbana das cidades. O Processo Desenvolvimento de Produtos (PDP) pode ser definido como um conjunto de atividades por meio das quais se busca, a partir das necessidades do mercado e das possibilidades e restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, chegar às especificações de projeto de um produto e de seu processo de produção, para que a manufatura seja capaz de produzi-lo. Ainda, o desenvolvimento de produto envolve o acompanhamento do produto após o lançamento, bem como o planejamento da descontinuidade do produto no mercado incorporando estes conceitos na especificação do projeto atendendo assim, todas as necessidades do produto ao longo do seu ciclo de vida (ROZENFELD et al., 2006). No final da década de 80 e início de 90, foram desenvolvidos importantes projetos de pesquisa relacionados com a manufatura enxuta e a gestão do processo de desenvolvimento de produto. Estes primeiros, puramente analíticos, tornaram-se clássicos e geraram muitos conceitos que têm um escopo de aplicação mais amplo que uma abordagem específica e são empregados por grande parte das pessoas que estudam e trabalham com o desenvolvimento de produto, formando base de abordagem para gerenciar o processo. Nesta abordagem os autores dividem o processo de desenvolvimento de produto em três etapas maiores: • Estratégia de Desenvolvimento - onde apresenta uma estrutura para o planejamento e gerenciamento do portfólio dos projetos em andamento; • Gerenciamento do Projeto Específico - abordando o gerenciamento, liderança, tipos de interação entre atividades e outros assuntos relacionados com um projeto específico; • Aprendizagem - apresentando formas para garantir a melhoria do processo e a aprendizagem organizacional a partir da experiência como projeto. Entre 1990 e 1996, para atingir o objetivo da busca de uma visão total da atividade de projeto e não mais as visões parciais de cada setor tecnológico específico, Stuart Pugh desenvolveu um modelo que ficou conhecido como Total Design: • Um conjunto de seis etapas interativas e aplicáveis a qualquer tipo de projeto, onde cada etapa é representada por um cilindro significando que nela são empregados um conjunto específico de conhecimentos compostos por diversas visões tecnológicas parciais. • Somando os conceitos de Pugh e Taguchi, Don Clausing criou a Total Quality Development, dividindo o processo de desenvolvimento de produto em: 7 Conceito; Design – divide em projeto dos subsistemas e projetos das partes; Preparação/Produção – divide em verificação do sistema, prontidão e produção piloto. Surge, então, uma abordagem mais sofisticada para engenharia simultânea através de Prasad, englobando diversos fatores em uma estrutura bastante independente das fases de um processo de desenvolvimento de produto, possuindo no seu centro a descrição dos quatro elementos de suporte que são os modelos, os métodos, as métricas e as medidas; estas fases são compostas em duas rodas: • Organização do Produto e Processo (Product and Process Organization Whell – PPO) – aborda os fatores que determinam o grau de complexidade do gerenciamento do desenvolvimento de produto e os fatores organizacionais; • Desenvolvimento de Produto Integrado (Integrated Product Development Wheel – IPD) – define de uma maneira bastante flexível a integração do processo de desenvolvimento do produto. Desenvolve-se o Manual de Planejamento e Controle da Qualidade do Produto, dentro do conjunto de normas da IS0 9000, que possui uma estrutura que resume um conjunto de preocupações técnicas e um modelo suficientemente detalhado capaz de servir de base para intervenções no processo de estruturação e gerenciamento de desenvolvimento de produto. 8 2 OBJETIVO GERAL Avaliar a aplicabilidade do desenvolvimento de um carro voador. 2.1 Objetivo Especifico Desenvolver um carro voador movido à energia elétrica que proporcione a diminuição do consumo de combustível fóssil. 9 3 JUSTIFICATIVA A relevância deste projeto se dá do fato que aproveitar uma energia que hoje em dia é de grande importância no mercado, utilizando uma metodologia já utilizada atualmente, dependendo apenas de transformar energia mecânica em energia elétrica. O objetivo é transformar totalmente o modelo dos carros já existentes, somente utilizando o método de utilização de energia elétrica preexistente. 10 4 DEFINIR INTERESSADOS NO PROJETO Os interessados podem ser definidos com base em alguns critérios específicos com idade, classe social, comportamento entre outros, logo abaixo segue as informações necessárias para compor e definir o público alvo. Segmentação geográfica: Continentes: Europa e Ásia; Sexo: Feminino e masculino Faixa etária: De 20 a 50 anos Moradia: Urbana Segmentação psicográfica: Personalidade: Público urbano, ativo, sempre em movimento, jovem, interessado em tecnologia e bem informado. Moram sozinhos ou com parceiro, sem filhos. Vivem em cidade grande, com trânsito movimentado e precisam de facilidade para estacionar e se locomover. Classe: B e C Segmentação comportamental: Hábitos: A principal atividade do público alvo é o trabalho, haja vista ter também as atividades de lazer como bares, shopping e festas. Costumam andar sozinhos, são práticos e carregam consigo apenas o essencial. Buscam um veículo compacto para obter facilidade no transito conturbado do dia a dia. Priorizo a economizar de combustível e a diminuição a possíveis danos ambientais. Hobbies: Nas horas vagas gostam de ir até os bares e restaurantes. 11 5 ESCOPO DO PROJETO Documento: Declaração de Escopo de Projeto Nome do Projeto: Projeto XXII – Desenvolvimento de Carro Voador Justificativa: Transformação dos modelos dos carros utilizados atualmente visando diminuição da utilização de combustíveis fosseis. Produto a Ser Entregue: Carro automático movido a eletricidade com capacidade de voar. Previsão de Início: Janeiro de 2020 Previsão de Término: Junho de 2020 Figura 1 – Escopo do Projeto Fonte: Autor do estudo https://gestaoeprodutividade.com.br/escopo-do-projeto-e-escopo-do-produto/ 12 6 ESCOPO DO PRODUTO O escopo de o produto a seguir, irá definir todas as etapas que serão entregues, as especificações e seus requisitos. Figura 2 - Modelo do processo de Rozenfeld et al(2006) Fonte: Adaptado de Rozenfeld et. al (2006, p. 44) 13 7 CRONOGRAMA Um cronograma ou gráfico de Gantt (o nome de seu criador) é uma técnica de representação gráfica de decisões que mostra, dentro de um calendário, quando as atividades deverão ocorrer. Em sua forma mais comum, chamada cronograma de barras, o gráfico é uma tabela ou matriz, cujas colunas (dimensão horizontal) representam a passagem do tempo. As linhas ou barras (dimensão vertical) representam as atividades a realizar. Tabela 1 - Cronograma Descrição das Etapas Prazos 1 Planejamento do Projeto 28/01/2020 2 Projeto Informacional 28/02/2020 3 Projeto Conceitual 28/03/2020 4 Projeto Detalhado 28/04/2020 5 Preparação Produção 28/05/2020 6 Lançamento do Produto 28/06/2020 Fonte: Autoria Própria. 14 8 ORÇAMENTO Todo projeto sempre combina elementos físicos, conceitos e serviços e o alcance do projeto é condicionado pelo montante de recursos financeiros disponíveis que, embora possa haver flexibilidade (porque as previsões não são infalíveis), sua conclusão dentro do orçamento e a minimização da margem de erro nas previsões orçamentárias deve ser sempre o objetivo prioritário da gestão de projetos; • Quanto custará? Tabela 2 – Custo do Projeto Fases Valores R$ 1 Gerenciamento do Projeto R$200.000,00 2 Documentação R$60.000,00 3 Engenharia de Sistemas R$180.000,00 4 Aquisições R$100.000,00 5 Sistema de navegação e controle R$150.000,00 6 Plataforma de voo R$160.000,00 7 Software R$80.000,00 8 Sistema Vant R$120.000,00 9 Certificação de Homologação R$150.000,00 TOTAL R$1.200.000,00 Fonte: Autoria Própria 15 9 REQUISITOS DE QUALIDADE Qualidade significa a adequação de um produto ou serviço à finalidade prevista e tem sido apontada como determinante principal do sucesso comercial, mas a percepção dela por parte do cliente pode não ser igual à do fabricante. Desenvolve-se o Manual de Planejamento e Controle da Qualidade do Produto, dentro do conjunto de normas da ISO 9000, que possui uma estrutura que resume um conjunto de preocupações técnicas e um modelo suficientemente detalhado capaz de servir de base para intervenções no processo de estruturação e gerenciamento de desenvolvimento de produto. 16 10 REQUISITOS DE CLIENTES De acordo com a norma ISO 9000 o requisito do cliente será a necessidade ou expectativa declarada. Os requisitos dos clientes serão definidos na tabela 02, onde serádefinido as principais qualificações e os critérios estabelecidos em cada um. Tabela 3 – Requisitos dos Clientes Requisitos Característica 1 Comprimento 3,60 metros 2 Largura 1,70 metros 3 Interior Espaçoso 4 Capacidade 5 pessoas 5 Câmbio Automático 6 Combustível Energia Elétrica 7 Peso 900 kg 8 Autonomia 5.000 km (econômico) 9 Conforto Luxo 10 Design Moderno 11 Complexidade de dirigir Fácil de pilotar Fonte: Autoria Própria 17 11 LEVANTAMENTO DE DADOS 11.1 ANÁLISE DO MERCADO Devido a sua importância, o setor automotivo é imprescindível para o desenvolvimento econômico dos países, cujas multinacionais estão em ritmo constante de inovação e de controle das atividades do processo produtivo. A concorrência entre as empresas deste setor gera vantagens à economia brasileira de forma abrangente, já que possui, em seu território, filiais de montadoras internacionais que se instalaram no país com o objetivo de aumentar a produção e atingir novos mercados (MACEDO, 2015; STURGEON; VAN BIESEBROECK; GEREFFI, 2008) O mercado automotivo tem muito em que crescer e a criação de um carro voador econômico, leve e com uma boa autonomia, é algo que os clientes necessitam. 11.1.1 PÚBLICO ALVO Mercado a que se destina: Classes A e B 11.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS Será apresentado 3 tipos de produtos analisados para que seja escolhido de acordo com os critérios abaixo estabelecidos: Carro Voador Autônomo – Motor a Diesel Funcional: Baixo custo e peso consideravelmente leve 550kg. Formal: Com 4 hélices em cada extremidade com um garfo de 2,5m de comprimento e com 1 hélice traseira. Estrutural: Estrutura de plástico, dimensão de no máximo 10x9m. Carro Voador – Motor Elétrico Funcional: Com baixo custo e peso consideravelmente leve 900kg. Formal: Com 36 motores elétricos ao decorrer das asas que são 2. Estrutural: Estrutura de plástico, dimensão de no máximo 4x2m. Carro Voador Autônomo – Motor Elétrico Funcional: Com alto custo e peso consideravelmente pesado 1000kg. Formal: Com 8 motores elétricos e 4 hélices. Estrutural: Estrutura de plástico, dimensão de no máximo 8x5m. 11.2.1 SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS Foi escolhido a alternativa 2 de acordo com os requisitos dos clientes. 18 12 APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE PROJETO Será utilizado 2 ferramentas QFD e FMEA do projeto, onde será detalhada cada ferramenta. 12.1 QFD QFD (Quality Function Deploymen) é traduzido para o português como desdobramento da função qualidade, e trata-se de uma metodologia que busca traduzir e transmitir as informações necessárias para que o produto desenvolvido atenda as necessidades dos clientes, por intermédio de desdobramentos sistemático, iniciando-se com a determinação da voz do cliente, passando por todos os fatores necessários para o desenvolvimento do produto (CHENG & MELO FILHO, 2007). QFD é a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade do produto e o desenvolvimento da qualidade de projeto para o produto acabado através de desdobramentos sistemáticos das relações entre os requisitos do consumidor e as características do produto. (AKAO, apud PEIXOTO & CARPINNETTI, 1999). Vantagens do QFD: Permite agregar ao produto características de qualidade (valor para o cliente); Redução do tempo de desenvolvimento do produto; Incorpora a voz do cliente no PDP; Redução da reclamação de clientes; Foi realizado um estudo de caso utilizando esse método, irei demonstrar o passo- a-passo de como o QFD é utilizado. 1. Requisitos dos Clientes - Primeiramente foram levantadas as necessidades básicas pretendidas pelos potenciais clientes. Esses requisitos dos clientes(RQ) foram arranjados, na figura 3 podemos observar melhor. Figura 3 - RC - Requisitos dos Clientes Fonte: Autor do Estudo (2020) 19 2. Requisitos Técnicos - Os requisitos técnicos informações de que o produto necessita ter para atender as exigências dos clientes. A Figura 4, abaixo, ilustra essas características Figura 4 - Requisitos Técnicos Fonte: Autor do Estudo (2020) 3. Correlacionar os Requisitos dos Clientes e Requisitos Técnicos - O passo seguinte foi formular o corpo da matriz, estabelecendo a relação entre as RQ e RT. Com isso foi possível construir a matriz de relacionamentos através de números sugeridos na Figura 5, abaixo. Com base nos números foi possível analisar de maneira qualitativa o quanto casa RQ afeta cada RT na Figura 6, abaixo. Figura 5 – Correlação dos Requisitos Utilizados Fonte: Autor do Estudo (2020) 20 Figura 6 - Correlação Requisitos do Cliente x Requisitos Técnicos Fonte: Autor do Estudo (2020) 4. Valor do Consumidor - Nessa etapa o cliente é mais uma vez inserido no projeto identificando o valor para cada RC. São adotados como valores limites o valor Máximo = 5 e valor mínimo = 1 também mostrados na Figura 7, acima. Figura 7 - Valor do consumidor Fonte: Autor do Estudo (2020) 5. Análise Externa dos Clientes - Com o intuito de analisar o mercado ainda no questionário pediu-se que os consumidores atribuíssem notas de 1 a 5 para os 21 produtos concorrentes ou similares segundo as RT estabelecidos. Também são atribuídas notas para o produto em questão de modo que ao compará-las percebe- se claramente como esta cada característica funcional com relação aos competidores, sob a óptica dos consumidores. A partir daí identificou-se os pontos fortes e fracos do produto e as ações para melhorá-los ou preservá-los. Utilizando como exemplo a RC “ser silencioso” pode-se visualizar através da Figura 8, abaixo, que o produto recebeu nota 5, enquanto que o produto X concorrente recebeu nota 3 e o produto Y recebeu nota 3. Tendo em vista que o valor atribuído pelo consumidor foi igual a 5 (valor máximo) percebe-se que esta RC merece uma atenção especial. Figura 8 - Análise Externa de Clientes Fonte: Autor do Estudo (2020) 6. Quantificação das Características da Qualidade - As características da qualidade definidas são de natureza mensurável. Elas foram definidas tanto para o produto quanto para os concorrentes acompanhadas das devidas unidades conforme ilustra a Figura 9, abaixo. Figura 9 - Quantificação das Características da Qualidade Fonte: Autor do Estudo (2020) 22 7. Critério de Kano – O critério que representa o inter-relacionamento das características da qualidade e o grau de dependência correspondente. Esse cruzamento demonstra como a mudança em uma característica do produto influencia a outra. A matriz está representada na Figura 9. O Quadro 1 ilustra os símbolos utilizados para representar o inter-relacionamento entre os RT. Quadro 1 - Critério de Kano Fonte: Autor do Estudo (2020) 8. Valor de Importância dos RT - O valor de importância da RT foi calculado de acordo com a fórmula: Valor de importância = ∑(valor do consumidor * Grau de relacionamento entre RC e RT). Esse valor possibilita definir uma classificação para cada RT e com isso propor melhorias, priorizando os itens de maior valor. Essa classificação pode ser visualizada na Figura 10. Figura 10 - QFD 23 Fonte: Autor do Estudo (2020) De acordo com os resultados obtidos foi possível chegar às seguintes conclusões abaixo descrita na tabela em relação a o grau de importância do produto Tabela 4 - Grau de Importância do Produto Fonte: Autor do Estudo (2020) 12.2 FMEA De acordo com Rausand e Oien (1996), a falha representa um conceito fundamental para a análisede confiabilidade, sendo a falha definida como o término da habilidade de um item para o desempenho de uma requerida função. A qualidade de uma análise de confiabilidade depende fortemente da habilidade do analista em identificar todas as funções desempenhadas pelos componentes e as possíveis falhas com potencial de ocorrência. A ferramenta FMEA surgiu por volta de 1949 e destinava-se às análises de falhas em sistemas e equipamentos do exército americano, onde era avaliada a sua eficiência baseando-se no impacto sobre uma missão ou no sucesso de defesa pessoal de cada soldado. Na década de 60, foi aprimorado e desenvolvido pela NASA, quando foi tomando espaço nos setores aeronáuticos. Porém, desde 1976 vem sendo usada no ramo automobilístico e atualmente constitui-se numa ferramenta imprescindível para as empresas fornecedoras deste segmento. Observa-se que a maioria dos fornecedores da indústria automobilística utiliza esta ferramenta em consonância com a norma TS 16.949 (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, 2002). A realização do FMEA ocorre através do preenchimento de um formulário específico, conforme citado anteriormente. Este formulário deve ser preenchido pela equipe multifuncional, obedecendo aos critérios de clareza e objetividade. Neste formulário, as áreas envolvidas com o trabalho indicam seu posicionamento nos processos descritos. A Figura 11 ilustra um exemplo de formulário preenchido pela equipe. 24 Figura 11 - FMEA Fonte: Autor do Estudo (2020) Conforme descrito anteriormente, para a utilização do formulário FMEA é necessário recorrer aos valores tabelados dos índices de severidade (S), de ocorrência (O) e de detecção (D). A definição do índice de severidade, está associada, numa relação crescente, aos efeitos das falhas sobre a manufatura e sobre o cliente. Este índice só poderá ser reduzido através de uma alteração no projeto. A Figura 12 ilustra os parâmetros para determinação do índice de severidade. Figura 12 - Índice de Severidade Fonte: QS-9000 FMEA - AIAG A definição do índice de ocorrência se dá pela probabilidade de uma causa ocorrer durante o processo ou mesmo no produto. As possíveis formas de reduzir, efetivamente, este índice consiste no controle ou intensificação da prevenção das causas ou ainda a realização de alterações no projeto e/ou no processo. A Figura 13 define os parâmetros para determinação do índice de ocorrência. Figura 13 - Índice de Ocorrência Fonte: QS-9000 FMEA – AIAG 25 O índice de detecção indica se a forma de controle é capaz de detectar erros no processo ou produto. Conforme pode ser verificado na Figura 14, quanto mais investimentos em tecnologias, treinamentos, poka-yokes ou outras formas de detecção, menor se torna este índice. Na figura abaixo, as letras A, B e C são utilizadas para classificar o tipo de detecção a ser feita para identificação de falhas e, significam, respectivamente, a utilização de detecção à prova de erro, a inspeção com sistema de medição e a inspeção visual. Figura 14 - Índice de Detecção Fonte: QS-9000 FMEA – AIAG As ações recomendadas realizadas a partir de alguns critérios definidos pela equipe de FMEA da empresa, conforme descrição da Figura 15. Figura 15 - Ações Recomendadas Fonte: Autor do Estudo (2020) 12.3 ANÁLISE ERGONÔMICA O Ministério do Trabalho (MT) classifica os riscos ocupacionais de acordo com sua natureza: física, química, biológica, acidental ou ergonômica; sendo a última referente às situações que se ligam ao estresse físico ou psicológico do trabalhador. Desta forma, a ergonomia tem como objetivo observar e estudar o profissional em seu real posto de trabalho possuindo uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana. Sendo uma ciência que contribui para melhorar a eficiência, confiabilidade e qualidade das operações industriais, a mesma aprimora a relação homem-máquina no ambiente produtivo (BARALDI, 2006). 26 Dentre os três domínios de especialização da ergonomia, há a ergonomia física, ligada às características da anatomia humana, tendo como pontos relevantes o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, possíveis distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde (COUTINHO; ABREU, 2017). Nos processos de fabricação industrial até então, as soluções robóticas são aptas a realizarem tarefas que exigem grande esforço físico; no entanto, as mesmas não oferecem capacidade de manipulação, flexibilidade, resolução de problemas e qualidade, características próprias dos seres humanos. Assim, ainda há necessidade da atuação dos colaboradores em tarefas manuais de montagem e manuseio, o que destaca o gargalo de novas soluções que apoiem o trabalho físico desses operadores. Com os avanços tecnológicos na relação homem- robô, que visam resguardar o bem-estar do trabalhador enquanto otimiza a produtividade e desempenho do sistema, destaca-se o exoesqueleto como uma inovação de sucesso (SPADA et al., 2017). Vamos citar algumas situações em que as pesquisas cientificas e o avançao tecnológico ajudou o ramo da indústria automotiva a ajudar aos trabalhadores a prevenir futuras lesões. Exoesqueleto - Tratando-se dos benefícios, esta inovação permite com que o trabalho dos colaboradores seja mais confortável, visando aumento de agilidade e produtividade da linha automotiva. Após o trabalhador concluir o período de adaptação, o exoesqueleto se torna imperceptível, passando a ser visto como parte integrante do uniforme usado no cotidiano. Segundo o presidente da FCA, Stefan Ketter, ganhos significativos de eficiência já foram constatados ao perceber que o nível de imprevistos e de distúrbios na produção diminuiu consideravelmente. O mesmo acredita que os ganhos de qualidade também serão contínuos e crescentes (CAPUTO, 2017; SILVA, 2018). Figura 16 - Foto Operador de Fábrica Utilizando Exoesqueleto Fonte: Silva (2018) Outra iniciativa adotada na filial brasileira é a introdução de robôs colaborativos que atuam juntamente com os operários, facilitando o trabalho dos mesmos e melhorando a produção ao reduzir o tempo. Aptos a realizarem diferentes operações, como a entrega de peças e a aplicação de solvente ao redor do para-brisa, estes robôs apresentam total segurança, fazendo com que cessem suas atividades imediatamente ao detectarem qualquer contato humano (SILVA, 2018). Assentos Ergonômicos - Assentos ergonômicos também estão sendo utilizados nas linhas automotivas da Audi, aptos a deslizarem facilmente os membros da equipe para o interior de um veículo. Atrelado a eles há o Painel de Butler, um aparelho que auxilia o levantamento de cargas 27 pesadas, facilitando o trabalho dos operários na locomoção de peças para montagem (MCCANDLESS, 2014). Principais inovações para o meio automobilístico em busca de proporcionar ao colaborador o menor impacto possível nos trabalhos diários na montagem dos componentes de um automóvel. Tabela 5 - Inovações Técnologicas Fonte: Autor do Estudo (2020) 28 13 PROJETO TÉCNICO DO NOVO PRODUTO 13.1 DESENHO DETALHADO O projeto escolhido foi o de nº 2, pois era oque mais se alcançava os requisitos dos clientes. O modelo proposto é feito com o chassi de um carro popular de 2 portas, apartir do chassi será posto os componentes para que o carro consiga voar, que será a implantação de 2 asas e os 336 motores elétricos espalhados pelas 2 asas, o grande diferencial desse projeto será a autonomia, economia, sustentabilidade e peso. Figura 17- Modelo do Carro Voador Fonte: Autor do Estudo (2020) A figuara 17, demonstra o modelo inicial criado no software SolidWorks, é neleque será desenvolvido o detalhamento do projeto. Figura 18 - Modelo da Asa do Carro Fonte: Autor do Estudo (2020) A figura 18, mostra as assas que serão instaladas no carro, elas são as responsáveis de dar a estabilidade necessária para que o carro consigo se locomover pelo espaço com grande conforto e sem vibrações. 13.2 ESPECIFICAÇÕES DE MATÉRIA PRIMA Motor elétrico: Autonomia: 300km Bateria recarregável: Direção: Elétrica Potência: 99cv Capacidade: 5 passageiros Asas: Com 1,20m de comprimentox0,45m de largura; Cor: Branca, Preta e Vermelha; 29 Equipamentos de segurança: Cinto com 3 pontos, air bag,duplo frontral, freio ABS, 13.3 RECURSOS NECESSÁRIOS Será necessário o investimento de R$1.200.000,00 conforme tabela 2, onde faz o detalhamento de cada fase do projeto, os demais recursos a se ter, será de mão de obra qualificada, fornecimento de matéria prima especifica em atendimento as exigências do produto e planta de fabrica em local estratégico para facilidade de logística. 30 14 REFERÊNCIAS AIAG. Manual FMEA. 3 a . edição. Automotive Industry Action Group, 2001 BARNARDO, S. Projeto conceitual de veículo supercompacto individual com base na estrutura da cadeira de rodas. 2016. CHENG, Lin Chih; MELO FILHO, Leonel Del Rey. QFD Desdobramento da Função Qualidade na gestão de Desenvolvimento de Produtos. São Paulo: Blucher, 2007. GESTÃO DA PRODUTIVIDADE. Site Institucional. Disponível em: < https://gestaoeprodutividade.com.br/escopo-do-projeto-e-escopo-do-produto/ > Acessado em 04 abril.2020. PEIXOTO, Manoel Otelino; CARPINETTI, Luis César. Quality Function Deployment – QFD (distribuição da função qualidade. 5th International Symposium on Quality Function Deployment/ I Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produtos, 1999. RAUSAND, M. & OIEN, K. The basic concepts of failure analysis. Reliability Engineering and System Safety, 1996. ROZENFELD, Henrique. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: Uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. SILVA, C. Em fábrica da Fiat, operários e exoesqueletos. Disponível em: . Acesso em: 09 abril. 2020. https://gestaoeprodutividade.com.br/escopo-do-projeto-e-escopo-do-produto/